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quarta-feira, maio 28, 2025

Desilusão e roubo – parte II

Perdemos frente à lagartada no Jamor no passado domingo (1-3) e ainda não foi desta que voltámos a ganhar a Taça de Portugal. Continuamos, portanto, a aumentar o nosso vergonhoso histórico de apenas três taças ganhas nos últimos 29 anos. No entanto, em relação a este jogo há muito para dizer e não é obviamente por acaso que o post tem o mesmo título do encontro frente ao Arouca. Foi mais do mesmo.

O Bruno Lage surpreendeu ao manter o Samuel Soares na baliza (tal como nos outros jogos da Taça de Portugal) e o Bruma na direita, em vez do Di María, que tinha entrado bem frente ao Braga. A outra alteração foi a entrada do Dahl para o lugar do Leandro Barreiro, dado que o Aursnes ainda não estava a 100% (e foi para o banco). Entrámos bem no jogo e a 1ª parte foi toda nossa, com algumas boas oportunidades, nomeadamente um remate do Pavlidis, que o guarda-redes Rui Silva defendeu para o poste, e outro do Bruma que foi desviado por um defesa e passou a rasar a barra. Já tínhamos tido um penalty assinalado a nosso favor logo aos 12’, mas o VAR Tiago Martins anulou-o por um fora-de-jogo do Kökçü de 20 e tal centímetros. Digo isto desde sempre e não é de agora: esta questão das linhas é ridícula e só estraga o futebol. Por mim, via-se a imagem e, havendo dúvidas, beneficiava-se a equipa que ataca, como se fazia antes do VAR. Ponto final. É uma estupidez anularem-se golos por poucos centímetros, quando é óbvio que o jogador não tirou proveito nenhum dessa putativa vantagem. Em relação a ataques da lagartada, só em cima do intervalo o inevitável Gyökeres teve um remate que o Samuel Soares encaixou sem dificuldade.

A 2ª parte não poderia ter tido um início mais forte da nossa parte. Marcámos logo aos 47’ num grande remate rasteiro de fora da área do Kökçü. Aos 50’, metemos novamente a bola na baliza pelo Bruma, depois de uma tabela maravilhosa com o Pavlidis, com um remate desviado do Rui Silva à sua saída. No entanto, o VAR Tiago Martins conseguiu descobrir uma pretensa falta do Carreras sobre o Trincão no início da jogada, quando o nosso jogador toca na bola primeiro...! O Sr. Luís Godinho, ao contrário do que fez o Sr. António Nobre frente ao Arouca, por exemplo, resolveu seguir a indicação do VAR Tiago Martins e literalmente roubar-nos o golo! Inacreditável! Sentimos imenso essa decisão da arbitragem e não fomos tão afoitos a tentar resolver o jogo com um segundo golo. No entanto, estivemos muito bem em termos defensivos e não permitimos que a lagartada criasse situações difíceis para o Samuel Soares. O Bruno Lage começou a fazer substituições e, por volta dos 70’, colocou o Renato Sanches e o Schjelderup, fazendo sair os turcos, sendo que o Kökçü estava tocado. Pouco antes dos 80’, substituiu o Tomás Araújo e Pavlidis (este de um modo incompreensível, dado que estava a conseguir manter a posse de bola e fazer a equipa defender mais à frente) pelo Aursnes e Belotti. O italiano teve uma boa oportunidade para marcar, mas o Rui Silva defendeu para canto. Entretanto, por causa de algumas entradas em campo da nossa equipa médica, o Sr. Luís Godinho resolveu dar 10’ de compensação! Pena foi que o Sr. João Pinheiro não tenha feito o mesmo na Luz frente à lagartada há umas semanas...! A meio desse período, aconteceu o lance que vai ser falado por muitos e longos anos: numa jogada perto da bandeirola de canto, o Belotti caiu no meio de uma disputa de bola com o Maxi Araújo e Matheus Reis e é agredido pelos dois! O uruguaio dá-lhe uma cotovelada na cabeça e o brasileiro pisa-lhe a nuca! De uma maneira que só se entende por ser propositada, o VAR Tiago Martins não chamou o árbitro e deixou-os continuar em campo. É absolutamente impossível, a não ser por evidente má-fé e intenção de roubar o Benfica, que não tenha visto o que se passou. Impossível! Continuávamos a controlar a partida, mas no último desses 10’ de compensação cometemos o mesmo erro do jogo frente ao Arouca e permitimos um contra-ataque adversário! Tivemos mais de uma ocasião para cortar a jogada com uma falta, pelo Florentino e António Silva, este perante o Gyökeres, que o ultrapassou e foi abalroado pelo Renato Sanches já na área. Foi uma falta difícil de perceber, porque foi por trás, sem hipótese de disputar a bola, quando o sueco ainda tinha o Otamendi pela frente! Que intervenção tão idiota! No inevitável penalty, o Gyökeres rematou de um modo que nenhum guarda-redes no mundo conseguiria lá chegar. Íamos para prolongamento com o momentum todo do lado da lagartada.

Até nem entrámos mal neste período, com o Leandro Barreiro, que tinha substituído o Bruma no início da compensação, a optar mal por fazer uma tabelinha com o Schjelderup, quando poderia ter rematado à baliza. No entanto, a sorte do jogo não estava de todo do nosso lado e, num livre para a área aos 99’, o Harder saltou mais alto do que toda a nossa defesa e fez o 1-2 de cabeça. O Bruno Lage fez entrar o Di María pouco depois, mas foi a vez de a lagartada fazer antijogo e não permitir que se jogasse grande parte do prolongamento. Um grande remate do Di María ligeiramente por cima da barra foi a melhor oportunidade que tivemos, mas foi a lagartada a fazer o 1-3 final em cima dos 120’ pelo Trincão.

Em termos individuais, o Florentino foi de longe o melhor jogador do Benfica. O Pavlidis também foi dos que mais se destacaram e não se percebe esta mania de o Bruno Lage o substituir sem o jogo estar decidido a nosso favor... Apesar de não ter estado nada de acordo com a sua titularidade num jogo tão decisivo, o Samuel Soares não esteve nada mal, sendo muito seguro nas bolas aéreas, embora eu não goste nada de guarda-redes que se põem a fintar adversários... (E fê-lo por duas vezes!). O Renato Sanches não tinha entrado nada mal, mas o penalty escusado e idiota mancha completamente a sua exibição.

Terminámos da pior maneira a temporada, com não-vitórias nos últimos três jogos que nos custaram os dois principais títulos. E perdemo-los de maneira semelhante: a permitir contra-ataques do adversário nos últimos minutos de compensação, quando estávamos em vantagem no marcador! Temos, de longe, o melhor plantel do futebol português e acabar a época com apenas um título (e o menos importante deles todos), a Taça da Liga, é muito frustrante. No final da partida, o Rui Costa veio finalmente insurgir-se contra a arbitragem, mas é manifestamente tarde demais. Temos muitas culpas próprias, mas fomos prejudicados de maneira evidente em lances decisivos. Há muito que reflectir para a próxima época, em que teremos de disputar as pré-eliminatórias de acesso à Champions. No entanto, antes disso teremos o Mundial de Clubes em que iremos colocar o nosso prestígio à prova.

quarta-feira, abril 30, 2025

Goleada

Vencemos o AVS na Luz no passado domingo por 6-0, mas só recuperámos um golo para a lagartada, que também ganhou no Bessa ao Boavista por 5-0 uma horas depois. Alargámos foi a vantagem pontual para o Braga e CRAC (11 e 13 pontos), fruto do empate em Famalicão (1-1) e da derrota na Amadora frente ao Estrela. (0-2), respectivamente. A conclusão a tirar é que, na pior das hipóteses, ficaremos em 2º lugar no campeonato.
 
Este jogo era importante para tentarmos diminuir a desvantagem da diferença de golos para os rivais, que pode ser importante nas contas finais. Com a surpresa do Amdouni e Dahl no onze entrámos muito bem e metemos a bola na baliza logo aos 4’ pelo Aktürkoğlu, mas foi invalidado por causa daquela idiotice das linhas de fora-de-jogo por 8 cm...! Não percebo como é que não se faz um estudo para verificar a partir de que altura é que estar em fora-de-jogo se torna uma vantagem competitiva inequívoca. É que já se anularam grandes golos por causa de meia-dúzia de centímetros, que é impossível que tenham tido alguma influência. Como neste caso. Felizmente, não nos desconcentrámos e fizemos mesmo o 1-0 aos 8’ pelo Tomás Araújo numa recarga a um cabeceamento do António Silva num canto. O Amdouni teve duas chances para marcar, mas não conseguiu e foi o Pavlidis a fazer o 2-0 aos 23’ num canto estudado, com assistência do Dahl. Três minutos depois, o suíço lá marcou, em nova assistência do Dahl para o Amdouni rematar rasteiro sem hipóteses para o guarda-redes Ochoa. Aos 40’ fizemos o quarto golo pelo Aktürkoğlu num desvio na pequena-área a cruzamento do Pavlidis. Até ao intervalo, só deu para reparar na arbitragem inacreditável do Sr. Carlos Macedo (um nome a fixar), que conseguiu complicar uma partida que estava já decidida, o que convenhamos não é fácil...
 
Na 2ª parte, eu esperava que não abrandássemos o ritmo, porque tínhamos igualado a diferença de golos dos lagartos, mas este ainda não tinham jogado. Infelizmente, sucedeu o contrário e andámos a gerir o jogo durante um bom período no segundo tempo. Foi só após as substituições que as coisas voltaram a mexer, com as entradas do Schjelderup e Belotti aos 67’. Foi o italiano a fazer o 5-0 num desvio subtil, depois de boa combinação com o Aktürkoğlu. Estávamos de novo com o ritmo aumentado, também por via da entrada do Prestianni pouco depois, que poderia ter igualmente molhado o bico, mas foi o Otamendi a fechar a contagem aos 82’ num cabeceamento a centro do António Silva, depois de um livre do Kökçü, que o guarda-redes não conseguiu segurar. O Sr. Carlos Macedo teimava em manter-se como uma das figuras do jogo e só deu dois minutos de compensação(!), apesar de todas as substituições que houve. Uma arbitragem para esquecer.
 
Em termos individuais, gostei do Pavlidis e do Dahl. O Aktürkoğlu mantém-se em forma e o Schjelderup e Belotti voltaram a assumir-se como dois jogadores que acrescentam algo à equipa quando entram. Assim como o Prestianni, que continuo a não entender a razão de ter tão poucos minutos. O Carreras conseguiu limpar os amarelos para o Estoril, numa decisão arriscada, mas que compreendo dado que as duas últimas jornadas serão com a lagartada e a ida a Braga.
 
