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domingo, junho 29, 2008

Bicampeões nacionais de Futsal

Vencemos esta tarde o Belenenses por 4-2, após prolongamento, e reconquistámos o título nacional. Apesar de uma mudança na orientação técnica da equipa a meio da época, algo que está longe de ser sintoma de estabilidade, conseguimos mais um título. A todos os responsáveis, os meus mais sinceros parabéns!

No balanço de todas as modalidade (ditas) amadoras, fomos campeões nacionais em duas (andebol e futsal), vice-campeões noutra (hóquei em patins) e estivemos nas meias-finais dos play-offs nas restantes duas (voleibol e basquetebol). Acho que, tendo em conta todos os problemas financeiros que houve, acabou por ser uma época globalmente positiva. Assim continuemos para o ano.

quinta-feira, junho 26, 2008

Constantino

Lembram-se do slogan do brandy Constantino? Pois um comentário neste post do grande Gwaihir na Tertúlia fez-me lembrar dele. As palavras são do Platini numa entrevista para o El Mundo Deportivo. E ela termina desta maneira:


¿Y el Porto?
Como presidente de la UEFA no estoy nada contento con su inclusión en la Champions League. Lo digo así de claro. La UEFA, bajo mi mandato, va a luchar a muerte contra la corrupción. Puede estar sujeto a derecho, pero me parece que ese no es el espíritu. Si un equipo ha sido sancionado por su federación, por la UEFA, por corrupción no puede disputar una competición europea.



É justo. Já tiveram o proveito e agora da fama também já ninguém os livra!

sábado, junho 21, 2008

A prostituição do carácter

A SAD do Benfica emitiu um comunicado a dizer que o C. Rodríguez não fará parte do plantel para a próxima época, no mesmo dia que um jornal o dá como certo no clube regional corrupto. Era algo que já se falava há algum tempo e dá sequência à natural obsessão que o presidente do clube regional corrupto tem por ex-jogadores do Benfica. Este ter dito há uns tempos que o C. Rodríguez não seria jogador do seu clube vem na senda de outras verdades como a sua inocência no Apito Dourado.

Não está em causa a legitimidade do jogador em procurar contratos que lhe sejam mais vantajosos do ponto de vista económico. Afinal, há quem ganhe a vida traficando droga ou carne humana e há quem tenha empregos honestos, mas é um facto indesmentível que o dinheiro tem sempre a mesma cor. Fica é ao critério de cada um, nomeadamente à sua moral e ética, preocupar-se com a sua proveniência. Isto para quem a tem (à moral e ética), obviamente. O que não me parece que seja o caso de alguém que diz:

"Não percebi a confusão criada por admitir que fico contente pelo interesse do FC Porto. Mas, em Portugal, a opção será o Benfica, pois não me vejo a jogar noutro clube."

Quem afirma isto e faz o contrário, por muito bom jogador que seja (e é-o), não merece o respeito de ninguém. A não ser daqueles que não se importam com a tal proveniência do dinheiro (ou títulos, como os adeptos do clube regional corrupto). Depois de uma época em Portugal, e tendo visto como são as coisas, tomar uma atitude destas diz tudo acerca do carácter de uma pessoa. Quem prefere prostituir-se a troco de títulos manchados pela corrupção é indigno de vestir o manto sagrado. De facto, Miccolis não se encontram a cada esquina.

Desejo-lhe tantas felicidades como tiveram o Sokota, o Jankauskas, o Panduru, o Pedro Henriques, entre outros. Especialmente o primeiro.

sexta-feira, junho 20, 2008

Portugal - 2 - Alemanha - 3

Deixem-me ver se eu percebi: era suposto nós sermos favoritos perante uma selecção que é tri-campeã (e, ao que se saiba, sem frutas nem chocolatinhos) europeia e mundial?! Pois, pois... Eles próprios deram-nos o favoritismo, mas depois viu-se com que intuito. Fomos eliminados nos quartos-de-final e pela primeira (e última) vez nesta era Scolari falhamos as meias-finais de uma grande competição.

