segunda-feira, janeiro 09, 2006
Benfica – 2 – Paços de Ferreira – 0
No regresso do campeonato depois das férias natalícias, mantivemos a nossa senda vitoriosa, mas sem as (boas) exibições do final do ano passado, tal como o nosso próprio treinador reconheceu. Mas o mais importante foi termos alcançado a 5ª vitória consecutiva para o campeonato e o 6º jogo seguido sem sofrer golos. Se quisermos ter esperanças de alcançar rapidamente o clube regional é fundamental ganharmos todos os jogos deste mês, já que temos mais dois em casa e vamos a Barcelos. É de primordial importância chegarmos a Fevereiro, e à eliminatória com o Liverpool, com a distância pontual em relação ao clube regional reduzida (ou mesmo superada).
O jogo de hoje mostrou que a pausa natalícia não nos fez muito bem, já que a equipa pareceu algo perra. Não jogámos com muita velocidade, o que perante uma equipa que quando defendia o fazia sempre com bastantes jogadores (mas que conseguiu jogar um futebol agradável, não se remetendo à táctica do autocarro) foi meio-caminho andado para a fraca exibição. Com o Simão finalmente de volta à equipa (até quando?), o Koeman surpreendeu ao colocar o Moretto a titular. Da mesma maneira que no ano passado não entendi o Trapattoni quando, depois do malfadado jogo do Restelo, tirou o Moreia (que só tinha sido o nosso melhor jogador) e colocou o Quim, não posso deixar de criticar esta opção do Koeman. Ok, “o treinador é que sabe”, mas não me parece justo que se substitua um guarda-redes que vinha de quatro jogos sem sofrer golos por outro que acabou de chegar. Não está em causa a qualidade do Moretto (grande defesa mesmo no fim do jogo), mas para a coesão de um plantel não me parece saudável que se mexa assim sem razão aparente num posto tão específico e cuja performance é fácil de aferir. Para além disto, o Koeman deslocou o Nélson para a esquerda colocando o Alcides na direita e o Léo no banco. O resto da equipa foi igual ao que tem sido habitual, mas a grande diferença é que agora se olha para o banco e se vê apenas estas opções: Manuel Fernandes, Karagounis, Robert, Manduca e Mantorras. E ainda ficaram de fora o Nuno Assis e o Karyaka. Não há fome que não dê em fartura!
Sem querer estar sempre a bater na mesma tecla, tenho que dizer que para mim o maior problema no jogo de ontem foi a manutenção do Beto a titular. A fluidez do nosso jogo atacante é nitidamente prejudicada por isso e com o Manuel Fernandes e o Karagounis no banco não se compreende muito esta opção. Defensivamente ele até esteve bem, mas a um trinco do Benfica pede-se um pouco mais do que apenas cortar a bola. Ainda conseguiu fazer um ou outro passe lateral em condições, mas organizar jogo não pode ser tarefa dele. Quanto aos reforços, o Robert ainda está em “processo de adaptação” ao futebol português (um eufemismo para não dizer que em meia-hora não fez nada de relevante), levou um cartão amarelo escusado e pareceu um pouco nervoso. O Manduca esteve mais mexido e poderia inclusive ter marcado um golo de cabeça. Quanto à restante equipa, a defesa esteve um pouco mais nervosa que o habitual e a permitir algumas veleidades ao adversário, o que não tem sido normal (faltou o Luisão), o Nélson destacou-se ao marcar o nosso 1º golo com a ajuda de um ressalto num defesa, o Simão teve um remate genial ao poste e fez a assistência para o 2º golo, os pontas-de-lança (Miccoli e Nuno Gomes) não estiveram felizes, particularmente o italiano, e o Geovanni mostrou novamente que é a ponta-de-lança que rende mais (em 12 minutos naquela posição conseguiu marcar um golo).