Iremos à Amoreira no próximo sábado e naturalmente que só a vitória interessa, para chegarmos ao jogo decisivo na Luz frente à lagartada em igualdade pontual com eles.

quarta-feira, abril 16, 2025

Desilusão e roubo

Empatámos no domingo frente ao Arouca (2-2) na Luz e deixámos fugir a vantagem em relação à lagartada (que ganhou no Santa Clara 1-0 no dia anterior), estando agora novamente com os mesmos pontos deles, mas, por enquanto, em desvantagem no confronto directo. Ainda estou a recuperar de domingo, porque foi um jogo de adrenalina máxima muito por nossa culpa e em que o Sr. António Nobre também acabou por ser protagonista pelas piores razões.
 
Não entrámos com a intensidade que se esperava, especialmente pelo facto de quase todos os jogadores não terem alinhado a meio da semana frente ao Tirsense, porém mesmo assim tivemos oportunidades na 1ª parte para chegar ao intervalo em vantagem. Um cabeceamento do Pavlidis num canto foi salvo quase sobre a linha por um defesa e foi do grego a melhor chance num grande trabalho individual na área culminado com um remate rasteiro ao poste. O Arouca também teve um bom remate de fora da área pelo Sylla, que o Trubin defendeu para canto.
 
Se não entrámos com a intensidade esperada na 1ª parte, na 2ª foi muito pior. O Arouca tomou conta do jogo e as primeiras duas defesas foram do Trubin. Aos 60’, inaugurámos finalmente o marcador num golão do Kökçü de fora da área, depois de assistência do Aursnes, na sequência de uma iniciativa na esquerda do Carreras. Estava feito o mais difícil e, logo a seguir, poderíamos ter fechado a partida, mas o Di María falhou inacreditavelmente a recarga com a baliza aberta, depois de um remate do Aktürkoğlu defendido pelo guarda-redes Mantl. Aos 67’, o Sr. António Nobre resolveu ser parte decisiva na partida ao assinalar um penalty inexistente por pretensa falta do Otamendi sobre o Jason. Alertado pelo VAR Luís Godinho para o óbvio mergulho do avançado sobre o corpo deslizante do Otamendi, que estava a fazer um carrinho, decidiu inacreditavelmente manter a decisão e marcar penalty, e o Yalçin fez o 1-1. O Bruno Lage, que tinha congelado as entradas do Belotti e Schjelderup aquando do nosso primeiro golo, fê-los entrar logo a seguir para os lugares do Florentino e do apagadíssimo Di María (que, mesmo assim, para não variar, não gostou nada de ser substituído...). Aos 80’, recolocámo-nos em vantagem num cabeceamento do Pavlidis sem tirar os pés do chão, depois de um cruzamento teleguiado do Kökçü num canto curto. Ainda colocámos a bola na baliza uma terceira vez, pelo Schjelderup, mas o VAR assinalou fora-de-jogo. Era impensável estarmos duas vezes na frente e deixarmos escapar a vantagem, mas o inacreditável aconteceu mesmo aos 95’, num ataque rápido do Arouca pela direita, com um centro atrasado concretizado pelo defesa-esquerdo Weverson, que apareceu isolado na área, porque o Schjelderup não acompanhou a sua progressão. O Bruno Lage teve uma quota parte de culpa nisto, porque tinha colocado o Bruma uns minutos antes, em vez do Dahl, que teria sido muito melhor para fechar os caminhos da nossa baliza, dado que já se sabe que o Bruma não é propriamente o jogador mais inteligente para gerir os timings de um jogo com estas características...
 
Em termos individuais, destaque óbvio para o Kökçü com um golão e uma assistência para o Pavlidis. O grego também esteve bem e só não fez um bis, porque o poste não deixou. O Trubin foi importante para não termos sofrido (ainda) mais golos e o Aktürkoğlu confirmou igualmente o seu bom momento de forma, assim como o Aursnes, mas este já não é novidade nenhuma. Ao invés, o Di María terá feito dos piores jogos pelo Benfica e, quando assim é, não se justifica estar tanto tempo em campo. Deveria ter saído logo ao intervalo, como é evidente. Melhorámos com o Schjelderup em termos ofensivos, mas o norueguês acabou por ficar ligado ao golo do empate pela falha de marcação.
 
Quando se marca um penalty destes e não se marca um evidente no Santa Clara – lagartada (Sr. Cláudio Pereira como árbitro e o Hélder Malheiro no VAR, só para memória futura), está tudo dito sobre como serão estas jornadas finais. Deixámos fugir pontos num dos jogos teoricamente menos complicados até terminar o campeonato. Veremos como será a reacção já em Guimarães no próximo sábado, sendo certo que nova escorregadela nos colocará em muitos maus lençóis.

quinta-feira, janeiro 23, 2025

Injustíssimo

Perdemos 4-5 com o Barcelona na Luz na passada 3ª feira e perdemos a hipótese de nos qualificarmos já para o play-off da Champions. Como o resultado dá a transparecer, foi uma partida memorável para quem gosta de futebol, mas com um desfecho que, para além de ser injusto em termos futebolísticos, teve dedinhoa mais da equipa de arbitragem...

Com o Di María já recuperado, mas a ficar (e bem) no banco, o Lage fez regressar o Aursnes para o lugar do Leandro Barreiro. O jogo não poderia ter começado melhor para nós com o 1-0 a surgir logo aos 2’ através do Pavlidis, num remate de primeira de pé esquerdo à ponta-de-lança, depois de um centro também de primeira do Carreras na esquerda, na sequência de uma variação de flanco do Tomás Araújo, com o Schjelderup no meio inteligentemente a deixar passar a bola para o grego. Praticamente logo a seguir, foi o Aursnes a falhar uma soberana oportunidade só com o guarda-redes pela frente, depois de nova assistência do Carreras, atirando ao lado. O Barcelona respondeu aos 13’ num penalty assinalado pelo VAR por pisão do Tomás Araújo e concretizado pelo Lewandonski. Os catalães tinham mais posse de bola, como era expectável, mas nós lançávamos perigosos contra-ataques, quando tínhamos oportunidade para isso. E foi num passe longo do Otamendi que voltámos a estar à frente do marcador, com o Szczesny a sair mal da baliza e chocar com o Baldé, deixando o Pavlidis completamente sozinho com a bola para fazer o 2-1. À passagem da meia-hora, tivemos a primeira situação de dois golos de vantagem, com um penalty do Szczesny sobre o Aktürkoğlu, que o Pavlidis concretizou para o seu primeiro hat-trick com o manto sagrado. E que jogo bem escolhido para o fazer! Antes do início do jogo, por graça, tinha comentado com os meus companheiros de bancada, que o Pavlidis iria fazer três golos neste jogo. Que pena não ter apostado...! Até ao intervalo, ainda apanhámos dois sustos, num remate de primeira do Yamal, que felizmente não acertou na bola, e outra oportunidade bem mais descarada do Raphinha, com um remate ao lado, depois de uma saída de bola suicida da nossa parte.

Na 2ª parte, tivemos mais cautelas de início com a expectável subida do Barça no terreno. Mesmo assim, o Aursnes voltou a falhar um golo quase feito, quando ficou isolado perante o guarda-redes e não rematou bem, depois de uma óptima assistência do Schjelderup. Aos 64’, uma reposição de bola falhada pelo Trubin acertou na cabeça do Raphinha e foi para o fundo das nossas redes. Ainda faltava imenso tempo e eu estava a ver tudo a começar a andar para trás, mas aos 68’ voltámos à diferença de dois golos, com o 4-2 através de um autogolo do Ronald Araújo, depois de um centro na esquerda do Schjelderup. O Lage começou a fazer substituições e, quanto a mim, mal, porque a equipa estava compacta, lançando o Di María e o Bah, e tirando os dois alas. Poucos minutos antes, o Schjelderup tinha feito uma fantástica jogada individual, em que só faltou conseguir meter a bola num colega, pelo que a sua substituição não se percebeu de todo. Aos 78’ o Sr. Makkelie, dos Países Baixos, começou a inclinar o campo ao assinalar um penalty muitíssimo duvidoso do Carreras sobre o Yamal. Houve um ligeiro toque do nosso jogador no ombro do adversário e este aproveitou para se deixar cair. O Lewandowski não perdoou e fez o 4-2. Ainda entraram o Rollheiser e o Amdouni, mas foi mesmo Barça a chegar à igualdade aos 86’ pelo Eric García, que saltou à vontade num canto e desfeiteou o Trubin. Em cima dos 90’, o Di María num contra-ataque teve a vitória nos pés, ao ficar isolado, mas permitiu a defesa do guarda-redes. Até que aos 96’ aconteceu o impensável: livre para a área do Barcelona, por falta sobre o Carreras (que ficou furioso por não ter tido assistência médica), houve uns quantos ressaltos e o Leandro Barreiro é empurrado por trás quando tentar chegar à bola. O Sr. Makkelie não marca nada, há um contra-ataque catalão, em que é o Carreiras a ir atrás do Raphinha, mas a não conseguir impedir que este fizesse o 4-5. Escandalosamente, o VAR não assinalou nada e o golo foi validado...! Perante o jogo que foi e os penalties que foram marcados, é absolutamente incompreensível que este não o tenha sido. Ou melhor, até é compreensível, porque isso muito provavelmente significaria uma vitória transformada em derrota para o Barcelona... E a Uefa não ia gostar disso... (De recordar que esta figurinha do Sr. Danny Makkelie já tinha sido responsável por este roubo.)

Em termos individuais, óbvio destaque para o Pavlidis com os seus três golos. O Schjelderup esteve sempre endiabrado na esquerda e não tem medo de enfrentar qualquer adversário. O Carreras estava a ser o melhor na 1ª parte, mas caiu um pouco após o intervalo e esteve envolvido no duvidoso penalty sobre o Yamal. No meio-campo, o Florentino foi o muro do costume e o Kökçü é os olhos do nosso ataque. A equipa esteve em geral a um nível muito elevado, com excepção do Trubin, que ficou ligado directamente ao 3-2 e, no último golo, TEM DE sair da baliza ao encontro do Raphinha para tentar não o deixar chegar à bola. O Tomás Araújo, na lateral-direita, esteve também abaixo do que já demonstrou.

Iremos para a semana a Turim, defrontar a Juventus, e um empate serve para nos qualificarmos. A derrota também poderá servir, mas aí teríamos de fazer contas, pelo que é melhor estarmos salvaguardados desse aspecto. Depois do que exibimos na Champions deste ano, seria uma desilusão ficarmos de fora dos play-off.

sábado, dezembro 02, 2023

Impensável

Empatámos na 4ª feira em casa frente ao Inter Milão (3-3) e teremos agora de ir ganhar por dois golos de diferença a Salzburgo para continuarmos na Europa no novo ano. Depois de chegarmos ao intervalo a ganhar por 3-0, é óbvio que este resultado é uma tremenda desilusão, que ainda poderia ter sido pior dado que os italianos atiraram uma bola ao poste perto do final...
 
