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quarta-feira, dezembro 06, 2006
Ainda sonhámos
Quando o Nélson marcou o golo da vida dele aos 26’ e colocou-nos em vantagem, pensei que poderíamos ter uma reedição da gloriosa jornada de Anfield Road em Março passado. Mas infelizmente nada disso aconteceu e a derrota por 3-1 em casa do Manchester United atirou-nos para a Taça Uefa. Era obviamente muito difícil (para não dizer impossível) ir a Old Trafford, ganhar e atirar o Man Utd para fora da Champions e portanto não é a este resultado que podemos atribuir o falhanço da qualificação para os oitavos-de-final. Os pontos mal perdidos em Copenhaga e Glasgow fizeram-nos muita falta e esta participação na Liga dos Campeões acabou por nos saber a pouco em comparação com o que fizemos no ano passado. Resta agora tentar ir o mais longe possível na Taça Uefa, porque é uma competição que nunca ganhámos e em que objectivamente temos mais hipóteses de sucesso do que na Champions.
O jogo de hoje começou de uma maneira muito calma. O Man Utd não estava interessado em acelerar muito o ritmo e nós tivemos sempre muito respeito por eles, nunca atacando à maluca. Até ao nosso golo não houve grandes oportunidades, mas a jogada que lhe dá origem é muito boa. O Simão (mais uma vez em GRANDE frente aos ingleses!) ataca rápido pela direita e faz um passe atrasado para a entrada da área, onde estava sozinho o Nélson, que fuzila o Van der Sar. A partir daqui a velocidade do Man Utd foi obviamente outra. Começou a empurrar-nos para a nossa área e a criar perigo. Nós ainda tivemos outro ataque perigoso outra vez pelo Simão, em que o Miccoli inacreditavelmente não acerta na bola, quando estava em boa posição de remate. Ainda por cima, tivemos muito azar na altura que sofremos o golo do empate, já que foi a última jogada da primeira parte. No entanto, nos últimos 10’ não conseguimos sair com a bola controlada para o ataque e a posse de bola do Man Utd era avassaladora. O Quim invariavelmente chutava-a para a frente e lá vinha outro ataque dos ingleses. Um mau alívio do Nélson dá posteriormente origem a um livre, do qual resultou o golo do empate. Não percebi porque é que o Luisão não saltou à bola (preferindo empurrar o Léo) e porque é que o Nuno Gomes preferiu saltar para cima dos adversários em vez de atacar a bola. O central Vidic antecipou-se ao Quim e igualou a partida.
Na segunda parte entrámos muito pior e até sofrermos o 2-1 praticamente não passámos de meio-campo. Os passes não saíam bem e o Manchester empurrava-nos para a nossa área. A excepção foi um livre indirecto que tivemos, em que o Petit rematou ligeiramente por cima. Para quem tinha que ganhar o jogo, as coisas estavam a tornar-se difíceis. Foi sem supresa que o Man Utd chegou à vantagem, num óptimo centro do Cristiano Ronaldo que encontrou o Giggs sozinho na área a cabecear à vontade. O Katsouranis acompanhou a movimentação do Giggs até à entrada da área e depois inexplicavelmente deixou-se ficar para trás, o que permitiu que o galês aparecesse sozinho frente ao Quim. Depois deste golo, finalmente conseguimos trocar mais de três passes seguidos e criámos mais dois lances de perigo, ambos pelo Simão, que não tiveram o seguimento necessário na área. O Miccoli pediu para sair e entrou o Paulo Jorge, mas com o Nuno Gomes numa forma péssima, não havia ninguém para concretizar. Até final ainda houve tempo para sofrer o terceiro golo da praxe num cabeceamento do Saha na sequência de um canto, em que ficou demonstrado a grande lacuna do Léo: a sua baixa estatura que não lhe permitiu cortar a bola sobre a linha de golo. Perdemos o jogo e perdemos bem, porque o Man Utd demonstrou que está num patamar bem acima do nosso.
Individualmente tem que se destacar outra vez o Simão. Que jogão! Sozinho deu trabalho à defesa do Man Utd e todos (leram bem, todos) os nossos lances de perigo passaram por ele. Infelizmente esteve desacompanhado em termos de ataque. O Miccoli não está ainda a 100% e o Nuno Gomes está uma nódoa. O meio-campo não deu o apoio que costuma dar aos homens da frente e percebeu-se porquê. O Man Utd não é propriamente uma equipa qualquer. O Petit está lentamente a voltar à boa forma, por contraponto ao Katsouranis, que fez um jogo muito mau. Lento, sem apoiar o ataque e fechar o lado direito como se impunha, ainda teve o ónus de ficar ligado ao segundo golo deles. Parece-me em deficiente condição física, talvez devido à sobrecarga de jogos. O Nuno Assis não fez um mau jogo em termos defensivos, mas não conseguiu nada de relevante no ataque. A defesa não esteve mal, com destaque para o Ricardo Rocha que se fartou de cortar bolas. O Nélson marcou um golão e não comprometeu a defender, embora tenha ficado inadvertidamente ligado ao primeiro golo deles.
Enfim, resta-nos a Uefa e principalmente o campeonato, que deve ser o nosso principal objectivo para este ano. As competições europeias são um bónus, mas a grande obrigação é ser campeão, ou pelo menos, lutar para isso.
O jogo de hoje começou de uma maneira muito calma. O Man Utd não estava interessado em acelerar muito o ritmo e nós tivemos sempre muito respeito por eles, nunca atacando à maluca. Até ao nosso golo não houve grandes oportunidades, mas a jogada que lhe dá origem é muito boa. O Simão (mais uma vez em GRANDE frente aos ingleses!) ataca rápido pela direita e faz um passe atrasado para a entrada da área, onde estava sozinho o Nélson, que fuzila o Van der Sar. A partir daqui a velocidade do Man Utd foi obviamente outra. Começou a empurrar-nos para a nossa área e a criar perigo. Nós ainda tivemos outro ataque perigoso outra vez pelo Simão, em que o Miccoli inacreditavelmente não acerta na bola, quando estava em boa posição de remate. Ainda por cima, tivemos muito azar na altura que sofremos o golo do empate, já que foi a última jogada da primeira parte. No entanto, nos últimos 10’ não conseguimos sair com a bola controlada para o ataque e a posse de bola do Man Utd era avassaladora. O Quim invariavelmente chutava-a para a frente e lá vinha outro ataque dos ingleses. Um mau alívio do Nélson dá posteriormente origem a um livre, do qual resultou o golo do empate. Não percebi porque é que o Luisão não saltou à bola (preferindo empurrar o Léo) e porque é que o Nuno Gomes preferiu saltar para cima dos adversários em vez de atacar a bola. O central Vidic antecipou-se ao Quim e igualou a partida.
Na segunda parte entrámos muito pior e até sofrermos o 2-1 praticamente não passámos de meio-campo. Os passes não saíam bem e o Manchester empurrava-nos para a nossa área. A excepção foi um livre indirecto que tivemos, em que o Petit rematou ligeiramente por cima. Para quem tinha que ganhar o jogo, as coisas estavam a tornar-se difíceis. Foi sem supresa que o Man Utd chegou à vantagem, num óptimo centro do Cristiano Ronaldo que encontrou o Giggs sozinho na área a cabecear à vontade. O Katsouranis acompanhou a movimentação do Giggs até à entrada da área e depois inexplicavelmente deixou-se ficar para trás, o que permitiu que o galês aparecesse sozinho frente ao Quim. Depois deste golo, finalmente conseguimos trocar mais de três passes seguidos e criámos mais dois lances de perigo, ambos pelo Simão, que não tiveram o seguimento necessário na área. O Miccoli pediu para sair e entrou o Paulo Jorge, mas com o Nuno Gomes numa forma péssima, não havia ninguém para concretizar. Até final ainda houve tempo para sofrer o terceiro golo da praxe num cabeceamento do Saha na sequência de um canto, em que ficou demonstrado a grande lacuna do Léo: a sua baixa estatura que não lhe permitiu cortar a bola sobre a linha de golo. Perdemos o jogo e perdemos bem, porque o Man Utd demonstrou que está num patamar bem acima do nosso.
Individualmente tem que se destacar outra vez o Simão. Que jogão! Sozinho deu trabalho à defesa do Man Utd e todos (leram bem, todos) os nossos lances de perigo passaram por ele. Infelizmente esteve desacompanhado em termos de ataque. O Miccoli não está ainda a 100% e o Nuno Gomes está uma nódoa. O meio-campo não deu o apoio que costuma dar aos homens da frente e percebeu-se porquê. O Man Utd não é propriamente uma equipa qualquer. O Petit está lentamente a voltar à boa forma, por contraponto ao Katsouranis, que fez um jogo muito mau. Lento, sem apoiar o ataque e fechar o lado direito como se impunha, ainda teve o ónus de ficar ligado ao segundo golo deles. Parece-me em deficiente condição física, talvez devido à sobrecarga de jogos. O Nuno Assis não fez um mau jogo em termos defensivos, mas não conseguiu nada de relevante no ataque. A defesa não esteve mal, com destaque para o Ricardo Rocha que se fartou de cortar bolas. O Nélson marcou um golão e não comprometeu a defender, embora tenha ficado inadvertidamente ligado ao primeiro golo deles.
