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domingo, maio 24, 2009
Despedida
No último jogo da época vencemos o Belenenses por 3-1 e contribuímos para que esta equipa, cujo speaker do estádio pede salvas de palmas ao presidente do CRAC por “ter ajudado muito o clube” (whatever that means), fosse despromovida à II Liga. Eu até tinha alguma simpatia por eles, principalmente por serem um clube de Lisboa e eu gostar de ir ao Restelo ver o Benfica, mas depois daquela cena, é para o lado que eu durmo melhor.
Fizemos um jogo q.b., já que a réplica também não foi grande coisa. Entrámos praticamente a perder, com um golo do Silas aos 3’. Como nos anteriores 43 jogos oficiais só por uma vez tínhamos conseguido dar a volta ao marcador, havia 2,32% de possibilidades de ganharmos esta partida, mas felizmente foi desta vez que contrariámos a estatística. Empatámos aos 20’ no 17º golo para o campeonato daquele avançado paraguaio “tosco e lento” que nós temos, mas que (olhem lá a chatice!) se farta de marcar golos. Este foi de cabeça depois de um magnífico centro do Maxi Pereira. Tivesse o Cardozo sido opção para titular desde o início da época e seria certamente o melhor marcador do campeonato. Até final da 1ª parte pouco mais se passou, com excepção do hara-kiri de um jogador do Belenenses (Saulo) que resolveu pontapear o Di María no chão perto do intervalo e ser obviamente expulso. Muito gostaria eu de saber o que é que passa pela cabeça de um profissional de futebol para fazer uma coisa destas num jogo de vida ou de morte para a sua equipa.
Na 2ª parte, com menos um, o Belenenses poucas vezes passou de meio-campo e nós lá fizemos a obrigação de tentar chegar à vitória, mas sem aplicar uma velocidade por aí além, com excepção do Urreta. Foi um improvável Fellipe Bastos, que tinha entrado na 1ª parte para o lugar do abúlico Carlos Martins (o Quique não tem pejo em tirar os jogadores de campo, seja em que altura for, se estes não estiverem a cumprir), a desempatar a partida num grande pontapé de fora da área. Percebeu-se logo ali que a partida estava ganha, mas mesmo assim ainda deu para, já nos descontos, o Mantorras contribuir para a sua estatística pessoal de marcar um golo a cada duas horas desde que teve a grave lesão (é inacreditável este número!). Tive pena que o Quique não tenha tirado o Katsouranis antes dos 90’ para lhe permitir que se despedisse de nós de uma maneira mais relevante.
Individualmente o destaque vai inteirinho para o Urreta. Como diria alguém que eu espero sinceramente que não seja o nosso próximo treinador, que “granda” jogo! Rapidez, jogar a bola sempre para a frente, generosidade em ajudar a defesa, bons centros, óptimos passes a desmarcar os colegas foi um autêntico festival. Afinal, não tínhamos que ter procurado muito para descobrir um extremo-direito... Também gostei do Maxi Pereira que foi, provavelmente, o jogador mais regular durante a época toda. E faltam palavras para o Cardozo, de longe o nosso melhor ponta-de-lança da última década (no mínimo). O resto da equipa esteve num plano aceitável.
Para as expectativas que tínhamos no início da temporada, nomeadamente depois das contratações, esta foi uma desilusão completa. Ganhámos a Taça da Liga, mas tínhamos obrigação de fazer muito mais nas outras competições, especialmente no campeonato. O balanço far-se-á nos próximos dias.
P.S. - O Domingos Soares Oliveira já veio dizer que, sem Champions, é inevitável que vendamos jogadores, mas acho que devemos ter muito cuidado com o que iremos fazer. Terei muita pena se sair o Luisão (essencial no balneário e a voz de comando na defesa), mas a forma como ele se despediu dos adeptos indiciou isso mesmo. É um dos poucos sobreviventes da equipa que foi campeã e o único que é titular indiscutível. No entanto, tendo ele já 28 anos se calhar quererá fazer o contrato da sua vida. Além disso, há neste plantel alternativas credíveis para o substituir, se o negócio se proporcionar (mas por menos de 10 milhões de euros nem pensar!). Numa posição onde não há alternativas credíveis no plantel e será impossível arranjar tanta qualidade no mercado a preços acessíveis é a de ponta-de-lança. Seria um ERRO HISTÓRICO deixar sair o Cardozo, o que espero que nem sequer passe pela cabeça dos nossos responsáveis.
Fizemos um jogo q.b., já que a réplica também não foi grande coisa. Entrámos praticamente a perder, com um golo do Silas aos 3’. Como nos anteriores 43 jogos oficiais só por uma vez tínhamos conseguido dar a volta ao marcador, havia 2,32% de possibilidades de ganharmos esta partida, mas felizmente foi desta vez que contrariámos a estatística. Empatámos aos 20’ no 17º golo para o campeonato daquele avançado paraguaio “tosco e lento” que nós temos, mas que (olhem lá a chatice!) se farta de marcar golos. Este foi de cabeça depois de um magnífico centro do Maxi Pereira. Tivesse o Cardozo sido opção para titular desde o início da época e seria certamente o melhor marcador do campeonato. Até final da 1ª parte pouco mais se passou, com excepção do hara-kiri de um jogador do Belenenses (Saulo) que resolveu pontapear o Di María no chão perto do intervalo e ser obviamente expulso. Muito gostaria eu de saber o que é que passa pela cabeça de um profissional de futebol para fazer uma coisa destas num jogo de vida ou de morte para a sua equipa.
Na 2ª parte, com menos um, o Belenenses poucas vezes passou de meio-campo e nós lá fizemos a obrigação de tentar chegar à vitória, mas sem aplicar uma velocidade por aí além, com excepção do Urreta. Foi um improvável Fellipe Bastos, que tinha entrado na 1ª parte para o lugar do abúlico Carlos Martins (o Quique não tem pejo em tirar os jogadores de campo, seja em que altura for, se estes não estiverem a cumprir), a desempatar a partida num grande pontapé de fora da área. Percebeu-se logo ali que a partida estava ganha, mas mesmo assim ainda deu para, já nos descontos, o Mantorras contribuir para a sua estatística pessoal de marcar um golo a cada duas horas desde que teve a grave lesão (é inacreditável este número!). Tive pena que o Quique não tenha tirado o Katsouranis antes dos 90’ para lhe permitir que se despedisse de nós de uma maneira mais relevante.
Individualmente o destaque vai inteirinho para o Urreta. Como diria alguém que eu espero sinceramente que não seja o nosso próximo treinador, que “granda” jogo! Rapidez, jogar a bola sempre para a frente, generosidade em ajudar a defesa, bons centros, óptimos passes a desmarcar os colegas foi um autêntico festival. Afinal, não tínhamos que ter procurado muito para descobrir um extremo-direito... Também gostei do Maxi Pereira que foi, provavelmente, o jogador mais regular durante a época toda. E faltam palavras para o Cardozo, de longe o nosso melhor ponta-de-lança da última década (no mínimo). O resto da equipa esteve num plano aceitável.
Para as expectativas que tínhamos no início da temporada, nomeadamente depois das contratações, esta foi uma desilusão completa. Ganhámos a Taça da Liga, mas tínhamos obrigação de fazer muito mais nas outras competições, especialmente no campeonato. O balanço far-se-á nos próximos dias.
P.S. - O Domingos Soares Oliveira já veio dizer que, sem Champions, é inevitável que vendamos jogadores, mas acho que devemos ter muito cuidado com o que iremos fazer. Terei muita pena se sair o Luisão (essencial no balneário e a voz de comando na defesa), mas a forma como ele se despediu dos adeptos indiciou isso mesmo. É um dos poucos sobreviventes da equipa que foi campeã e o único que é titular indiscutível. No entanto, tendo ele já 28 anos se calhar quererá fazer o contrato da sua vida. Além disso, há neste plantel alternativas credíveis para o substituir, se o negócio se proporcionar (mas por menos de 10 milhões de euros nem pensar!). Numa posição onde não há alternativas credíveis no plantel e será impossível arranjar tanta qualidade no mercado a preços acessíveis é a de ponta-de-lança. Seria um ERRO HISTÓRICO deixar sair o Cardozo, o que espero que nem sequer passe pela cabeça dos nossos responsáveis.
segunda-feira, maio 18, 2009
Eficácia
Vencemos em Braga (3-1) e garantimos o 3º lugar na Liga. Foi uma vitória justa num campo teoricamente muito difícil, em que revelámos um grande aproveitamento das três ofertas da defesa do Braga (duas deles do guarda-redes da selecção nacional, Eduardo). Quando se marca cedo é sempre mais fácil, mas mostrámos nesta partida, mesmo estando em vantagem, uma concentração superior à da Amadora, por exemplo. No entanto, mais uma vez fica um amargo de boca perante o que esta equipa seria capaz de fazer se jogasse sempre assim e o que acabou por conseguir.
Com os castigos do Luisão e do Aimar ainda estava menos confiante do que é habitual, mas os golos do Cardozo logo aos 7’ e depois do Di María aos 13’ tiveram o condão de me acalmar. Entre os dois ainda houve a lesão muscular do David Luiz, que fez entrar em campo o Urreta que foi dos melhores. O Braga tentou responder, criou perigo numa ou outra ocasião, mas nós nunca perdemos de vista a baliza contrária e, com os espaços que naturalmente surgiam, fomos criando perigo. A 2ª parte começou praticamente com o 0-3, numa grande jogada do Urreta depois de outro falhanço da defesa contrária. O Braga foi-se abaixo animicamente e a partida perdeu um pouco de velocidade. Mesmo assim ainda tivemos tempo para uma bola no poste a meias entre o Cardozo e um defesa. No último minuto, já fazia falta o golito sofrido, que desta vez surgiu na sequência de um penalty do Miguel Vítor.
Individualmente destaco o Urreta (excelente entrada na partida, um óptimo golo, muita ajuda defensiva e cruzamentos perigosos), o Cardozo (mais um golo) e o Moreira (que voltou à titularidade e fez uma ou outra defesa em que estou convencido que, se fosse o Quim, a bola entraria). O Miguel Vítor também esteve muito personalizado e o Di María mais objectivo do que é costume. Em plano menos positivo estiveram o Reyes (não sei até que ponto um toque na 1ª parte o deixou inferiorizado) e o nº 25 (que espero tenha realizado o penúltimo jogo de águia ao peito, já que com a lesão do David Luiz infelizmente teremos que levar com ele no próximo fim-de-semana).
Na última jornada lá vamos ter que mandar o Belenenses para a II Liga. Por princípio até teria pena, porque sempre é um clube de Lisboa, mas uma agremiação cujo speaker pediu uma grande salva de palmas para o maior mafioso do futebol português, quando o seu clube foi jogar ao Restelo este ano, deixou de merecer a minha simpatia. Outra coisa: o Cardozo está a três golos do melhor marcador do campeonato (Néné). Dado que este vai jogar ao WC na última jornada, talvez não fosse má ideia incluirmos no plano do jogo a possibilidade de proporcionarmos ao paraguaio o título de melhor marcador (não esquecendo que o Liedson está também um golo à sua frente). É que desde o Rui Águas em 90/91 que não temos um jogador nosso a ser o melhor marcador do campeonato...
P.S. – A arbitragem do Sr. Artur Soares Dias foi das coisas mais inenarráveis que assisti nos últimos tempos. Uma dualidade de critérios inacreditável, cartões amarelos cirúrgicos (cinco jogadores de um lado e outro vão ficar impedidos de alinhar na última jornada -o Braga ir jogar ao CRAC terá alguma coisa a ver com o assunto...?), a expulsão do Yebda em cinco minutos estando ele em campo há 11 e do Quique perto do final foi um festival de poderio do sistema. Nem com tudo decidido no final do campeonato descansam?!
P.P.S. – A selecção nacional que continue com este guarda-redes a titular e depois queixe-se...
Com os castigos do Luisão e do Aimar ainda estava menos confiante do que é habitual, mas os golos do Cardozo logo aos 7’ e depois do Di María aos 13’ tiveram o condão de me acalmar. Entre os dois ainda houve a lesão muscular do David Luiz, que fez entrar em campo o Urreta que foi dos melhores. O Braga tentou responder, criou perigo numa ou outra ocasião, mas nós nunca perdemos de vista a baliza contrária e, com os espaços que naturalmente surgiam, fomos criando perigo. A 2ª parte começou praticamente com o 0-3, numa grande jogada do Urreta depois de outro falhanço da defesa contrária. O Braga foi-se abaixo animicamente e a partida perdeu um pouco de velocidade. Mesmo assim ainda tivemos tempo para uma bola no poste a meias entre o Cardozo e um defesa. No último minuto, já fazia falta o golito sofrido, que desta vez surgiu na sequência de um penalty do Miguel Vítor.
Individualmente destaco o Urreta (excelente entrada na partida, um óptimo golo, muita ajuda defensiva e cruzamentos perigosos), o Cardozo (mais um golo) e o Moreira (que voltou à titularidade e fez uma ou outra defesa em que estou convencido que, se fosse o Quim, a bola entraria). O Miguel Vítor também esteve muito personalizado e o Di María mais objectivo do que é costume. Em plano menos positivo estiveram o Reyes (não sei até que ponto um toque na 1ª parte o deixou inferiorizado) e o nº 25 (que espero tenha realizado o penúltimo jogo de águia ao peito, já que com a lesão do David Luiz infelizmente teremos que levar com ele no próximo fim-de-semana).
Na última jornada lá vamos ter que mandar o Belenenses para a II Liga. Por princípio até teria pena, porque sempre é um clube de Lisboa, mas uma agremiação cujo speaker pediu uma grande salva de palmas para o maior mafioso do futebol português, quando o seu clube foi jogar ao Restelo este ano, deixou de merecer a minha simpatia. Outra coisa: o Cardozo está a três golos do melhor marcador do campeonato (Néné). Dado que este vai jogar ao WC na última jornada, talvez não fosse má ideia incluirmos no plano do jogo a possibilidade de proporcionarmos ao paraguaio o título de melhor marcador (não esquecendo que o Liedson está também um golo à sua frente). É que desde o Rui Águas em 90/91 que não temos um jogador nosso a ser o melhor marcador do campeonato...
P.S. – A arbitragem do Sr. Artur Soares Dias foi das coisas mais inenarráveis que assisti nos últimos tempos. Uma dualidade de critérios inacreditável, cartões amarelos cirúrgicos (cinco jogadores de um lado e outro vão ficar impedidos de alinhar na última jornada -o Braga ir jogar ao CRAC terá alguma coisa a ver com o assunto...?), a expulsão do Yebda em cinco minutos estando ele em campo há 11 e do Quique perto do final foi um festival de poderio do sistema. Nem com tudo decidido no final do campeonato descansam?!
P.P.S. – A selecção nacional que continue com este guarda-redes a titular e depois queixe-se...
sábado, maio 09, 2009
Penoso
Empatámos com o Trofense (2-2) e dissemos definitivamente adeus à Liga dos Campeões. Ao invés, temos é que nos preocupar com a manutenção do 3º lugar, porque a jogar desta maneira vai ser difícil consegui-lo.
Uma atitude indigna e lamentável da maioria dos jogadores levou-nos a este resultado. Sem raça, chama, ambição e querer é difícil ganhar jogos e nós hoje só jogámos durante os últimos 10 minutos da 1ª parte, quando conseguimos marcar dois golos e anular a desvantagem que tínhamos no marcador. Estava curioso para saber se ao 42º jogo oficial da época conseguíamos pela 2ª vez dar a volta ao marcador (a única foi frente ao Olhanense para a Taça da Liga) e ganhar uma partida em que estivéssemos em desvantagem, mas ainda não foi hoje. Colocamos 10 jogadores na área e um à entrada dela sempre que sofremos livres ou cantos, mas mesmo assim há sempre um jogador adversário que consegue meter a bola na baliza. 30 golos sofridos em 28 jogos é ridículo. O 2-2 surgiu a 30’ do fim, mas mesmo assim não tivemos capacidade para partir para cima do Trofense e tentar marcar o golo da vitória. Inexplicável a falta de vontade e ambição manifestada especialmente nessa última meia-hora. O mínimo que os jogadores e equipa técnica deveriam fazer era oferecerem-se para pagar os bilhetes a todos os que foram ver este jogo ao vivo.
Individualmente destaco o Cardozo por ter feito outro bis. O paraguaio já tem 15 golos, que é quase um terço do total de golos que marcámos no campeonato (48). Tivesse o Sr. Quique Flores apostado nele desde o início da época e sabe-se lá em que lugar estaríamos agora. Mais um equívoco a juntar a muitos outros que o espanhol cometeu ao longo da temporada. O que vale é que ele já veio dar a entender que irá colocar o lugar à disposição no final da época. Acho uma atitude sensata e a única possível. Falhámos redondamente no campeonato (já para não falar na Taça Uefa e na de Portugal...) e há que assumir as responsabilidades. A sua margem de manobra para ficar para o ano está definitivamente arrumada. É impossível que isso aconteça.
P.S. – Estive a ver o 3º jogo de basquete frente ao CRAC. Ganhámos 70-64, apesar de uma arbitragem inacreditável. Não fora a baixíssima percentagem de lances livres do CRAC e não teríamos ganho. Qualquer coisinha era falta para o CRAC. Há Olegários Benquerenças em várias modalidades.
Uma atitude indigna e lamentável da maioria dos jogadores levou-nos a este resultado. Sem raça, chama, ambição e querer é difícil ganhar jogos e nós hoje só jogámos durante os últimos 10 minutos da 1ª parte, quando conseguimos marcar dois golos e anular a desvantagem que tínhamos no marcador. Estava curioso para saber se ao 42º jogo oficial da época conseguíamos pela 2ª vez dar a volta ao marcador (a única foi frente ao Olhanense para a Taça da Liga) e ganhar uma partida em que estivéssemos em desvantagem, mas ainda não foi hoje. Colocamos 10 jogadores na área e um à entrada dela sempre que sofremos livres ou cantos, mas mesmo assim há sempre um jogador adversário que consegue meter a bola na baliza. 30 golos sofridos em 28 jogos é ridículo. O 2-2 surgiu a 30’ do fim, mas mesmo assim não tivemos capacidade para partir para cima do Trofense e tentar marcar o golo da vitória. Inexplicável a falta de vontade e ambição manifestada especialmente nessa última meia-hora. O mínimo que os jogadores e equipa técnica deveriam fazer era oferecerem-se para pagar os bilhetes a todos os que foram ver este jogo ao vivo.