A nossa 1ª parte foi de sonho com um hat-trick do João Mário, o primeiro da carreira dele e o primeiro de um jogador do Benfica neste formato da Champions. Foram golos aos 5’, 13’ e 34’, com tripla assistência do Tengstedt. Os italianos, a alinhar com uma equipa B por causa do campeonato, foram totalmente surpreendidos com esta nossa postura e, à excepção de um lance em que o Arnautovic apareceu isolado frente ao Trubin, com este a fazer bem a mancha, não criaram perigo para a nossa baliza.
 
Confesso que ao intervalo me lembrei deste jogo frente ao Besiktas, em que desbaratámos uma vantagem de três golos, mas como este era em casa acreditei que isso não se voltasse a repetir. Puro engano! O treinador do Inter Milão não fez substituições ao intervalo, mas deve ter feito uma lobotomia aos seus jogadores que se transfiguraram na 2ª parte. Marcaram dois golos em sete minutos (51’ e 58’) pelo Arnautovic e Frattesi, e logo aí se percebeu que estávamos em muito maus lençóis. Do nosso banco, não vinha nada que pudesse ajudar a equipa, que deixou de conseguir criar tanto jogo ofensivo, mas mesmo assim o Tengstedt falhou o quarto golo ao permitir a intervenção de um defesa quando só tinha o guarda-redes pela frente. Os italianos lá iam fazendo substituições e refrescando a equipa, fazendo entrar os titulares, enquanto do nosso banco... nada! Até que aos 72’, o letão Sr. Andris Treimanis não assinala uma falta claríssima do Alexis Sánchez sobre o João Neves quase à entrada da área do Inter Mião e assinala outra muito duvidosa do Otamendi sobre o Thuram na nossa área no contra-ataque que se seguiu. Um autêntico ROUBO de igreja! No respectivo penalty, o Alexis Sánchez atirou para o lado contrário do Trubin e fez o 3-3. Continuo sem perceber a razão pela qual o nosso guarda-redes não se atira só depois de ver para onde a bola vai, porque com a sua altura ou o remate é muito colocado ou terá grandes hipóteses de defender o penalty. Como aconteceria neste caso. Aos 79(!), o Roger Schmidt lá se lembrou que havia um banco de suplentes, mas tirou o Florentino (é sempre a primeira opção para sair) e o Tengstedt para entrar o Kökçü e o Musa. Sem o Florentino em campo, deixamos de recuperar bolas tão à frente, mas claro que o nosso treinador nunca vê isso. Até final, ainda deu para o António Silva ser expulso por indicação do VAR, o croata Sr. Ivan Bebek, noutra decisão inacreditável, para o Inter Milão atirar ao poste mesmo em cima do apito final e para o Roger Schmidt perder tempo(!) com duas substituições aos 98’... Passei-me completamente com isto!
 
Em termos individuais, destaque para os três golos do João Mário e para as três assistências do Tengstedt, mas o melhor do Benfica para mim foi de longe o João Neves, que encheu o campo todo. Ao invés, os dois maiores desequilibradores do plantel, o Rafa e o Di María, estão a milhas da sua melhor forma, mas parece que têm sempre lugar cativo, assim como o João Mário, que marcou três golos, mas voltou ao seu apagançohabitual na 2ª parte...
 
Sem o António Silva, a precisar de marcar dois golos e sem ter os nossos adeptos na bancada (por causa do que uns acéfalos fizeram em San Sebastián), não teremos tarefa fácil na Áustria. No entanto, é bom que os jogadores do Benfica se mentalizem que seria PÉSSIMO para o clube estar a assistir no sofá às competições europeias no início de 2024...
 
P.S. – Sendo inconcebível que tenhamos deitado à rua uma vantagem de três golos, não deixar de ser assinalável que, em quatro jogos em dois anos frente a estes tipos, tenhamos sido roubados pela... quarta vez! O que em jogos tão equilibrados (uma derrota pela margem mínima e dois empates) é obviamente significativo.

sexta-feira, fevereiro 10, 2023

INFAME

Uma extraordinária exibição do Sr. Tiago Martins e do VAR Sr. Fábio Melo eliminou-nos da Taça de Portugal ao perdermos nos penalties (4-5) com o Braga na Pedreira, depois de 1-1 nos 120’. Aliás, foram precisos estes reforços de peso para nos conseguirem derrotar, dado que enquanto houve igualdade numérica fomos indiscutivelmente a melhor equipa e subjugámos o Braga.
 
Não me apetece muito falar deste jogo, porque quando somos CLAMOROSAMENTE ROUBADOS desta forma vil todas as considerações sobre o futebol jogado passam necessariamente para segundo plano. Com a mesma equipa que defrontou o Casa Pia e o Rafa e Gonçalo Ramos no banco, entrámos muito fortes e inaugurámos o marcador aos 15’, numa cabeçada do Gonçalo Guedes na sequência de um centro do David Neres depois de um canto curto. Dominávamos claramente a partida e pouco depois o mesmo Gonçalo Guedes leva um toque no pé de apoio quando se ia virar na área, mas claro que para dois LADRÕES encartados como o Sr. Tiago Martins e o Sr. Fábio Melo não foi nada e nem valeu a pena ir ver as imagens... Aos 31’ o Bah tornou a fazer uma idiotice enorme em Braga, desta vez pisando o tornozelo do Pizzi e indo naturalmente para a rua. Aí já o VAR Sr. Fábio Melo soube chamar o Sr. Tiago Martins para ir ver...! Desconcentrámo-nos com a expulsão e o Braga não demorou muito a empatar, aos 36’, também num canto, com o Al Musrati a desviar ao segundo poste sem nenhuma marcação. O Roger Schmidt, aquando da expulsão, tirou (e mal) o Gonçalo Guedes para colocar o Gilberto na lateral direita. Deveria obviamente ter saído o David Neres, que não tem perfil nenhum para andar a dar luta aos defesas. A situação foi corrigida ao intervalo, tendo entrado o Gonçalo Ramos.
 
Na 2ª parte, apesar de estarmos com menos um, conseguimos equilibrar as coisas e o Braga nunca conseguiu criar grande perigo, tirando dois remates dos Horta bem defendidos pelo Vlachodimos. Até que aos 53’, os Srs. Tiago Martins e Fábio Melo coroaram a sua magnífica exibição com um lance só ao alcance dos predestinados: o Racic pisa o Aursnes da mesma maneira que o Bah fez ao Pizzi, mas num verdadeiro golpe de asa aqueles dois senhores mostraram... amarelo! A razão é muito simples: o jogador em causa não tinha a camisola do Benfica vestida. Ora, como a missão destes dois GATUNOS foi roubarem-nos a possibilidade de seguirmos em frente na Taça, não se poderiam dar ao luxo de deixar o jogo em igualdade numérica, porque nós já tínhamos demonstrado ser muito mais fortes do que o adversário nessas circunstâncias. Lances iguais, decisões diferentes, se isto não é ESPOLIAÇÃO evidente, digam-me o que é, por favor. Até terminar a partida, ainda deu para expulsar também o Morato com um segundo amarelo já em cima dos 120’, o que foi relativamente fácil dado que o primeiro foi mal mostrado...
 
Nos penalties, todos marcaram, excepto o Aursnes, que marcou de um modo igual ao que tinha feito frente ao Portimonense, também defendido pelo guarda-redes. Foi pena, porque o norueguês, juntamente com o João Mário, foi dos nossos melhores jogadores. Mas, no geral, toda equipa se bateu muito bem em condições muito difíceis.
 
Tal como as épicas roubalheiras de Isidoro Rodrigues no célebre Varzim – Benfica de 2001/02, ou esta de 2010/11, o jogo de ontem teve o condão de me tirar do sério e ficar fora de mim. É que, quando é clarinho como a água que estamos a ser ASSALTADOS à vista de todos, a indignação é difícil de conter. Concordo plenamente com as declarações do Rui Costa no final e espero que nunca deixemos de denunciar arbitragens tão MISERÁVEIS como esta.

segunda-feira, março 14, 2022

Inglório

Empatámos na 6ª feira em casa frente ao Vizela (1-1) e estamos dependentes do que fizer hoje a lagartada em Moreira de Cónegos para saber se o 2º lugar vai também ficar mais longe, dado que o CRAC ganhou em Mordor 4-0 ao Tondela e voltou a aumentar a distância para 12 pontos.
 
Em vésperas de irmos para Amesterdão, já se sabia que este iria ser um jogo complicado. No entanto, ainda se tornou mais complicado porque temos um acéfalo no plantel. Uma criatura que claramente o cérebro perdeu algures no passado e nunca mais o encontrou. Aos sete(!) minutos de jogo, o Taarabt resolveu pisar um adversário, numa bola a meio-campo, e foi naturalmente expulso. Aos s-e-t-e minutos!!! Se calhar, pode ser má vontade minha, porque nunca DETESTEI tanto um jogador do Benfica como esta alimária, mas vocês digam-me sinceramente: em quatro anos a jogar no Benfica (na verdade, já o contratámos há sete anos, mas vamos fingir que os três primeiros, em que ele se dedicou mais a p**** e vinho verde, como diria o outro ministro holandês, não aconteceram...), dizia eu, em quatro anos em que temos o desprazer de o ver com o manto sagrado, o que é que ele fez de útil? Quantos golos tem? Quantas assistências? Quantas vezes foi o melhor em campo? Ao invés, digam-me também, por favor, quantas vezes é que ele foi useiro e vezeiro neste tipo de lances, em que pisa o adversário? Uma? Duas? Três? É que sinceramente já perdi a conta... Não há maneira de nos vermos livres desta criatura de vez?! Não se pode deportá-lo por justa causa?!
 
Claro que o jogo mudou completamente a partir da expulsão, tivemos de recuar no terreno e tentar aproveitar a rapidez do Rafa e Darwin na frente. O Vizela trocava bem a bola, mas não conseguia criar perigo e as melhores oportunidades acabaram por ser nossas, com um remate do Weigl em boa posição ao lado depois de um canto e uma defesa magistral, e por instinto, do guarda-redes Pedro Silva a um cabeceamento do Darwin na sequência de um bom cruzamento do Lazaro (a única coisa de jeito que este sabe fazer, a propósito).
 