Enfim, resta-nos a Uefa e principalmente o campeonato, que deve ser o nosso principal objectivo para este ano. As competições europeias são um bónus, mas a grande obrigação é ser campeão, ou pelo menos, lutar para isso.
quarta-feira, novembro 22, 2006
45 minutos
Tal como se previa vão ser os dois pontos oferecidos em Copenhaga que muito provavelmente nos vão atirar para fora da Liga dos Campeões. Ganhámos por 3-1 frente aos dinamarqueses, mas com a vitória do Celtic frente ao Manchester United somos obrigados a ganhar em Old Trafford, o que a acontecer atiraria os ingleses para fora da Champions pela segunda vez consecutiva aos nossos pés. Ou seja, missão (quase) impossível. O Celtic já está apurado e gostaria agora de ouvir aqueles que defenderam que “o empate fora é sempre bom resultado” quando NÃO JOGÁMOS para ganhar na Dinamarca...
O jogo de ontem teve pouca história. Os dinamarqueses são muito fracos e não me venham falar outra vez da vitória deles sobre o Man Utd. Os ingleses jogaram com uma equipa de suplentes e falharam uma série de oportunidades de golo, ao passo que o Copenhaga marcou no único lance de golo de que dispôs. Ontem fizemos uma primeira parte razoável e acabámos com o jogo ao fazer os três golos neste período. Entrámos um pouco inseguros e não conseguimos fazer nada de relevante nos primeiros 13’, tirando um remate de cabeça do Miccoli à figura. Mais uma vez marcámos na primeira grande ocasião que tivemos, tal como em Braga. Foi aos 14’ que o Léo finalmente se estreou a marcar com a Gloriosa camisola, depois de uma boa jogada do Simão, que cruzou para o Katsouranis amortecer para o brasileiro. Dois minutos depois, a vitória ficou quase decidida, quando, na sequência de uma recuperação do Simão, o Nélson centrou para o Nuno Gomes assistir o Miccoli, que rematou rasteiro com o pé esquerdo e viu a bola entrar no canto da baliza depois de bater ligeiramente no poste. Os dinamarqueses mostravam-se inofensivos e nós entrámos em economode a partir do segundo golo. Mesmo assim, até final da primeira parte ainda mostrámos alguma vontade de aumentar o resultado e, a pouco mais de cinco minutos do intervalo, um bom remate rasteiro do Nuno Gomes fez com que o guarda-redes defendesse para a frente, permitindo ao Miccoli bisar na partida. O vencedor estava definitivamente encontrado.
No segundo tempo esperava que jogássemos da mesma maneira para irmos marcando mais golos, mas nada disto aconteceu. Só tivemos uma verdadeira oportunidade, quando uma boa tabelinha do Nuno Gomes isolou o Simão, que permitiu a defesa ao guarda-redes. De resto, limitámo-nos a controlar o jogo, atitude que exasperou alguns adeptos. Confesso que preferia que tivéssemos sido mais acutilantes, mas daí até aos assobios (a GANHAR o jogo!) vai uma grande diferença. As substituições também não resultaram, porque saiu o Miccoli (tinha visto um amarelo) que estava a ser o nosso melhor jogador e desta vez o Karyaka não entrou tão bem como em jogos anteriores. As outras duas substituições (Karagounis e Mantorras) foram feitas já muito tarde e os jogadores não tiveram tempo para fazer nada de relevante. Não percebi porque é que o Fernando Santos não lançou o Fonseca, já que era um bom jogo para ele se mostrar e o Nuno Gomes precisa de descanso. Muito perto do fim, sofremos o golito da ordem, num cruzamento da esquerda em que o Allbäck se antecipou ao Ricardo Rocha.
Individualmente há que destacar o Miccoli. A continuar assim, sem lesões, acho que o Luís Filipe Vieira não tem outra hipótese senão exercer o direito de opção, porque seria incompreensível que gastássemos três milhões de euros com o Marcel e outros três com o Fonseca, e não houvesse cinco milhões para o italiano. O Simão também esteve bem, mas não deveria ter falhado aquele golo de baliza aberta. O Nuno Gomes continua na sua senda de desperdício que vem desde o jogo da selecção, mas acaba por ficar ligado a dois golos. O Nuno Assis voltou às boas exibições, continuando a mostrar muita generosidade defensiva. Quando aos dois trincos, voltei a ficar com a ideia que em jogos perante adversários mais fracos não deveriam jogar os dois. O Petit não atravessa um grande momento de forma e o Katsouranis tem a vantagem de ser mais participativo no ataque. A defesa não esteve mal e o Nelson voltou a ser muito participativo no ataque.
Um último reparo para o público. Estiveram pouco mais de 30.000 pessoas e talvez devessem estar menos, porque há gente que não faz lá falta nenhuma. Que sentido tem gastar-se 20€, ver a equipa ganhar e ainda assobiar no fim do jogo?! Porque é que não ficam em casa a verberar contra a televisão? Ao menos não gastam dinheiro e deixam o estádio para quem vai lá apoiar a equipa. Claro que a nossa exibição na segunda parte deixou um pouco a desejar, mas assobiar o Benfica depois de nós ganharmos por 3-1 é uma atitude absolutamente CRETINA! O que seria se tivéssemos empatado ou perdido? Rasgariam o cartão de sócio?!
O jogo de ontem teve pouca história. Os dinamarqueses são muito fracos e não me venham falar outra vez da vitória deles sobre o Man Utd. Os ingleses jogaram com uma equipa de suplentes e falharam uma série de oportunidades de golo, ao passo que o Copenhaga marcou no único lance de golo de que dispôs. Ontem fizemos uma primeira parte razoável e acabámos com o jogo ao fazer os três golos neste período. Entrámos um pouco inseguros e não conseguimos fazer nada de relevante nos primeiros 13’, tirando um remate de cabeça do Miccoli à figura. Mais uma vez marcámos na primeira grande ocasião que tivemos, tal como em Braga. Foi aos 14’ que o Léo finalmente se estreou a marcar com a Gloriosa camisola, depois de uma boa jogada do Simão, que cruzou para o Katsouranis amortecer para o brasileiro. Dois minutos depois, a vitória ficou quase decidida, quando, na sequência de uma recuperação do Simão, o Nélson centrou para o Nuno Gomes assistir o Miccoli, que rematou rasteiro com o pé esquerdo e viu a bola entrar no canto da baliza depois de bater ligeiramente no poste. Os dinamarqueses mostravam-se inofensivos e nós entrámos em economode a partir do segundo golo. Mesmo assim, até final da primeira parte ainda mostrámos alguma vontade de aumentar o resultado e, a pouco mais de cinco minutos do intervalo, um bom remate rasteiro do Nuno Gomes fez com que o guarda-redes defendesse para a frente, permitindo ao Miccoli bisar na partida. O vencedor estava definitivamente encontrado.
No segundo tempo esperava que jogássemos da mesma maneira para irmos marcando mais golos, mas nada disto aconteceu. Só tivemos uma verdadeira oportunidade, quando uma boa tabelinha do Nuno Gomes isolou o Simão, que permitiu a defesa ao guarda-redes. De resto, limitámo-nos a controlar o jogo, atitude que exasperou alguns adeptos. Confesso que preferia que tivéssemos sido mais acutilantes, mas daí até aos assobios (a GANHAR o jogo!) vai uma grande diferença. As substituições também não resultaram, porque saiu o Miccoli (tinha visto um amarelo) que estava a ser o nosso melhor jogador e desta vez o Karyaka não entrou tão bem como em jogos anteriores. As outras duas substituições (Karagounis e Mantorras) foram feitas já muito tarde e os jogadores não tiveram tempo para fazer nada de relevante. Não percebi porque é que o Fernando Santos não lançou o Fonseca, já que era um bom jogo para ele se mostrar e o Nuno Gomes precisa de descanso. Muito perto do fim, sofremos o golito da ordem, num cruzamento da esquerda em que o Allbäck se antecipou ao Ricardo Rocha.