Em suma, uma vitória em velocidade de cruzeiro num jogo com a maior assistência da época em jogos para o campeonato (53.145 espectadores). Parece que o Benfica finalmente percebeu como se leva as pessoas ao estádio. A ideia do “pack Janeiro” foi um sucesso, como tinha sido a de oferecer um bilhete de borla a quem adquirisse um no jogo contra o Boavista. Se temos um estádio para 65.000 pessoas, é um desperdício só estarem 30.000 a assistir. Este ano temos uma média de 41.290 espectadores em jogos efectuados no nosso estádio, o que é bastante satisfatório. Espero bem que continuemos assim.
O jogo de hoje mostrou que a pausa natalícia não nos fez muito bem, já que a equipa pareceu algo perra. Não jogámos com muita velocidade, o que perante uma equipa que quando defendia o fazia sempre com bastantes jogadores (mas que conseguiu jogar um futebol agradável, não se remetendo à táctica do autocarro) foi meio-caminho andado para a fraca exibição. Com o Simão finalmente de volta à equipa (até quando?), o Koeman surpreendeu ao colocar o Moretto a titular. Da mesma maneira que no ano passado não entendi o Trapattoni quando, depois do malfadado jogo do Restelo, tirou o Moreia (que só tinha sido o nosso melhor jogador) e colocou o Quim, não posso deixar de criticar esta opção do Koeman. Ok, “o treinador é que sabe”, mas não me parece justo que se substitua um guarda-redes que vinha de quatro jogos sem sofrer golos por outro que acabou de chegar. Não está em causa a qualidade do Moretto (grande defesa mesmo no fim do jogo), mas para a coesão de um plantel não me parece saudável que se mexa assim sem razão aparente num posto tão específico e cuja performance é fácil de aferir. Para além disto, o Koeman deslocou o Nélson para a esquerda colocando o Alcides na direita e o Léo no banco. O resto da equipa foi igual ao que tem sido habitual, mas a grande diferença é que agora se olha para o banco e se vê apenas estas opções: Manuel Fernandes, Karagounis, Robert, Manduca e Mantorras. E ainda ficaram de fora o Nuno Assis e o Karyaka. Não há fome que não dê em fartura!
Sem querer estar sempre a bater na mesma tecla, tenho que dizer que para mim o maior problema no jogo de ontem foi a manutenção do Beto a titular. A fluidez do nosso jogo atacante é nitidamente prejudicada por isso e com o Manuel Fernandes e o Karagounis no banco não se compreende muito esta opção. Defensivamente ele até esteve bem, mas a um trinco do Benfica pede-se um pouco mais do que apenas cortar a bola. Ainda conseguiu fazer um ou outro passe lateral em condições, mas organizar jogo não pode ser tarefa dele. Quanto aos reforços, o Robert ainda está em “processo de adaptação” ao futebol português (um eufemismo para não dizer que em meia-hora não fez nada de relevante), levou um cartão amarelo escusado e pareceu um pouco nervoso. O Manduca esteve mais mexido e poderia inclusive ter marcado um golo de cabeça. Quanto à restante equipa, a defesa esteve um pouco mais nervosa que o habitual e a permitir algumas veleidades ao adversário, o que não tem sido normal (faltou o Luisão), o Nélson destacou-se ao marcar o nosso 1º golo com a ajuda de um ressalto num defesa, o Simão teve um remate genial ao poste e fez a assistência para o 2º golo, os pontas-de-lança (Miccoli e Nuno Gomes) não estiveram felizes, particularmente o italiano, e o Geovanni mostrou novamente que é a ponta-de-lança que rende mais (em 12 minutos naquela posição conseguiu marcar um golo).
Em suma, uma vitória em velocidade de cruzeiro num jogo com a maior assistência da época em jogos para o campeonato (53.145 espectadores). Parece que o Benfica finalmente percebeu como se leva as pessoas ao estádio. A ideia do “pack Janeiro” foi um sucesso, como tinha sido a de oferecer um bilhete de borla a quem adquirisse um no jogo contra o Boavista. Se temos um estádio para 65.000 pessoas, é um desperdício só estarem 30.000 a assistir. Este ano temos uma média de 41.290 espectadores em jogos efectuados no nosso estádio, o que é bastante satisfatório. Espero bem que continuemos assim.
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9 comentários:
Subscrevo a análise totalmente
O Beto é desastroso na construção de jogo. Só espero que, com a recuperação do Manuel Fernandes, a aposta no Beto não seja para continuar.