Na 2ª parte, tivemos mais bola e voltámos a ver o Pedro Silva fazer a mancha ao Darwin, após uma aceleração do Rafa. O Nelson Veríssimo resolveu apostar num 4-2-3 com a entrada do Meïté para o lugar do inoperante Diogo Gonçalves, mas logo a seguir aos 65’ o Vizela colocou-se em vantagem através do Cassiano, que se antecipou à nossa defesa depois de um cruzamento na direita. No entanto, o Vizela cometeu um grande erro pouco depois, ao irritar o vulcão da Luz com duas perdas de tempo consecutivas (um jogador é substituído por lesão e logo a seguir outro cai no chão a pedir o mesmo). O estádio explodiu em fúria e ajudou a levar a equipa a empurrar o Vizela para a sua área. O Nelson Veríssimo começou a arriscar mais e colocou o Henrique Araújo em vez do Morato. Como nestes jogos temos invariavelmente uma bola nos ferros, neste caso a rifa ao Meïté num remate semi-acrobático à barra. Aos 75’, conseguimos finalmente a igualdade numa recarga muito oportuna do Henrique Araújo a um remate do Gonçalo Ramos, que o guarda-redes não defendeu. Até final, só por manifesto azar não ganhámos o encontro, porque o Rafa rematou muito devagar depois de uma jogada brilhante e permitiu que um defesa safasse sobre a linha, o guarda-redes Pedro Silva defendeu um remate do Henrique Araújo à queima-roupa, e no último lance voltou a negar ao Darwin o golo da vitória, com outra óptima defesa.
 
Em termos individuais, gostei da entrada do Henrique Araújo, que me parece muito oportuno e com lucidez na área, as acelerações do Darwin foram importantes, mas acabou por desperdiçar a maior parte das nossas oportunidades, e o Weigl esteve irrepreensível no meio-campo e depois a central. Da abécula marroquina, não vale a pena falar mais e o Lazaro também pode ir fazendo as malas, porque só saber centrar é muito pouco para um lateral-direito nosso.
 
O público despediu-se, e bem, da equipa com uma tremenda ovação. Foi um esforço inglório, que foi pena não ter sido épico. Vamos ver como iremos recuperar fisicamente para defrontar o Ajax já amanhã, mas se mantivermos este nível de comprometimento com o jogo pode ser que consigamos uma surpresa.
 
P.S.  O Sr. André Narciso foi o VAR desta partida. Já nem vou falar da diferença de critérios que mandou (e bem) o Taarabt para a rua, mas não fez o mesmo a um jogador do Vizela já perto dos 90’ por pisão ao Rafa. O que é mesmo escandaloso é o penalty por claro braço na bola do Ofori na sequência de um canto aos 73’, quando estávamos a perder. Que o árbitro, o Sr. Manuel Oliveira, não tenha visto ainda admito (eu também não vi no estádio), mas que o VAR André Narciso deixe passar é pura e simplesmente um roubo. Aliás, este André Narciso, enquanto VAR, já tinha ficado célebre no passado. Que vergonha!

segunda-feira, maio 24, 2021

Corolário

Fomos derrotados pelo Braga na final da Taça de Portugal (0-2) e, no ano de maior investimento de sempre na equipa, acabamos a temporada com zero títulos. Era difícil antever pior, mas no fundo o resultado de ontem é de uma maneira distorcida a cereja no topo do bolo, que estava estragado quase desde o início.
 
Com a lesão do Lucas Veríssimo, o Jesus continuou a aposta no Morato para manter os três centrais, mas não foi por aí que a corda partiu. Desde o início do jogo que o Braga foi sempre muito mais agressivo do que nós nas disputas de bola e terminou a partida com bem mais do dobro das nossas faltas (24 vs. 9), o que diz tudo acerca da nossa falta de comprometimento. É que para se jogar é preciso ter a bola e se não há ninguém que corra atrás dela e que faça pressão para a recuperar... Mesmo tendo entrado melhor do que nós, é impossível dissociar esta vitória do Braga da decisão inacreditável do Sr. Nuno Almeida aos 17’, que o Sr. João Pinheiro no VAR não reverteu: numa bola lançada nas costas da nossa defesa, o Abel Ruiz passou pelo Helton Leite e caiu, e o árbitro considerou falta e expulsou o nosso guarda-redes! É que não só o nosso guarda-redes nem toca no adversário, como este faz a finta para o lado e não na direcção da baliza. Mesmo que se considerasse falta, jamais seria para cartão vermelho! A nossa temporada foi uma vergonha, é um facto, mas lances destes e dois(!) penalties em 34 jornadas também a ajudam a explicar. O jogo ficou logo estragado nesta altura e a nossa vida muito complicada. O Jesus sacrificou o Pizzi para entrar o Vlachodimos, mas até acabámos por defender melhor no resto da 1ª parte só com dez do que o que tínhamos feito com a equipa completa. O Braga só teve uma clara oportunidade, já perto do intervalo, com um corte fabuloso do Otamendi que literalmente salvou um golo, impedindo que a bola chegasse ao Ricardo Horta, que só teria de encostar. No entanto, o nosso ataque era quase inofensivo, porque só o Taarabt levava a bola para a frente e o Seferovic e Everton não são jogadores explosivos, que possam ganhar aos adversários em velocidade. Mesmo assim, tivemos uma óptima oportunidade, na sequência de um ressalto num canto, em que a bola sobrou para o Weigl, que rematou para defesa do Matheus. Quando toda a gente já esperava o intervalo, sofremos o primeiro golo já no final da compensação: saída escusada e disparatada do Vlachodimos, o Vertonghen não cortou bem a bola, que ficou à mercê do Piazon, que fez um chapéu ao nosso guarda-redes. É a segunda final da Taça consecutiva em que o Vlachodimos é muito culpado no primeiro golo.
 
Na 2ª parte, esperava que o Jesus colocasse o Darwin logo no reinício, porque o Seferovic era claramente um peixe fora de água (nem fechava bem à direita, nem estava na frente), mas não houve substituições. Os minutos iniciais foram claramente do Braga, que só não aumentou a vantagem graças ao Vlachodimos e também por alguma aselhice na hora do remate. Teve no mínimo umas quatro oportunidades para decidir logo ali a partida. Quanto a nós, só aos 55’ resolvemos mexer, com as entradas do Darwin, Rafa e Nuno Tavares para os lugares do Seferovic, Everton e Diogo Gonçalves. Continuo sem perceber o porquê de colocar um esquerdino a defesa-direito, mas o Jesus lá terá as suas razões... Reagimos a partir de meio da 2ª parte, com o Darwin a falhar um desvio na área, depois de um livre bem marcado pelo Taarabt, e o Rafa a não conseguir rematar com êxito em excelente posição, num lance em que houve uma série de ressaltos. Foram as duas únicas jogadas em que estivemos relativamente perto da igualdade, enquanto do outro lado o Vlachodimos ainda defendeu um remate do Abel Ruiz, mas já não conseguiu fazer nada aos 85’ perante o Ricardo Horta, que apareceu isolado à sua frente depois de uma perda de bola do Rafa perto da lateral no nosso meio-campo. A equipa estava descompensada e o contra-ataque foi venenoso. É incompreensível como é que o Rafa tenta sair a jogar daquela maneira! Até final, ainda deu para o entretanto entrado Chiquinho falhar o nosso golo de honra e para o animal do Eduardo, ex-guarda-redes e treinador dos do Braga, agredir com uma peitada o Taarabt, que lhe respondeu, tendo ido os dois para a rua.
 
Em termos individuais, destaco o Otamendi e Weigl, porque foram os únicos que demonstraram algumas ganas em campo. E que falta nos faz que todos sejam assim...! O Taarabt até estava a fazer um jogo bem mais razoável do que lhe é habitual, mas perdeu a cabeça no final e deitou tudo a perder. O Vlachodimos fez uma série de defesas na 2ª parte, mas fica indelevelmente ligado ao primeiro golo e, portanto, é um dos rostos da derrota. A única boa notícia desta partida é que o Morato não destoou dos outros centrais e pode ser que tenhamos ali uma opção válida para o futuro.
 
O balanço da época ficará para um post futuro, mas não é difícil de adivinhar qual é. Correu mesmo tudo mal, o que, dadas as opções bastante discutíveis que foram tomadas, não se pode constituir propriamente como uma surpresa. Até digo mais: se acontecesse a outro clube que não o nosso, até consideraríamos que era bem feito e que os astros se teriam alinhado para punir quem merecia ser punido. O problema é que é do Benfica que estamos a falar e, mesmo que seja impossível ter um distanciamento deste género, se conseguirmos fazer esse exercício em teoria, estaremos mais perto de corrigir a situação. Situação, essa, que eu continuo à espera que me expliquem qual foi e que levou à inacreditável implosão da 2ª volta da época passada, tendo aparentemente continuado por esta época toda.

terça-feira, fevereiro 16, 2021

Impensável

Empatámos na 2ª feira contra o Moreirense (1-1) em Moreira de Cónegos e, não só não aproveitámos o empate do CRAC na véspera em casa frente ao Boavista (2-2), como, com a vitória de ontem da lagartadafrente ao Paços de Ferreira (2-0), aumentámos a distância para o 1º lugar para uns impensáveis 13 pontos quando estamos somente na 2ª jornada da 2ª volta. Como o Braga também ganhou nos Açores ao Santa Clara (1-0), estamos agora em 4º lugar...
 
Confesso que, depois dos últimos dois jogos, não estava à espera de um resultado destes. O Jesus inventou ao dar a baliza ao Helton Leite em detrimento do Vlachodimos (porquê...?!), mas até fizemos uma boa 1ª parte, com um domínio quase total, que se consubstanciou aos 25’ com o golo do Seferovic, num remate cruzado de pé esquerdo depois de uma boa iniciativa do Taarabt. Já antes, o Rafa tinha dado continuação à sua viagem no tempo, aos primórdios da sua vinda para o Benfica, quando falhava golos em catadupa só com o guarda-redes pela frente, neste caso depois de ser muito bem desmarcado pelo Otamendi. Pouco depois do nosso golo, foi o Darwin a ter um remate perigoso de fora da área, mas a bola também saiu ao lado da baliza. Quando nada o fazia prever, o Moreirense empatou aos 40’ fruto de um penalty absolutamente idiota do Grimaldo, que foi batido de maneira quase escandalosa sobre a linha e depois derrubou o adversário na tentativa de chegar à bola. O Yan Matheus atirou para o meio da baliza e enganou o Helton Leite.
 