Nem sequer jogámos mal, mas quando uma selecção sofre dois golos e-x-a-c-t-a-m-e-n-t-e iguais, na sequência de duas bolas paradas, pouco mais há a fazer. Ainda por cima, foram golos semelhantes ao da Grécia há quatro anos que nos tirou o título europeu. Mais uma vez, o Ricardo andou aos papéis especialmente no 3º golo em sai da baliza quase até à marca de penalty! Claro está que o Ballack não perdoou, se bem que tenha empurrado o Paulo Ferreira para ganhar posição. Foi uma falta muito bem feita, mas o nosso jogador foi anjinho ao não se atirar para a frente e levantar os braços para chamar a atenção do árbitro. Depois foi a saída(?) do Ricardo, que ainda por cima tenta socar a bola a olhar para baixo! Tipo avestruz a esconder a cabeça na areia. Ou seja, nem sequer viu onde ela estava! Já antes, no 0-2, é o C. Ronaldo a deixar o Klose cabecear à vontade.

Para além da dificuldade da desvantagem no marcador, o Scolari também não ajudou nada das substituições. O Nuno Gomes, que até marcou um golo, foi substituído pelo Nani aos 66’, para depois entrar o Postiga aos 72’. Este até marcou um bom golo aos 87’, mas fartou-se de fazer faltas atacantes que nos prejudicaram numa altura em que estávamos a tentar pressionar os alemães. Acho que o Hugo Almeida teria sido uma melhor opção, até porque é mais forte fisicamente para ganhar bolas de cabeça.

Quem mais se salientou da nossa selecção foi indiscutivelmente o Deco, que fez a melhor exibição desde o início do Europeu. Infelizmente, esteve pouco acompanhado pelos outros que deveriam ter feito a diferença. O C. Ronaldo pareceu esgotado e não esteve nada feliz, o mesmo se passando com o Simão (que deveria ter saído em vez do Nuno Gomes). Também gostei bastante do Bosingwa e o Pepe terá sido o melhor jogador português neste Euro. Peço desculpa ao Quim, mas em certa medida ainda bem que se lesionou, porque o Scolari continuaria sempre a apostar no Ricardo e aí a minha azia seria muito maior, já que haveria uma opção válida no banco. Sermos eliminados de dois Euros consecutivos com três golos iguais não lembra o diabo!

Apesar de tudo, nomeadamente de algumas opções discutíveis, e agora que se vai embora, gostaria de agradecer ao Scolari tudo o que fez pela nossa selecção e todas as alegrias que nos deu. Levou-nos até onde nunca tínhamos ido e permitiu-nos sonhar. Além disso, acabou com os compadrios e as influências externas na selecção, um legado que espero seja seguido pelo próximo treinador. O que só poderá acontecer se ele for estrangeiro, caso contrário acho isso impossível.

P.S. – Com o golo de hoje, o Nuno Gomes tornou-se um dos quatro(!) jogadores da história do futebol a marcar golos em três Europeus. Perante selecções fraquinhas, é certo, como a Inglaterra, França, Espanha ou Alemanha, mas seis golitos já ninguém lhe tira. Isso faz dele o melhor avançado do mundo? Claro que não! Apenas prova que estando motivado, sendo acarinhado pelo treinador e não perseguido pelos adeptos, o seu rendimento melhora consideravelmente. Era só para ficar registado para memória futura.

terça-feira, junho 17, 2008

A decisão da UEFA

Perante todas as manobras intimidatórias do clube regional corrupto junto da FPF, que lançou a confusão na UEFA, esta decisão de o manter na Liga dos Campeões para a época que vem acaba por ser previsível. Confrontada com a bagunça do futebol português, a UEFA prefere esperar para ver. Não é uma derrota para todos aqueles que gostariam de ver a JUSTIÇA praticada pelo menos a nível internacional (já que no nacional estamos conversados), porque o clube regional corrupto não foi absolvido. Mas é sem dúvida uma forte decepção, já que a justiça quando tarda perde sempre algum efeito.

Prepara-se naturalmente no Conselho de Justiça da FPF a grande absolvição do arguido presidente do clube regional corrupto, porque só assim o seu clube estará a salvo de um punição da UEFA para o ano que vem. No entanto, eu acho que esta é uma oportunidade única. Se não é agora que a corrupção é devidamente punida no nosso futebol, duvido muito que alguma vez o seja. A questão fundamental aqui não são as variantes jurídicas que servem apenas para deitar poeira para os olhos. Os factos existiram e estão à vista de todos. Com ilegalidade das escutas ou sem ilegalidade das escutas. O Benfica tem a obrigação de levar este caso até às últimas consequências e o comunicado de hoje a responsabilizar FPF e Governo é um óptimo princípio. Doa a quem doer e custe o que custar. Nem que o futebol português seja condenado como um todo e clubes e selecções fiquem de fora das competições europeias, porque o que se passa aqui é digno de um sistema ditatorial, onde a justiça é manobrada a bel-prazer de alguns. E o Benfica tem que fazer isto, não por motivos interesseiros de querermos ficar com um lugar na Liga dos Campeões que não conquistámos em campo, mas porque se não formos nós (Benfica) a fazê-lo, mais ninguém será! Todos os outros assobiam para o lado, com medo do “sistema”. E a manter-se esta situação, o futebol morrerá em Portugal num futuro não muito longínquo. A crença das pessoas numa competição corrompida não será eterna.