Individualmente destaco o Cardozo por ter feito outro bis. O paraguaio já tem 15 golos, que é quase um terço do total de golos que marcámos no campeonato (48). Tivesse o Sr. Quique Flores apostado nele desde o início da época e sabe-se lá em que lugar estaríamos agora. Mais um equívoco a juntar a muitos outros que o espanhol cometeu ao longo da temporada. O que vale é que ele já veio dar a entender que irá colocar o lugar à disposição no final da época. Acho uma atitude sensata e a única possível. Falhámos redondamente no campeonato (já para não falar na Taça Uefa e na de Portugal...) e há que assumir as responsabilidades. A sua margem de manobra para ficar para o ano está definitivamente arrumada. É impossível que isso aconteça.
P.S. – Estive a ver o 3º jogo de basquete frente ao CRAC. Ganhámos 70-64, apesar de uma arbitragem inacreditável. Não fora a baixíssima percentagem de lances livres do CRAC e não teríamos ganho. Qualquer coisinha era falta para o CRAC. Há Olegários Benquerenças em várias modalidades.
domingo, maio 03, 2009
Fim da linha
Perdemos na Madeira perante o Nacional (1-3) e hipotecámos de vez as hipóteses de irmos à pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Os lagartos tinham empatado em Coimbra uns minutos antes, mas ao contrário do que seria desejável isso não serviu de motivação para os nossos jogadores. E é inadmissível! Tínhamos uma oportunidade única de encurtar a distância para dois pontos e ao invés ficámos a cinco.
O que mais me custa a perceber é a forma como entrámos na partida. Muito lentos, sem rasgos, pouco crentes e isto tudo quando os jogadores já sabiam do resultado dos lagartos. Há aqui qualquer coisa que não funciona desde o início da época, já que foram “n” as vezes em que deveríamos ter tido como motivação os maus resultados dos rivais e entramos abúlicos em campo. A ausência do Aimar não pode explicar tudo. Dois remates perigosos (David Luiz e Cardozo) para duas boas defesas do Bracalli é muito pouco para uma 1ª parte.
No 2º tempo, estivemos mais dinâmicos, mas um erro do Quique ao tirar o Katsouranis (que estava a ser dos melhorzinhos) em vez do desequilibrado do Carlos Martins, para colocar o Di María, precipitou tudo. O Nacional passou a ter mais espaço a meio-campo (o Carlos Martins a defender é uma nulidade) e abriu o marcador aos 56’ pelo Nené, com a Quim a ficar a meio-caminho na saída da baliza. Pouco depois, o Nuno Gomes tem mais um daqueles lances em que não se pode falhar: isolado frente ao guarda-redes permitiu a sua defesa. Seria o 1-1, mas em vez disso acabámos por sofrer o 2º golo num remate fora da área sem oposição do Ruben Micael aos 64’, em que me pareceu que o Quim se lançou demasiado tarde. Reagimos bem e reduzimos quatro minutos depois pelo Reyes. E aqui entrou o Sr. Jorge Sousa em acção. Como não é mentecapto como o Sr. Rui Gomes Costa da semana passada, até estava a passar despercebido pelo jogo, só que num lance capital prejudicou-nos gravemente: há óbvia mão dentro da área de um jogador adversário num lance com o Cardozo, mas o árbitro de frente para a jogada não quis assinalar. Logo a seguir, e como a sorte não estava mesmo do nosso lado, já cá faltava a inevitável bola ao poste, neste caso do David Luiz. No tempo de compensação, fomos apanhámos em contra-pé e o Nacional fez o 3º golo.
Individualmente não houve ninguém que se tivesse sobressaído por aí além, mas acho que o David Luiz foi o nosso melhor jogador. Também gostei razoavelmente, apesar dos três golos sofridos, do Miguel Vítor. O Ruben Amorim melhorou quando foi jogar para o meio e só foi pena não ter tido a companhia do Katsouranis. O Cardozo foi muito bem marcado, mas os seus (poucos) remates foram invariavelmente perigosos. O Di María veio mexer com a equipa, mas continua pouco objectivo na altura do passe.
É o ponto final em mais uma época frustrante e só espero que quem de direito, mais especificamente o treinador, tire as suas ilações quando a temporada terminar. Depois de tudo o que se passou, não é admissível que o Benfica entre em campo amorfo e desperdice desta maneira uma oportunidade soberana de se aproximar do 2º lugar.
P.S. – Como benfiquista sinto-me INDIGNADO e REVOLTADO com o sorriso do Sr. Joaquim, nosso guarda-redes, aquando do 3º golo do Nacional. Eu posso admitir um golo falhado com a baliza aberta ou um frango, mas não admito que um jogador do Benfica, que ainda por cima era o capitão naquela altura do jogo, sorria depois de termos sofrido um golo. Para além do mais, um golo que acabou de vez com as esperanças de irmos à Liga dos Campeões. É uma FALTA de RESPEITO para com todos nós. O Benfica não é nenhuma brincadeira! EXIJO um pedido público de desculpas ou então adeus, e não volte!
P.P.S. - Ver o nosso jogo a seguir ao Real Madrid - Barcelona (2-6) foi de uma crueldade imensa. Aquele Barça não existe... Como é que se torna tudo tão fácil?!
O que mais me custa a perceber é a forma como entrámos na partida. Muito lentos, sem rasgos, pouco crentes e isto tudo quando os jogadores já sabiam do resultado dos lagartos. Há aqui qualquer coisa que não funciona desde o início da época, já que foram “n” as vezes em que deveríamos ter tido como motivação os maus resultados dos rivais e entramos abúlicos em campo. A ausência do Aimar não pode explicar tudo. Dois remates perigosos (David Luiz e Cardozo) para duas boas defesas do Bracalli é muito pouco para uma 1ª parte.
No 2º tempo, estivemos mais dinâmicos, mas um erro do Quique ao tirar o Katsouranis (que estava a ser dos melhorzinhos) em vez do desequilibrado do Carlos Martins, para colocar o Di María, precipitou tudo. O Nacional passou a ter mais espaço a meio-campo (o Carlos Martins a defender é uma nulidade) e abriu o marcador aos 56’ pelo Nené, com a Quim a ficar a meio-caminho na saída da baliza. Pouco depois, o Nuno Gomes tem mais um daqueles lances em que não se pode falhar: isolado frente ao guarda-redes permitiu a sua defesa. Seria o 1-1, mas em vez disso acabámos por sofrer o 2º golo num remate fora da área sem oposição do Ruben Micael aos 64’, em que me pareceu que o Quim se lançou demasiado tarde. Reagimos bem e reduzimos quatro minutos depois pelo Reyes. E aqui entrou o Sr. Jorge Sousa em acção. Como não é mentecapto como o Sr. Rui Gomes Costa da semana passada, até estava a passar despercebido pelo jogo, só que num lance capital prejudicou-nos gravemente: há óbvia mão dentro da área de um jogador adversário num lance com o Cardozo, mas o árbitro de frente para a jogada não quis assinalar. Logo a seguir, e como a sorte não estava mesmo do nosso lado, já cá faltava a inevitável bola ao poste, neste caso do David Luiz. No tempo de compensação, fomos apanhámos em contra-pé e o Nacional fez o 3º golo.
Individualmente não houve ninguém que se tivesse sobressaído por aí além, mas acho que o David Luiz foi o nosso melhor jogador. Também gostei razoavelmente, apesar dos três golos sofridos, do Miguel Vítor. O Ruben Amorim melhorou quando foi jogar para o meio e só foi pena não ter tido a companhia do Katsouranis. O Cardozo foi muito bem marcado, mas os seus (poucos) remates foram invariavelmente perigosos. O Di María veio mexer com a equipa, mas continua pouco objectivo na altura do passe.
É o ponto final em mais uma época frustrante e só espero que quem de direito, mais especificamente o treinador, tire as suas ilações quando a temporada terminar. Depois de tudo o que se passou, não é admissível que o Benfica entre em campo amorfo e desperdice desta maneira uma oportunidade soberana de se aproximar do 2º lugar.
P.S. – Como benfiquista sinto-me INDIGNADO e REVOLTADO com o sorriso do Sr. Joaquim, nosso guarda-redes, aquando do 3º golo do Nacional. Eu posso admitir um golo falhado com a baliza aberta ou um frango, mas não admito que um jogador do Benfica, que ainda por cima era o capitão naquela altura do jogo, sorria depois de termos sofrido um golo. Para além do mais, um golo que acabou de vez com as esperanças de irmos à Liga dos Campeões. É uma FALTA de RESPEITO para com todos nós. O Benfica não é nenhuma brincadeira! EXIJO um pedido público de desculpas ou então adeus, e não volte!
P.P.S. - Ver o nosso jogo a seguir ao Real Madrid - Barcelona (2-6) foi de uma crueldade imensa. Aquele Barça não existe... Como é que se torna tudo tão fácil?!
segunda-feira, abril 27, 2009
Contra 12
Vencemos o Marítimo (3-2) e mantivemos a distância para os dois da frente, que também ganharam nesta jornada. Foi mais uma agradável exibição da nossa parte, especialmente no 1º tempo, numa partida marcada por uma arbitragem infame dessa criatura que eu me recuso a nomear por ter o mesmo nome do nosso maestro (Ó Rui, não queres registar o teu nome para que mais ninguém o possa usar?). Direi apenas que é o irmão desse outro grande artista da arbitragem portuguesa chamado Paulo Costa.
Quando aos 39’ fizemos o 3-0, ainda pensei que iríamos finalmente assistir descansados a um jogo na Luz, mas esqueci-me que aquele larápio também estava em campo. Entrámos bem na partida, com velocidade e a tentar empurrar o adversário para a sua área, se bem que o Marítimo, quando tinha a bola, não se coibia de avançar no terreno com cinco homens, o que tornou o jogo bastante vivo. Um cruzamento tenso do David Luiz, que não chegou a tocar em mais ninguém, só parou no fundo da baliza e fizemos assim o 1-0 aos 28’. Foi apenas a 3ª vez esta época em que marcámos na 1ª parte em jogos para o campeonato. E felizmente não ficámos por aqui, porque pouco depois o Cardozo bisou em apenas três minutos (34’ e 37’). Só que antes do intervalo o irmão do Sr. Paulo Costa entreteve-se a arranjar livres para o Marítimo perto da nossa área, já que de outro modo eles não chegavam à nossa baliza. E lá conseguiu os seus intentos, pois sofremos um golo dessa forma aos 44’.
Na 2ª parte, o Quique tirou o Aimar (lesionado?) e colocou o Di María. Ao contrário da 1ª, não entrámos tão bem já que concedemos muitos espaços ao adversário para desenvolver o seu jogo atacante. A distância do Ruben Amorim e do Carlos Martins para os nossos defesas era muito grande, o que permitia ao Marítimo ter a bola nessa zona. O Quique ia colocar o Kasouranis para equilibrar isso mesmo, mas pouco antes disso (60’) o irmão do Sr. Paulo Costa resolveu dar mais emoção à partida, inventando um penalty num lance em que o Maxi Pereira não toca no adversário (coloca a sua perna ao lado da dele, mas não lhe seja a tocar). Há um nome para isto que começa por "r" acaba em "o" e tem "oub" no meio. O Quique manteve a substituição e o que é certo é que, a partir daí, o Marítimo deixou de ter tanto espaço naquela zona. Nós íamos fazendo contra-ataques perigosos, mas à semelhança da 2ª parte de Setúbal não fomos eficazes na hora de rematar à baliza. Criámos várias oportunidades, mas nunca conseguimos matar o jogo. Só que como não houve mais nenhum jogador do Marítimo a entrar na nossa área, o irmão do Sr. Paulo Costa não teve possibilidade de arranjar mais nenhum penalty. No entanto, conseguiu, isso sim, distribuir amarelos como o CRAC distribui fruta pelos árbitros e terminámos a partida com cinco jogadores amarelados contra somente um do adversário. Critérios de cafézinho com leite, obviamente.
Individualmente tenho que destacar o Cardozo. Seis golos nos últimos quatro jogos é notável e demonstram mais uma vez (como se fosse necessário...) que é o melhor ponta-de-lança que o Benfica tem em vários anos. Saibamos mantê-lo é o que desejo e só fico com um amargo de boca ao pensar no que poderia ter sido a nossa época, se ele tivesse sido mais vezes titular. Também gostei da 1ª parte do Reyes (desceu um bocado na 2ª) e do jogo todo do Ruben Amorim. Aliás, acho que esta melhoria exibicional se pode atribuir a dois factores que muita gente andava a reivindicar há muito tempo: dois pontas-de-lança e Ruben Amorim no meio. Queria ainda destacar o Maxi Pereira, que continua um autêntico relógio suíço.
Para a semana teremos um jogo complicadíssimo na Madeira perante o Nacional e, se levarmos com outro larápio como este irmão do Sr. Paulo Costa, temo o pior. Teremos que ser MUITÍSSIMO melhores que o adversário para ganhar, algo que nunca tem que suceder aos outros dois. E depois ainda acham que o Lucho e o Hulk fazem muita falta! Com Olegários e afins em campo, não têm nada com que se preocupar.
Quando aos 39’ fizemos o 3-0, ainda pensei que iríamos finalmente assistir descansados a um jogo na Luz, mas esqueci-me que aquele larápio também estava em campo. Entrámos bem na partida, com velocidade e a tentar empurrar o adversário para a sua área, se bem que o Marítimo, quando tinha a bola, não se coibia de avançar no terreno com cinco homens, o que tornou o jogo bastante vivo. Um cruzamento tenso do David Luiz, que não chegou a tocar em mais ninguém, só parou no fundo da baliza e fizemos assim o 1-0 aos 28’. Foi apenas a 3ª vez esta época em que marcámos na 1ª parte em jogos para o campeonato. E felizmente não ficámos por aqui, porque pouco depois o Cardozo bisou em apenas três minutos (34’ e 37’). Só que antes do intervalo o irmão do Sr. Paulo Costa entreteve-se a arranjar livres para o Marítimo perto da nossa área, já que de outro modo eles não chegavam à nossa baliza. E lá conseguiu os seus intentos, pois sofremos um golo dessa forma aos 44’.
Na 2ª parte, o Quique tirou o Aimar (lesionado?) e colocou o Di María. Ao contrário da 1ª, não entrámos tão bem já que concedemos muitos espaços ao adversário para desenvolver o seu jogo atacante. A distância do Ruben Amorim e do Carlos Martins para os nossos defesas era muito grande, o que permitia ao Marítimo ter a bola nessa zona. O Quique ia colocar o Kasouranis para equilibrar isso mesmo, mas pouco antes disso (60’) o irmão do Sr. Paulo Costa resolveu dar mais emoção à partida, inventando um penalty num lance em que o Maxi Pereira não toca no adversário (coloca a sua perna ao lado da dele, mas não lhe seja a tocar). Há um nome para isto que começa por "r" acaba em "o" e tem "oub" no meio. O Quique manteve a substituição e o que é certo é que, a partir daí, o Marítimo deixou de ter tanto espaço naquela zona. Nós íamos fazendo contra-ataques perigosos, mas à semelhança da 2ª parte de Setúbal não fomos eficazes na hora de rematar à baliza. Criámos várias oportunidades, mas nunca conseguimos matar o jogo. Só que como não houve mais nenhum jogador do Marítimo a entrar na nossa área, o irmão do Sr. Paulo Costa não teve possibilidade de arranjar mais nenhum penalty. No entanto, conseguiu, isso sim, distribuir amarelos como o CRAC distribui fruta pelos árbitros e terminámos a partida com cinco jogadores amarelados contra somente um do adversário. Critérios de cafézinho com leite, obviamente.
Individualmente tenho que destacar o Cardozo. Seis golos nos últimos quatro jogos é notável e demonstram mais uma vez (como se fosse necessário...) que é o melhor ponta-de-lança que o Benfica tem em vários anos. Saibamos mantê-lo é o que desejo e só fico com um amargo de boca ao pensar no que poderia ter sido a nossa época, se ele tivesse sido mais vezes titular. Também gostei da 1ª parte do Reyes (desceu um bocado na 2ª) e do jogo todo do Ruben Amorim. Aliás, acho que esta melhoria exibicional se pode atribuir a dois factores que muita gente andava a reivindicar há muito tempo: dois pontas-de-lança e Ruben Amorim no meio. Queria ainda destacar o Maxi Pereira, que continua um autêntico relógio suíço.
Para a semana teremos um jogo complicadíssimo na Madeira perante o Nacional e, se levarmos com outro larápio como este irmão do Sr. Paulo Costa, temo o pior. Teremos que ser MUITÍSSIMO melhores que o adversário para ganhar, algo que nunca tem que suceder aos outros dois. E depois ainda acham que o Lucho e o Hulk fazem muita falta! Com Olegários e afins em campo, não têm nada com que se preocupar.
segunda-feira, abril 20, 2009
Até qu’enfim!
Vencemos em Setúbal (4-0) e pela segunda semana consecutiva realizámos uma boa exibição. No entanto, e à semelhança da jornada passada, o resultado não traduz o que se passou em campo, já que ficámo-nos a dever pelo menos outros tantos golos. Fizemos 30(!) remates e criámos bastantes oportunidades perante um V. Setúbal que só jogou até sofrer o 1º tento aos 26’.
Com o mesmo onze que tinha defrontado a Académica, exibimos uma dinâmica poucas vezes vista esta época. Se tivéssemos jogado sempre assim, estaríamos provavelmente na frente do campeonato. A dupla de meio-campo (Carlos Martins e Ruben Amorim) funcionou bastante bem e, se o primeiro por vezes faz alguns passes disparatados, isso é porque arrisca em jogar para a frente, o que é sempre de saudar. Gosto muito do Katsouranis, mas se ele se quer mesmo ir embora para o ano, se calhar é boa ideia ir experimentado outras soluções. O Reyes esteve endiabrado na direita, o Aimar partia da esquerda para o meio e os pontas-de-lança (Cardozo e Nuno Gomes) marcaram dois golos cada um. Perante isto, o que poderíamos pedir mais? A partida começou equilibrada, mas o Benfica demonstrou sempre vontade de procurar a baliza contrária. Fizemos alguns remates fora da área e aos 26’ um bom centro do Sidnei na direita permitiu ao Nuno Gomes fazer um movimento à ponta-de-lança e antecipar-se de cabeça aos defesas, inaugurando o marcador. Foi um excelente golo! Dois minutos depois, um livre do Carlos Martins encontrou o Cardozo na área e este fuzilou o guarda-redes. Uma pouco habitual jogada de contra-ataque no tempo de compensação da 1ª parte permitiu-nos aumentar o marcador novamente pelo paraguaio. Finalmente chegámos ao intervalo com o jogo ganho e com o resultado que eu gostaria sempre que acontecesse para ver uma 2ª parte perfeitamente descansado.