Tem sido um hábito desta temporada, à excepção do jogo anterior, baixarmos substancialmente o nível exibicional nas 2ªs partes, e este jogo manteve esta tendência. A circulação de bola deixou de ser feita com tanta rapidez, o Taarabt, que curiosamente até então estava mais objectivo, voltou à sua produção habitual das voltinhas e rodriguinhos, e não nos acercámos com tanto perigo da baliza como nos primeiros 45 minutos. Ou centrávamos mal, ou insistíamos pelo meio, ou o último passe era mal feito, ou o remate saía com pouca força, o que é certo é que só criámos uma verdadeira ocasião já perto dos 10 minutos finais numa cabeçada do Darwin, a corresponder bem a um centro do entretanto entrado Waldschmidt, que proporcionou ao Pasinato uma defesa magistral. Até final, até foi o Moreirense a ter mais lances de perigo, resultado da decisão incompreensível do Jesus de tirar o Weigl para colocar o Pizzi, deixando o Taarabt em campo. Como já sucedeu n vezes, perdemos completamente o meio-campo e, sem bola, não se consegue fazer nada. Aliás, o Jesus não esteve nada bem no banco, não fazendo as substituições todas e resolvendo fazer entrar o Cervi a dois minutos do fim da compensação, o que acabou por não acontecer dado que a bola não saiu e entretanto o jogo acabou.
 
Em termos individuais, não acho que ninguém se tenha destacado por aí além, mas menção positiva para os centrais (Otamendi e Vertonghen) e para o Diogo Gonçalves, que esteve bastante activo na direita e subiu em relação ao que tem feito especialmente em acções atacantes. Do lado oposto, claramente o Grimaldo, que fica ligado ao resultado, à grande diferença entre a 1ª e a 2ª parte do Taarabt, que espelha bem o que se passou com a equipa, e à entrada completamente falhada do Pizzi, que não trouxe nada ao jogo.
 
Foi um enorme balde de água fria, que não permitiu que reduzíssemos a distância para o 2º lugar, o real objectivo desta época em termos de campeonato. Teremos na 5ª feira o regresso da Liga Europa, onde só uma hipotética vitória nos poderia fazer esquecer a desilusão que se prevê que vá ser esta temporada. Iremos defrontar o Arsenal que, embora esteja a fazer um campeonato medíocre, é sempre um adversário temível. No entanto, pode ser que uma eventual eliminação dos ingleses seja o ponto de viragem da época. Não é que eu acredite minimamente nisso, mas enfim...
 
P.S. - Não invalidando a pouca qualidade do futebol que temos vindo a apresentar, há que dizer que arbitragem do Sr. Manuel Oliveira foi uma vergonha! Há um penalty descarado sobre o Vertonghen (impedido de se fazer à bola pelo braço de um adversário), que nem o árbitro, nem o VAR, Sr. Fábio Melo, quiseram ver. Ao contrário de um lance sobre o Weigl, que o árbitro começou por assinalar penalty, mas o VAR fê-lo ir ao ecrã e posteriormente reverter a situação. Sendo que, na repetição por trás da baliza, se vê um toque no pé esquerdo do alemão. É que, parecendo que não, só nos últimos jogos tivemos uma mão descarada de um jogador do Nacional, um empurrão ao Pizzi frente ao V. Guimarães e agora estes lances frente ao Moreirense. E assim voaram seis pontos...

sábado, fevereiro 06, 2021

Arrasados

Empatámos ontem na Luz frente ao V. Guimarães (0-0) e, não só não aproveitámos o empate no dia anterior do CRAC no Jamor frente ao Belenenses SAD (0-0), como nos distanciámos da lagartada, que ganhou ao Marítimo na Madeira (2-0). Com as vitórias igualmente do Braga e Paços de Ferreira, estamos, no final da 1ª volta, num impensável 4º lugar com 34 pontos, a 11(!) da lagartada (nunca na minha vida me lembro de uma diferença destas...!), a cinco do CRAC, dois do Braga e com o Paços de Ferreira com os mesmos pontos do que nós! Ou seja, era difícil prever pior nesta altura da época. Temos o campeonato mais que perdido e ainda só vamos começar a 2ª volta agora!
 
Com o Jesus ainda retido em casa por causa da Covid-19, a inovação táctica dos três centrais no WC foi sol de pouca dura e voltámos ao habitual figurino do 4-4-2 (gosto sempre da racionalidades destas decisões, sempre bem pensadas e reflectidas...) O problema foi que só tivemos um avançado (Seferovic) na frente, que ainda por cima saía muitas vezes da área, tornando-a uma terra de ninguém. Mesmo assim, não acho que tivéssemos feito uma má 1ª parte, antes pelo contrário, dominámos bastante e tivemos 14 remates à baliza, embora muito poucos com a direção correcta. De qualquer maneira, deveríamos ter saído para o intervalo já em vantagem, dado que o Vertonghen, Seferovic e Everton tiveram mais do que uma situação para marcar.
 
Na 2ª parte, se era expectável a entrada do Darwin para dar mais peso ao ataque, o que eu não esperava era a saída do Everton, que até estava a ser dos mais interventivos a jogar na ala. O resultado, estava mesmo a ver-se, traduziu-se num afunilamento progressivo do nosso jogo e, consequentemente, a deixar de criar tantas oportunidades como no primeiro tempo. O Gonçalo Ramos entrou mais cedo do que o costume, por volta da hora de jogo, para substituir o inconsequente Seferovic, mas também ele teve a sua quota de golos falhados de forma incrível, com uma cabeçada perfeitamente à vontade que nem à baliza foi (já o suíço, na 1ª parte, não dominou uma bola relativamente fácil, dada pelo calcanhar do Gilberto, que o colocaria frente a frente com o guarda-redes). O tempo ia passando, a equipa ia ficando cada vez mais nervosa e as decisões do banco só a foram piorando, fazendo-a esquecer por completo os corredores: saíram também o Pizzi e o Cervi, entrando o Pedrinho e Chiquinho, o que contribuiu para um aumento exponencial de tentativas pelo meio, que não nos ajudou nada. Mesmo assim, foi no malfadado minuto 92 que tivemos a melhor ocasião da partida (de longe!) com um falhanço inacreditável do Pedrinho praticamente na pequena-área, assistido pela cabeça do Gonçalo Ramos, que por sua vez recebeu um passe também de cabeça do Darwin, depois de um centro do Grimaldo na esquerda. Até final, ainda deu para o entretanto entrado Gabriel (para o lugar do Weigl) fazer uma segunda assistência, ao falhar um passe numa transição ofensiva, para um desperdício contrário, neste caso do Edwards, cujo remate ainda agora estou para saber como não entrou... Seria o culminar do karma negativo em que todo este jogo esteve envolvido.
 
Não vou destacar ninguém em termos individuais, porque de facto não houve ninguém que se tenha salientado dos demais. A equipa lutou bastante, tentou combater a adversidade, mas falhou clamorosamente na altura de rematar a baliza. Numa altura em que isso não poderia acontecer! O problema não esteve só neste jogo, o problema vem-se arrastando há bastante tempo e a solução, NESTE MOMENTO, não é fácil. Não adianta estar a correr constantemente com treinadores (já é o terceiro e a promessa de 
“arrasar” conjuga-se agora no particípio passado), não se pode correr com o plantel inteiro e tivemos eleições há pouco mais de três meses. Se eu escrevi ‘neste momento’ em maiúsculas não foi por acaso. Todos os que estão em funções neste momento TÊM OBRIGAÇÃO de fazer a equipa sair desta situação o mais depressa possível. No final da época, far-se-á o balanço, sendo que se as coisas não melhorarem significativamente (leia-se: NO MÍNIMO, o 2º lugar e a Taça de Portugal ganha), espero que quem de direito perceba que, depois do investimento megalómano desta temporada, não tem condições nenhumas para continuar. 
 
P.S. – Completámos uma volta inteira do campeonato sem um único(!) penalty a nosso favor. Se não é inédito, alguém que me diga, sff. Ainda ontem, na 2ª parte, há um empurrão claro do André André ao Pizzi. O Pizzi está com o tronco (que é empurrado) fora da área, mas os pés dentro da área. O Sr. Nuno Almeida, que foi o VAR que não viu a mão do Nacional há duas jornadas, nada assinalou. Assim, de facto, ainda é mais complicado.

terça-feira, janeiro 26, 2021

Vergonhoso

Empatámos ontem com o Nacional (1-1) na Luz e corremos o risco de ficar a seis pontos da lagartada, caso ela hoje vença no Bessa. Em relação ao CRAC, venceu em Faro (1-0) e ficou dois pontos à nossa frente.
 
Provavelmente nunca um título de um post deste blog serviu para tantas situações. Em primeiro lugar, e mesmo antes de o jogo começar, foi absolutamente nojenta a atitude do Nacional de não aceitar a nossa proposta de adiamento da partida, dado que temos 10(!) casos positivos de Covid-19 no plantel, incluindo sete titulares (Vlachodimos, Gilberto, Otamendi, Vertonghen, Grimaldo, Everton e Waldschmidt). A partir disto, vou torcer ardentemente para que desçam até aos distritais o mais rapidamente possível. Se há coisa que me causa uma repulsa absoluta é este tipo de demonstrações de falta de fair play. Não há muito tempo, os madeirenses aceitaram o adiamento do jogo frente ao V. Guimarães, que tinha seis casos positivos... Ainda me revolta mais o facto de terem sido recompensados por isso.
 
Mesmo com a equipa muito remendada, entrámos bastante bem e durante os primeiros 15’ o jogo foi todo nosso. Marcámos por duas vezes pelo Chiquinho, mas só aos 14’ é que valeu, dado que no lance anterior o João Ferreira na direita estava ligeiramente fora-de-jogo. A jogada do 1-0 começou num centro largo para área do Cervi, com alívio de um defesa para fora dela, onde o Pizzi insistiu pela direita, centrou e o Chiquinho de cabeça não perdoou. Esperava que isto fosse o início de um esmagamento bem merecido do Nacional, mas incompreensivelmente abrandámos muito o ritmo a partir daqui. No entanto, controlámos relativamente bem na defesa e o Nacional não chegou a pôr à prova o Svilar, que substituiu o Vlachodimos e Helton Leite.
 
Na 2ª parte, continuámos a vergonhosamente dormir na forma e o Nacional empatou aos 48’ através do Bryan Róchez, que bateu sem dificuldade o João Ferreira e marcou de cabeça na sequência de um canto muito mal defendido do nosso lado (o jogador que faz o centro recebe a bola na área completamente sem marcação!). O jogo ficou partido e nós não conseguimos logo a seguir impor novamente um ascendente perante os madeirenses. O Jorge Jesus mexeu na equipa, mas mal, porque tirou o Darwin e Rafa para colocar o Gonçalo Ramos e Pedrinho. Ora, é certo que o uruguaio não estava a fazer um jogo brilhante, mas o Seferovic esteve inenarrável (segundo uma estatística que ouvi, perdeu 21(!) bolas no jogo todo) e do Rafa nós esperamos sempre um lance decisivo, coisa que ainda não vimos o Pedrinho fazer. Estas substituições não melhoraram nada a equipa e, curiosamente (confirmando que há sempre uma primeira vez para tudo) foi só com a entrada do Taarabt aos 77’ que fizemos o pressing final desejável. Antes disso, a única situação de perigo foi uma arrancada do Gonçalo Ramos na direita com um remate cruzado defendido pelo Daniel Guimarães. Perto do final, o Seferovic teve uma perdida escandalosa depois de um lance ganho pelo Taarabt na direita, em que, sem o guarda-redes na jogada, o suíço vê o seu remate interceptado por um defesa.
 