Estou curioso para ver se no próximo fim-de-semana voltam a estar mais de 50.000 pessoas contra a Académica.
Desculpa mas a média deste ano é de 53.145 espectadores. Imbativeis!
Se neste jogo tiveram 53 mil pessoas e qualquer coisa, julgo que isso se deve ao pack Janeiro que permite assistir aos 3 jogos na Luz durante o primeiro mes de 2006 a um preço bastante acessível para o que tem vindo a ser usual. No próximo, estarão certamente tantas ou mais pessoas. E contra os lagartos, o Inferno aguarda-os.
Só uma correcção: não é o Benfica que tem de perceber como se leva as pessoas ao estádio, mas sim o departamento de marketing que, por acaso, até tem pessoas que nem benfiquistas são! Não confundir o clube com os seus funcionários. A questão é que desde sempre, não tem havido sensibilidade nenhuma para lidar com a questão dos preços dos bilhetes vs assistência. E isso é das coisas mais fáceis de se resolver, se se quiser ter uma boa casa! E a prova tem estado à vista... Só espero que seja para continuar.
Estou praticamente de acordo com quase tudo o que disseste, e de que aliás falámos parcialmente ao intervalo.
Muito pouca inspiração e também aplicação em dose reduzida. Sorte em marcar cedo de auto-golo e depois foi deixar correr o jogo com muita lentidão e bocejo.
O Paços tem uma equipa interessante, que teve muito mais oportunidades que o sinistro Gil, por exemplo. Mas falha demais na frente para o pouco que tem.
Alguns registos que me parecem importantes. A defesa, mesmo sem o Luisão,É DE BETÃO! Anderson sem mácula, Rocha fez um grande jogo, dinâmico, decidido, sem faltas. Alcides, uma grande descoberta à direita. Do Koeman, sim, não tenham medo de dizê-lo, embora já tivesse antes feito o lugar na Alemanha. Nélson, bastante bem à esquerda. Alíás, é à frente que ele joga pior. Esta defesa dá garantias e permite ganhar mesmo quando se joga sem brilho. E ISTO É UMA GRANDE DIFERENÇA.
Concordo que o Beto não era preciso neste jogo, mas acho que o Fernandes tem qualquer coisa que o impede de render (cirúrgia da tanga???). Miccoli à frente do Gomes é para esquecer. Uma anedota, um jogador perdido, que poderá render noutro lugar. Geovanni à frente do Gomes, parece-me o melhor lugar para ele. Oportuno, rápido, um grande golo em antecipação que não é para todos. À direita, foi o "soneca" do costume, um desperdício.
Dos reforços não deu para ver nada. Pareceu-me que o Robert tinha bons pés, mas precisa de se enquadrar e o Manduca estava inibido. O Moretto esteve a assistir e a fazer exercícios de aquecimento durante 92' mas então fez uma defesa FANTÁSTICA. Uma agilidade fabulosa num golpe de rins do outro mundo. Acho que temos GR para muitos anos.
Espectadores - Podemos falar em packs, preços, borlas, etc. mas a verdade é só uma. DÊEM VITÓRIAS AOS ADEPTOS E ELES VÃO AO ESTÁDIO. Contra o Liverpool há bilhetes? Contra o Sporting, se ganharmos os 2 jogos até lá, vai haver bilhetes?
Claro que vai ser CASA CHEIA.
Agora falta o ponta-de-lança, que suspeito muito possa ser o Karadas. Embora pense que é tosco, quem sabe se nesta equipa não será um achado? Não houve um Manniche, o verdadeiro?
Uma palavra final para a vergonhosa arbitragem, de que ninguém falou porque ganhámos tranquilamente. Desde o primeiro minuto (falta sobre o Miccoli do tamanho de um comboio) ao último (cartão amarelo ridículo ao Anderson) foi um rôr de asneiras. Não sei se no final foi penalti sobre o Gomes, mas tenho a certeza que aquele fiscal-de-linha não marcava nada. Critérios de amarelos a roçar o patético, com diferentes aplicações para os nossos e os outros. E volto a chamar a atenção para os bandeirinhas, que podem ser piores que os árbitros.E MENOS CONHECIDOS.