E foi isso que se passou. Só que com uma pequena nuance: aproveitámos a embalagem para tentar ampliar o marcador, o que não tem sido nada habitual este ano. Geralmente, pomo-nos a “controlar o jogo” com a vantagem mínima em vez de tentar ampliá-la e neste jogo fizemos isso com uma diferença de três golos. Infelizmente a pontaria na 2ª parte esteve bastante desafinada e só conseguimos marcar mais uma vez novamente pelo Nuno Gomes. Já se tinha dado a entrada do Di María para o lugar do Reyes (caiu de costas ainda na 1ª parte e o Quique resolveu não o forçar), que nos deu mais velocidade, fazendo-nos aproveitar melhor a pouca pedalada que os jogadores do V. Setúbal tinham. Como consequência disso, o Cardozo e o Nuno Gomes falharam pelo menos mais dois golos cada um, naquilo que poderia ter sido um resultado histórico.
Em termos individuais, há que destacar os dois pontas-de-lança. O Cardozo já tem 11 golos e é o 3º melhor marcador do campeonato. O Nuno Gomes, mesmo com as críticas que lhe têm sido feitas, já tem sete. São números nada desprezíveis para quem só tem sido titular nos últimos jogos. Gostei de todo o meio-campo do Benfica pelo dinamismo que imprimiu ao nosso jogo e só espero que estas exibições sejam para manter.
Como os rivais ganharam ambos (os “lagartos” deram a volta ao marcador em Guimarães nos últimos 10 minutos e o CRAC venceu em Coimbra), as distâncias mantêm-se. Resta-nos continuar a ganhar as nossas partidas e esperar escorregadelas alheias.
P.S. – É perfeitamente inacreditável o penalty que o Sr. Olegário Benquerença não marcou no Académica – CRAC por mão DESCARADA do Raul Meireles com o resultado ainda em 0-0. Aliás, este senhor é perito em não ver lances destes (relembre-se o Leixões – Benfica). No entanto, curiosamente no recente Hamburgo – Manchester City da Taça Uefa já foi capaz de ver um lance semelhante. O que só me pode levar a concluir que este senhor é um LADRÃO COBARDE. Deveria deixar JÁ de apitar jogos. Para bem do futebol e da nossa higiene visual.
Com o mesmo onze que tinha defrontado a Académica, exibimos uma dinâmica poucas vezes vista esta época. Se tivéssemos jogado sempre assim, estaríamos provavelmente na frente do campeonato. A dupla de meio-campo (Carlos Martins e Ruben Amorim) funcionou bastante bem e, se o primeiro por vezes faz alguns passes disparatados, isso é porque arrisca em jogar para a frente, o que é sempre de saudar. Gosto muito do Katsouranis, mas se ele se quer mesmo ir embora para o ano, se calhar é boa ideia ir experimentado outras soluções. O Reyes esteve endiabrado na direita, o Aimar partia da esquerda para o meio e os pontas-de-lança (Cardozo e Nuno Gomes) marcaram dois golos cada um. Perante isto, o que poderíamos pedir mais? A partida começou equilibrada, mas o Benfica demonstrou sempre vontade de procurar a baliza contrária. Fizemos alguns remates fora da área e aos 26’ um bom centro do Sidnei na direita permitiu ao Nuno Gomes fazer um movimento à ponta-de-lança e antecipar-se de cabeça aos defesas, inaugurando o marcador. Foi um excelente golo! Dois minutos depois, um livre do Carlos Martins encontrou o Cardozo na área e este fuzilou o guarda-redes. Uma pouco habitual jogada de contra-ataque no tempo de compensação da 1ª parte permitiu-nos aumentar o marcador novamente pelo paraguaio. Finalmente chegámos ao intervalo com o jogo ganho e com o resultado que eu gostaria sempre que acontecesse para ver uma 2ª parte perfeitamente descansado.
E foi isso que se passou. Só que com uma pequena nuance: aproveitámos a embalagem para tentar ampliar o marcador, o que não tem sido nada habitual este ano. Geralmente, pomo-nos a “controlar o jogo” com a vantagem mínima em vez de tentar ampliá-la e neste jogo fizemos isso com uma diferença de três golos. Infelizmente a pontaria na 2ª parte esteve bastante desafinada e só conseguimos marcar mais uma vez novamente pelo Nuno Gomes. Já se tinha dado a entrada do Di María para o lugar do Reyes (caiu de costas ainda na 1ª parte e o Quique resolveu não o forçar), que nos deu mais velocidade, fazendo-nos aproveitar melhor a pouca pedalada que os jogadores do V. Setúbal tinham. Como consequência disso, o Cardozo e o Nuno Gomes falharam pelo menos mais dois golos cada um, naquilo que poderia ter sido um resultado histórico.
Em termos individuais, há que destacar os dois pontas-de-lança. O Cardozo já tem 11 golos e é o 3º melhor marcador do campeonato. O Nuno Gomes, mesmo com as críticas que lhe têm sido feitas, já tem sete. São números nada desprezíveis para quem só tem sido titular nos últimos jogos. Gostei de todo o meio-campo do Benfica pelo dinamismo que imprimiu ao nosso jogo e só espero que estas exibições sejam para manter.
Como os rivais ganharam ambos (os “lagartos” deram a volta ao marcador em Guimarães nos últimos 10 minutos e o CRAC venceu em Coimbra), as distâncias mantêm-se. Resta-nos continuar a ganhar as nossas partidas e esperar escorregadelas alheias.
P.S. – É perfeitamente inacreditável o penalty que o Sr. Olegário Benquerença não marcou no Académica – CRAC por mão DESCARADA do Raul Meireles com o resultado ainda em 0-0. Aliás, este senhor é perito em não ver lances destes (relembre-se o Leixões – Benfica). No entanto, curiosamente no recente Hamburgo – Manchester City da Taça Uefa já foi capaz de ver um lance semelhante. O que só me pode levar a concluir que este senhor é um LADRÃO COBARDE. Deveria deixar JÁ de apitar jogos. Para bem do futebol e da nossa higiene visual.
domingo, abril 12, 2009
Inglório
No jogo da época em que criámos mais oportunidade de golo, perdemos em casa com a Académica (0-1) e dissemos definitivamente adeus ao título. Mesmo o 2º lugar, com os lagartos a quatro pontos, afigura-se extraordinariamente difícil. Teremos tempo de fazer o balanço da época no final, mas sinceramente hoje acho muito injusto crucificar o treinador ou os jogadores.
Não deixa de ser irónico como ganhámos três pontos na semana passada com uma exibição lamentável e ontem ficámos a zero com uma performance que nos daria para ganhar no mínimo três jogos. Construímos inúmeras oportunidades e o guarda-redes contrário (Peskovic) foi o melhor em campo, mas o adversário fez dois remates à baliza e ganhou o jogo. Isto é futebol, agora o que está longe de o ser é o Sr. Marco Ferreira da Madeira anular um golo limpo ao Aimar (deveria é ser penalty do guarda-redes sobre o Nuno Gomes e não falta atacante) e não assinalar um empurrão descarado ao David Luiz dentro da área a 10’ do fim (já para não falar de um fora-de-jogo em que o Aimar, que ficaria isolado, nem em linha estava, ainda com 0-0).
Vamos lá tentar fazer a contabilidade, porque sinceramente acho que vale a pena. Vou só referir claras oportunidades de golo: duas bolas aos ferros (Aimar e Cardozo), Reyes (falhou por pouco o desvio a um centro do Aimar) David Luiz (uma isolado, com remate ao lado e duas para defesa do guarda-redes), Cardozo (guarda-redes), Aimar (defesa sobre a linha), Maxi Pereira (grande defesa do Peskovic), Mantorras (cabeceamento a rasar o poste), Balboa (cabeceamento à figura). Portanto, 11-1 deveria ter sido o resultado se fôssemos eficazes. A juntar a isto, o tal golo anulado mais um penalty por assinalar (no estádio pareceu-me forçado, mas na televisão fiquei sem dúvidas: o David Luiz é mesmo empurrado pelas costas pelo adversário) e temos a segunda derrota consecutiva em casa.
Não fomos brilhantes, porém a equipa lutou, esforçou-se, só que a sorte não quis nada connosco. Por isso mesmo é que me custou muito ver lenços brancos no final da partida. Houve “n” jogos (inclusive alguns que ganhámos) em que eles eram muitos mais justificados do que ontem. Perdemos e deveríamos ter ganho, é verdade, mas protestar depois de um encontro assim não só é uma terrível falta de solidariedade com a equipa (coisa rara esta época, deve dizer-se), como também revela a incapacidade que muita gente tem de ver para além do resultado. Provavelmente foram os mesmos que aplaudiram depois de termos ganho ao Penafiel nos penalties para a Taça, após uma exibição inenarrável.
A época não vai ser brilhante, mas recuso-me a cometer injustiças. Ontem despedi-me da equipa com aplausos. Estou convencido que, se jogássemos mais regularmente com este querer e lutando contra a adversidade, seríamos campeões. Nem sempre teríamos a malatapa de ontem.
Não deixa de ser irónico como ganhámos três pontos na semana passada com uma exibição lamentável e ontem ficámos a zero com uma performance que nos daria para ganhar no mínimo três jogos. Construímos inúmeras oportunidades e o guarda-redes contrário (Peskovic) foi o melhor em campo, mas o adversário fez dois remates à baliza e ganhou o jogo. Isto é futebol, agora o que está longe de o ser é o Sr. Marco Ferreira da Madeira anular um golo limpo ao Aimar (deveria é ser penalty do guarda-redes sobre o Nuno Gomes e não falta atacante) e não assinalar um empurrão descarado ao David Luiz dentro da área a 10’ do fim (já para não falar de um fora-de-jogo em que o Aimar, que ficaria isolado, nem em linha estava, ainda com 0-0).
Vamos lá tentar fazer a contabilidade, porque sinceramente acho que vale a pena. Vou só referir claras oportunidades de golo: duas bolas aos ferros (Aimar e Cardozo), Reyes (falhou por pouco o desvio a um centro do Aimar) David Luiz (uma isolado, com remate ao lado e duas para defesa do guarda-redes), Cardozo (guarda-redes), Aimar (defesa sobre a linha), Maxi Pereira (grande defesa do Peskovic), Mantorras (cabeceamento a rasar o poste), Balboa (cabeceamento à figura). Portanto, 11-1 deveria ter sido o resultado se fôssemos eficazes. A juntar a isto, o tal golo anulado mais um penalty por assinalar (no estádio pareceu-me forçado, mas na televisão fiquei sem dúvidas: o David Luiz é mesmo empurrado pelas costas pelo adversário) e temos a segunda derrota consecutiva em casa.
Não fomos brilhantes, porém a equipa lutou, esforçou-se, só que a sorte não quis nada connosco. Por isso mesmo é que me custou muito ver lenços brancos no final da partida. Houve “n” jogos (inclusive alguns que ganhámos) em que eles eram muitos mais justificados do que ontem. Perdemos e deveríamos ter ganho, é verdade, mas protestar depois de um encontro assim não só é uma terrível falta de solidariedade com a equipa (coisa rara esta época, deve dizer-se), como também revela a incapacidade que muita gente tem de ver para além do resultado. Provavelmente foram os mesmos que aplaudiram depois de termos ganho ao Penafiel nos penalties para a Taça, após uma exibição inenarrável.
A época não vai ser brilhante, mas recuso-me a cometer injustiças. Ontem despedi-me da equipa com aplausos. Estou convencido que, se jogássemos mais regularmente com este querer e lutando contra a adversidade, seríamos campeões. Nem sempre teríamos a malatapa de ontem.
segunda-feira, abril 06, 2009
Boa decisão
Vencemos na Amadora (2-1) apesar de termos feito uma exibição vergonhosa. Como os rivais também ganharam, manteve-se tudo na mesma na frente, mas sinceramente a jogar este futebol(?) não se perspectiva nada de bom no futuro.
Ainda pensei ir ao jogo, mas a terrível experiência da época passada, os 20€ do bilhete e, principalmente, o facto de não estarmos a jogar nada, fizeram-me ficar em casa. E foram, sem dúvida, os 20€ melhor poupados da minha vida! O jogo foi pavoroso e é inadmissível que uma equipa como o Benfica, a ganhar por 2-0 aos 16’, não só não embale para uma exibição minimamente razoável (estamos em Abril...), como ainda fique à mercê de um possível empate, porque resolveu defender a vantagem mínima. Mas o que é ainda mais inexplicável é que, não tendo o E. Amadora treinado nos últimos 10 dias(!), não se tenha visto a menor diferença entre a preparação das equipas. É vergonhoso que os jogadores do Benfica não tenham mostrado em campo que se têm treinado regularmente. Sem raça, sem querer e sem ambição, esta exibição poderia perfeitamente ter sido feita no ano passado, que não destoaria. Três penalties (no primeiro a nosso favor, a falta foi feita fora da área, mas o lance foi muito rápido e o Nuno Gomes caiu já lá dentro) fizeram a história do jogo e pouco mais há a dizer.
Os jogos das selecções a meio da semana não servem de desculpa, porque assim sendo a maior parte das equipas europeias não jogaria nada também. Tampouco servem de desculpa as lesões do Reyes e Luisão. Uma equipa do Benfica tem SEMPRE que mostrar mais que isto. O Quique veio dizer no final que “dias maus, todas as equipas têm”, mas o problema é que estes “dias maus” estão a ser regra em vez de excepção neste ano. A equipa não demonstra evolução nenhuma desde o início da época e hoje conseguimos a proeza de não fazer uma única jogada de jeito, com princípio, meio e fim, durante toda a partida! Não sei mesmo o que se passa, mas lá que é preocupante, isso é indesmentível. Ainda pensei que a vitória na Taça da Liga servisse de factor de motivação extra para a equipa, mas já se viu que não. Por estes motivos, não vou destacar ninguém individualmente. A equipa esteve péssima como um todo.
Como o E. Amadora esteve 10 dias sem treinar, acabámos por ganhar, o que acho que não aconteceria se eles tivessem tido uma semana de trabalho normal. Vencer era fundamental e foi conseguido, mas não percebo onde é que queremos chegar a jogar assim...
P.S. – Apesar dos três penalties defendidos na final da Taça da Liga, não percebi a titularidade do Quim. Se aqui estive frontalmente contra a alteração na baliza, também agora não vi motivo nenhum para que o Moreira deixasse de ser titular. O treinador lá saberá, mas eu acho uma decisão muito injusta para o nosso nº 1.
Ainda pensei ir ao jogo, mas a terrível experiência da época passada, os 20€ do bilhete e, principalmente, o facto de não estarmos a jogar nada, fizeram-me ficar em casa. E foram, sem dúvida, os 20€ melhor poupados da minha vida! O jogo foi pavoroso e é inadmissível que uma equipa como o Benfica, a ganhar por 2-0 aos 16’, não só não embale para uma exibição minimamente razoável (estamos em Abril...), como ainda fique à mercê de um possível empate, porque resolveu defender a vantagem mínima. Mas o que é ainda mais inexplicável é que, não tendo o E. Amadora treinado nos últimos 10 dias(!), não se tenha visto a menor diferença entre a preparação das equipas. É vergonhoso que os jogadores do Benfica não tenham mostrado em campo que se têm treinado regularmente. Sem raça, sem querer e sem ambição, esta exibição poderia perfeitamente ter sido feita no ano passado, que não destoaria. Três penalties (no primeiro a nosso favor, a falta foi feita fora da área, mas o lance foi muito rápido e o Nuno Gomes caiu já lá dentro) fizeram a história do jogo e pouco mais há a dizer.
Os jogos das selecções a meio da semana não servem de desculpa, porque assim sendo a maior parte das equipas europeias não jogaria nada também. Tampouco servem de desculpa as lesões do Reyes e Luisão. Uma equipa do Benfica tem SEMPRE que mostrar mais que isto. O Quique veio dizer no final que “dias maus, todas as equipas têm”, mas o problema é que estes “dias maus” estão a ser regra em vez de excepção neste ano. A equipa não demonstra evolução nenhuma desde o início da época e hoje conseguimos a proeza de não fazer uma única jogada de jeito, com princípio, meio e fim, durante toda a partida! Não sei mesmo o que se passa, mas lá que é preocupante, isso é indesmentível. Ainda pensei que a vitória na Taça da Liga servisse de factor de motivação extra para a equipa, mas já se viu que não. Por estes motivos, não vou destacar ninguém individualmente. A equipa esteve péssima como um todo.
Como o E. Amadora esteve 10 dias sem treinar, acabámos por ganhar, o que acho que não aconteceria se eles tivessem tido uma semana de trabalho normal. Vencer era fundamental e foi conseguido, mas não percebo onde é que queremos chegar a jogar assim...
P.S. – Apesar dos três penalties defendidos na final da Taça da Liga, não percebi a titularidade do Quim. Se aqui estive frontalmente contra a alteração na baliza, também agora não vi motivo nenhum para que o Moreira deixasse de ser titular. O treinador lá saberá, mas eu acho uma decisão muito injusta para o nosso nº 1.
domingo, março 15, 2009
Acabou
Perdemos em casa frente ao V. Guimarães (0-1) e devemos ter dito de vez adeus ao título. Como duvido que o CRAC não vença a Naval em casa é muito provável que fiquemos a cinco pontos deles, o que a oito jornadas do fim e tendo nós o calendário mais difícil me parece insuperável. Para tornar as coisas piores, descemos ao 3º lugar, já que os lagartos venceram em casa o Rio Ave.