Individualmente há que destacar o Miccoli. A continuar assim, sem lesões, acho que o Luís Filipe Vieira não tem outra hipótese senão exercer o direito de opção, porque seria incompreensível que gastássemos três milhões de euros com o Marcel e outros três com o Fonseca, e não houvesse cinco milhões para o italiano. O Simão também esteve bem, mas não deveria ter falhado aquele golo de baliza aberta. O Nuno Gomes continua na sua senda de desperdício que vem desde o jogo da selecção, mas acaba por ficar ligado a dois golos. O Nuno Assis voltou às boas exibições, continuando a mostrar muita generosidade defensiva. Quando aos dois trincos, voltei a ficar com a ideia que em jogos perante adversários mais fracos não deveriam jogar os dois. O Petit não atravessa um grande momento de forma e o Katsouranis tem a vantagem de ser mais participativo no ataque. A defesa não esteve mal e o Nelson voltou a ser muito participativo no ataque.
Um último reparo para o público. Estiveram pouco mais de 30.000 pessoas e talvez devessem estar menos, porque há gente que não faz lá falta nenhuma. Que sentido tem gastar-se 20€, ver a equipa ganhar e ainda assobiar no fim do jogo?! Porque é que não ficam em casa a verberar contra a televisão? Ao menos não gastam dinheiro e deixam o estádio para quem vai lá apoiar a equipa. Claro que a nossa exibição na segunda parte deixou um pouco a desejar, mas assobiar o Benfica depois de nós ganharmos por 3-1 é uma atitude absolutamente CRETINA! O que seria se tivéssemos empatado ou perdido? Rasgariam o cartão de sócio?!
quinta-feira, novembro 02, 2006
Caldwell
Este defesa do Celtic deu-nos hoje uma grande ajuda na nossa (indiscutível) vitória por 3-0. Um autogolo e uma assistência para o Nuno Gomes deram-nos uma vantagem preciosa logo aos 21’. Tivemos hoje a sorte que nos tem faltado durante a época, nomeadamente no jogo de sábado passado e no frente ao Paços de Ferreira.
Estava confiante para esta partida, porque demonstrámos na Escócia que somos melhores que o Celtic, apesar daquela derrota por 0-3. No entanto, a nossa primeira parte foi apenas razoável, já que tirando um remate do Katsouranis e outro do Miccoli não criámos mais perigo. Os dois golos resultam de erros do adversário e é verdade que adquirimos a vantagem um pouco sem saber como. Por outro lado, em termos defensivos não estivemos bem, porque deixámos o Celtic manobrar à vontade no meio-campo e não conseguíamos manter a posse da bola por muito tempo. É certo que o Celtic não criou perigo iminente, mas eu esperava que depois do 2-0 conseguíssemos fazer jogadas de contra-ataque, aproveitando o facto de os escoceses terem que arriscar mais. Infelizmente, isso não aconteceu e não compreendi o nosso abaixamento de ritmo, porque era imperativo ganharmos pelo menos por 3-0, para anular a vantagem do Celtic no confronto directo.
No entanto, na segunda parte melhorámos bastante. O Celtic deixou de conseguir circular a bola com à vontade no nosso meio-campo e só teve uma verdadeira oportunidade de golo, com o Quim a safar sobre a linha. A partir daqui, conseguimos que o jogo se desenrolasse primordialmente no meio-campo deles. A nossa circulação de bola melhorou bastante e começámos a criar várias situações de remate, que infelizmente nem sempre eram conseguidas. Até que a 15’ do fim, o Karyaka, que tinha entrado para o lugar do (apagado) Miccoli, fez o 3-0 na sequência da melhor jogada do desafio, muito semelhante à que nos deu o segundo golo frente ao clube regional. Bola a circular por quatro jogadores em tabelas, desmarcação para a direita, centro do Nélson para a entrada da área e remate rasteiro e indefensável do russo. Estava anulada a vantagem do Celtic no confronto directo o que pode ser bastante importante nas contas finais do grupo. Até final o Nuno Gomes ainda poderia ter feito o 4-0, mas o guarda-redes defendeu com o pé e mesmo no fim o Quim conseguiu atirar para canto um livre perigoso à entrada da área.
Individualmente gostei bastante do Nuno Assis (que ERRO não ter jogado de início frente ao clube regional), que imprimiu imenso ritmo ao nosso jogo além de ter ajudado a defender, o que não era habitual nele antes desta época. O Nélson foi decisivo já que fez os centros para o primeiro e terceiro golos. Espero que a invenção Alcides-na-direita tenha acabado de vez. O Simão esteve igualmente muito bem, apesar de não ter tido participação directa nos golos. O Nuno Gomes voltou finalmente a marcar para a Liga dos Campeões o que já não acontecia há oito anos e continua excelente nas tabelinhas. A defesa acabou por ficar a zeros, mas não gostei do Luisão especialmente na primeira parte. Fez uma série de cortes muito maus (para trás ou para a entrada da área) e não revelou a segurança habitual, apesar de ter melhorado no segundo tempo. O Quim também não esteve feliz principalmente nos cruzamentos, já que socou bastantes bolas para a frente. O Petit foi outro que não fez um grande jogo. Os passes em profundidade não lhe saíram bem e na primeira parte esteve um pouco perdido em campo. O Katsouranis esteve melhor que ele e tem a vantagem de se integrar no ataque. O Miccoli também não esteve nos seus dias (terá sido da gripe?). Quantos aos substitutos, o destaque vai obviamente para o Karyaka, que voltou a marcar. O seu tempo total de utilização não deve chegar a 45’ e já tem dois golos! É um caso estranho, este russo. Nunca achei que fosse mau jogador, mas revelava-se muito fraco psicologicamente. Parecia que não conseguia superar os problemas que teve ainda com o Koeman no ano passado, mas espero que estes dois golos lhe dêem alento para se tornar de vez um jogador a ter em conta no plantel.
A vitória do Copenhaga frente ao Man United baralhou um pouco as contas. Apesar disto, não me venham com histórias, o nosso empate na Dinamarca e, principalmente, a forma como jogámos foi um ERRO. Quem marcou o golo foi o Allbäck, o tal ponta-de-lança da selecção sueca que não tinha jogado contra nós. Perdemos uma óptima ocasião para ter os três pontos e não é por eles terem ganho aos ingleses que eu vou mudar de ideias. Não obstante isto, esta vitória pode-nos ser favorável, porque assim o Man United, como não está ainda qualificado, não vai jogar em Glasgow com a equipa B. E se o Celtic não ganhar ao Man United e nós ganharmos (como se espera) ao Copenhaga passamos para o segundo lugar no grupo. E na última jornada, só teremos que fazer em Old Trafford o mesmo resultado dos escoceses na Dinamarca. Com a vantagem de o Copenhaga ainda ter hipóteses para o terceiro lugar se ganhar esse jogo. Por outro lado, se não ganharmos ao Copenhaga arriscamo-nos a nem ir à Taça Uefa, o que seria uma frustração enorme. Mas estou confiante que iremos continuar nas competições europeias.
P.S. - Estes adeptos escoceses são fantásticos! Para além da bonita homenagem que fizeram ao Fehér antes do jogo, mesmo com 0-3 continuavam a cantar e a apoiar a equipa. Gostava muito que houvesse essa mentalidade cá, onde mesmo nos jogos em que estamos a ganhar de vez em quando ouvem-se assobios. Eu sabia que não estava errado quando apoiei o Celtic numa final da Taça Uefa há três anos...
Estava confiante para esta partida, porque demonstrámos na Escócia que somos melhores que o Celtic, apesar daquela derrota por 0-3. No entanto, a nossa primeira parte foi apenas razoável, já que tirando um remate do Katsouranis e outro do Miccoli não criámos mais perigo. Os dois golos resultam de erros do adversário e é verdade que adquirimos a vantagem um pouco sem saber como. Por outro lado, em termos defensivos não estivemos bem, porque deixámos o Celtic manobrar à vontade no meio-campo e não conseguíamos manter a posse da bola por muito tempo. É certo que o Celtic não criou perigo iminente, mas eu esperava que depois do 2-0 conseguíssemos fazer jogadas de contra-ataque, aproveitando o facto de os escoceses terem que arriscar mais. Infelizmente, isso não aconteceu e não compreendi o nosso abaixamento de ritmo, porque era imperativo ganharmos pelo menos por 3-0, para anular a vantagem do Celtic no confronto directo.
No entanto, na segunda parte melhorámos bastante. O Celtic deixou de conseguir circular a bola com à vontade no nosso meio-campo e só teve uma verdadeira oportunidade de golo, com o Quim a safar sobre a linha. A partir daqui, conseguimos que o jogo se desenrolasse primordialmente no meio-campo deles. A nossa circulação de bola melhorou bastante e começámos a criar várias situações de remate, que infelizmente nem sempre eram conseguidas. Até que a 15’ do fim, o Karyaka, que tinha entrado para o lugar do (apagado) Miccoli, fez o 3-0 na sequência da melhor jogada do desafio, muito semelhante à que nos deu o segundo golo frente ao clube regional. Bola a circular por quatro jogadores em tabelas, desmarcação para a direita, centro do Nélson para a entrada da área e remate rasteiro e indefensável do russo. Estava anulada a vantagem do Celtic no confronto directo o que pode ser bastante importante nas contas finais do grupo. Até final o Nuno Gomes ainda poderia ter feito o 4-0, mas o guarda-redes defendeu com o pé e mesmo no fim o Quim conseguiu atirar para canto um livre perigoso à entrada da área.