Em termos individuais, o melhor do Benfica foi indiscutivelmente o Cervi. Jogando novamente a lateral-esquerdo teve um dinamismo que não foi seguido por mais ninguém e não foi por ali que as coisas correram mal. Aliás, vejo com péssimos olhos uma hipotética saída dele do Benfica, porque raros são os jogadores que não têm muitos minutos e quando entram dão este tipo de resposta. Também o Chiquinho confirmou que merece bastantes mais oportunidades do que o Taarabt, tendo feito uma boa 1ª parte, apesar de ter baixado na segunda. E pouco mais de positivo há a dizer. No espectro oposto, o João Ferreira será certamente um óptimo rapaz, mas é para esquecer. Tem imensas culpas no golo sofrido e erros de passe absolutamente incríveis. Aliás, a quantidade de passes que nós falhámos nesta partida daria um caso de estudo.
 
Estamos muito desfalcados, mas exigia-se outro tipo de resposta, ainda por cima perante um adversário que comportou desta maneira inenarrável. Teremos o Belenenses SAD já na 5ª feira para a Taça e depois a ida ao WC na 2ª. Serão dois jogos absolutamente decisivos para a nossa temporada e veremos em que condições de plantel os vamos disputar.
 
P.S. – A exibição do Benfica foi muito fraca, mas é uma autêntica VERGONHA que o Sr. Rui Gomes Costa e o VAR Nuno Almeida não tenham marcado uma evidente mão na bola na área do Nacional, pouco depois de eles terem empatado. Aliás, fizemos o 15º jogo para o campeonato e não temos um único(!) penalty a nosso favor. E, para ajudar à festa, em Faro o Corona aliviou muito bem uma bola com o braço na sua área, sem nada ser assinalado. Tudo isto é inadmissível e assim (também) se explica a diferença pontual que há hoje.

terça-feira, novembro 03, 2020

Hecatombe

Caímos com estrondo ontem no Bessa, perdendo inapelavelmente por 0-3 com o Boavista, e não aproveitámos para alargar a vantagem para o CRAC (mantém-se nos cinco pontos), que tinha sido derrotado em Paços de Ferreira (2-3). Para cúmulo, quando toda a gente pensava que este ano iria ser único por causa da pandemia, temos outro facto ainda mais raro: a lagartada está isolada no 1º lugar, com mais um ponto do que nós...!
 
Não há muito a dizer sobre o jogo de ontem. O Jorge Jesus veio dizer no final que se calhar deveria ter feito mais alterações nos titulares (só entrou o Gilberto em vez do Diogo Gonçalves em relação ao Standard Liège), o que me parece óbvio, dado que a equipa simplesmente não esteve em campo. Com tão pouco tempo de recuperação entre jogos e com um plantel tão vasto, não se percebe esta opção de jogar praticamente sempre com os mesmos. Tivemos um golo anulado ao Darwin por fora-de-jogo (já não é o primeiro nem o segundo, definitivamente o uruguaio tem de melhorar neste aspecto), mas no resto da 1ª parte (e a bem da verdade em praticamente todo o jogo) levámos um banho de bola. O Boavista marcou aos 18’ e 38’, respectivamente pelo Angel Gomes (num penalty escusado do Everton) e Alberth Elis, e as estatísticas dizem tudo: a 1ª parte terminou com 11-1(!) em remates a favor dos axadrezados...
 
Depois do intervalo, entraram o Weigl, Seferovic e Rafa, mas só este mostrou algum inconformismo. O Darwin teve um livre directo a rasar o poste logo no início e ficámos por aí. O Jesus esgotou as substituições à passagem da hora de jogo (com o Diogo Gonçalves e Cervi), mas nunca conseguimos criar verdadeiro perigo, perante um adversário que fez pressão à nossa saída de bola até aos 90’! Aos 76’, tudo ficou definitivamente selado com o terceiro golo através do Hamache.
 
Desde este jogo, curiosamente no mesmo local com o mesmo adversário, que não se assistia a um desastre destes para o campeonato contra uma equipa que não os outros dois rivais. Vou naturalmente abster-me de nomear individualmente algum jogador e apenas desejo que este jogo fique recordado por todos como exemplo a não repetir. Temos obrigação de fazer MUITO mais!
 
P.S. – Independentemente do resultado, não se pode deixar passar em claro o odorzinho inconfundível aos anos 90 no Paços de Ferreira – CRAC, cortesia do Sr. João Pinheiro Nuno Almeida e do Sr. André Narciso no VAR: golo inacreditável anulado ao Paços (seria o 2-0 na altura) e penalty fantasma por pretensa mão na bola para o CRAC (que lhe deu o 1-2 antes do intervalo). O Sr. Donato Ramos ou o Sr. Fortunato Azevedo não desdenhariam uma arbitragem destas.
 
P.S. 2 – Quando a fantástica Madga me convidou para fazer o rescaldo na Bancada Independente, eu tinha-lhe dito que se calhar era melhor não, dado que as últimas vezes em que tinha participado no Benfica FM tinham sido antes do jogo do Herrera, depois da vergonha na meia-final da Taça da Liga e a seguir ao último jogo ao vivo antes do confinamento. Não ouviu o que eu disse e o resultado está à vista...! Enfim, para quem queira ter companhia na ingestão de álcool para esquecer o que se passou ontem, pode sempre ver esta catarse colectiva aqui.

domingo, dezembro 22, 2019

Taças distintas

Vencemos o Braga na Luz (2-1) na passada 4ª feira e apurámo-nos para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Ao invés, empatámos ontem em Setúbal (2-2) na 3ª jornada da fase de grupos da Taça da Liga, mas mesmo que tivéssemos vencido não nos teríamos apurado, porque o V. Guimarães ganhou em casa ao Covilhã e vai à final four desta competição.

Em relação ao jogo frente aos minhotos, só entrou o Zlobin em vez do Vlachodimos e o resto da equipa foram os habituais titulares. A partida era bastante difícil, mas a nossa resposta foi positiva e valorizada pelo facto de termos estado a perder relativamente cedo com um autogolo do Ferro aos 14’. A resposta veio pouco depois, com o Pizzi a igualar num remate de fora da área aos 19’. Apanhámos novo susto perto da meia-hora num livre do defesa-esquerdo Sequeira, que passou rente ao poste, mas respondemos em cima do intervalo com um remate rasteiro ao poste do Chiquinho.

Entrámos melhor na 2ª parte e o Carlos Vinícius teve um cabeceamento defendido pelo Tiago Sá, quando estava em boa posição depois de um centro largo do Pizzi. E foi o mesmo C. Vinícius a colocar-nos finalmente em vantagem aos 62’, num remate já de pouco ângulo, depois de desmarcado pelo Taarabt, com o guarda-redes contrário a ser mal batido, ao tocar na bola e fazer com que ela rodopiasse para dentro da baliza. Com a sequência de jogos dos últimos tempos, começámos a quebrar fisicamente e não fomos tantas vezes à procura do terceiro golo quanto seria desejável. O Braga lá foi respondendo, ainda meteu a bola na baliza, mas em claro fora-de-jogo (inacreditável o tempo que o Sr. Artur Soares Dias e o VAR Carlos Xistra – que dupla...! – demoraram a decidir) e teve a melhor ocasião num remate do Paulinho por cima, quando estava em boa posição. Na parte final do jogo, deveríamos ter marcado o golo da tranquilidade, mas o Tiago Sá defendeu bem um remate cruzado do Pizzi e o entretanto entrado Seferovic tirou o golo ao mesmo Pizzi mesmo em cima dos 90’.

Em termos individuais, destaque para o Pizzi, com mais um golo, para o Chiquinho que se vai consolidando no onze, também pelo seu trabalho de recuperação de bola, e novamente para a dupla Gabriel-Taarabt pela dinâmica que imprimem ao nosso jogo.

Uma última palavra para a arbitragem do Sr. Artur Soares Dias: depois do Fábio Veríssimo frente ao Marítimo, pensei que não poderia ver pior. Enganei-me. Há uma sequência de faltas a nosso favor na 1ª parte que inacreditavelmente não foram assinaladas, o tempo que demorou no golo anulado ao Braga (cujo fora-de-jogo é claríssimo) é vergonhoso, por comparação ao tempo que (não) demorou no lance de possível mão na área a nosso favor. Enfim, dá a sensação de que este senhor perde as estribeiras muito facilmente quando o jogo começa a fugir ao seu controlo. O pior é que é sempre contra uma certa equipa...

Ontem, em Setúbal, o Bruno Lage fez o que já tinha avisado e colocou uma equipa sem um único titular (a excepção foi o Tomás Tavares porque o André Almeida continua lesionado). Não estávamos dependentes de nós, mas tínhamos obrigação de ter jogado melhor, especialmente na 1ª parte que foi bastante fraca e só um livre do Gedson deu a sensação de golo. A 2ª parte não poderia ter começado melhor, porque aos 49’ um erro clamoroso de um jogador do V. Setúbal num atraso ao guarda-redes isolou o Raúl de Tomás, que não perdoou. O Seferovic atirou uma bola ao poste, aproveitando a descoordenação entre defesa e guarda-redes, e aos 73’ parecia que tínhamos acabado com o jogo com o 2-0 num golão do Jota, num remate em arco sobre o lado esquerdo. No entanto, aos 83’ foi a vez do Zlobin entrar negativamente na história do jogo com um frango monumental, ao não conseguir desviar uma bola cruzada em balão e permitir ao Hélder Guedes reduzir de cabeça para 1-2. E, já em tempo de compensação (92’), deixámos fugir a vitória com novo golo do H. Guedes num remate acrobático em balão com a canela de fora da área, aproveitando outro falhanço clamoroso, desta feita do estreante Morato e uma má colocação nos postes do Zlobin, que teve tempo para dar um passo atrás, que lhe teria permitido afastar em bola. Deixámos fugir a vitória de uma maneira inconcebível.

Destaque positivo só para o agora titular Tomás Tavares. Todos os outros foram muito medianos para não dizer pior. O Chiquinho, quando entrou, imprimiu logo outra dinâmica, mas não foi suficiente para nos fazer ganhar o jogo. E isto, porque o nosso guarda-redes ofereceu literalmente dois golos. É urgente irmos agora ao mercado buscar um possível substituto do Vlachodimos, porque se este se lesiona toda a nossa época pode estar em causa. É que ou muito em engano ou com o Zlobin ainda teríamos saudades do Bruno Varela... Também o estreante Morato teve uma falha enorme no segundo golo e não me convenceu por aí além. Ou evolui muito ou para Edcarlos já cá tivemos um.

segunda-feira, dezembro 02, 2019

Melhor da época

Goleámos o Marítimo no sábado por 4-0 e vamos manter o 1º lugar no campeonato com pelo menos dois pontos de vantagem (o CRAC só joga hoje). Além disso, com a derrota da lagartada em Barcelos perante o Gil Vicente (1-2) estamos agora 13 pontos à frente deles.