Tenho muito pouca vontade de escrever sobre este jogo, já que os 47.102 espectadores não mereciam a desfaçatez que o Benfica lhes provocou. O ambiente fez lembrar a época do último título, com o público a tornar-se o 12º jogador, mas infelizmente isso não teve correspondência em campo. Fizemos uma 1ª parte melhor que as últimas em nossa casa, mas o resultado prático foi o mesmo: zero golos. Com a agravante de não termos tido nenhuma clara situação para marcar. Os jogadores esforçam-se, mas o futebol produzido continua a ser confrangedor. Estamos com oito meses na temporada e não se vislumbra evolução nenhuma, antes pelo contrário. Os números são óptimos para o provar: temos praticamente os mesmos pontos da época passada, houve nove vitórias pela margem mínima num total de 12 e, o PIOR de tudo, só numa única(!) ocasião fomos para o intervalo a ganhar nos onze jogos em casa. Lamento que nesta altura da época o nosso treinador ainda não tenha percebido que é PRECISO jogar com dois avançados e que o Aimar NÃO É um deles! A maioria das equipas fecha-se muito na defesa e sem presença na área não conseguimos nada.
Deixo aqui umas quantas perguntas que gostaria que o Sr. Quique Flores me respondesse:
- O Cardozo não esteve nada feliz neste jogo, mas sendo o único jogador que sabe rematar à baliza, é perigoso nos livres e não falha penalties, PORQUE É QUE foi substituído com o resultado em 0-0?! Continuámos só com um ponta-de-lança (Nuno Gomes) num jogo que era impreterível ganhar?! E depois vem dizer na conferência de imprensa que o paraguaio estava muito “estático” e os dois centrais do V. Guimarães estavam sempre em cima dele? POR ISSO MESMO, é que era importante colocar o Nuno Gomes AO LADO dele e não em vez dele!
- Porque é que o Mantorras não esteve no banco?! Será que o Sr. Quique Flores não assistiu ao Benfica – Rio Ave?! Ou ninguém lhe disse como é que o último campeonato foi ganho? Ainda por cima para colocar um jogador(?) como o Balboa a 10’ do fim...?!
- Porque é que o Di María, com os seus 21 anos, rebentou aos 60’? Por acaso, jogou a meio da semana...?
- Como é possível a equipa ter entrado tão desconcentrada na 2ª parte? A fazer lembrar o jogo no WC?
Para o próximo fim-de-semana NÃO ADMITO outro resultado que não a vitória na final da Taça da Liga. Que mesmo assim não será suficiente para fazer esquecer a tremenda decepção deste jogo. No entanto, NÃO PODEMOS passar mais uma época sem ganhar nada e muito provavelmente esta será a única competição em que teremos hipóteses de o fazer.
P.S. - O golo do V. Guimarães é marcado em fora-de-jogo. Por muito pouco, mas é mesmo fora-de-jogo. Isto não justifica de todo a nossa exibição, mas o Sr. Jorge Sousa, mais uma vez, fica ligado a um resultado negativo frente a este clube.
Tenho muito pouca vontade de escrever sobre este jogo, já que os 47.102 espectadores não mereciam a desfaçatez que o Benfica lhes provocou. O ambiente fez lembrar a época do último título, com o público a tornar-se o 12º jogador, mas infelizmente isso não teve correspondência em campo. Fizemos uma 1ª parte melhor que as últimas em nossa casa, mas o resultado prático foi o mesmo: zero golos. Com a agravante de não termos tido nenhuma clara situação para marcar. Os jogadores esforçam-se, mas o futebol produzido continua a ser confrangedor. Estamos com oito meses na temporada e não se vislumbra evolução nenhuma, antes pelo contrário. Os números são óptimos para o provar: temos praticamente os mesmos pontos da época passada, houve nove vitórias pela margem mínima num total de 12 e, o PIOR de tudo, só numa única(!) ocasião fomos para o intervalo a ganhar nos onze jogos em casa. Lamento que nesta altura da época o nosso treinador ainda não tenha percebido que é PRECISO jogar com dois avançados e que o Aimar NÃO É um deles! A maioria das equipas fecha-se muito na defesa e sem presença na área não conseguimos nada.
Deixo aqui umas quantas perguntas que gostaria que o Sr. Quique Flores me respondesse:
- O Cardozo não esteve nada feliz neste jogo, mas sendo o único jogador que sabe rematar à baliza, é perigoso nos livres e não falha penalties, PORQUE É QUE foi substituído com o resultado em 0-0?! Continuámos só com um ponta-de-lança (Nuno Gomes) num jogo que era impreterível ganhar?! E depois vem dizer na conferência de imprensa que o paraguaio estava muito “estático” e os dois centrais do V. Guimarães estavam sempre em cima dele? POR ISSO MESMO, é que era importante colocar o Nuno Gomes AO LADO dele e não em vez dele!
- Porque é que o Mantorras não esteve no banco?! Será que o Sr. Quique Flores não assistiu ao Benfica – Rio Ave?! Ou ninguém lhe disse como é que o último campeonato foi ganho? Ainda por cima para colocar um jogador(?) como o Balboa a 10’ do fim...?!
- Porque é que o Di María, com os seus 21 anos, rebentou aos 60’? Por acaso, jogou a meio da semana...?
- Como é possível a equipa ter entrado tão desconcentrada na 2ª parte? A fazer lembrar o jogo no WC?
Para o próximo fim-de-semana NÃO ADMITO outro resultado que não a vitória na final da Taça da Liga. Que mesmo assim não será suficiente para fazer esquecer a tremenda decepção deste jogo. No entanto, NÃO PODEMOS passar mais uma época sem ganhar nada e muito provavelmente esta será a única competição em que teremos hipóteses de o fazer.
P.S. - O golo do V. Guimarães é marcado em fora-de-jogo. Por muito pouco, mas é mesmo fora-de-jogo. Isto não justifica de todo a nossa exibição, mas o Sr. Jorge Sousa, mais uma vez, fica ligado a um resultado negativo frente a este clube.
domingo, março 08, 2009
Boa prenda
Neste dia tão especial para mim e em que se completam três anos de uma das maiores alegrias da minha vida, vencemos a Naval na Figueira da Foz por 2-1. Para não destoar, foi mais um jogo muito sofrido, muito por nossa culpa, mas o mais importante ficou garantido, especialmente porque como os rivais já tinham ganho, uma não-vitória da nossa parte seria devastadora sob o ponto de vista anímico.
Quando o Aimar abriu o marcador logo aos três minutos, pensei: “queres ver que o Glorioso me vai dar uma prenda adicional, para além da vitória, que é ver FINALMENTE um jogo nas calmas?” Infelizmente, foi pura ilusão. A nossa 1ª parte foi lamentável do ponto de vista ofensivo, já que conseguimos não criar mais nenhum perigo para além do golo! É certo que estivemos bem na defesa, não permitindo que o adversário construísse situações de golo, mas a nossa equipa não deveria mostrar-se satisfeita por ganhar 1-0 à Naval... Tivemos a sorte do jogo por o adversário ter marcado o golo do empate logo aos 53’, o que nos permitiu ter tempo para ir para a frente e tentar modificar o marcador. E foi isso mesmo que fizemos! Agora, a pergunta que se impõe é: PORQUE É QUE O BENFICA NÃO FEZ ISTO quando estava 1-0? Porque é que se está sempre à espera do empate e de situações adversas para se começar a jogar à bola? Já aqui disse mais de uma vez que ODEIO o “controlar a partida” com a vantagem de um golo. Porque estamos sempre à mercê de um “lance fortuito” que empata o jogo e depois ficamos muito tristes porque “não merecíamos tal sorte”. É verdade, mas por isso mesmo é que É PRECISO ter pelo menos dois golos de vantagem, porque a eventualidade de acontecerem dois “lances fortuitos” na mesma partida é muito menor! E hoje aconteceu isso mesmo, estávamos a “controlar o jogo”, mas um lançamento lateral e um ressalto no Luisão colocaram a bola à mercê do Marcelinho que empatou o encontro. Depois até final só se viu a nossa equipa em campo e tivemos duas excelentes oportunidades pelo Di María (ao poste) e o Cardozo (remate de ângulo muito difícil ligeiramente ao lado), antes do golo da vitória pelo Katsouranis aos 73’. A Naval não conseguiu criar mais perigo e a nossa vitória é mais que justa.
Os destaques individuais são pela 2ª parte, já que da 1ª só se aproveitou o golo do Aimar. O Di María esteve muito bem, facto a que não será alheio a sua mudança para a esquerda, com o Reyes na direita. O Katsouranis foi essencial para a vitória, com um golo de cabeça muito oportuno. O Aimar sobe de forma a olhos vistos e até já marca golos! Apesar de algumas intervenções iniciais menos acertadas, também gostei do Miguel Vítor, até porque foi dele a assistência de cabeça para o segundo golo. E o Moreira sofre um golo pelo segundo jogo consecutivo sem fazer uma defesa difícil.
Este campeonato vai ser um sofrimento até final, mas eu espero que este jogo nos sirva de lição. É perfeitamente escusado sofrer desta maneira. Na 1ª parte, a Naval fartou-se de abrir espaços na defesa porque estava balanceada no ataque, mas como nós não acertávamos três passes seguidos(!) nunca conseguimos criar perigo. E nesta fase da época isto não se devia admitir na nossa equipa, até porque os mesmos jogadores pareciam outros depois do golo do empate. O “se” que eu coloco é: como seria se o golo deles fosse mais perto do final? Façam o “controlo do jogo” à vontade, mas POR FAVOR com uma vantagem de pelo menos dois golos. Pode ser?
P.S. – Vai haver um festival durante esta semana toda, porque o golo da vitória surgiu na sequência de um livre em que não houve falta. A bola bateu na cara de um jogador da Naval e não na mão, se bem que na imagem vista de trás dê mesmo a impressão que foi com a mão. O Sr. João Ferreira equivocou-se e assinalou mal o livre. SÓ QUE comparar um livre ainda longe da baliza com um penalty ou um fora-de-jogo mal assinalado é, como diria o Mourinho, uma prostituição intelectual. Mas vai haver gente que o vai fazer, não tenhamos dúvidas. Aliás, de certeza que será gente adepta de um clube que está muito habituado a lidar com estas senhoras.
P.P.S. – E vai escamotear-se o facto de o Hugo Morais, jogador do Leixões, ter saltado com os braços no ar num canto a favor do CRAC, provocando um óbvio penalty quando ainda estava 0-0. Um lance completamente absurdo (ou talvez não...), aliás muito semelhante ao que o Filipe Lopes, do Nacional, fez no último minuto do jogo precisamente contra o mesmo adversário e quando a partida também estava empatada. Que coincidências existem no futebol em Portugal...
Quando o Aimar abriu o marcador logo aos três minutos, pensei: “queres ver que o Glorioso me vai dar uma prenda adicional, para além da vitória, que é ver FINALMENTE um jogo nas calmas?” Infelizmente, foi pura ilusão. A nossa 1ª parte foi lamentável do ponto de vista ofensivo, já que conseguimos não criar mais nenhum perigo para além do golo! É certo que estivemos bem na defesa, não permitindo que o adversário construísse situações de golo, mas a nossa equipa não deveria mostrar-se satisfeita por ganhar 1-0 à Naval... Tivemos a sorte do jogo por o adversário ter marcado o golo do empate logo aos 53’, o que nos permitiu ter tempo para ir para a frente e tentar modificar o marcador. E foi isso mesmo que fizemos! Agora, a pergunta que se impõe é: PORQUE É QUE O BENFICA NÃO FEZ ISTO quando estava 1-0? Porque é que se está sempre à espera do empate e de situações adversas para se começar a jogar à bola? Já aqui disse mais de uma vez que ODEIO o “controlar a partida” com a vantagem de um golo. Porque estamos sempre à mercê de um “lance fortuito” que empata o jogo e depois ficamos muito tristes porque “não merecíamos tal sorte”. É verdade, mas por isso mesmo é que É PRECISO ter pelo menos dois golos de vantagem, porque a eventualidade de acontecerem dois “lances fortuitos” na mesma partida é muito menor! E hoje aconteceu isso mesmo, estávamos a “controlar o jogo”, mas um lançamento lateral e um ressalto no Luisão colocaram a bola à mercê do Marcelinho que empatou o encontro. Depois até final só se viu a nossa equipa em campo e tivemos duas excelentes oportunidades pelo Di María (ao poste) e o Cardozo (remate de ângulo muito difícil ligeiramente ao lado), antes do golo da vitória pelo Katsouranis aos 73’. A Naval não conseguiu criar mais perigo e a nossa vitória é mais que justa.
Os destaques individuais são pela 2ª parte, já que da 1ª só se aproveitou o golo do Aimar. O Di María esteve muito bem, facto a que não será alheio a sua mudança para a esquerda, com o Reyes na direita. O Katsouranis foi essencial para a vitória, com um golo de cabeça muito oportuno. O Aimar sobe de forma a olhos vistos e até já marca golos! Apesar de algumas intervenções iniciais menos acertadas, também gostei do Miguel Vítor, até porque foi dele a assistência de cabeça para o segundo golo. E o Moreira sofre um golo pelo segundo jogo consecutivo sem fazer uma defesa difícil.
Este campeonato vai ser um sofrimento até final, mas eu espero que este jogo nos sirva de lição. É perfeitamente escusado sofrer desta maneira. Na 1ª parte, a Naval fartou-se de abrir espaços na defesa porque estava balanceada no ataque, mas como nós não acertávamos três passes seguidos(!) nunca conseguimos criar perigo. E nesta fase da época isto não se devia admitir na nossa equipa, até porque os mesmos jogadores pareciam outros depois do golo do empate. O “se” que eu coloco é: como seria se o golo deles fosse mais perto do final? Façam o “controlo do jogo” à vontade, mas POR FAVOR com uma vantagem de pelo menos dois golos. Pode ser?
P.S. – Vai haver um festival durante esta semana toda, porque o golo da vitória surgiu na sequência de um livre em que não houve falta. A bola bateu na cara de um jogador da Naval e não na mão, se bem que na imagem vista de trás dê mesmo a impressão que foi com a mão. O Sr. João Ferreira equivocou-se e assinalou mal o livre. SÓ QUE comparar um livre ainda longe da baliza com um penalty ou um fora-de-jogo mal assinalado é, como diria o Mourinho, uma prostituição intelectual. Mas vai haver gente que o vai fazer, não tenhamos dúvidas. Aliás, de certeza que será gente adepta de um clube que está muito habituado a lidar com estas senhoras.
P.P.S. – E vai escamotear-se o facto de o Hugo Morais, jogador do Leixões, ter saltado com os braços no ar num canto a favor do CRAC, provocando um óbvio penalty quando ainda estava 0-0. Um lance completamente absurdo (ou talvez não...), aliás muito semelhante ao que o Filipe Lopes, do Nacional, fez no último minuto do jogo precisamente contra o mesmo adversário e quando a partida também estava empatada. Que coincidências existem no futebol em Portugal...
sábado, fevereiro 28, 2009
Desnecessário sofrimento
Vencemos o Leixões (2-1) e, aconteça o que acontecer amanhã no jogo do CRAC frente aos lagartos, iremos sempre ganhar pontos em relação a pelo menos um deles. Foi uma vitória muito sofrida, o que, se à partida se estaria à espera já que o Leixões é a grande revelação do campeonato, depois de termos feito o 2-0 aos 67’ foi uma desagradável surpresa.
Iniciámos muito bem o jogo, facto a que não foi alheio a colocação do Ruben Amorim ao lado do Katsouranis no meio-campo e a um Di María mais objectivo e lutador do que em partidas anteriores. Pode até dizer-se que entrámos com um dinâmica de 2ª parte e foi sem surpresa que chegámos ao golo aos 16’. Quer dizer, chegaram ao golo por nós, neste caso o defesa-central Elvis (se bem que, se ele não tivesse tocado na bola, o Cardozo que estava mesmo atrás certamente faria golo). Mais uma vez fomos incapazes de marcar um golo nos primeiros 45’, mas desde que a bola entre na baliza adversária está tudo bem para mim :-). Pouco depois foi por um triz que o Luisão não marcou um dos golos do campeonato, já que o seu pontapé de bicicleta passou rente ao poste. Até final da 1ª parte, o jogo manteve-se equilibrado, mas sem o Leixões conseguir fazer um remate com perigo à nossa baliza. De salientar pela negativa a lesão muscular do Ruben Amorim, que foi substituído pelo Carlos Martins, o que teve como consequência o abaixamento da nossa produção. Mesmo perto do intervalo, o Cardozo resolveu armar-se em Nuno Gomes e tentar fazer um passe para um colega, quando estava em boa posição de rematar à baliza. Foi pena, porque iríamos para os balneários mais descansados.
E, como que a confirmar isso, a 2ª parte foi completamente diferente da 1ª e para pior. Demos a iniciativa ao adversário, o que teoricamente não estaria mal visto se fôssemos mais acutilantes e perigosos no contra-ataque. Porém, isso não aconteceu muitas vezes. Mesmo assim tivemos boas oportunidades para marcar pelo Reyes (boa defesa do Beto) e Cardozo (péssima recepção a um passe de morte do Di María). Aos 67’ o paraguaio redimiu-se ao fazer uma boa jogada pela direita e centrar para a cabeça do Nuno Gomes (que entretanto tinha substituído o Reyes), que fez o 2-0. Pensei eu que poderíamos ficar descansados até ao fim, mas foi pura ilusão. Numa decisão inexplicável, o Quique resolveu esgotar as substituições aos 72’, fazendo entrar o Balboa para o lugar do Di María. Quanto a mim, estando a equipa a ganhar, é sempre de deixar uma alteração para fazer mais perto do fim do jogo para que não aconteça exactamente o que aconteceu nesta partida: dois minutos depois, o Carlos Martins teve uma lesão muscular e ficámos a jogar com 10 até final. E, para piorar as coisas, o Leixões reduziu o marcador nesse mesmo minuto 74’. Como se já não bastasse estarmos com 10, o nosso meio-campo era constituído pelo Balboa, Katsouranis, Aimar e Nuno Gomes a extremo-esquerdo! Temi imenso pela vitória, mas um espírito de sacrifício de saudar, uma entreajuda enorme e uma capacidade muito boa de adormecer o jogo fez com que conseguíssemos manter o resultado.