Aguardemos os próximos capítulos numa área onde ainda andamos a NADAR...
GR1904: os funcionários do clube não são o clube, mas para o bem e para o mal representam-no. Apesar de poder haver algumas pessoas que não são benfiquistas no dept. de marketing, não acredito que seja por isso que a estratégia da bilhética tenha sido má até agora. Parece-me que é mais por incompetência, que já vinha desde a inauguração do estádio novo. Mas ainda bem que aparentemente as coisas estão a mudar.
Guitar: se estivéssemos a meio da tabela decerto que não haveria 50.000 pessoas no estádio, mas não acho que basta haver vitórias para os benfiquistas irem aos jogos. No ano passado estivemos durante grande parte da época em 1º lugar e as assistências eram à volta dos 30.000. Para além do futebol ser mais agradável este ano, a questão do preço dos bilhetes é muito importante. No ano passado não houve estes "packs" mensais nem estas promoções de "traga um amigo também" e, tirando os jogos grandes e as quatro últimas partidas na Luz (quando já cheirava a título), só os que tinham cativos é que iam aos jogos.
Sim, é por incompetência do marketing do SLB que não temos tido grandes assistências. Daí o ter dito que a questão é a falta de sensibilidade para lidar com esta questão. O preço é o factor principal, muda tudo! Depois é que vêm aspectos como estarmos ou não em primeiro lugar e bons espectáculos. Obviamente que tudo conjugado torna a questão mais fácil e o estádio compõe-se.
Finalmente, parece que tenho tempo para comentar...
Em relação à vitória, concordo que é o mais importante disto tudo, e que é bom ganhar mesmo quando não se joga bem!
De salientar também o bom rendimento do Geovanni a ponta-de-lança, o que é importante considerando a ausência do Mantorras durante 1 mês (e enquanto não vier um avançado, que espero, ainda assim, que seja de características físicas bem diferentes das do Geovanni...).
Relativamente às responsabilidades do Koeman, agora que tem mais opções, é óbvio que os media vão explorar ao máximo essa situação. Os nossos receios, enquanto adeptos, que determinadas escolhas possam criar mau ambiente no grupo, são naturais. Mas na verdade, a única coisa que podemos exigir ao Koeman, na forma como gere o plantel, é resultados, mesmo que faça opções não agradáveis para alguns jogadores e adeptos. Temos de relativizar as patranhas dos media como a que há poucos dias dizia com toda a certeza que o jogo do Paços de Ferreira seria o último do Simão pelo Benfica... Ainda assim, também me custa que o Quim tenha sido remetido a suplente desta forma, mas por outro lado, se o Koeman já tinha em mente que o Moretto seria titular, temos de aceitar a sua decisão (claro que a coerência das suas opções fica sempre abalada quando se fala do Beto...).
Um ponto interessante que referiste é o dos bilhetes: embora longe de eu ser especialista na matéria, parece-me que os resultados da gestão desta matéria não se podem medir apenas em facturação: garantir o estádio cheio, se necessário à custa de promoções, é importantíssimo para a equipa se sentir apoiada. Na verdade, se não fossem as promoções, nunca na vida estariam mais de 30000 num jogo com o Paços de Ferreira (quanto mais 50000...).
A verdade é que, não é só para a equipa que é mais agradável jogar perante 50000: também o é para os espectadores, pois o ambiente é muito melhor e o espectáculo é muito mais interessante. Ir a um jogo com 20000 ou menos espectadores, num estádio tão grande, é algo desolador (pior ainda era na antiga Luz)...
Com estas promoções, para além de haver mais espectadores, penso que também acaba por haver mais pagantes!
Acho que nenhum de nós é especialista em bilhetes, mas não é preciso ser expert para pensar o seguinte: facturando o mesmo é preferível ter 30.000 pagantes ou 50.000 com promoções?! E é como dizes, TMA, com as promoções de certeza que se acaba por facturar mais do que sem promoções. Há mais gente a pagar menos, mas no final em termos absolutos a quantia deve ser maior.
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