Individualmente gostei bastante do Nuno Assis (que ERRO não ter jogado de início frente ao clube regional), que imprimiu imenso ritmo ao nosso jogo além de ter ajudado a defender, o que não era habitual nele antes desta época. O Nélson foi decisivo já que fez os centros para o primeiro e terceiro golos. Espero que a invenção Alcides-na-direita tenha acabado de vez. O Simão esteve igualmente muito bem, apesar de não ter tido participação directa nos golos. O Nuno Gomes voltou finalmente a marcar para a Liga dos Campeões o que já não acontecia há oito anos e continua excelente nas tabelinhas. A defesa acabou por ficar a zeros, mas não gostei do Luisão especialmente na primeira parte. Fez uma série de cortes muito maus (para trás ou para a entrada da área) e não revelou a segurança habitual, apesar de ter melhorado no segundo tempo. O Quim também não esteve feliz principalmente nos cruzamentos, já que socou bastantes bolas para a frente. O Petit foi outro que não fez um grande jogo. Os passes em profundidade não lhe saíram bem e na primeira parte esteve um pouco perdido em campo. O Katsouranis esteve melhor que ele e tem a vantagem de se integrar no ataque. O Miccoli também não esteve nos seus dias (terá sido da gripe?). Quantos aos substitutos, o destaque vai obviamente para o Karyaka, que voltou a marcar. O seu tempo total de utilização não deve chegar a 45’ e já tem dois golos! É um caso estranho, este russo. Nunca achei que fosse mau jogador, mas revelava-se muito fraco psicologicamente. Parecia que não conseguia superar os problemas que teve ainda com o Koeman no ano passado, mas espero que estes dois golos lhe dêem alento para se tornar de vez um jogador a ter em conta no plantel.
A vitória do Copenhaga frente ao Man United baralhou um pouco as contas. Apesar disto, não me venham com histórias, o nosso empate na Dinamarca e, principalmente, a forma como jogámos foi um ERRO. Quem marcou o golo foi o Allbäck, o tal ponta-de-lança da selecção sueca que não tinha jogado contra nós. Perdemos uma óptima ocasião para ter os três pontos e não é por eles terem ganho aos ingleses que eu vou mudar de ideias. Não obstante isto, esta vitória pode-nos ser favorável, porque assim o Man United, como não está ainda qualificado, não vai jogar em Glasgow com a equipa B. E se o Celtic não ganhar ao Man United e nós ganharmos (como se espera) ao Copenhaga passamos para o segundo lugar no grupo. E na última jornada, só teremos que fazer em Old Trafford o mesmo resultado dos escoceses na Dinamarca. Com a vantagem de o Copenhaga ainda ter hipóteses para o terceiro lugar se ganhar esse jogo. Por outro lado, se não ganharmos ao Copenhaga arriscamo-nos a nem ir à Taça Uefa, o que seria uma frustração enorme. Mas estou confiante que iremos continuar nas competições europeias.
P.S. - Estes adeptos escoceses são fantásticos! Para além da bonita homenagem que fizeram ao Fehér antes do jogo, mesmo com 0-3 continuavam a cantar e a apoiar a equipa. Gostava muito que houvesse essa mentalidade cá, onde mesmo nos jogos em que estamos a ganhar de vez em quando ouvem-se assobios. Eu sabia que não estava errado quando apoiei o Celtic numa final da Taça Uefa há três anos...
quarta-feira, outubro 18, 2006
Falta de pontaria
Quando só se acerta duas vezes na baliza em 14 remates e o adversário num total de 12 marca três golos em seis remates que foram à baliza, não se pode almejar a grandes feitos. Perdemos 0-3 em Glasgow frente ao Celtic e devemos ter dito adeus à Liga dos Campeões deste ano. Três jogos, um ponto e zero golos marcados em quatro horas e meia é o nosso (cruel) cartão de visita deste ano.
Todavia, a primeira parte não deixou transparecer o que acabou por suceder depois. Tivemos 15 minutos iniciais em que trememos bastante, tendo o Celtic criado uma excelente oportunidade logo no segundo minuto, muito bem defendida pelo Quim. Mas depois fomos nós que tomámos conta do jogo e repetimos a boa exibição de Leiria. Boas trocas de bola, jogadores em constante movimento e sempre com os olhos na baliza foram 30’ em que dominámos completamente os escoceses. No entanto, tivemos o grande contra de não criar verdadeiras situações de golo, porque as bolas nunca seguiam na direcção da baliza. Quatro remates quase frontais, sem oposição, e foram todos ao lado! A nossa melhor oportunidade surgiu já perto do intervalo num cruzamento do Léo que encontra o Katsouranis completamente isolado, mas este cabeceia por cima da barra. Começámos a perder o jogo nesse lance.
Na segunda parte voltámos a sentir a pressão dos escoceses, com a diferença que eles marcaram logo aos 55’. O Alcides deu todo o espaço do mundo (como é habitual) para que o cruzamento fosse efectuado, há um jogador que remata torto perto da marca de penalty, mas a bola, que seguia para fora, é desviada intencionalmente pelo Miller (um bom avançado) para dentro da baliza. Ainda pensei que conseguíssemos reagir, porque efectivamente estamos a jogar melhor que há uns tempos atrás, mas nada disso aconteceu. A excepção foi um grande remate do Nuno Assis que embateu na barra. A partir daí não criámos mais perigo nenhum e o Celtic conseguiu marcar outro golo igualmente pelo Miller, desta feita num contra-ataque muito bem efectuado depois de um canto a nosso favor. Estávamos derrotados e ainda faltavam 25’ para o fim do jogo. A equipa continua a acusar muito os golos sofridos e até o Fernando Santos reconhece isso (mas já teve TRÊS MESES para corrigir esta situação, não?!) As nossas substituições não resultaram, porque o Nélson entrou muito mal no jogo (foi para extremo) e o Fonseca também não fez nada de especial. O élan que tínhamos criado na primeira parte desvaneceu-se com as saídas do Katsouranis e Nuno Gomes e com a situação de desvantagem. Até final, ainda sofremos um terceiro golo no último minuto, o que torna esta derrota (injustamente) muito pesada.
Gostei bastante do Nuno Assis, de longe o melhor do Benfica. Deu dinâmica ao meio-campo e, ao contrário do que é habitual nele, jogou bastantes vezes para a frente. O Ricardo Rocha também esteve impecável e consolida cada vez mais a sua posição de titular. O Quim não podia ter feito nada nos golos e o Luisão e Léo também não estiveram mal. Globalmente jogámos bem até sofrermos o primeiro golo, com o Petit e Katsouranis muito interventivos, mas com o trio da frente com menos inspiração do que no passado sábado. O Simão ainda deu nas vistas (que pena aquele livre frontal ao lado ainda com 0-0…), mas o Nuno Gomes e, principalmente, o Miccoli estiveram muito desinspirados.
Espero que este jogo dê para o Fernando Santos tirar algumas conclusões: o Alcides NÃO PODE ser titular a defesa-direito. Foi o pior jogador em campo e é uma nulidade no ataque. Há a estória da altura, mas relembro que fizemos uma grande exibição em Old Trafford no ano passado com o Nélson e Léo nas laterais, além de que o Celtic não tem muitos jogadores altos na frente. Por outro lado, não percebo a convocatória do Karyaka e a sua permanência no banco, tendo nós feito só duas substituições. Se era assim, porque é que não foi o Manú para o banco? Não será mais extremo que o Nélson?!
Acho melhor começarmos já a pensar na Taça Uefa e concentrarmos as nossas energias no campeonato, que deverá ser o nosso grande objectivo. Da maneira como estamos este ano, ficaríamos muito provavelmente pelos oitavos-de-final e pode ser que na Uefa tenhamos mais hipóteses. Acho que jogámos bem, mas enquanto cada golo sofrido nos fizer abater animicamente desta maneira será difícil irmos longe.
P.S. – Então, ainda há alguém que ache que foi bom empatar em Copenhaga? Um empate fora na Champions é sempre bom resultado, é…? Pois, pois…
Todavia, a primeira parte não deixou transparecer o que acabou por suceder depois. Tivemos 15 minutos iniciais em que trememos bastante, tendo o Celtic criado uma excelente oportunidade logo no segundo minuto, muito bem defendida pelo Quim. Mas depois fomos nós que tomámos conta do jogo e repetimos a boa exibição de Leiria. Boas trocas de bola, jogadores em constante movimento e sempre com os olhos na baliza foram 30’ em que dominámos completamente os escoceses. No entanto, tivemos o grande contra de não criar verdadeiras situações de golo, porque as bolas nunca seguiam na direcção da baliza. Quatro remates quase frontais, sem oposição, e foram todos ao lado! A nossa melhor oportunidade surgiu já perto do intervalo num cruzamento do Léo que encontra o Katsouranis completamente isolado, mas este cabeceia por cima da barra. Começámos a perder o jogo nesse lance.