Gostei muito do Miguel Vítor, que demonstra uma sobriedade invulgar para os seus 19 anos, além de ter gerido muito bem o amarelo da 1ª parte, do Cardozo, muito bem naquilo em que não é tão bom (jogar para os colegas, tabelar e assistir) e menos bem na sua especialidade (a finalização), e do Luisão, que foi muito importante para manter as tropas unidas lá atrás na altura do aperto. O Aimar está a subir de forma e fisicamente parece muito bem, embora por vezes não solte a bola tão rápido quanto fosse desejável. Também o Di María me pareceu mais adulto e mais disponível para ajudar a defender. Mas em geral toda a equipa esteve bastante bem no plano da entrega ao jogo. Só foi pena o jogo ter passado ao lado do Reyes, muito menos decisivo que em alturas anteriores. E, claro está, eu gosto sempre que o Nuno Gomes faça golos (embora depois a defender, numa posição que está muito longe de ser a sua, tenha feito alguns passes errados).
Gostaria de terminar este post com uma pergunta ao Quique: qual foi a sua ideia de, estando a ganhar, esgotar as substituições a 18’ do fim e ainda por cima para colocar o Balboa?! O facto de a maioria dos treinadores, quando estão a ganhar, deixar uma substituição por fazer até aos minutos finais deveria querer dizer alguma coisa. Eu achei logo na altura que era desafiar a sorte, o que se veio infelizmente a confirmar. Por favor, não volte a fazer o mesmo, sim? É que eu vou viver menos cinco anos por causa do sofrimento desta parte final...
P.S. - Depois da vergonha deste jogo, voltámos a ter o desprazer de ser arbitrados pelo Sr. Lucílio Baptista. Que, dentro do seu estilo insuportavelmente espalhafatoso, conseguiu não nos prejudicar desta vez. Oito jogos depois, voltámos a ganhar uma partida arbitrada por este espécime. Ainda há milagres.
Iniciámos muito bem o jogo, facto a que não foi alheio a colocação do Ruben Amorim ao lado do Katsouranis no meio-campo e a um Di María mais objectivo e lutador do que em partidas anteriores. Pode até dizer-se que entrámos com um dinâmica de 2ª parte e foi sem surpresa que chegámos ao golo aos 16’. Quer dizer, chegaram ao golo por nós, neste caso o defesa-central Elvis (se bem que, se ele não tivesse tocado na bola, o Cardozo que estava mesmo atrás certamente faria golo). Mais uma vez fomos incapazes de marcar um golo nos primeiros 45’, mas desde que a bola entre na baliza adversária está tudo bem para mim :-). Pouco depois foi por um triz que o Luisão não marcou um dos golos do campeonato, já que o seu pontapé de bicicleta passou rente ao poste. Até final da 1ª parte, o jogo manteve-se equilibrado, mas sem o Leixões conseguir fazer um remate com perigo à nossa baliza. De salientar pela negativa a lesão muscular do Ruben Amorim, que foi substituído pelo Carlos Martins, o que teve como consequência o abaixamento da nossa produção. Mesmo perto do intervalo, o Cardozo resolveu armar-se em Nuno Gomes e tentar fazer um passe para um colega, quando estava em boa posição de rematar à baliza. Foi pena, porque iríamos para os balneários mais descansados.
E, como que a confirmar isso, a 2ª parte foi completamente diferente da 1ª e para pior. Demos a iniciativa ao adversário, o que teoricamente não estaria mal visto se fôssemos mais acutilantes e perigosos no contra-ataque. Porém, isso não aconteceu muitas vezes. Mesmo assim tivemos boas oportunidades para marcar pelo Reyes (boa defesa do Beto) e Cardozo (péssima recepção a um passe de morte do Di María). Aos 67’ o paraguaio redimiu-se ao fazer uma boa jogada pela direita e centrar para a cabeça do Nuno Gomes (que entretanto tinha substituído o Reyes), que fez o 2-0. Pensei eu que poderíamos ficar descansados até ao fim, mas foi pura ilusão. Numa decisão inexplicável, o Quique resolveu esgotar as substituições aos 72’, fazendo entrar o Balboa para o lugar do Di María. Quanto a mim, estando a equipa a ganhar, é sempre de deixar uma alteração para fazer mais perto do fim do jogo para que não aconteça exactamente o que aconteceu nesta partida: dois minutos depois, o Carlos Martins teve uma lesão muscular e ficámos a jogar com 10 até final. E, para piorar as coisas, o Leixões reduziu o marcador nesse mesmo minuto 74’. Como se já não bastasse estarmos com 10, o nosso meio-campo era constituído pelo Balboa, Katsouranis, Aimar e Nuno Gomes a extremo-esquerdo! Temi imenso pela vitória, mas um espírito de sacrifício de saudar, uma entreajuda enorme e uma capacidade muito boa de adormecer o jogo fez com que conseguíssemos manter o resultado.
Gostei muito do Miguel Vítor, que demonstra uma sobriedade invulgar para os seus 19 anos, além de ter gerido muito bem o amarelo da 1ª parte, do Cardozo, muito bem naquilo em que não é tão bom (jogar para os colegas, tabelar e assistir) e menos bem na sua especialidade (a finalização), e do Luisão, que foi muito importante para manter as tropas unidas lá atrás na altura do aperto. O Aimar está a subir de forma e fisicamente parece muito bem, embora por vezes não solte a bola tão rápido quanto fosse desejável. Também o Di María me pareceu mais adulto e mais disponível para ajudar a defender. Mas em geral toda a equipa esteve bastante bem no plano da entrega ao jogo. Só foi pena o jogo ter passado ao lado do Reyes, muito menos decisivo que em alturas anteriores. E, claro está, eu gosto sempre que o Nuno Gomes faça golos (embora depois a defender, numa posição que está muito longe de ser a sua, tenha feito alguns passes errados).
Gostaria de terminar este post com uma pergunta ao Quique: qual foi a sua ideia de, estando a ganhar, esgotar as substituições a 18’ do fim e ainda por cima para colocar o Balboa?! O facto de a maioria dos treinadores, quando estão a ganhar, deixar uma substituição por fazer até aos minutos finais deveria querer dizer alguma coisa. Eu achei logo na altura que era desafiar a sorte, o que se veio infelizmente a confirmar. Por favor, não volte a fazer o mesmo, sim? É que eu vou viver menos cinco anos por causa do sofrimento desta parte final...
P.S. - Depois da vergonha deste jogo, voltámos a ter o desprazer de ser arbitrados pelo Sr. Lucílio Baptista. Que, dentro do seu estilo insuportavelmente espalhafatoso, conseguiu não nos prejudicar desta vez. Oito jogos depois, voltámos a ganhar uma partida arbitrada por este espécime. Ainda há milagres.
domingo, fevereiro 22, 2009
Culpa própria

O Quique apostou na mesma equipa que jogou em casa do CRAC, mas a exibição esteve a léguas de distância. Entrámos praticamente a perder com um golo do etíope dos supermercados logo aos 11’ na sequência de um canto cedido depois de um disparate do David Luiz. Demorámos tempo a reagir, mas os lagartos não criaram mais nenhuma grande oportunidade. A meio da 1ª parte equilibrámos as coisas e tivemos o nosso melhor período, com uma cabeçada do Yebda ao poste e outra boa jogada em que o francês chegou atrasado a um centro do Reyes. A dez minutos do intervalo, e 25(!) anos depois, voltámos a beneficiar de um penalty na casa dos lagartos. Falta indiscutível do Polga sobre o Suazo, mas foi preciso ser o fiscal-de-linha a marcá-la, já que o Sr. Olegário tem graves problemas de visão quando nós estamos em campo. O Reyes marcou para o centro da baliza e rasteiro (que susto!), mas a bola lá entrou. Estava feito o empate e pouco depois chegou o intervalo.
Na 2ª parte, e à semelhança do jogo da Taça no ano passado, não sei o que se passou com a equipa. Praticamente deixámos de jogar. Os lagartos entravam pela nossa defesa como queriam, tinham todo o espaço do mundo, corriam mais que nós e chegavam naturalmente primeiro à bola. Claro que para isto ajudou e muito um golo logo aos 47’. Depois de outra má intervenção do David Luiz, que deixou o Derlei sozinho, este, como costuma fazer contra nós no WC, não falhou. Foi penoso ver como não conseguimos reagir ao golo sofrido e neste período acabámos por ter sorte por o resultado não ser ter avolumado. As substituições (entradas do Di María e Cardozo) melhoraram ligeiramente a equipa, mas não o suficiente para que passássemos a criar perigo de uma maneira regular. E, infelizmente, foi sem surpresa que sofremos o 3º golo aos 82’, novamente pelo etíope dos supermercados num grande golpe de cabeça. Curiosamente reagimos melhor a este golo do que ao 2-1 e ainda conseguimos marcar no último minuto, depois de um bom centro do Maxi e uma ainda melhor cabeçada do Cardozo. Só que já não houve tempo para mais.
Individualmente, os menos maus foram o Moreira (com excepção de uma saída um pouco extemporânea, esteve muito seguro), o Luisão e, com um bocadinho de boa vontade, o Aimar. O problema foi que houve uma série de jogadores que estiveram muito abaixo das suas potencialidades: Suazo (só ganhou o penalty, não fez mais nada), Reyes (muito fraco para quem tinha o Pedro Silva pela frente), Ruben Amorim (nem quando passou para o meio melhorou) e, claro está, o David Luiz (que terá feito o pior jogo pelo Benfica). Fraquitos também estiveram o Katsouranis e o Yebda. E, por último, só um recado. Sr. Quique, perceba por favor uma coisa: o Cardozo é o MELHOR avançado do Benfica. Marcou 22 golos na sua época de estreia na Europa no ano passado e este ano, com mais 20’ de utilização que o Suazo, marcou quase o dobro dos golos dele (7 contra 4). Eu não me interessa se o Suazo é mais rápido ou melhor tecnicamente, a valia de um avançado mede-se com golos e neste aspecto o paraguaio bate todos os outros. Já para não falar no pequeno pormenor de ele ser 100% jogador do Benfica, enquanto o hondurenho está cá por empréstimo, sem direito de opção, e com um ordenado incompatível para a nossa realidade.
Na próxima 6ª feira teremos um dos jogos mais importantes da época. Iremos receber o Leixões na véspera de um CRAC – lagartos. Temos OBRIGATORIAMENTE que ganhar para aproveitar o facto de um deles (ou os dois) perderem pontos. Caso contrário, temo muito pelo resto da época.
P.S. – Já sei que a lagartada virá falar do penalty não assinalado por causa da mão/cotovelo do Maxi perto do intervalo. Têm toda a razão, mas espero que não se esqueçam do puxão ao Aimar dentro da área logo no início do jogo que poderia ter mudado o curso do mesmo.
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Chateado
Vencemos o Paços de Ferreira (3-2) e continuamos a um ponto do CRAC, tendo os lagartos três pontos atrás de nós. No entanto, este jogo teve o condão de me deixar muito chateado à saída do estádio, o que raramente acontece após uma vitória. E a razão é muito simples: é INADMISSÍVEL que o Benfica chegue aos 92’ a ganhar por 3-1 e nos dois minutos finais só não tenha empatado a partida porque existe uma coisa chamada poste. Ainda por cima, tivemos por duas vezes uma vantagem de dois golos e em ambas as ocasiões exibimos desconcentrações IMPERDOÁVEIS na defesa. Foi quase um déjà vu do Benfica – Belenenses disputado no Estádio Nacional em 2003/04.
Para não fugir à regra, a 1ª parte foi para esquecer. Lentos, sem ideias, sem criar situações de golo, com excepção de uma cabeçada do Luisão à trave na sequência de um livre e posterior recarga do Aimar para grande defesa do guarda-redes Cássio. Fazer uma jogada de jeito (pela esquerda com o Aimar que depois resultou em canto) em 45’ é de uma pobreza franciscana atroz. Em relação à partida na casa do CRAC, entraram o nº 25, Carlos Martins e Cardozo para os lugares do Maxi Pereira (castigado, jogando o David Luiz no seu lugar), Yebda (com o 4º amarelo) e Suazo (com fadiga muscular). Mas toda a atitude da equipa foi muito má nos primeiros 45’. Raramente utilizámos a velocidade, o Cardozo estava marcadíssimo na frente, o Aimar manietado pelos defesas e o Carlos Martins completamente desastrado no passe. Juntando a isto um Ruben Amorim e um Katsouranis uns furos abaixo do habitual, facilmente se chega à conclusão que o Reyes não dá para tudo.
Na 2ª parte as coisas melhoraram, principalmente em termos de atitude. Fomos mais aguerridos nas disputas dos lances e começámos a empurrar o Paços para o meio-campo deles. Só que o golo não aparecia, até que o Quique fez uma substituição que virou a partida: entrou o Di María e saiu o Carlos Martins. O argentino entrou muito bem no jogo e FINALMENTE vimos o Ruben Amorim na sua posição de origem no meio-campo. A nossa exibição mudou da noite para o dia e em quatro minutos (69’ e 73’) marcámos dois golos: Cardozo (quebrou a malapata!) e Ruben Amorim (grande remate de fora da área). Só que dois minutos depois o Paços reduziu, num lance em que o Sidnei facilitou. Parece que está escrito este ano que não temos direito a ver nenhum jogo na Luz sossegados. Faltavam 15’ para terminar a partida e o Paços não mostrava capacidade para chegar com perigo à nossa baliza. No entanto, um golo de vantagem deixa-me sempre muito nervoso. Mas aos 86’ o Di María resolveu marcar o golo do campeonato: remate de primeira a 35m da baliza e bola lá dentro. Todos respirámos de alívio, só que foi precoce. Porque nos últimos dois minutos o Paços não só reduziu, num lance em que o defesa-esquerdo deles apareceu sozinho na área (onde estava o acompanhamento do Di María?!) e depois o David Luiz provocou uma falta desnecessária que resultou na tal bola ao poste. Acabámos por ter sorte no final, mas estes lances tiraram-me completamente o sabor da vitória: não podemos ficar à mercê da sorte a ganhar 3-1 aos 92’!!
A exibição colectiva não foi muito conseguida e isso reflecte-se também nas performances individuais. Gostei imenso de ver o Ruben Amorim no meio, ele que estava a fazer um jogo muito mau até aí, o Di María se jogar sempre assim (não foi só o golo) torna-se um caso sério e o Reyes é dos poucos que não tem medo de partir para o um contra um.
A vitória, ao contrário do que disse o treinador do Paços, Paulo Sérgio, é justíssima. Aliás, tenho muito pena que ninguém lhe tenha perguntado o porquê da vergonha de queimar tempo logo a partir dos 5'! Perdi a conta às vezes que um jogador deles parecia que morria em campo e lá entrava a maca. O que é que equipas destas estão a fazer na I Divisão?! Para a semana vamos ao WC e sinceramente estou confiante. Nos jogos grandes costumamo-nos superar.
P.S. – Um penalty marcado num lance muito semelhante a um do Suazo frente ao Braga que não foi nada e um 2-1 num salto ao eixo do Farias sobre o central a 4’ do fim, com os cumprimentos do Sr. Elmano Santos (o tal do Belenenses – Benfica...), assinalaram o vitória do CRAC frente ao Rio Ave. A pouca vergonha continua.
Para não fugir à regra, a 1ª parte foi para esquecer. Lentos, sem ideias, sem criar situações de golo, com excepção de uma cabeçada do Luisão à trave na sequência de um livre e posterior recarga do Aimar para grande defesa do guarda-redes Cássio. Fazer uma jogada de jeito (pela esquerda com o Aimar que depois resultou em canto) em 45’ é de uma pobreza franciscana atroz. Em relação à partida na casa do CRAC, entraram o nº 25, Carlos Martins e Cardozo para os lugares do Maxi Pereira (castigado, jogando o David Luiz no seu lugar), Yebda (com o 4º amarelo) e Suazo (com fadiga muscular). Mas toda a atitude da equipa foi muito má nos primeiros 45’. Raramente utilizámos a velocidade, o Cardozo estava marcadíssimo na frente, o Aimar manietado pelos defesas e o Carlos Martins completamente desastrado no passe. Juntando a isto um Ruben Amorim e um Katsouranis uns furos abaixo do habitual, facilmente se chega à conclusão que o Reyes não dá para tudo.
Na 2ª parte as coisas melhoraram, principalmente em termos de atitude. Fomos mais aguerridos nas disputas dos lances e começámos a empurrar o Paços para o meio-campo deles. Só que o golo não aparecia, até que o Quique fez uma substituição que virou a partida: entrou o Di María e saiu o Carlos Martins. O argentino entrou muito bem no jogo e FINALMENTE vimos o Ruben Amorim na sua posição de origem no meio-campo. A nossa exibição mudou da noite para o dia e em quatro minutos (69’ e 73’) marcámos dois golos: Cardozo (quebrou a malapata!) e Ruben Amorim (grande remate de fora da área). Só que dois minutos depois o Paços reduziu, num lance em que o Sidnei facilitou. Parece que está escrito este ano que não temos direito a ver nenhum jogo na Luz sossegados. Faltavam 15’ para terminar a partida e o Paços não mostrava capacidade para chegar com perigo à nossa baliza. No entanto, um golo de vantagem deixa-me sempre muito nervoso. Mas aos 86’ o Di María resolveu marcar o golo do campeonato: remate de primeira a 35m da baliza e bola lá dentro. Todos respirámos de alívio, só que foi precoce. Porque nos últimos dois minutos o Paços não só reduziu, num lance em que o defesa-esquerdo deles apareceu sozinho na área (onde estava o acompanhamento do Di María?!) e depois o David Luiz provocou uma falta desnecessária que resultou na tal bola ao poste. Acabámos por ter sorte no final, mas estes lances tiraram-me completamente o sabor da vitória: não podemos ficar à mercê da sorte a ganhar 3-1 aos 92’!!
A exibição colectiva não foi muito conseguida e isso reflecte-se também nas performances individuais. Gostei imenso de ver o Ruben Amorim no meio, ele que estava a fazer um jogo muito mau até aí, o Di María se jogar sempre assim (não foi só o golo) torna-se um caso sério e o Reyes é dos poucos que não tem medo de partir para o um contra um.
A vitória, ao contrário do que disse o treinador do Paços, Paulo Sérgio, é justíssima. Aliás, tenho muito pena que ninguém lhe tenha perguntado o porquê da vergonha de queimar tempo logo a partir dos 5'! Perdi a conta às vezes que um jogador deles parecia que morria em campo e lá entrava a maca. O que é que equipas destas estão a fazer na I Divisão?! Para a semana vamos ao WC e sinceramente estou confiante. Nos jogos grandes costumamo-nos superar.