Três dias depois da frustração em Leipzig, fizemos a melhor exibição da época. O Marítimo até entrou bem, com boa circulação de bola decorrente do novo treinador (José Gomes), mas nós tivemos uma eficácia fabulosa: marcámos aos 8’ e aos 17’ nos dois primeiros remates à baliza que fizemos. Os intervenientes nos lances foram os mesmos com os papéis trocados: no primeiro, assistência do Carlos Vinícius para o Pizzi, no segundo foi o inverso, numa excelente combinação ofensiva pela direita envolvendo o Chiquinho, André Almeida e Taarabt, que isolou o Pizzi na área, o qual, perante a saída do guarda-redes, deu um toque para o lado para o C. Vinícius só ter que encostar. Aos 31’ o jogo ficou praticamente resolvido com o nosso terceiro golo, novamente pelo C. Vinícius, numa boa jogada da nossa parte, com um remate cruzado do Pizzi pela direita, que o Amir não conseguiu agarrar, e o C. Vinícius a atirar para a baliza. A bola entraria na mesma, mas um defesa fez um carrinho e desviou-a da trajectória em que ia, tendo obviamente entrado na mesma. Viemos a saber no final do jogo que o Sr. Fábio Veríssimo considerou que foi... autogolo do Grolli! Mas falaremos desta criatura mais adiante... Até ao intervalo, o C. Vinícius falhou o golo mais fácil, ao atirar ao lado depois de um magnífico contra-ataque nosso na sequência de um canto do Marítimo.

A 2ª parte começou com o Tomás Tavares no lugar do tocado André Almeida. O jogo manteve-se na mesma, connosco a aumentarmos o marcador aos 55’: remate de fora da área do Chiquinho, defesa para a frente do Amir e o C. Vinícius a recargar para o poste mais distante, com a bola ainda a bater nele antes de entrar. O Benfica preparava-se para um jogo com números do ano passado, quando o Gabriel teve uma paragem cerebral: no meio-campo deles(!), entra de carrinho sobre um adversário e vê o segundo amarelo aos 60’. O Bruno Lage ficou fulo e não era caso para menos. Ficámos a jogar com dez sem necessidade absolutamente nenhuma! Claro que, a partir daqui, o jogo não foi mais o mesmo: retraímo-nos mais e não tivemos tantas oportunidades. Até final, só um remate cruzado do entretanto entrado Jota, depois de uma boa abertura do Taarabt, deu a sensação de golo.

Em termos individuais, óbvio destaque para os três golos do C. Vinícius, um deles roubado (literalmente) pelo Sr. Fábio Veríssimo. O Pizzi também foi decisivo com um golo e uma assistência, e o Taarabt terá feito das melhores exibições com a gloriosa camisola. O Vlachodimos fez uma intervenção importante ainda com 0-0 e está bastante melhor nas saídas dos postes. O Chiquinho está cada vez mais participativo nas acções defensivas e é um elemento imprescindível nas combinações atacantes. De negativo, só mesmo a estupidez do Gabriel.

Esperemos que esta retoma exibicional seja para manter. Já contra o Rio Ave estávamos melhor e depois voltámos a baixar na qualidade futebolística. Entraremos agora num ciclo infernal com três jogos até à recepção ao Zenit na 3ª feira da próxima semana. O primeiro será já amanhã na ida à Covilhã para a Taça da Liga. E teremos de ganhar para mantermos esperanças em ir à final four.

P.S. – O meu amigo JG escreveu o seguinte no Twitter:
Não poderia estar mais de acordo! Cada vez que marcávamos um golo, demorava meia-hora a falar com o VAR (certamente para ver se o conseguia invalidar), um critério disciplinar inacreditável, cada vez que um jogador adversário ficava no chão parava o jogo, levando a imensas quebras de ritmo, quatro minutos de compensação quando deveria ser pelo menos o dobro e, a cereja no topo do bolo, o roubo do hat-trick ao C. Vinícius no relatório. Numa partida fácil de dirigir, fez questão em tornar-se uma das figuras principais. Costumava dizer-se que havia dois tipos de árbitros em Portugal: os que não eram maus, mas roubavam e os que não roubavam mas eram maus. No caso do Fábio Veríssimo, isto ainda se aplica e ele até faz o pleno: é um ladrão e é um péssimo árbitro!

segunda-feira, setembro 30, 2019

De encomenda

Vencemos o V. Setúbal na Luz por 1-0 no sábado, mas como o Famalicão também ganhou ao Belenenses SAD (3-1) e o CRAC em Vila do Conde (1-0), ficou tudo na mesma na frente, com os famalicenses à nossa frente e do CRAC por um ponto (19 contra 18). Tal como o resultado deixa transparecer, foi um jogo bastante difícil em que a vitória só foi obtida depois de muito sofrimento, porque tivemos que defender a vantagem com dez jogadores nos últimos 15 minutos (já com os descontos).

Três dias depois de termos empatado com o outro Vitória, o Bruno Lage alterou a equipa, regressando os habituais titulares, mas deixando o Raúl de Tomás no banco, avançando o Gedson para segundo avançado. O que definitivamente não resultou. O Gedson pareceu sempre perdido naquela posição e fez das piores primeiras partes que me lembro com a camisola do Benfica. Primeira parte, essa, que foi péssima, connosco sempre muito lentos, sem praticamente criar oportunidades de golo. Um remate do Gedson que foi interceptado por um defesa e outro do Pizzi pelo Makaridze foram as únicas ocasiões de jeito. Do lado contrário, o Vlachodimos limitou-se praticamente a ser um espectador.

Na 2ª parte, pedia-se mais velocidade, caso contrário não se estava a ver como conseguiríamos marcar. Entrou o Gabriel logo no reinício para o lugar do amarelado Fejsa, mas as melhoras não foram tão visíveis como na 4ª feira passada. Até porque o V. Setúbal criou mais perigo com dois remates às redes laterais praticamente seguidos. Pouco depois, foi o Rafa a ser completamente abalroado na área, mas nem o Sr. Tiago Martins, nem o VAR, o Sr. Bruno Esteves, viram razão para falta. Claro que não! Era sobre um jogador do Benfica, claro que não havia motivo para penalty…! Por volta da hora de jogo, o Bruno Lage arriscou e fez entrar o Carlos Vinícius para o lugar do Pizzi. E logo aos 64, o brasileiro justificou a aposta ao marcar o único golo da partida: enésimo canto a nosso favor, remate do Ferro para grande defesa do Makaridze, a bola sobrou para o Rafa que centrou, para o C. Vinícius passar a bola por cima do guarda-redes à saída deste e à meia-volta conseguir metê-la no único espaço disponível na baliza, dado que ainda estava um defesa perto do poste por causa do canto. Movimento à ponta-de-lança! Pouco depois, foi o Rafa a ver um remate seu interceptado por um defesa, depois de uma jogada de insistência também com participação do C. Vinícius. O André Almeida lesionou-se, entrou o Tomás Tavares e a dez minutos do fim o Sr. Tiago Martins resolveu desequilibrar as coisas a favor do V. Setúbal: mostrou vermelho directo por entrada ríspida do Taarabt, mas este não só toca na bola, como usa a parte lateral do pé. Dez minutos antes, o mesmo Sr. Tiago Martins mostrou um amarelo a um jogador do V. Setúbal, que entrou de pitons sobre o tornozelo do Rafa! Inacreditável! O V. Setúbal veio naturalmente para cima de nós, mas conseguimos manter as nossas redes a zero com bastante sofrimento, dado que acabámos o jogo com o Gedson e Gabriel no meio, e o C. Vinícius a fechar o lado esquerdo.

Em termos individuais, o C. Vinícius merece óbvio destaque pelo golo que nos deu os três pontos. O Gedson foi péssimo na 1ª parte, mas melhorou ligeiramente na 2ª, enquanto o Rafa já esteve em melhor forma, mas é imprescindível, porque é o único jogador com capacidade para acelerar o jogo. Ao invés, o Pizzi passou novamente ao lado da partida.

Não jogámos bem, longe disso, mas conseguimos ganhar e isso era fundamental. Até porque se antigamente jogámos muitas vezes contra 14, agora jogamos contra 16! Foi das arbitragens mais vergonhosas que se viram nos últimos anos na Luz e espero não ter que ver este(s) senhor(es) a arbitrar(em)-nos nos tempos mais próximos (mas seguindo a lógica do Fábio Veríssimo, devem estar no jogo da apresentação na próxima época…). Não marcar aquele penalty sobre o Rafa brada aos céus, a dualidade de critérios na expulsão do Taarabt e no outro lance é gritante, mas onde se viu que isto foi mesmo de encomenda foi no amarelo ao Vlachodimos. O nosso guarda-redes foi avisado para não perder tempo e amarelado literalmente no segundo a seguir! Foi a primeira vez que vi isto acontecer num jogo! Ainda por cima, antes do nosso golo, o Makaridze tinha tido n situações destas sem ter tido consequências nenhumas! Foi uma arbitragem a lembrar os saudosos anos 90, um autêntico roubo, e o pior é que já não é a primeira. Este campeonato vai ser tremendamente complicado.

segunda-feira, agosto 19, 2019

Difícil

Vencemos no sábado o Belenenses SAD no Jamor (2-0) e continuamos na liderança do campeonato com seis pontos, na companhia do Famalicão. Tal como se esperava foi um jogo muito complicado, em que a nossa vitória foi justa embora só tenha sido definitivamente selada já depois dos 90’.

Perante um adversário que há três jogos não conseguíamos derrotar, entrámos bem na partida e o Seferovic falhou uma oportunidade praticamente de baliza aberta logo no início. O mesmo Seferovic também não atacou bem a bola de cabeça a um centro do Rafa, depois de este ter sido bem isolado pelo Pizzi, mas quando o nº 27 picou a bola sobre o guarda-redes, esta ficou curta num defesa. Outra grande ocasião foi desperdiçada pelo Raúl de Tomás, num remate em arco completamente à vontade à entrada na área, depois de uma assistência do Rafa. Tinha que ter ido à baliza! O Belenenses SAD não conseguia criar perigo, embora tenha mantido a posse de bola por alguns períodos, enquanto nós voltámos a ter uma boa ocasião já perto do intervalo, quando o Rafa rematou com um toque de calcanhar, em vez de dominar a bola e atirar em melhores condições dado que estava em boa posição. Em cima do intervalo, o Belenenses SAD teve a sua única oportunidade, mas porventura a melhor de todas, quando o Rúben Dias escorregou e o Kikas ficou isolado perante o Vlachodimos, tendo-nos valido a boa saída dos postes do grego a fazer a mancha.