Na segunda parte voltámos a sentir a pressão dos escoceses, com a diferença que eles marcaram logo aos 55’. O Alcides deu todo o espaço do mundo (como é habitual) para que o cruzamento fosse efectuado, há um jogador que remata torto perto da marca de penalty, mas a bola, que seguia para fora, é desviada intencionalmente pelo Miller (um bom avançado) para dentro da baliza. Ainda pensei que conseguíssemos reagir, porque efectivamente estamos a jogar melhor que há uns tempos atrás, mas nada disso aconteceu. A excepção foi um grande remate do Nuno Assis que embateu na barra. A partir daí não criámos mais perigo nenhum e o Celtic conseguiu marcar outro golo igualmente pelo Miller, desta feita num contra-ataque muito bem efectuado depois de um canto a nosso favor. Estávamos derrotados e ainda faltavam 25’ para o fim do jogo. A equipa continua a acusar muito os golos sofridos e até o Fernando Santos reconhece isso (mas já teve TRÊS MESES para corrigir esta situação, não?!) As nossas substituições não resultaram, porque o Nélson entrou muito mal no jogo (foi para extremo) e o Fonseca também não fez nada de especial. O élan que tínhamos criado na primeira parte desvaneceu-se com as saídas do Katsouranis e Nuno Gomes e com a situação de desvantagem. Até final, ainda sofremos um terceiro golo no último minuto, o que torna esta derrota (injustamente) muito pesada.
Gostei bastante do Nuno Assis, de longe o melhor do Benfica. Deu dinâmica ao meio-campo e, ao contrário do que é habitual nele, jogou bastantes vezes para a frente. O Ricardo Rocha também esteve impecável e consolida cada vez mais a sua posição de titular. O Quim não podia ter feito nada nos golos e o Luisão e Léo também não estiveram mal. Globalmente jogámos bem até sofrermos o primeiro golo, com o Petit e Katsouranis muito interventivos, mas com o trio da frente com menos inspiração do que no passado sábado. O Simão ainda deu nas vistas (que pena aquele livre frontal ao lado ainda com 0-0…), mas o Nuno Gomes e, principalmente, o Miccoli estiveram muito desinspirados.
Espero que este jogo dê para o Fernando Santos tirar algumas conclusões: o Alcides NÃO PODE ser titular a defesa-direito. Foi o pior jogador em campo e é uma nulidade no ataque. Há a estória da altura, mas relembro que fizemos uma grande exibição em Old Trafford no ano passado com o Nélson e Léo nas laterais, além de que o Celtic não tem muitos jogadores altos na frente. Por outro lado, não percebo a convocatória do Karyaka e a sua permanência no banco, tendo nós feito só duas substituições. Se era assim, porque é que não foi o Manú para o banco? Não será mais extremo que o Nélson?!
Acho melhor começarmos já a pensar na Taça Uefa e concentrarmos as nossas energias no campeonato, que deverá ser o nosso grande objectivo. Da maneira como estamos este ano, ficaríamos muito provavelmente pelos oitavos-de-final e pode ser que na Uefa tenhamos mais hipóteses. Acho que jogámos bem, mas enquanto cada golo sofrido nos fizer abater animicamente desta maneira será difícil irmos longe.
P.S. – Então, ainda há alguém que ache que foi bom empatar em Copenhaga? Um empate fora na Champions é sempre bom resultado, é…? Pois, pois…
quarta-feira, setembro 27, 2006
Incapacidade de reacção
Mais uma derrota frente ao Manchester United (0-1) num jogo em que pelo que fizemos na primeira parte e até sofrer o golo (aos 60 min.) não merecíamos perder, se bem que depois do golo o Manchester estivesse mais próximo do 2-0 do que nós da igualdade. Com esta derrota a nossa posição no grupo fica muito difícil e é imperioso que conquistemos no mínimo quatro pontos frente ao Celtic, apesar de eu achar que se não ganharmos os dois jogos será difícil seguirmos em frente, porque a última partida é em Old Trafford. Como eu previa ainda vamos chorar muito aquele jogo MISERÁVEL em Copenhaga…
A nossa primeira parte foi de grande nível, já que não deixámos o Manchester United fazer nada (só um remate do Cristiano Ronaldo que o Quim defendeu), apesar de não termos criado situações de golo iminente. Dominámos bastante, mas foi muito complicado ter oportunidades para rematar com perigo. A equipa inicial foi mais ou menos a prevista, já que com a saída do Fonseca dos convocados era de esperar que o Miccoli ficasse no banco, caso contrário só teríamos uma opção atacante (Mantorras) se as coisas corressem mal. Por outro lado, o Paulo Jorge foi o nosso melhor jogador em Paços de Ferreira pelo que a sua perda de titularidade seria uma grande injustiça, além de que ele defende, ao contrário do italiano. Confesso que não percebi a entrada inicial do Anderson em vez do Ricardo Rocha, a não ser que este ainda não estivesse nas melhores condições físicas. Mas mais uma vez cometemos o erro crasso de jogar com o Alcides em detrimento do Nélson. Um lateral direito tem que criar desequilíbrios atacantes, algo que o brasileiro é totalmente incapaz de fazer, como se viu outra vez durante este jogo. Mesmo assim, com um bocadinho de sorte poderíamos ter marcado um golo até ao intervalo, especialmente através de um remate do Nuno Gomes que saiu ao lado.
Na segunda parte, acusámos (e de que maneira!) o esforço físico da primeira e não estivemos tão pressionantes. O resultado foi que o Manchester United teve mais espaços e, na primeira ocasião de verdadeiro perigo que criou num contra-ataque, marcou através do Saha, num remate em que se o Anderson não tem tocado na bola o Quim teria defendido. Não foi um erro tão grave quanto os do Bessa e Paços de Ferreira, mas o defesa brasileiro ficou mais uma vez ligado a um golo sofrido. Neste caso, poderia ter pressionado mais o Saha antes de ele entrar na área com a bola dominada, mas enfim… A partir daqui e com as substituições que fizemos logo a seguir, morremos. O Fernando Santos resolveu tirar os dois jogadores que mais estavam a sobressair (Karagounis e Paulo Jorge) e fez entrar o Nuno Assis e Miccoli. Não conseguimos mais ligar uma jogada até ao fim da partida. Os jogadores ficaram perdidos e deixou de haver táctica. O Nuno Assis não sabia se ia para a esquerda ou para o meio e acabou na direita. O Miccoli nunca encontrou um lugar para jogar. Por outro lado, os centro-campistas rebentaram e não conseguimos fazer nenhuma pressão sobre os ingleses. As bolas nem sequer chegavam aos avançados. Acho que nessa altura o Fernando Santos deveria ter colocado o Nélson no lugar do Alcides, porque tem velocidade e estávamos a precisar disso nos flancos, já que o Simão praticamente não existiu e já não havia Paulo Jorge. Mas não, resolveu tirar o Anderson e colocar o Mantorras, aumentando ainda mais a confusão na área. Quando as bolas raramente lá chegam em condições, não vale a pena pôr avançados que ainda por cima não sabem jogar de cabeça. Até final, destaque apenas para três, repito, t-r-ê-s (!) defesas magistrais do Quim na mesma jogada (!), na sequência de um livre e duas recargas, em que o resto da defesa ficou a dormir.
Individualmente gostei novamente do Karagounis, o único com capacidade para transportar a bola para a frente, do Paulo Jorge, que não se atemorizou com o adversário e mostrou a raça do costume (mas tem que treinar melhor o remate; aquele livre “à Camacho”…!) e do Quim, pelas razões referidas. O Luisão e o resto da defesa também estiveram globalmente bem (até ao golo), mas os laterais têm que ser mais perigosos no ataque. O Simão necessita urgentemente de subir de forma e o Katsouranis de durar até ao fim do jogo. Tirando as substituições, não acho que a culpa tenha sido toda do Fernando Santos, apesar de a contestação começar a ser visível com os lenços brancos. Estamos com dificuldade em marcar golos e assim é impossível ganhar. Todavia, há um aspecto que infelizmente tem sido uma constante esta época e que é responsabilidade do treinador: quando sofremos um golo primeiro, não conseguimos reagir e há quase um baixar de braços. Ora, o técnico tem que incutir nos jogadores que os jogos duram 90 minutos e que até ao fim tudo é possível. E não me parece que o Fernando Santos saiba fazer isso…
Domingo frente ao Aves é imprescindível uma boa exibição e uma vitória clara, caso contrário as coisas começam a ficar muito negras e quase sem retorno para o treinador.