P.S. – Um penalty marcado num lance muito semelhante a um do Suazo frente ao Braga que não foi nada e um 2-1 num salto ao eixo do Farias sobre o central a 4’ do fim, com os cumprimentos do Sr. Elmano Santos (o tal do Belenenses – Benfica...), assinalaram o vitória do CRAC frente ao Rio Ave. A pouca vergonha continua.
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
A esterqueira do costume
Um LADRÃO chamado Sr. Pedro Proença impediu-nos de ganhar na casa do CRAC (1-1). É tão simples quanto isto. É mais um lance que este GATUNO decide contra nós e que nos ROUBA pontos. Não há palavras para descrever a indignação, o ódio e a revolta que sinto contra esta ESTRUMEIRA de futebol em que estamos inseridos, em que o expoente máximo é este clube que só continua a pavonear-se na I Divisão porque a Justiça em Portugal é igual à democracia na China. Continua tudo na mesma e as moscas e o seu alimento continuam a poluir o desporto em Portugal. Assim sendo, nada mais nos resta do que esperar que a Natureza faça o seu curso ou que haja alguma cadeira salvadora. O campeão nacional deste e dos próximos anos já está encontrado. Este país mete NOJO!
Fizemos um bom jogo, aliás na senda de outros jogos importantes em que a nossa qualidade exibicional melhorou substancialmente. O CRAC teve algumas oportunidades no início da partida, mas o Moreira não teve que fazer nenhuma defesa particularmente difícil. A partir de metade da 1ª parte, assumimos o controlo do jogo e não o largámos até final. Perto do intervalo, um canto muito bem marcado pelo Reyes descobre o Yebda ao segundo poste e fomos para o descanso em vantagem. Na 2ª parte, o CRAC teve mais posse de bola, mas nenhuma grande oportunidade de golo. E os poucos remates que foram à baliza encontraram um muito seguro Moreira. Nós tivemos outra boa hipótese para marcar pelo Suazo, mas o seu cabeceamento passou rente ao poste já com o Helton batido. Até que aos 71’ o Sr. Pedro Proença, a dois metros da jogada, resolve DELIBERADAMENTE marcar penalty numa simulação grosseira do Lisandro perante o Yebda. E, como o Lucho só falha penalties contra os lagartos, foi feito o empate num lance que é o espelho da CORRUPÇÃO que nos infesta todos há 30 anos. Até final ainda tivemos um remate do David Luiz que poderia ter sido com mais força, mas que se fosse golo muito provavelmente ainda seria anulado.
Numa exibição muito bem conseguida que se não fosse o ESTERCO de futebol em que estamos inseridos nos teria valido a vitória, não é fácil destacar alguém individualmente. No entanto, acho que o Aimar merece uma referência porque até hoje tinha feito muito pouco com a gloriosa camisola. Também gostei do Moreira que se apresentou sempre muito seguro. O Yebda subiu igualmente de produção em relação a partida anteriores, ao contrário do Katsouranis que errou mais passes do que é habitual. A defesa esteve quase sempre bem, com excepção dos primeiros 20’ em que os jogadores do CRAC tiveram algumas ocasiões para rematar à vontade.
Um palavra final para o Di María que substituiu o Suazo (apagado, porque veio de uma lesão) aos 62’: não te vale de nada saberes fintar meia-equipa contrária, se depois tens o remate mais ridículo da história do futebol. Estás há um ano e meio no Benfica e não se vê evolução nenhuma! Tens o Cardozo na equipa e o Eusébio no clube, pede-lhes explicações sobre os remates à baliza: nesta partida fizeste três e qual deles terá sido o mais idiota? Quando se remata, convém estar com os olhos abertos, caso contrário acontece o que acontece quando tu rematas. Estar lá o guarda-redes ou não estar é a mesma coisa: a bola nunca vai à baliza. Pensa nisto, está bem?
Resta-nos lutar até ao final do campeonato pela melhor posição possível, ou seja, o 2º lugar. Da mesma maneira que nesta jornada não nos deixaram ganhar, assim vai acontecer até final do campeonato. A imundice continua e todos assobiam para o lado. Este cheiro nauseabundo causa-me cada vez mais vómitos. Que se afoguem nela todos os que são coniventes com esta CORRUPÇÃO é o que eu desejo.
Fizemos um bom jogo, aliás na senda de outros jogos importantes em que a nossa qualidade exibicional melhorou substancialmente. O CRAC teve algumas oportunidades no início da partida, mas o Moreira não teve que fazer nenhuma defesa particularmente difícil. A partir de metade da 1ª parte, assumimos o controlo do jogo e não o largámos até final. Perto do intervalo, um canto muito bem marcado pelo Reyes descobre o Yebda ao segundo poste e fomos para o descanso em vantagem. Na 2ª parte, o CRAC teve mais posse de bola, mas nenhuma grande oportunidade de golo. E os poucos remates que foram à baliza encontraram um muito seguro Moreira. Nós tivemos outra boa hipótese para marcar pelo Suazo, mas o seu cabeceamento passou rente ao poste já com o Helton batido. Até que aos 71’ o Sr. Pedro Proença, a dois metros da jogada, resolve DELIBERADAMENTE marcar penalty numa simulação grosseira do Lisandro perante o Yebda. E, como o Lucho só falha penalties contra os lagartos, foi feito o empate num lance que é o espelho da CORRUPÇÃO que nos infesta todos há 30 anos. Até final ainda tivemos um remate do David Luiz que poderia ter sido com mais força, mas que se fosse golo muito provavelmente ainda seria anulado.
Numa exibição muito bem conseguida que se não fosse o ESTERCO de futebol em que estamos inseridos nos teria valido a vitória, não é fácil destacar alguém individualmente. No entanto, acho que o Aimar merece uma referência porque até hoje tinha feito muito pouco com a gloriosa camisola. Também gostei do Moreira que se apresentou sempre muito seguro. O Yebda subiu igualmente de produção em relação a partida anteriores, ao contrário do Katsouranis que errou mais passes do que é habitual. A defesa esteve quase sempre bem, com excepção dos primeiros 20’ em que os jogadores do CRAC tiveram algumas ocasiões para rematar à vontade.
Um palavra final para o Di María que substituiu o Suazo (apagado, porque veio de uma lesão) aos 62’: não te vale de nada saberes fintar meia-equipa contrária, se depois tens o remate mais ridículo da história do futebol. Estás há um ano e meio no Benfica e não se vê evolução nenhuma! Tens o Cardozo na equipa e o Eusébio no clube, pede-lhes explicações sobre os remates à baliza: nesta partida fizeste três e qual deles terá sido o mais idiota? Quando se remata, convém estar com os olhos abertos, caso contrário acontece o que acontece quando tu rematas. Estar lá o guarda-redes ou não estar é a mesma coisa: a bola nunca vai à baliza. Pensa nisto, está bem?
Resta-nos lutar até ao final do campeonato pela melhor posição possível, ou seja, o 2º lugar. Da mesma maneira que nesta jornada não nos deixaram ganhar, assim vai acontecer até final do campeonato. A imundice continua e todos assobiam para o lado. Este cheiro nauseabundo causa-me cada vez mais vómitos. Que se afoguem nela todos os que são coniventes com esta CORRUPÇÃO é o que eu desejo.
domingo, fevereiro 01, 2009
São Pedro
Um golo do salvador Mantorras permitiu-nos derrotar o Rio Ave (1-0) numa partida marcada por um dilúvio bíblico que não tenho memória de ter existido no novo estádio. É claro que já houve jogos à chuva, mas ininterrupta durante 90’ é a 1ª vez. Nestas condições era difícil que o encontro fosse muito bem jogado, mas valeu pela entrega dos jogadores.
Perante a lesão do Suazo e o inacreditável castigo ao Katsouranis (por dizer o que toda a gente viu: que o Benfica – Nacional foi um roubo), o Quique resolveu apostar no Cardozo e Nuno Gomes, deixando o Aimar no banco, e no Carlos Martins a fazer companhia ao Yebda. O Reyes ficou igualmente no banco, mantendo o Di María a titularidade. Não entrámos nada bem na partida, com a maioria dos jogadores a ter dificuldade em perceber que, naquelas condições, o jogo rasteiro era quase impossível de ter sucesso. No entanto, tivemos uns óptimos 10’ finais da 1ª parte, em que atirámos uma bola ao poste pelo Cardozo, com uma recarga inacreditável do Di María (de longe, o pior jogador da equipa), que conseguiu atirar para fora com a baliza completamente à mercê, e um livre do Carlos Martins que proporcionou ao guarda-redes adversário a melhor defesa da partida.
Na 2ª parte pressionámos mais e o Rio Ave abdicou dos tímidos contra-ataques da 1ª. A solução passava quase sempre por jogar com a bola no ar, porque o relvado ia ficando cada vez mais impraticável. Um bom centro do Maxi Pereira proporcionou ao Cardozo a segunda bola ao poste (está cá com um galo...) e aos 66’ o Quique decidiu-se pela entrada do Mantorras (estreia no campeonato) para o lugar do Nuno Gomes. E o angolano só precisou de 4’ para deixar a sua marca na partida. Boa assistência de cabeça do Cardozo e uma óptima protecção da bola, seguida de rotação, para um remate rasteiro para o fundo da baliza por parte do nº 9. Foi o delírio nos 21.398 resistentes à chuva, frio e vento que marcaram presença no Estádio da Luz. Até final ainda apanhámos dois sustos (erros do Luisão e Moreira, que iam custando a vitória), mas felizmente o adversário revelou a pontaria consentânea com o último lugar que ocupa.
Individualmente há que destacar naturalmente o Mantorras. De facto, há qualquer coisa de sobrenatural nele. Dizem as estatísticas que marca um golo a mais ou menos cada 120’, o que é uma média excepcional para quem, ainda por cima, não é titular. O homem entra, o público e a equipa galvanizam-se, e não raras vezes mete a bola na baliza. Mais palavras para quê? É óbvio que tem lugar neste e nos futuros plantéis do Benfica até acabar a sua carreira. A mística também passa muito por aqui. Gostei igualmente bastante do Cardozo (duas bolas aos postes, a assistência para o golo e uma inesgotável capacidade de luta) e espero que o Quique se tenha convencido de uma vez por todas que ele TEM que ser titular. Outro que esteve em bom nível foi o Carlos Martins, que na 1ª parte foi dos poucos que percebeu que a bola tinha que ser jogada pelo ar por causa do estado do relvado. No entanto, há que ser justo e dizer que toda a equipa batalhou imenso e que isso compensou o pouco futebol que apresentámos, mas também acho que naquelas condições era difícil fazer melhor.
O ridículo futebol português em que vivemos não nos permite saber se iremos jogar na 4ª feira para a Taça da Liga e contra que adversário. No entanto, teremos isso sim uma partida importantíssima no próximo domingo. Iremos à pocilga defrontar o CRAC. Na pior das hipóteses, estaremos um ponto atrás deles, o que é uma melhoria significativa em relação às últimas épocas. Como este ano temos jogado bastante melhor as partidas teoricamente mais difíceis, tenho curiosidade em saber como será a nossa exibição. Espero é que não haja influências exteriores a decidir o curso do jogo. Que é como quem diz, o Sr. Lucílio Baptista. Alguém quer apostar que vai ser ele o árbitro?
Perante a lesão do Suazo e o inacreditável castigo ao Katsouranis (por dizer o que toda a gente viu: que o Benfica – Nacional foi um roubo), o Quique resolveu apostar no Cardozo e Nuno Gomes, deixando o Aimar no banco, e no Carlos Martins a fazer companhia ao Yebda. O Reyes ficou igualmente no banco, mantendo o Di María a titularidade. Não entrámos nada bem na partida, com a maioria dos jogadores a ter dificuldade em perceber que, naquelas condições, o jogo rasteiro era quase impossível de ter sucesso. No entanto, tivemos uns óptimos 10’ finais da 1ª parte, em que atirámos uma bola ao poste pelo Cardozo, com uma recarga inacreditável do Di María (de longe, o pior jogador da equipa), que conseguiu atirar para fora com a baliza completamente à mercê, e um livre do Carlos Martins que proporcionou ao guarda-redes adversário a melhor defesa da partida.
Na 2ª parte pressionámos mais e o Rio Ave abdicou dos tímidos contra-ataques da 1ª. A solução passava quase sempre por jogar com a bola no ar, porque o relvado ia ficando cada vez mais impraticável. Um bom centro do Maxi Pereira proporcionou ao Cardozo a segunda bola ao poste (está cá com um galo...) e aos 66’ o Quique decidiu-se pela entrada do Mantorras (estreia no campeonato) para o lugar do Nuno Gomes. E o angolano só precisou de 4’ para deixar a sua marca na partida. Boa assistência de cabeça do Cardozo e uma óptima protecção da bola, seguida de rotação, para um remate rasteiro para o fundo da baliza por parte do nº 9. Foi o delírio nos 21.398 resistentes à chuva, frio e vento que marcaram presença no Estádio da Luz. Até final ainda apanhámos dois sustos (erros do Luisão e Moreira, que iam custando a vitória), mas felizmente o adversário revelou a pontaria consentânea com o último lugar que ocupa.
Individualmente há que destacar naturalmente o Mantorras. De facto, há qualquer coisa de sobrenatural nele. Dizem as estatísticas que marca um golo a mais ou menos cada 120’, o que é uma média excepcional para quem, ainda por cima, não é titular. O homem entra, o público e a equipa galvanizam-se, e não raras vezes mete a bola na baliza. Mais palavras para quê? É óbvio que tem lugar neste e nos futuros plantéis do Benfica até acabar a sua carreira. A mística também passa muito por aqui. Gostei igualmente bastante do Cardozo (duas bolas aos postes, a assistência para o golo e uma inesgotável capacidade de luta) e espero que o Quique se tenha convencido de uma vez por todas que ele TEM que ser titular. Outro que esteve em bom nível foi o Carlos Martins, que na 1ª parte foi dos poucos que percebeu que a bola tinha que ser jogada pelo ar por causa do estado do relvado. No entanto, há que ser justo e dizer que toda a equipa batalhou imenso e que isso compensou o pouco futebol que apresentámos, mas também acho que naquelas condições era difícil fazer melhor.
O ridículo futebol português em que vivemos não nos permite saber se iremos jogar na 4ª feira para a Taça da Liga e contra que adversário. No entanto, teremos isso sim uma partida importantíssima no próximo domingo. Iremos à pocilga defrontar o CRAC. Na pior das hipóteses, estaremos um ponto atrás deles, o que é uma melhoria significativa em relação às últimas épocas. Como este ano temos jogado bastante melhor as partidas teoricamente mais difíceis, tenho curiosidade em saber como será a nossa exibição. Espero é que não haja influências exteriores a decidir o curso do jogo. Que é como quem diz, o Sr. Lucílio Baptista. Alguém quer apostar que vai ser ele o árbitro?
sábado, janeiro 24, 2009
Sempre o mesmo

Com a companhia de meia-Tertúlia Benfiquista (Pedro F. Ferreira, D’Arcy, Gwaihir, Pedrov, Superman Torras e Artur), enfrentei a intempérie para apoiar o Glorioso. E o que posso dizer é que esperava mais. Não em termos de entrega, que acho que houve, mas em qualidade futebolística. Eu lamento muito, mas não podemos falhar três oportunidades só com o guarda-redes pela frente. O Aimar é tecnicamente fantástico, porém já era tempo de fazer horas extraordinárias para treinar remates à baliza. É com cada um mais ridículo que o outro. Quem também tem que melhorar consideravelmente é o Suazo. É INADMISSÍVEL que um jogador como ele não só não marque golo isolado frente ao guarda-redes, como ainda simule um penalty (foi um déjà vu do Nuno Gomes em Rosenborg). E assim se fez a história do jogo, o Belenenses só estava interessado em não sofrer e nós mostrávamos inépcia na altura do remate. Entrámos bem na partida, com as tais duas oportunidades do Aimar, mas depois deixámo-nos adormecer pelo jogo defensivo do adversário. Mesmo assim, o mesmo Aimar poderia ter aberto o marcador se o desvio que fez de cabeça perto do intervalo não tivesse passado por cima da barra.
Na 2ª parte pressionámos mais (onde é que eu já vi isto...?), mas golos nem vê-los. O Quique fez entrar o Reyes (e fez-lhe forte críticas no fim, sinceramente não me pareceu que tivesse jogado assim tão mal), Nuno Gomes e Carlos Martins, mas eu continuo a não perceber como é que o melhor marcador da equipa se mantém no banco o jogo todo. Chegámos a metade do campeonato, as oportunidades ao Cardozo escasseiam, mas mesmo assim os outros não acertam tanto como ele. E o paraguaio no ano passado marcou mais de 20 golos. Não me parece nesta altura que o rendimento do Aimar (para não dizer do Suazo...) justifique a sua titularidade em detrimento do Cardozo. Com a expulsão do Miguel Vítor aos 82’ (o Sr. Elmano Santos encheu-nos de amarelos e este compensou), reparou-se finalmente que o Belenenses também estava a jogar, porque conseguiu passar do meio-campo. Nós tentávamos despejar bolas para a frente, mas o discernimento já não era o melhor e a falta de um jogador fez-se sentir.
Individualmente destaco o Luisão, Maxi Pereira e Katsouranis. Pela negativa, e mais uma vez, o Yebda. O francês está numa baixa de forma por demais evidente (contem as vezes que ele emperra o nosso jogo ao passar para o lado e para trás) e o grego não consegue fazer tudo no meio-campo. Muito medíocres, para além do Suazo e Aimar, esteve mais uma vez o Di María, que a única coisa de fez de bom foi isolar o hondurenho. Só que parece que o Reyes não está a corresponder ao que o Quique quer e por isso devemos ter que levar com o argentino durante mais uns jogos.
O Sr. Elmano Santos demonstrou mais uma vez que é um péssimo árbitro. Nem assinalou falta a um derrube claro ao Suazo fora da área no início do jogo, num lance em que se fosse mostrado vermelho não escandalizaria (e o defesa que o fez foi amarelado ainda na 1ª parte, portanto iria para a rua) e noutro perto do final que daria um livre perigosíssimo. Para além disso, não assinalou penalty num puxão mais que evidente ao Yebda na sequência de um livre. Mas também de quem marcou este penalty não se pode esperar muito mais...