A 2ª parte manteve as características da 1ª, connosco a empurrar o Belenenses SAD para o seu meio-campo. Aos 54’, o Rafa foi derrubado na área, mas nem o Sr. Fábio Veríssimo, nem o Sr. Carlos Xistra no VAR (agora com os papéis trocados, mas a dupla maravilha deste jogo, lembram-se?) vislumbraram qualquer falta... Aos 58’, conseguimos finalmente abrir o marcador: jogada pela esquerda entre o Grimaldo, Pizzi e Rafa, com este a encontrar um buraco no meio de quatro(!) defesas e a rematar em arco para o poste contrário, sem hipóteses de defesa para o guarda-redes. Um golão! O Belenenses SAD conseguiu equilibrar o jogo a partir daqui, sem que nós revelássemos grande inspiração para tentar o segundo golo. Apesar disto, não houve grandes sobressaltos para o Vlachodimos, excepção feita a um lance aos 79’ em que o Nuno Tavares falhou escandalosamente um corte na pequena-área com o pé direito, mas felizmente o Nico Veléz contrário rematou ao lado.

O Chiquinho já tinha entrado para o lugar do Raúl de Tomás um pouco antes deste calafrio e teve participação directa no lance que marcou este jogo aos 83’, a melhor jogada do encontro que culminou com a bola na baliza: Pizzi, Grimaldo, Chiquinho e Seferovic trocaram a bola entre si praticamente ao primeiro toque (só os dois primeiros deram dois toques) e o nº 19 assistiu o suíço, que só teve que encostar. Infelizmente, o Sr. Carlos Xistra no VAR vislumbrou um fora-de-jogo de 30 cm(!), repito, 30 cm(!!), ao Seferovic no início da jogada, 15 segundos antes de a bola entrar na baliza! 15 segundos!! E rouba-se assim um golo depois de uma jogada magnífica! Vamos por partes: a bola é lançada para a frente e o Seferovic não chega a tocar-lhe, porque o defesa intercepta. Repito: não chega a tocar-lhe! Quer dizer, muitas vezes os defesas têm que fazer sprints atrás dos avançados, porque estes têm que tocar na bola para a bandeirola ser levantada (e obviamente o defesa só aí tem a certeza de que o fora-de-jogo é assinalado). Neste caso, nem foi preciso o Seferovic tocar na bola! Será por ser jogador do Benfica? Anulou-se um golo por um pretenso fora-de-jogo (meus amigos: marcar foras-de-jogo de 30 cm num campo com uma largura de mais do 60 m é ridículo. Ri-dí-cu-lo!), demorou-se uma eternidade a tomar esta decisão, já os adeptos e os jogadores tinham festejado, para quê?! Quem é que ganha com isto? É isto o futebol que queremos? Golos anulados por pretensos foras-de-jogo de 30 cm, 15 segundos antes de a bola entrar na baliza?! Aconselho vivamente a leitura deste belo texto do meu amigo Bakero, que subscrevo na totalidade! Acabem com esta aberração do VAR nestes moldes! Esta espera e este não poder festejar golos na plenitude vai acabar com o futebol!

Estava com algum receio que, depois desta fantochada do VAR, o Benfica se desconcentrasse, mas felizmente isso não aconteceu e marcámos mesmo o segundo golo já nos descontos (92’) pelo Pizzi num remate cruzado rasteiro, depois de nova iniciativa do Rafa pela esquerda, que desmarcou muito bem o nº 21. Em termos individuais, destaque novamente para esta dupla Rafa-Pizzi, não só pelos golos, mas porque o nosso melhor jogo atacante passa invariavelmente por eles. O Vlachodimos foi essencial naquele lance perto do intervalo que, a ter entrado, teria mudado certamente o jogo. O Nuno Tavares estava a fazer outra vez um bom jogo, mas aquela falha incrível poderia ter deitado tudo a perder. O de Tomás e o Seferovic fartaram-se de correr, mas não estão muito felizes na hora de rematar à baliza (e quando estão, o VAR anula por 30 cm...).

Iremos receber o CRAC para a semana com três pontos de vantagem perante eles. Temos uma excelente oportunidade para os colocar a seis. Não a desperdicemos, por favor!

quarta-feira, janeiro 23, 2019

R O U B A L H E I R A__N O J E N T A !

Marcámos dois golos limpos e sofremos dois irregulares, e perdemos com o CRAC por 1-3 na final four da Taça da Liga em Braga. Numa partida bem disputada, em que as equipas deixaram o calculismo de lado, tivemos o privilégio de usufruir de uma magnífica viagem até aos maravilhosos anos 90, onde arbitragens como a de ontem eram prática corrente nos jogos com o CRAC (mais do que eu escrever, que tal recordar isto, isto e isto?).

O Bruno Lage voltou a dar a baliza ao Svilar, como tem sido prática nas taças, e o Rafa também regressou à titularidade. Os primeiros minutos foram loucos, com o guardião belga a evitar um golo do Marega isolado e num canto o João Félix a cabecear para defesa do Vaná, com o Jardel e o Seferovic a não conseguirem fazer a recarga. E isto tudo com apenas 2’ de jogo! A 1ª parte foi toda assim, com ocasiões para ambos os lados, até que aos 24’ o CRAC inaugurou o marcador através do Brahimi: o Gabriel está a proteger a bola de costas para o Oliver, este empurra-o e fica naturalmente com ela, lança o Marega que tenta picar sobre o Svilar, o nosso guarda-redes defende com o pé, mas a bola sobra para o Brahimi que só teve que encostar. Nem o Sr. Fábio Veríssimo, o VAR, nem o Sr. Carlos Xistra, o árbitro, consideraram que era um lance de dúvida e que valia a pena o árbitro revê-lo na televisão. Nada! Zero! Respondemos bem com uma oportunidade de Rafa, que infelizmente tabelou nas pernas de um defesa quando ia com a direcção da baliza, mas conseguimos a igualdade aos 31’ numa boa jogada atacante, com o Pizzi a cruzar, o João Félix a baixar-se para o Seferovic ficar isolado, este a permitir a defesa do guarda-redes, mas a bola a sobrar para o Rafa de primeira marcar. Havia quatro jogadores do CRAC de frente para o Seferovic e nenhum deles protestou (e faziam-no a cada lance dividido em que iam parar ao chão), mas mesmo assim o Sr. Carlos Xistra resolveu ir ver as imagens e milagrosamente considerou o que toda a gente viu: o domínio do Seferovic foi mais que com o peito! Mas já se tinha percebido antes e voltou a perceber-se pouco depois que esta decisão dele foi mesmo um milagre! Este interlúdio com o VAR (que durou 4’) desconcentrou a nossa equipa e o CRAC respondeu com o 2-1 no reatamento aos 35’: centro do Brahimi na esquerda sem que o Pizzi fizesse oposição, o Rafa também não acompanhou o Corona, que recebeu a bola na direita e cruzou para o meio onde o Marega, que tinha empurrado o Grimaldo aquando do primeiro centro e portanto estava sem marcação, atirou para a baliza com a bola a passar por baixo das pernas do Svilar. Novo golo precedido de falta que não mereceu ida ao VAR. Tudo certo…! Voltámos a reagir bem e o Seferovic atirou ao lado de pé esquerdo quando estava em boa posição, mas em cima do intervalo aconteceu o MAIOR ROUBO do séc. XXI: jogada de contra ataque nossa, com o Seferovic a isolar o Rafa, este correu e, à saída do Vaná, deu para o lado para o Pizzi atirar para a baliza deserta. O VAR não disse nada e o Sr. Carlos Xistra anulou o golo SEM consultar as imagens! Repito: SEM consultar as imagens!

Agradeço que alguém me elucide qual é a penalização por uma equipa abandonar o campo na Taça da Liga. É que, se for só a exclusão desta competição, era mesmo isto que nós deveríamos ter feito! Já deixámos de jogar uma final da Taça de Portugal em hóquei em patins por uma vergonha deste calibre e teria sido uma mensagem muito forte a todos: fiquem lá com a taça que vocês sempre desmereceram que uma ROUBALHEIRA destas é ASQUEROSA e nós não pactuamos com ela! No entanto, infelizmente voltámos para a 2ª parte.

Durante grande parte do segundo tempo, o controlo do jogo foi nosso. O Seferovic voltou a ter uma excelente oportunidade só com o Vaná pela frente, conseguiu atirar por baixo dele, mas a bola foi ao lado e o João Félix e o Rafa tiveram ocasiões em excelente posição na grande-área, mas ambos os remates saíram muito tortos. As substituições do Bruno Lage não resultaram, o Gedson e o Castillo não trouxeram nada de especial, até porque as saídas do Gabriel e Pizzi tiraram-nos capacidade de colocar a bola na frente. Ainda entrou o Salvio para o lugar do André Almeida, mas aos 86’ num contra-ataque em que o Gedson não pressionou o Soares a meio-campo, este isolou o Fernando Andrade, que desviou do Svilar à sua saída para fazer o 1-3.

Com o jogo nos foi espoliado, não se justifica muito falar de exibições individuais, até porque não acho que estivéssemos estado mal perante uma equipa com processos muito mais definidos e trabalhados do que nós. Vou antes voltar a realçar que assistimos a algo histórico que iremos recordar daqui a 20 anos, tal como ainda hoje nos lembramos desta maravilha made by Donato Ramos (a minha preferida entre todas deste género!). Houve quatro golos na 1ª parte, três deles em lances duvidosos. Qual é o ÚNICO em que o Sr. Carlos Xistra vai ver as imagens? Precisamente aquele que não oferece dúvidas nenhumas! E isto é que é a principal questão: a não-consulta das imagens em lances duvidosos é a maior prova de que isto foi, de facto, o MAIOR ROUBO do século! Para mim, há faltas claras sobre o Gabriel no primeiro e o Grimaldo no segundo golo deles, mas eu até dou isso de barato.













Agora, achar que estas imagens não oferecem dúvidas nenhumas sobre o Rafa estar em fora-de-jogo e que portanto nem é preciso o árbitro ir ver as imagens é a maior prova de que houve um ROUBO INTENCIONAL do Sr. Fábio Veríssimo com a conivência do Sr. Carlos Xistra. E, como bem disse o Luís Filipe Vieira, quem olha para isto e não tem dúvidas de que há fora-de-jogo não pode apitar mais jogos. Porque ou é profundamente incompetente ou é absolutamente desonesto. Em qualquer dos casos, RUA!