A nossa primeira parte foi de grande nível, já que não deixámos o Manchester United fazer nada (só um remate do Cristiano Ronaldo que o Quim defendeu), apesar de não termos criado situações de golo iminente. Dominámos bastante, mas foi muito complicado ter oportunidades para rematar com perigo. A equipa inicial foi mais ou menos a prevista, já que com a saída do Fonseca dos convocados era de esperar que o Miccoli ficasse no banco, caso contrário só teríamos uma opção atacante (Mantorras) se as coisas corressem mal. Por outro lado, o Paulo Jorge foi o nosso melhor jogador em Paços de Ferreira pelo que a sua perda de titularidade seria uma grande injustiça, além de que ele defende, ao contrário do italiano. Confesso que não percebi a entrada inicial do Anderson em vez do Ricardo Rocha, a não ser que este ainda não estivesse nas melhores condições físicas. Mas mais uma vez cometemos o erro crasso de jogar com o Alcides em detrimento do Nélson. Um lateral direito tem que criar desequilíbrios atacantes, algo que o brasileiro é totalmente incapaz de fazer, como se viu outra vez durante este jogo. Mesmo assim, com um bocadinho de sorte poderíamos ter marcado um golo até ao intervalo, especialmente através de um remate do Nuno Gomes que saiu ao lado.
Na segunda parte, acusámos (e de que maneira!) o esforço físico da primeira e não estivemos tão pressionantes. O resultado foi que o Manchester United teve mais espaços e, na primeira ocasião de verdadeiro perigo que criou num contra-ataque, marcou através do Saha, num remate em que se o Anderson não tem tocado na bola o Quim teria defendido. Não foi um erro tão grave quanto os do Bessa e Paços de Ferreira, mas o defesa brasileiro ficou mais uma vez ligado a um golo sofrido. Neste caso, poderia ter pressionado mais o Saha antes de ele entrar na área com a bola dominada, mas enfim… A partir daqui e com as substituições que fizemos logo a seguir, morremos. O Fernando Santos resolveu tirar os dois jogadores que mais estavam a sobressair (Karagounis e Paulo Jorge) e fez entrar o Nuno Assis e Miccoli. Não conseguimos mais ligar uma jogada até ao fim da partida. Os jogadores ficaram perdidos e deixou de haver táctica. O Nuno Assis não sabia se ia para a esquerda ou para o meio e acabou na direita. O Miccoli nunca encontrou um lugar para jogar. Por outro lado, os centro-campistas rebentaram e não conseguimos fazer nenhuma pressão sobre os ingleses. As bolas nem sequer chegavam aos avançados. Acho que nessa altura o Fernando Santos deveria ter colocado o Nélson no lugar do Alcides, porque tem velocidade e estávamos a precisar disso nos flancos, já que o Simão praticamente não existiu e já não havia Paulo Jorge. Mas não, resolveu tirar o Anderson e colocar o Mantorras, aumentando ainda mais a confusão na área. Quando as bolas raramente lá chegam em condições, não vale a pena pôr avançados que ainda por cima não sabem jogar de cabeça. Até final, destaque apenas para três, repito, t-r-ê-s (!) defesas magistrais do Quim na mesma jogada (!), na sequência de um livre e duas recargas, em que o resto da defesa ficou a dormir.
Individualmente gostei novamente do Karagounis, o único com capacidade para transportar a bola para a frente, do Paulo Jorge, que não se atemorizou com o adversário e mostrou a raça do costume (mas tem que treinar melhor o remate; aquele livre “à Camacho”…!) e do Quim, pelas razões referidas. O Luisão e o resto da defesa também estiveram globalmente bem (até ao golo), mas os laterais têm que ser mais perigosos no ataque. O Simão necessita urgentemente de subir de forma e o Katsouranis de durar até ao fim do jogo. Tirando as substituições, não acho que a culpa tenha sido toda do Fernando Santos, apesar de a contestação começar a ser visível com os lenços brancos. Estamos com dificuldade em marcar golos e assim é impossível ganhar. Todavia, há um aspecto que infelizmente tem sido uma constante esta época e que é responsabilidade do treinador: quando sofremos um golo primeiro, não conseguimos reagir e há quase um baixar de braços. Ora, o técnico tem que incutir nos jogadores que os jogos duram 90 minutos e que até ao fim tudo é possível. E não me parece que o Fernando Santos saiba fazer isso…
Domingo frente ao Aves é imprescindível uma boa exibição e uma vitória clara, caso contrário as coisas começam a ficar muito negras e quase sem retorno para o treinador.
quinta-feira, setembro 14, 2006
Medo ridículo
Espero que o Sr. Fernando Santos se mentalize que está a dever 300.000€ ao Benfica, que é quanto deixámos de amealhar por não ganharmos o jogo frente ao FC Copenhaga, o Penafiel da Liga dos Campeões deste ano. Não tenhamos ilusões, o resultado é péssimo! Pior do que não termos ganho, é precisamente nada termos feito para tal. Limitámo-nos a jogar para o 0-0 e fomos um zero durante toda a partida. De outro modo, como se explica que tenhamos rematado três, é verdade, t-r-ê-s (!) vezes à baliza durante o jogo todo?! São dois pontos perdidos, porque acho quase impossível o Manchester United e o Celtic não ganharem lá. Ainda por cima, o goleador do Copenhaga, Allbäck, estava castigado e o melhor jogador, Grønkjær, lesionou-se no final da primeira parte. Tivemos uma oportunidade bestial para ganhar o jogo, já que eles na segunda parte foram praticamente inofensivos, mas nunca demonstrámos vontade para tal e terminámos a partida a trocar a bola entre os defesas sem progressão no campo. Lamentável…
E não me venham com histórias do trauma do Bessa. A equipa tem que saber recuperar das derrotas e mentalizar-se que perder pontos com o Penafiel, o do campeonato ou o da Champions, é sempre um mau resultado. Quando esperava que o Sr. Fernando Santos viesse dizer no final do jogo que o empate não era mau (foi o que ele disse na véspera), eis senão quando ele afirma que nos últimos 10 minutos mandou a equipa para a frente, mas ela retraiu-se. Ainda pior! Quer dizer que a equipa não cumpriu o que o treinador pediu, o que só demonstra que ele não a controla. E isto é muito grave!
Claro que a melhor oportunidade de golo foi nossa, com o remate do Paulo Jorge ao poste já nos 15 minutos finais, mas isto é muito pouco para 90 minutos. O Simão voltou à equipa, fazendo o primeiro jogo após o Mundial, mas naturalmente que ainda não tem o ritmo necessário. No entanto, é imperdoável o falhanço dele, isolado frente ao guarda-redes, apesar de o árbitro ter invalidado (mal) o lance por fora-de-jogo. Fez-me lembrar a cena de Barcelona no ano passado. São dos tais golos que não se podem perder. Apesar disto e de não estar a 100%, a bola fica mais redonda quando vai ter com ele. O destaque maior vai para a defesa (Quim incluído) que controlou sempre os (altos) dinamarqueses, não lhes permitindo ter grandes oportunidades de golo, apesar dos muitos remates que fizeram. No meio-campo esteve o problema, já que as transições para o ataque não existiram. O Katsouranis e o Nuno Assis devem ter feito 99% dos passes para o lado e para trás, ninguém imprimia velocidade ao nosso jogo, de tal maneira que o Nuno Gomes acabou por ser um espectador. O maestro fez muita falta, mas não percebo porque é que não se convoca o Karagounis (já que vai ficar cá até Janeiro), na sua ausência. Não será ele melhor e mais desequilibrador que o Nuno Assis? O Paulo Jorge voltou a mostrar a sua faceta de lutador e foi dele o tal remate ao poste. No resto, mantivemos a mediocridade dos últimos tempos.
No domingo espero que o Rui Costa e o Miccoli já estejam bons, porque já que vamos ter que levar com o Beto (e sem o Nuno Gomes), todos serão poucos para contrabalançar as ausências dos castigados do Bessa. E já agora pedia ao Miccoli para esperar o regresso do Nuno Gomes daqui a dois jogos para se poder lesionar outra vez…
P.S. – O Benfica está muito à frente de todos os outros… É a primeira vez que um duplo amarelado leva dois jogos de castigo! Era assim tão óbvio que o Nuno Gomes precisava de estar parado o maior número de jogos possível já que tem vindo a marcar muitos golos neste início de época?