Jogando antes dos rivais não aproveitámos para lhe meter pressão em cima. Vamos ver o que os lagartos fazem na Choupana e o CRAC em Braga. Espero é que não sejamos só nós, no jogo teoricamente mais fácil, a perder pontos. Pode ser (e ainda acredito) que façamos a festa no final, mas este campeonato vai ser um longo sofrimento...
segunda-feira, janeiro 12, 2009
Lisonjeiro
Vencemos o Braga (1-0) e, devido ao inesperado empate do Trofense em casa do CRAC, regressámos ao 1º lugar do campeonato com os mesmos pontos dos lagartos que estão em 2º. Foi uma partida muito complicada e acho que se pode dizer que a nossa vitória foi feliz.
Tal como eu tinha vaticinado na Tertúlia, o Quique manteve o Moreira na baliza e ele foi dos melhores (senão mesmo o melhor) em campo. O Braga tem uma boa equipa e o Jorge Jesus, apesar de ser um vaidoso e achar que é dos melhores do mundo, é de facto um bom treinador. Entrámos com vontade e querer na partida, mas não tivemos grandes ocasiões de golo. E isto essencialmente por duas razões: o Di María continua a ser a eterna promessa adiada e não conseguiu criar desequilíbrios na esquerda, e o Aimar esteve sempre muito marcado e mais preocupado a discutir as decisões do árbitro do que em jogar à bola. No meio-campo, o Yebda voltou às exibições menos conseguidas dos últimos tempos e o Katsouranis não dá para tudo. Na frente, o Suazo raramente tinha espaços e quando os havia, também não recebia a bola em condições. Mesmo assim teve um excelente remate que proporcionou ao Eduardo uma das melhores defesas da noite. Pouco depois houve um lance muito duvidoso na grande-área do Braga em que me deu a sensação que o Suazo foi empurrado quando tentava cabecear. Foi um pequeno toque com ele em voo, mas o suficiente para não chegar à bola. Se o Sr.Paulo Baptista tivesse marcado penalty não seria escândalo nenhum. No entanto, há que referir que o Braga também teve uma ou duas boas oportunidades, uma delas bem defendida pelo Moreira. Quando parecia que mais uma vez iríamos chegar ao intervalo sem marcar, eis que surgiu o único golo do jogo: livre bem marcado pelo Aimar e bom cabeceamento do David Luiz. No estádio não me apercebi de nada, mas vendo as imagens na televisão, é indesmentível que o nosso central (agora convertido a lateral-esquerdo) está em fora-de-jogo.
Na 2ª parte, esperava que explorássemos o contra-ataque perante a aguardada subida do Braga, mas infelizmente foram raras as vezes em que o fizemos em condições. Os níveis de confiança não andam nada altos e os jogadores têm dificuldades em manter a posse de bola. Entregámos o controlo da partida ao adversário, mas tivemos uma soberana ocasião para matar o jogo, quando aos 56’ o Di María caiu na área. Confesso que no estádio não me pareceu penalty, mas vendo em casa o argentino foi mesmo empurrado. É um daqueles lances que se fosse no meio-campo era sempre falta. Claro está que o Di María eventualmente poderia não ter caído, mas que foi empurrado isso é indesmentível. Infelizmente, o Suazo atirou muito denunciado e o guarda-redes defendeu. Temi pela nossa vitória neste lance, porque não nos estava a ver com capacidade para ir para cima deles e isso confirmou-se. Criámos muito pouco perigo na 2ª parte, ao contrário do adversário que teve algumas ocasiões para marcar, uma delas flagrante já perto do fim. O que nos valeu foi que quem chegou isolado frente ao Moreira foi o Renteria... Entretanto, já os bracarenses tinham reclamado não sei quantos penalties a favor deles. O lance do Katsouranis sobre o Alan não foi nada, o grego tocou a bola por entre as pernas do adversário, mas a jogada do Luisão sobre o Matheus foi de facto duvidosa. O nosso defesa fez um carrinho para cortar a bola, mas o avançado tirou-a de lá a tempo e acaba por haver contacto entre os dois. Não me pareceu de todo que o objectivo do Luisão fosse derrubar o adversário e não sei até que ponto este, ao ver as pernas do Luisão ali estendidas, não aproveitou para chocar com elas, mas se fosse marcado penalty teria de se aceitar a decisão do árbitro.
Individualmente, destaco o Moreira, que deu a melhor resposta possível ao jogo da Trofa, o David Luiz, apesar de alguns passes mal feitos, defendeu bem e marcou o golo da vitória, e também gostei bastante do Miguel Vítor, que só teve um intervenção falhada, mas depois safou o perigo na sequência da jogada. O Ruben Amorim também não esteve mal, assim como o Katsouranis. Todos os outros apresentaram um nível mediano.
As virgens ofendidas vão ter uma semana em cheio! “Aqui d’el rei, aqui d’el rei” que o Benfica foi beneficiado num jogo! Achei imensa piada às declarações do Jorge Jesus no final da partida e só tenho pena é que o dito senhor não tenha o que o Michael Thomas tinha para dizer o mesmo no estádio do clube regional quando, pelo Belenenses no ano passado, empatou um jogo em que sofreu um golo num fora-de-jogo do Postiga infinitamente pior do que o do David Luiz hoje. Vencemos uma partida num lance irregular em que o adversário até poderá ter sido melhor que nós. Mas a minha consciência está tranquila. Preferia que não tivesse sido assim, mas no deve-haver do campeonato continuamos com menos pontos do que deveríamos ter agora. E, como me disse o JAS, o lance do Nacional dá-nos crédito para o campeonato inteiro. Vou seguir com atenção os ecos que este jogo irá ter durante o resto da época. Poderemos ser prejudicado até final em todas as partidas, que os anti-Benfica irão sempre relembrá-lo. Tal como o E. Amadora-Benfica para a Taça da Liga no ano passado.
Tal como eu tinha vaticinado na Tertúlia, o Quique manteve o Moreira na baliza e ele foi dos melhores (senão mesmo o melhor) em campo. O Braga tem uma boa equipa e o Jorge Jesus, apesar de ser um vaidoso e achar que é dos melhores do mundo, é de facto um bom treinador. Entrámos com vontade e querer na partida, mas não tivemos grandes ocasiões de golo. E isto essencialmente por duas razões: o Di María continua a ser a eterna promessa adiada e não conseguiu criar desequilíbrios na esquerda, e o Aimar esteve sempre muito marcado e mais preocupado a discutir as decisões do árbitro do que em jogar à bola. No meio-campo, o Yebda voltou às exibições menos conseguidas dos últimos tempos e o Katsouranis não dá para tudo. Na frente, o Suazo raramente tinha espaços e quando os havia, também não recebia a bola em condições. Mesmo assim teve um excelente remate que proporcionou ao Eduardo uma das melhores defesas da noite. Pouco depois houve um lance muito duvidoso na grande-área do Braga em que me deu a sensação que o Suazo foi empurrado quando tentava cabecear. Foi um pequeno toque com ele em voo, mas o suficiente para não chegar à bola. Se o Sr.Paulo Baptista tivesse marcado penalty não seria escândalo nenhum. No entanto, há que referir que o Braga também teve uma ou duas boas oportunidades, uma delas bem defendida pelo Moreira. Quando parecia que mais uma vez iríamos chegar ao intervalo sem marcar, eis que surgiu o único golo do jogo: livre bem marcado pelo Aimar e bom cabeceamento do David Luiz. No estádio não me apercebi de nada, mas vendo as imagens na televisão, é indesmentível que o nosso central (agora convertido a lateral-esquerdo) está em fora-de-jogo.
Na 2ª parte, esperava que explorássemos o contra-ataque perante a aguardada subida do Braga, mas infelizmente foram raras as vezes em que o fizemos em condições. Os níveis de confiança não andam nada altos e os jogadores têm dificuldades em manter a posse de bola. Entregámos o controlo da partida ao adversário, mas tivemos uma soberana ocasião para matar o jogo, quando aos 56’ o Di María caiu na área. Confesso que no estádio não me pareceu penalty, mas vendo em casa o argentino foi mesmo empurrado. É um daqueles lances que se fosse no meio-campo era sempre falta. Claro está que o Di María eventualmente poderia não ter caído, mas que foi empurrado isso é indesmentível. Infelizmente, o Suazo atirou muito denunciado e o guarda-redes defendeu. Temi pela nossa vitória neste lance, porque não nos estava a ver com capacidade para ir para cima deles e isso confirmou-se. Criámos muito pouco perigo na 2ª parte, ao contrário do adversário que teve algumas ocasiões para marcar, uma delas flagrante já perto do fim. O que nos valeu foi que quem chegou isolado frente ao Moreira foi o Renteria... Entretanto, já os bracarenses tinham reclamado não sei quantos penalties a favor deles. O lance do Katsouranis sobre o Alan não foi nada, o grego tocou a bola por entre as pernas do adversário, mas a jogada do Luisão sobre o Matheus foi de facto duvidosa. O nosso defesa fez um carrinho para cortar a bola, mas o avançado tirou-a de lá a tempo e acaba por haver contacto entre os dois. Não me pareceu de todo que o objectivo do Luisão fosse derrubar o adversário e não sei até que ponto este, ao ver as pernas do Luisão ali estendidas, não aproveitou para chocar com elas, mas se fosse marcado penalty teria de se aceitar a decisão do árbitro.
Individualmente, destaco o Moreira, que deu a melhor resposta possível ao jogo da Trofa, o David Luiz, apesar de alguns passes mal feitos, defendeu bem e marcou o golo da vitória, e também gostei bastante do Miguel Vítor, que só teve um intervenção falhada, mas depois safou o perigo na sequência da jogada. O Ruben Amorim também não esteve mal, assim como o Katsouranis. Todos os outros apresentaram um nível mediano.
As virgens ofendidas vão ter uma semana em cheio! “Aqui d’el rei, aqui d’el rei” que o Benfica foi beneficiado num jogo! Achei imensa piada às declarações do Jorge Jesus no final da partida e só tenho pena é que o dito senhor não tenha o que o Michael Thomas tinha para dizer o mesmo no estádio do clube regional quando, pelo Belenenses no ano passado, empatou um jogo em que sofreu um golo num fora-de-jogo do Postiga infinitamente pior do que o do David Luiz hoje. Vencemos uma partida num lance irregular em que o adversário até poderá ter sido melhor que nós. Mas a minha consciência está tranquila. Preferia que não tivesse sido assim, mas no deve-haver do campeonato continuamos com menos pontos do que deveríamos ter agora. E, como me disse o JAS, o lance do Nacional dá-nos crédito para o campeonato inteiro. Vou seguir com atenção os ecos que este jogo irá ter durante o resto da época. Poderemos ser prejudicado até final em todas as partidas, que os anti-Benfica irão sempre relembrá-lo. Tal como o E. Amadora-Benfica para a Taça da Liga no ano passado.
segunda-feira, janeiro 05, 2009
Desastre
Perdemos na Trofa (0-2), campo do último classificado(!), e dissemos adeus à liderança no campeonato. Entrámos no novo ano com a pior exibição da época e, a continuar assim, adivinham-se tempos muito difíceis. Foi inexplicável a forma como encarámos esta partida e absolutamente lamentável que tivéssemos sido derrotados desta forma.
As ausências do Reyes (lesão) e Katsouranis (5º amarelo) não podem explicar tudo. É inadmissível que o Di María tenha feito a 1ª parte que fez, que naturalmente provocou a sua substituição ao intervalo pelo Cardozo, mas não foi o único. O Aimar continua a léguas do que pode valer e teve o condão de me irritar solenemente neste jogo, já que procurava sempre uma tabelinha a mais em vez de encarar a baliza adversária. Para além de ter falhado um golo isolado frente ao guarda-redes ainda com 0-0... O Suazo é outro que tem que ter um rendimento mais constante já que a sua qualidade (e preço) assim o exige. O Carlos Martins continua a não mostrar nada de especial e o Ruben Amorim está igualmente em baixo de forma. Juntando a tudo isto um frango do Moreira, mesmo antes do intervalo, que deu o 0-1, e o que fez o Binya (já lá vamos) foi meio caminho andado para a derrota. Os menos maus foram o Luisão e o Maxi Pereira (apesar de ter posto em jogo o marcador do 1º golo...).
O que é mais preocupante é que há quatro jogos que não marcamos golos (bem, marcámos contra o Nacional, mas enfim...) e a equipa parece que vem a decrescer de rendimento. Sinceramente não sei o que se passa, mas estamos numa fase crucial da época. Eu que queria chegar a casa do CRAC com quatro pontos de vantagem, vamos lá a ver se ao menos chegamos com a desvantagem actual de um ponto.
Deixei para o fim de propósito: Binya. Eu até tenho sido um defensor dele e sinceramente desde o malfadado jogo em Glasgow via melhorias na sua forma de jogar. Menos impetuoso, principalmente depois de ver o amarelo. Mas nesta partida passou das marcas. Ver dois amarelos ABSOLUTAMENTE idiotas em 15’ e deixar-nos a jogar com 10 durante a última meia-hora foi a gota de água que transbordou o meu copo. É INADMISSÍVEL que um jogador do Benfica, em qualquer caso mas principalmente quando já tem um amarelo, meta a mão à bola numa jogada inofensiva a meio-campo! Chame-se Binya ou outro qualquer. Se já era indesculpável connosco a ganhar, mais ainda o é quando estamos a perder e a correr atrás do resultado. Lamento muito, mas este tipo de BURRICE é incompatível com ser jogador do Sport Lisboa e Benfica. Obrigado pela dedicação e que sejas muito feliz na tua carreira, mas o teu lugar deixou de ser no meio de nós. Não se pode contar com alguém que faz isto.
P.S. – O Trofense fez o jogo da vida dele. E acho muito bem, já que estava a defrontar o maior clube do mundo. Demonstraram uma agressividade e um querer na procura da bola que são salutares. Quase comiam a relva. Mas palpita-me que para a semana não vai ser assim. Até porque o Hélder Barbosa deve ter uma lesão (daquelas que só dura uma semana e que coincide sempre que um clube defronta o CRAC) marcada.
As ausências do Reyes (lesão) e Katsouranis (5º amarelo) não podem explicar tudo. É inadmissível que o Di María tenha feito a 1ª parte que fez, que naturalmente provocou a sua substituição ao intervalo pelo Cardozo, mas não foi o único. O Aimar continua a léguas do que pode valer e teve o condão de me irritar solenemente neste jogo, já que procurava sempre uma tabelinha a mais em vez de encarar a baliza adversária. Para além de ter falhado um golo isolado frente ao guarda-redes ainda com 0-0... O Suazo é outro que tem que ter um rendimento mais constante já que a sua qualidade (e preço) assim o exige. O Carlos Martins continua a não mostrar nada de especial e o Ruben Amorim está igualmente em baixo de forma. Juntando a tudo isto um frango do Moreira, mesmo antes do intervalo, que deu o 0-1, e o que fez o Binya (já lá vamos) foi meio caminho andado para a derrota. Os menos maus foram o Luisão e o Maxi Pereira (apesar de ter posto em jogo o marcador do 1º golo...).
O que é mais preocupante é que há quatro jogos que não marcamos golos (bem, marcámos contra o Nacional, mas enfim...) e a equipa parece que vem a decrescer de rendimento. Sinceramente não sei o que se passa, mas estamos numa fase crucial da época. Eu que queria chegar a casa do CRAC com quatro pontos de vantagem, vamos lá a ver se ao menos chegamos com a desvantagem actual de um ponto.
Deixei para o fim de propósito: Binya. Eu até tenho sido um defensor dele e sinceramente desde o malfadado jogo em Glasgow via melhorias na sua forma de jogar. Menos impetuoso, principalmente depois de ver o amarelo. Mas nesta partida passou das marcas. Ver dois amarelos ABSOLUTAMENTE idiotas em 15’ e deixar-nos a jogar com 10 durante a última meia-hora foi a gota de água que transbordou o meu copo. É INADMISSÍVEL que um jogador do Benfica, em qualquer caso mas principalmente quando já tem um amarelo, meta a mão à bola numa jogada inofensiva a meio-campo! Chame-se Binya ou outro qualquer. Se já era indesculpável connosco a ganhar, mais ainda o é quando estamos a perder e a correr atrás do resultado. Lamento muito, mas este tipo de BURRICE é incompatível com ser jogador do Sport Lisboa e Benfica. Obrigado pela dedicação e que sejas muito feliz na tua carreira, mas o teu lugar deixou de ser no meio de nós. Não se pode contar com alguém que faz isto.
P.S. – O Trofense fez o jogo da vida dele. E acho muito bem, já que estava a defrontar o maior clube do mundo. Demonstraram uma agressividade e um querer na procura da bola que são salutares. Quase comiam a relva. Mas palpita-me que para a semana não vai ser assim. Até porque o Hélder Barbosa deve ter uma lesão (daquelas que só dura uma semana e que coincide sempre que um clube defronta o CRAC) marcada.
terça-feira, dezembro 23, 2008
Roubo de igreja
O Sr. Pedro Henriques SONEGOU-NOS descaradamente dois pontos na recepção ao Nacional (0-0) e não permitiu que aumentássemos a vantagem sobre os rivais que também empataram em casa a zero nesta jornada (lagartos com a Académica e CRAC com o Marítimo). Podemos fazer 300 análises diferentes ao jogo, dizer que o empate é o resultado mais justo, que o Nacional até jogou bastante bem, mas o que é facto é que aos 91’ o Benfica marcou um golo legalíssimo, que lhe daria certamente a vitória, e o Sr. Pedro Henriques viu uma intencionalidade na mão do Miguel Vítor que está no chão e de costas(!) para a jogada. É nestes pequenos pormenores que se vai decidindo um campeonato.
Há que dizer igualmente que não fizemos uma boa partida. Entrámos muito nervosos, com pouca dinâmica ofensiva e uma incapacidade gritante de fazer chegar a bola aos dois avançados (Suazo e Cardozo). Não percebi a titularidade do Yebda, que tinha sido dos piores jogadores contra o Metalist, em detrimento do Binya. Esta opção fez com que o Katsouranis, que é o médio que melhor coloca a bola na frente, jogasse a trinco e, portanto, muito longe da zona onde um bom passe pode fazer a diferença. Apesar da boa vontade e alguma velocidade do Di María, que veio de uma paragem um pouco prolongada, o Reyes fez muita falta, quanto mais não fosse na execução das bolas paradas. O Ruben Amorim também esteve pior que em partidas anteriores e assim era difícil criar ocasiões de perigo. Na 1ª parte tivemos apenas uma cabeçada do Yebda para a primeira de umas quantas boas defesas do Rafael Bracalli.
Na 2ª parte, entrámos ainda pior, com o Nacional a criar uma grande oportunidade de golo, em que só por sorte a bola não entrou. Continuámos estranhamente apáticos, sem capacidade para dominar o jogo durante uns bons 15’ e ainda vimos o Moreira salvar com o pé um remate de um avançado isolado. A partir daí fomos para cima do Nacional e tivemos excelentes ocasiões pelo Ruben Amorim (não se pode falhar isolado um golo daqueles...), Luisão (bom cabeceamento para excelente intervenção do guarda-redes) e Maxi Pereira (outra bola que não se pode falhar). Entretanto, tinha entrado o Nuno Gomes para o lugar do lesionado Di María (tal como na 1ª parte o Miguel Vítor substituiu o Sidnei, igualmente por lesão) e alinhávamos com três pontas-de-lança, com o nº 21 ligeiramente atrás dos outros dois. A 10’ do fim, houve um indiscutível segundo amarelo a um jogador do Nacional e a nossa pressão intensificou-se ainda mais. Mais com o coração do que com a cabeça, é certo, mas daria para ter chegado à vitória se não fosse o Sr. Pedro Henriques.
Individualmente destaco dois jogadores: o Luisão e Katsouranis. Enquanto o brasileiro mostra cada vez mais a sua preponderância na equipa e teve um corte genial na 1ª parte, o grego tem que ocupar no campo a posição correspondente ao seu número (oito). É ele que melhor faz a ligação entre a defesa e o ataque, ainda para mais nesta altura em que o Yebda está completamente fora de forma (acho que tem que voltar a ter a sua crista amarela). O Suazo desiludiu-me, porque dele espera-se sempre mais do que uma assistência e um cabeceamento ao lado. O Cardozo pode não ter um estilo muito gracioso, mas eu acho que tem condições para ser titular do Benfica. Neste jogo, gostei bastante mais dele do que do Suazo. Uma palavra final para o Miguel Vítor: não há dúvida que temos central. Muito concentrado, ainda com algumas arestas para limar, mas a garra e a concentração estão todas lá.
Voltamos a ser o “campeão de Inverno” 15 anos depois, mas este título é apenas oficioso. Temos que melhor a nossa prestação nos jogos futuros e é essencial ganhar as próximas quatro partidas antes de ir a casa do CRAC. No entanto, se voltarmos a ter arbitragens destas vai ser muito complicado. Até agora eu considerava o Sr. Pedro Henriques um árbitro honesto (mesmo apesar de aqui há uns anos, na altura em que o Mourinho treinava o CRAC, ter fechado os olhos a uma defesa com a mão do Vítor Baía fora de área num Gil Vicente-CRAC jogado em Guimarães e já para não falar neste e neste Benfica-lagartos), mas isto passou das marcas. Um árbitro que tem um critério “largo” e deixa jogar como é possível ter visto algo que não aconteceu, isto já para não falar de um agarrão ao Nuno Gomes na área aos 85’...? Será que vale a pena continuar a preocupar-nos a fazer equipas e plantéis quando quem decide os jogos mais equilibrados são sempre os mesmos e sempre para o mesmo lado?! Será que vale a pena continuar num jogo viciado em Portugal, onde o Sr. Duarte Gomes não vê um empurrão do Rolando ao Miguelito e um braço do Bruno Alves que desvia um remate do Manú, ambos dentro da área do CRAC, e o Sr. Pedro Henriques vê uma mão de um jogador do Benfica que está no chão e de costas?! ISTO É TUDO UMA POUCA VERGONHA!!!
Há que dizer igualmente que não fizemos uma boa partida. Entrámos muito nervosos, com pouca dinâmica ofensiva e uma incapacidade gritante de fazer chegar a bola aos dois avançados (Suazo e Cardozo). Não percebi a titularidade do Yebda, que tinha sido dos piores jogadores contra o Metalist, em detrimento do Binya. Esta opção fez com que o Katsouranis, que é o médio que melhor coloca a bola na frente, jogasse a trinco e, portanto, muito longe da zona onde um bom passe pode fazer a diferença. Apesar da boa vontade e alguma velocidade do Di María, que veio de uma paragem um pouco prolongada, o Reyes fez muita falta, quanto mais não fosse na execução das bolas paradas. O Ruben Amorim também esteve pior que em partidas anteriores e assim era difícil criar ocasiões de perigo. Na 1ª parte tivemos apenas uma cabeçada do Yebda para a primeira de umas quantas boas defesas do Rafael Bracalli.
Na 2ª parte, entrámos ainda pior, com o Nacional a criar uma grande oportunidade de golo, em que só por sorte a bola não entrou. Continuámos estranhamente apáticos, sem capacidade para dominar o jogo durante uns bons 15’ e ainda vimos o Moreira salvar com o pé um remate de um avançado isolado. A partir daí fomos para cima do Nacional e tivemos excelentes ocasiões pelo Ruben Amorim (não se pode falhar isolado um golo daqueles...), Luisão (bom cabeceamento para excelente intervenção do guarda-redes) e Maxi Pereira (outra bola que não se pode falhar). Entretanto, tinha entrado o Nuno Gomes para o lugar do lesionado Di María (tal como na 1ª parte o Miguel Vítor substituiu o Sidnei, igualmente por lesão) e alinhávamos com três pontas-de-lança, com o nº 21 ligeiramente atrás dos outros dois. A 10’ do fim, houve um indiscutível segundo amarelo a um jogador do Nacional e a nossa pressão intensificou-se ainda mais. Mais com o coração do que com a cabeça, é certo, mas daria para ter chegado à vitória se não fosse o Sr. Pedro Henriques.
Individualmente destaco dois jogadores: o Luisão e Katsouranis. Enquanto o brasileiro mostra cada vez mais a sua preponderância na equipa e teve um corte genial na 1ª parte, o grego tem que ocupar no campo a posição correspondente ao seu número (oito). É ele que melhor faz a ligação entre a defesa e o ataque, ainda para mais nesta altura em que o Yebda está completamente fora de forma (acho que tem que voltar a ter a sua crista amarela). O Suazo desiludiu-me, porque dele espera-se sempre mais do que uma assistência e um cabeceamento ao lado. O Cardozo pode não ter um estilo muito gracioso, mas eu acho que tem condições para ser titular do Benfica. Neste jogo, gostei bastante mais dele do que do Suazo. Uma palavra final para o Miguel Vítor: não há dúvida que temos central. Muito concentrado, ainda com algumas arestas para limar, mas a garra e a concentração estão todas lá.
Voltamos a ser o “campeão de Inverno” 15 anos depois, mas este título é apenas oficioso. Temos que melhor a nossa prestação nos jogos futuros e é essencial ganhar as próximas quatro partidas antes de ir a casa do CRAC. No entanto, se voltarmos a ter arbitragens destas vai ser muito complicado. Até agora eu considerava o Sr. Pedro Henriques um árbitro honesto (mesmo apesar de aqui há uns anos, na altura em que o Mourinho treinava o CRAC, ter fechado os olhos a uma defesa com a mão do Vítor Baía fora de área num Gil Vicente-CRAC jogado em Guimarães e já para não falar neste e neste Benfica-lagartos), mas isto passou das marcas. Um árbitro que tem um critério “largo” e deixa jogar como é possível ter visto algo que não aconteceu, isto já para não falar de um agarrão ao Nuno Gomes na área aos 85’...? Será que vale a pena continuar a preocupar-nos a fazer equipas e plantéis quando quem decide os jogos mais equilibrados são sempre os mesmos e sempre para o mesmo lado?! Será que vale a pena continuar num jogo viciado em Portugal, onde o Sr. Duarte Gomes não vê um empurrão do Rolando ao Miguelito e um braço do Bruno Alves que desvia um remate do Manú, ambos dentro da área do CRAC, e o Sr. Pedro Henriques vê uma mão de um jogador do Benfica que está no chão e de costas?! ISTO É TUDO UMA POUCA VERGONHA!!!
segunda-feira, dezembro 08, 2008
Seis
Goleámos o Marítimo na Madeira por 6-0 e estamos provisoriamente no 1º lugar do campeonato (se o Leixões não ganhar em Guimarães, deixará de ser provisório). Confesso que estava mais confiante do que seria de esperar para este jogo por duas razões: primeiro, porque o Luisão, Nuno Gomes e Aimar estavam de regresso aos convocados; segundo, porque este ano temos tido a capacidade de nos superar nos jogos teoricamente mais difíceis (Taça Uefa à parte).
E o que é facto é que o Benfica entrou na partida com uma atitude radicalmente oposta à da 2ª feira passada. Tivemos duas excelentes oportunidades (Suazo e Ruben Amorim) até marcarmos o 1º golo, através de um penalty do Reyes (pontaria a mais, bola no poste, mas por uma vez tivemos sorte no ressalto...) aos 20’, lance do qual resultou a expulsão do Marcos, guarda-redes adversário, que derrubou um isolado Suazo (enorme inteligência do Katsouranis a marcar rapidamente o livre para desmarcar o hondurenho). A jogar contra 10 desde tão cedo era expectável que o Benfica tornasse a partida mais fácil, o que só veio a acontecer na 2ª parte. No período entre o 1º e o 2º golo (canto bem marcado, desvio do Katsouranis ao primeiro poste e cabeçada do Suazo ao segundo) não gostei do nosso jogo. Muito lentos, a deixar correr o marfim, dando a aparência de estarmos satisfeitos com a vantagem mínima e sem procurar a baliza contrária. Não me importo nada que o Benfica faça a “gestão da vantagem”, mas de preferência quando estamos a ganhar por dois golos, sff. Com um golo de diferença, isso irrita-me profundamente, porque estamos sempre sujeitos a sofrer um num lance fortuito e depois queixamo-nos da injustiça.
A 2ª parte foi bastante melhor. A equipa soltou-se e finalmente notou-se a superioridade numérica. Por norma, eu só descanso aos 3-0 e vendo a arbitragem do Sr. Artur Soares Dias (já lá vamos...) mais ansioso fiquei pela marcação do 3º golo. Que surgiu aos 66’ pelo Luisão depois de outro livre bem marcado pelo Reyes. A resistência do Marítimo quebrou-se definitivamente e, até final, ainda deu para o Nuno Gomes (que substituiu o Aimar aos 81’) participar em três golos: desmarcando o Suazo para o 4-0 e marcando ele próprio os dois últimos. Gosto sempre bastante de ver o 21 a marcar, mesmo que seja quando o resultado já está feito. E, não sendo titular indiscutível, já tem mais golos que qualquer jogador do CRAC...
Com uma exibição muito boa em termos colectivos (se exceptuarmos os tais 20’ entre o 1º e 2º golo), é quase injusto individualizar, mas o Suazo e o Katsouranis foram os dois jogadores que mais se destacaram. O hondurenho marcou dois golos (e falhou pelo menos outros dois de baliza aberta...) e o grego participou activamente em três (1º, 2º e 5º). Gostei igualmente do regresso do Moreira à baliza e do facto de ele estar sempre atento às bolas lançadas em profundidade para a área (raramente deixa de sair quando tem de o fazer). O regresso do Luisão trouxe enorme estabilidade à nossa defesa e ele é indiscutivelmente um dos jogadores mais importantes da equipa. O David Luiz teve um excelente pormenor no cruzamento que fez para o 6-0, mas tem que ter cuidado com a forma como entra à bola, especialmente quando já tem um amarelo... O Reyes mantém um nível muito alto de jogo e continua a ser um jogador massacrado pelos adversários. O Ruben Amorim voltou às boas exibições e neste momento é um titular indiscutível do lado direito do meio-campo. Só o Aimar esteve algo longe daquilo que vale, mas tem a desculpa de vir de uma lesão. No entanto, nota-se que a equipa se movimenta melhor com ele em campo.
Para terminar, falemos noutra das figuras da partida: o Sr. Artur Soares Dias. Foi protagonista de uma arbitragem habilidosíssima à la Carlos Xistra. Pode parecer estranho falar dele num resultado do 6-0, mas a forma como conduziu a partida, especialmente na 2ª parte e até ao nosso 3º golo foi tudo menos inocente. Levámos sete(!) amarelos, dos quais só o do Luisão se justificou! Todos os outros seis entram directamente para o anedotário nacional, isto enquanto os jogadores do Marítimo distribuíam pau para toda a obra (o Reyes que o diga), aproveitavam para inadvertidamente pisar sempre um nosso jogador que estava no chão e acabaram o jogo com um(!) amarelo. Foi uma arbitragem escandalosa, que só acalmou com o golo do Luisão, porque com 3-0 convenhamos que era difícil fazer mais. A estratégia era clara: provocar um segundo amarelo a um jogador nosso, para equilibrar as coisas. Se sofrêssemos um golo, ficaríamos à rasca até final. Infelizmente para o Sr. Artur Soares Dias, o Luisão estragou-lhe os planos. Este jogo provou que o Benfica tem que ser mesmo MUITO melhor que o adversário, já que não poucas vezes este alinha com 14.
Para a semana, temos uma partida importantíssima para a Taça de Portugal. Vamos a Matosinhos e, como a continuidade na Uefa se afigura extremamente difícil (ganhar por 8-0 e esperar o empate no outro jogo seria um Natal antecipado), temos que concentrar todo o nosso esforço nas provas nacionais. E eu já tenho saudades de ir ao Jamor. E ainda mais de uma dobradinha...
E o que é facto é que o Benfica entrou na partida com uma atitude radicalmente oposta à da 2ª feira passada. Tivemos duas excelentes oportunidades (Suazo e Ruben Amorim) até marcarmos o 1º golo, através de um penalty do Reyes (pontaria a mais, bola no poste, mas por uma vez tivemos sorte no ressalto...) aos 20’, lance do qual resultou a expulsão do Marcos, guarda-redes adversário, que derrubou um isolado Suazo (enorme inteligência do Katsouranis a marcar rapidamente o livre para desmarcar o hondurenho). A jogar contra 10 desde tão cedo era expectável que o Benfica tornasse a partida mais fácil, o que só veio a acontecer na 2ª parte. No período entre o 1º e o 2º golo (canto bem marcado, desvio do Katsouranis ao primeiro poste e cabeçada do Suazo ao segundo) não gostei do nosso jogo. Muito lentos, a deixar correr o marfim, dando a aparência de estarmos satisfeitos com a vantagem mínima e sem procurar a baliza contrária. Não me importo nada que o Benfica faça a “gestão da vantagem”, mas de preferência quando estamos a ganhar por dois golos, sff. Com um golo de diferença, isso irrita-me profundamente, porque estamos sempre sujeitos a sofrer um num lance fortuito e depois queixamo-nos da injustiça.
A 2ª parte foi bastante melhor. A equipa soltou-se e finalmente notou-se a superioridade numérica. Por norma, eu só descanso aos 3-0 e vendo a arbitragem do Sr. Artur Soares Dias (já lá vamos...) mais ansioso fiquei pela marcação do 3º golo. Que surgiu aos 66’ pelo Luisão depois de outro livre bem marcado pelo Reyes. A resistência do Marítimo quebrou-se definitivamente e, até final, ainda deu para o Nuno Gomes (que substituiu o Aimar aos 81’) participar em três golos: desmarcando o Suazo para o 4-0 e marcando ele próprio os dois últimos. Gosto sempre bastante de ver o 21 a marcar, mesmo que seja quando o resultado já está feito. E, não sendo titular indiscutível, já tem mais golos que qualquer jogador do CRAC...
Com uma exibição muito boa em termos colectivos (se exceptuarmos os tais 20’ entre o 1º e 2º golo), é quase injusto individualizar, mas o Suazo e o Katsouranis foram os dois jogadores que mais se destacaram. O hondurenho marcou dois golos (e falhou pelo menos outros dois de baliza aberta...) e o grego participou activamente em três (1º, 2º e 5º). Gostei igualmente do regresso do Moreira à baliza e do facto de ele estar sempre atento às bolas lançadas em profundidade para a área (raramente deixa de sair quando tem de o fazer). O regresso do Luisão trouxe enorme estabilidade à nossa defesa e ele é indiscutivelmente um dos jogadores mais importantes da equipa. O David Luiz teve um excelente pormenor no cruzamento que fez para o 6-0, mas tem que ter cuidado com a forma como entra à bola, especialmente quando já tem um amarelo... O Reyes mantém um nível muito alto de jogo e continua a ser um jogador massacrado pelos adversários. O Ruben Amorim voltou às boas exibições e neste momento é um titular indiscutível do lado direito do meio-campo. Só o Aimar esteve algo longe daquilo que vale, mas tem a desculpa de vir de uma lesão. No entanto, nota-se que a equipa se movimenta melhor com ele em campo.
Para terminar, falemos noutra das figuras da partida: o Sr. Artur Soares Dias. Foi protagonista de uma arbitragem habilidosíssima à la Carlos Xistra. Pode parecer estranho falar dele num resultado do 6-0, mas a forma como conduziu a partida, especialmente na 2ª parte e até ao nosso 3º golo foi tudo menos inocente. Levámos sete(!) amarelos, dos quais só o do Luisão se justificou! Todos os outros seis entram directamente para o anedotário nacional, isto enquanto os jogadores do Marítimo distribuíam pau para toda a obra (o Reyes que o diga), aproveitavam para inadvertidamente pisar sempre um nosso jogador que estava no chão e acabaram o jogo com um(!) amarelo. Foi uma arbitragem escandalosa, que só acalmou com o golo do Luisão, porque com 3-0 convenhamos que era difícil fazer mais. A estratégia era clara: provocar um segundo amarelo a um jogador nosso, para equilibrar as coisas. Se sofrêssemos um golo, ficaríamos à rasca até final. Infelizmente para o Sr. Artur Soares Dias, o Luisão estragou-lhe os planos. Este jogo provou que o Benfica tem que ser mesmo MUITO melhor que o adversário, já que não poucas vezes este alinha com 14.
Para a semana, temos uma partida importantíssima para a Taça de Portugal. Vamos a Matosinhos e, como a continuidade na Uefa se afigura extremamente difícil (ganhar por 8-0 e esperar o empate no outro jogo seria um Natal antecipado), temos que concentrar todo o nosso esforço nas provas nacionais. E eu já tenho saudades de ir ao Jamor. E ainda mais de uma dobradinha...
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