E não me venham com histórias do trauma do Bessa. A equipa tem que saber recuperar das derrotas e mentalizar-se que perder pontos com o Penafiel, o do campeonato ou o da Champions, é sempre um mau resultado. Quando esperava que o Sr. Fernando Santos viesse dizer no final do jogo que o empate não era mau (foi o que ele disse na véspera), eis senão quando ele afirma que nos últimos 10 minutos mandou a equipa para a frente, mas ela retraiu-se. Ainda pior! Quer dizer que a equipa não cumpriu o que o treinador pediu, o que só demonstra que ele não a controla. E isto é muito grave!
Claro que a melhor oportunidade de golo foi nossa, com o remate do Paulo Jorge ao poste já nos 15 minutos finais, mas isto é muito pouco para 90 minutos. O Simão voltou à equipa, fazendo o primeiro jogo após o Mundial, mas naturalmente que ainda não tem o ritmo necessário. No entanto, é imperdoável o falhanço dele, isolado frente ao guarda-redes, apesar de o árbitro ter invalidado (mal) o lance por fora-de-jogo. Fez-me lembrar a cena de Barcelona no ano passado. São dos tais golos que não se podem perder. Apesar disto e de não estar a 100%, a bola fica mais redonda quando vai ter com ele. O destaque maior vai para a defesa (Quim incluído) que controlou sempre os (altos) dinamarqueses, não lhes permitindo ter grandes oportunidades de golo, apesar dos muitos remates que fizeram. No meio-campo esteve o problema, já que as transições para o ataque não existiram. O Katsouranis e o Nuno Assis devem ter feito 99% dos passes para o lado e para trás, ninguém imprimia velocidade ao nosso jogo, de tal maneira que o Nuno Gomes acabou por ser um espectador. O maestro fez muita falta, mas não percebo porque é que não se convoca o Karagounis (já que vai ficar cá até Janeiro), na sua ausência. Não será ele melhor e mais desequilibrador que o Nuno Assis? O Paulo Jorge voltou a mostrar a sua faceta de lutador e foi dele o tal remate ao poste. No resto, mantivemos a mediocridade dos últimos tempos.
No domingo espero que o Rui Costa e o Miccoli já estejam bons, porque já que vamos ter que levar com o Beto (e sem o Nuno Gomes), todos serão poucos para contrabalançar as ausências dos castigados do Bessa. E já agora pedia ao Miccoli para esperar o regresso do Nuno Gomes daqui a dois jogos para se poder lesionar outra vez…
P.S. – O Benfica está muito à frente de todos os outros… É a primeira vez que um duplo amarelado leva dois jogos de castigo! Era assim tão óbvio que o Nuno Gomes precisava de estar parado o maior número de jogos possível já que tem vindo a marcar muitos golos neste início de época?
quarta-feira, agosto 23, 2006
Fácil
Finalmente quebrámos a malapata ao conseguirmos vencer a pré-eliminatória da Champions e qualificarmo-nos para a fase de grupos. Foi a vantagem de sermos cabeça-de-série, já que este Áustria de Viena é mesmo muito fraquinho. Também, com a equipa que foi campeã privada de seis ou sete jogadores que se transferiram e mais uns quantos lesionados, era difícil fazer melhor. Mesmo assim, considero que realizámos um jogo agradável com alguns bons momentos, especialmente enquanto o maestro esteve em campo, perante uma óptima assistência de 58.110 espectadores.
A equipa titular foi a mesma da partida da 1ª mão, mas imprimimos muito mais velocidade ao jogo. A defesa deles metia água por todos os lados e logo nos primeiros minutos um excelente cabeceamento do Nuno Gomes, na sequência de um centro teleguiado do maestro, levou o guarda-redes contrário a fazer melhor defesa do jogo. O nosso domínio era total já que eles mal passavam do meio-campo e aos 21 minutos, através de um magnífico cruzamento do Manú e óptima assistência do Nuno Gomes, o Rui Costa voltou a marcar um golão com a gloriosa camisola num jogo oficial. A partir daí, acalmei, porque não se estava a ver como é que nós poderíamos sofrer um golo daquela equipa. Logo a seguir tivemos duas boas oportunidades pelo Paulo Jorge e Rui Costa, mas o guarda-redes deles, Safar, fez jus ao nome e não deixou a bola entrar. Até ao fim da 1ª parte baixámos um pouco o ritmo, mas tivemos a sorte de marcar o segundo golo mesmo antes do intervalo, numa intercepção de cabeça do Katsouranis, depois de um pontapé de baliza, que isolou o Nuno Gomes, o qual, depois de uma simulação que sentou o guarda-redes, atirou para o meio da baliza.
Com a eliminatória praticamente resolvida, poder-se-ia pensar que abrandássemos o ritmo na 2ª parte, mas isso só aconteceu depois do terceiro golo, aos 57 minutos. Um passe inadjectivável do maestro isolou dois (!) jogadores do Benfica e o Manú não foi egoísta, passando a bola ao Petit quando o guarda-redes saiu da baliza. Pouco depois, o Rui Costa saiu para ser poupado para o jogo do próximo Domingo, recebendo a maior ovação da noite, e a nossa produção de jogo ressentiu-se bastante. Também não valia a pena carregar muito no acelerador, porque a eliminatória já estava ganha e ainda estamos no início da época. Individualmente, para além do maestro (nunca é demais repetir que só para o ver vale a pena ir ao estádio), gostei bastante do Nuno Gomes, excelente nas tabelinhas e com o sentido goleador apurado, do Nélson, que está mais confiante e a subir nitidamente de forma, e do Katsouranis, que não só corta muito jogo adversário como dá fluidez no meio-campo. A defesa não teve muito que fazer, mas o Luisão não parece ainda na sua melhor forma. O Quim esteve mais ou menos seguro, mas eu continuo a ser um moreirista convicto. Todavia, venha qualquer um deles menos o Moretto! O Paulo Jorge é muito esforçado, mas esteve desastrado quando rematava à baliza, e o Manú mostrou pormenores muito interessantes (para além do cruzamento do primeiro golo, um pique aos 85 minutos impressionou-me), mas precisa de crescer um pouco e saber que por vezes tem que libertar a bola mais rapidamente.
Apesar de termos feito um bom jogo, duvido que no nosso campeonato encontremos uma equipa tão macia como esta. Depois das trapalhadas do “caso Mateus”, parece que jogaremos com o Belenenses no Domingo e aí poderemos ver se estamos realmente a subir de forma ou se a exibição de hoje só aconteceu porque defrontámos uma equipa do nível do Halmstads.
P.S. – Agradeço a todos aqueles que nos comentários me desejaram umas boas férias. No entanto, um inesperado e gravíssimo problema familiar fez com que elas terminassem abruptamente no início da semana passada. Daí também a razão do post anterior.
A equipa titular foi a mesma da partida da 1ª mão, mas imprimimos muito mais velocidade ao jogo. A defesa deles metia água por todos os lados e logo nos primeiros minutos um excelente cabeceamento do Nuno Gomes, na sequência de um centro teleguiado do maestro, levou o guarda-redes contrário a fazer melhor defesa do jogo. O nosso domínio era total já que eles mal passavam do meio-campo e aos 21 minutos, através de um magnífico cruzamento do Manú e óptima assistência do Nuno Gomes, o Rui Costa voltou a marcar um golão com a gloriosa camisola num jogo oficial. A partir daí, acalmei, porque não se estava a ver como é que nós poderíamos sofrer um golo daquela equipa. Logo a seguir tivemos duas boas oportunidades pelo Paulo Jorge e Rui Costa, mas o guarda-redes deles, Safar, fez jus ao nome e não deixou a bola entrar. Até ao fim da 1ª parte baixámos um pouco o ritmo, mas tivemos a sorte de marcar o segundo golo mesmo antes do intervalo, numa intercepção de cabeça do Katsouranis, depois de um pontapé de baliza, que isolou o Nuno Gomes, o qual, depois de uma simulação que sentou o guarda-redes, atirou para o meio da baliza.
Com a eliminatória praticamente resolvida, poder-se-ia pensar que abrandássemos o ritmo na 2ª parte, mas isso só aconteceu depois do terceiro golo, aos 57 minutos. Um passe inadjectivável do maestro isolou dois (!) jogadores do Benfica e o Manú não foi egoísta, passando a bola ao Petit quando o guarda-redes saiu da baliza. Pouco depois, o Rui Costa saiu para ser poupado para o jogo do próximo Domingo, recebendo a maior ovação da noite, e a nossa produção de jogo ressentiu-se bastante. Também não valia a pena carregar muito no acelerador, porque a eliminatória já estava ganha e ainda estamos no início da época. Individualmente, para além do maestro (nunca é demais repetir que só para o ver vale a pena ir ao estádio), gostei bastante do Nuno Gomes, excelente nas tabelinhas e com o sentido goleador apurado, do Nélson, que está mais confiante e a subir nitidamente de forma, e do Katsouranis, que não só corta muito jogo adversário como dá fluidez no meio-campo. A defesa não teve muito que fazer, mas o Luisão não parece ainda na sua melhor forma. O Quim esteve mais ou menos seguro, mas eu continuo a ser um moreirista convicto. Todavia, venha qualquer um deles menos o Moretto! O Paulo Jorge é muito esforçado, mas esteve desastrado quando rematava à baliza, e o Manú mostrou pormenores muito interessantes (para além do cruzamento do primeiro golo, um pique aos 85 minutos impressionou-me), mas precisa de crescer um pouco e saber que por vezes tem que libertar a bola mais rapidamente.
Apesar de termos feito um bom jogo, duvido que no nosso campeonato encontremos uma equipa tão macia como esta. Depois das trapalhadas do “caso Mateus”, parece que jogaremos com o Belenenses no Domingo e aí poderemos ver se estamos realmente a subir de forma ou se a exibição de hoje só aconteceu porque defrontámos uma equipa do nível do Halmstads.
P.S. – Agradeço a todos aqueles que nos comentários me desejaram umas boas férias. No entanto, um inesperado e gravíssimo problema familiar fez com que elas terminassem abruptamente no início da semana passada. Daí também a razão do post anterior.
quarta-feira, agosto 09, 2006
Não perdemos
O empate 1-1 na casa do Áustria de Viena permite-nos estar em vantagem para finalmente passarmos uma pré-eliminatória e entrarmos na fase de grupos da Liga dos Campeões. Numa exibição bastante melhor que as três últimas, deu para perceber que se estivéssemos com confiança teríamos decidido já a eliminatória. Regressámos ao sistema de jogo que nos últimos três anos nos deu um campeonato, uma Taça de Portugal e uma Supertaça, ou seja o 4-2-3-1, e as melhorias foram visíveis. Defendemos bastante bem e mesmo com grandes hiatos pelo meio conseguimos algumas boas jogadas de ataque.
O jogo começou bem, porque marcámos relativamente cedo, na melhor jogada do desafio em que a bola começa nos pés do maestro e passa sempre ao primeiro toque pelo Katsouranis, Petit e Paulo Jorge até chegar ao calcanhar do Nuno Gomes que a mete na baliza, se bem que ela ainda tenha tabelado ligeiramente num defesa. Pensei que poderíamos embalar para uma boa exibição e um resultado dissipador de quaisquer dúvidas, porque o Áustria de Viena revelou-se muito fraco e nós tínhamos a tranquilidade da vantagem no marcador. No entanto, os fantasmas dos últimos jogos ainda estão bem presentes nos jogadores e a primeira parte foi muito pobre. Num lance de bola parada, o Áustria chegou ao empate através de um remate fora da área, mas tirando este lance não criou mais nenhum perigo. Na segunda parte melhorámos bastante e tivemos mais posse de bola. Construímos pelo menos três oportunidades de golo (Petit, Nuno Gomes e Marco Ferreira), mas finalmente deixámos de ter 100% de eficácia.
Em termos individuais, destacaram-se o Nuno Gomes, pelo golo que marcou e porque esteve quase a marcar outro (afinal, o que se pede a um ponta-de-lança), e a defesa na sua globalidade (Quim incluído), já que não deixou o adversário criar perigo. O Rui Costa também esteve bem, nomeadamente na abertura que fez para o falhanço do Nuno Gomes. Os alas (Manú e Paulo Jorge) estiveram muito em jogo e não raras vezes conseguiram bater os jogadores contrários. Além disso, pelo que parece, ambos sabem centrar bem. Quanto às opções do treinador, não percebi porque é que o Manú foi substituído pelo Marco Ferreira, quando o Paulo Jorge já tinha um amarelo, e porque é que o Karagounis foi excluído do banco, a favor do Diego e Beto… De realçar que entrámos em campo com oito portugueses no onze (Quim, Nélson, Ricardo Rocha, Petit, Rui Costa, Manú, Paulo Jorge e Nuno Gomes), que é precisamente a quantidade que tínhamos na equipa titular quando fomos campeões. Pode ser só coincidência, mas continuo a pensar que os jogadores nacionais acabam por sentir mais a camisola e mostrar isso em campo, correndo mais, do que alguns da escola de samba que lá temos. Felizmente um deles, o Manduca, já foi despachado, agora só falta o Marcel e o Moretto. Aliás, só por ter colocado o Moretto fora dos convocados, o Fernando Santos já subiu vários pontos na minha consideração.
Daqui a duas semanas teremos o jogo da segunda mão e esperemos que nessa altura já estejamos com os níveis de confiança mais altos. Mas não esqueçamos que este Áustria é bastante mais fraco que os nossos três últimos adversários, pelo que não se podem tirar muitas conclusões deste jogo. E, já agora, que contratemos rapidamente mais um defesa-esquerdo para que, quando o Léo esteja lesionado como é o caso agora, não tenhamos o suplício de ver o Ricardo Rocha a tentar colocar uma boa jogável na frente e a não conseguir… Seis defesas no plantel para uma época tão longa?!
P.S. - A minha homenagem ao Jorge de Brito, que faleceu há poucos dias. Foi através dele que nós pudemos ver muitos grandes jogadores com a camisola do Glorioso, para além de ter contribuído generosamente para muitas infraestruturas do nosso clube. Teve azar de ser presidente numa das alturas mais conturbadas da história do Benfica, mas foi a direcção dele que construiu o plantel campeão de 1993/94.
O jogo começou bem, porque marcámos relativamente cedo, na melhor jogada do desafio em que a bola começa nos pés do maestro e passa sempre ao primeiro toque pelo Katsouranis, Petit e Paulo Jorge até chegar ao calcanhar do Nuno Gomes que a mete na baliza, se bem que ela ainda tenha tabelado ligeiramente num defesa. Pensei que poderíamos embalar para uma boa exibição e um resultado dissipador de quaisquer dúvidas, porque o Áustria de Viena revelou-se muito fraco e nós tínhamos a tranquilidade da vantagem no marcador. No entanto, os fantasmas dos últimos jogos ainda estão bem presentes nos jogadores e a primeira parte foi muito pobre. Num lance de bola parada, o Áustria chegou ao empate através de um remate fora da área, mas tirando este lance não criou mais nenhum perigo. Na segunda parte melhorámos bastante e tivemos mais posse de bola. Construímos pelo menos três oportunidades de golo (Petit, Nuno Gomes e Marco Ferreira), mas finalmente deixámos de ter 100% de eficácia.
Em termos individuais, destacaram-se o Nuno Gomes, pelo golo que marcou e porque esteve quase a marcar outro (afinal, o que se pede a um ponta-de-lança), e a defesa na sua globalidade (Quim incluído), já que não deixou o adversário criar perigo. O Rui Costa também esteve bem, nomeadamente na abertura que fez para o falhanço do Nuno Gomes. Os alas (Manú e Paulo Jorge) estiveram muito em jogo e não raras vezes conseguiram bater os jogadores contrários. Além disso, pelo que parece, ambos sabem centrar bem. Quanto às opções do treinador, não percebi porque é que o Manú foi substituído pelo Marco Ferreira, quando o Paulo Jorge já tinha um amarelo, e porque é que o Karagounis foi excluído do banco, a favor do Diego e Beto… De realçar que entrámos em campo com oito portugueses no onze (Quim, Nélson, Ricardo Rocha, Petit, Rui Costa, Manú, Paulo Jorge e Nuno Gomes), que é precisamente a quantidade que tínhamos na equipa titular quando fomos campeões. Pode ser só coincidência, mas continuo a pensar que os jogadores nacionais acabam por sentir mais a camisola e mostrar isso em campo, correndo mais, do que alguns da escola de samba que lá temos. Felizmente um deles, o Manduca, já foi despachado, agora só falta o Marcel e o Moretto. Aliás, só por ter colocado o Moretto fora dos convocados, o Fernando Santos já subiu vários pontos na minha consideração.
Daqui a duas semanas teremos o jogo da segunda mão e esperemos que nessa altura já estejamos com os níveis de confiança mais altos. Mas não esqueçamos que este Áustria é bastante mais fraco que os nossos três últimos adversários, pelo que não se podem tirar muitas conclusões deste jogo. E, já agora, que contratemos rapidamente mais um defesa-esquerdo para que, quando o Léo esteja lesionado como é o caso agora, não tenhamos o suplício de ver o Ricardo Rocha a tentar colocar uma boa jogável na frente e a não conseguir… Seis defesas no plantel para uma época tão longa?!
P.S. - A minha homenagem ao Jorge de Brito, que faleceu há poucos dias. Foi através dele que nós pudemos ver muitos grandes jogadores com a camisola do Glorioso, para além de ter contribuído generosamente para muitas infraestruturas do nosso clube. Teve azar de ser presidente numa das alturas mais conturbadas da história do Benfica, mas foi a direcção dele que construiu o plantel campeão de 1993/94.
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