A luta pela credibilidade da justiça em Portugal está nas nossas mãos. Se o Apito Dourado e o Apito Final não resultarem em nada, quem mais acreditará na justiça? Há que exterminar certas situações e certos comportamentos.

P.S. – Quando se casam, algumas mulheres adoptam o apelido do marido. É algo que elas lhes querem ver associado e significa simbolicamente a mudança do estado civil “solteiro” para o “casado”. Do mesmo modo, e de agora em diante neste blog, o clube regional passará a ser denominado “clube regional corrupto”. Deixou de ser apenas um clube regional para entrar no lote restrito de clubes que já praticaram actos de corrupção. Actos esses que estarão para SEMPRE associados ao clube. E isso tem que ser devidamente celebrado no próprio nome.

segunda-feira, junho 16, 2008

Portugal - 0 - Suíça - 2

A nossa equipa B perdeu com os anfitriões no último jogo da fase de grupos. Tendo o 1º lugar assegurado foi natural que o Scolari só colocasse três titulares de início, o que se reflectiu no desempenho da equipa. Sinceramente este resultado não me preocupa nada. Primeiro, porque este jogo não contava muito e depois porque defrontámos uma das equipas da casa que nunca tinha ganho um jogo numa fase final. Estava na cara que tinha que ganhar este.

Por isso, não foi surpresa termos assistido à pior arbitragem deste Europeu até agora. O árbitro austríaco perdoou um penalty à Suíça (falta sobre o Nani), anulou um golo limpo ao Postiga (não estava em fora-de-jogo), assinalou um penalty inexistente contra Portugal e foi, de longe, o árbitro que mais faltas marcou numa só partida. Parecia que estávamos a assistir a uma arbitragem de um jogo do clube regional. Juntando isto ao facto de alinharmos com os suplentes e ainda a alguma falta de sorte (duas bolas ao poste com 0-0), temos os ingredientes perfeitos para uma derrota.

Espero que isto sirva para que se calem algumas vozes quanto às opções iniciais do Scolari. Ficou mais uma vez provado que o Quaresma é um artista de circo, enquanto o Simão é um jogador de futebol. E nós não estamos no Campeonato Europeu dos malabaristas. Outro jogador que claramente não tem lugar no onze é o Miguel. O Bosingwa tem estado longe de ser brilhante, mas entre um e outro a escolha é óbvia. O Postiga foi especialista em colocar-se em fora-de-jogo e rematar para fora, e na única vez que estas duas coisas não aconteceram o lance foi (mal) invalidado. De positivo apenas destaco o Pepe (se bem que no 1º golo não deu o passo em frente que colocaria o suíço fora-de-jogo) e o Nani que é claramente a primeira opção para extremo depois do Simão e C. Ronaldo.

Ao contrário do que toda a gente (eu incluído) previa, há uma boa hipótese de defrontarmos a Alemanha já nos quartos-de-final. Os germânicos desiludiram no jogo contra a Croácia e demonstraram que estão longe de ser a equipa imbatível que se suponha depois da exibição frente à Polónia. Teremos de ter cuidado com a frieza deles em encontros decisivos, mas acho que temos equipa para lhes ganhar.

quinta-feira, junho 12, 2008

Portugal - 3 - Rep. Checa - 1

Qualificámo-nos para os quartos-de-final do Euro ao vencer a Rep. Checa e beneficiando da derrota da Suíça frente à Turquia (1-2). Ainda por cima, assegurámos o 1º lugar do grupo que era importantíssimo, porque previsivelmente assim só iremos encontrar a Alemanha nas meias-finais. Foi mais um jogo bem conseguido da selecção e a vitória é indiscutível, apesar de os números não revelarem a dificuldade da partida.

Entrámos muito bem e marcámos logo aos 8’ pelo Deco numa jogada em que o Nuno Gomes fez mais uma óptima tabelinha (desta feita de calcanhar) para o C. Ronaldo, tendo a bola posteriormente sobrado para o Deco. Os checos empataram aos 17’, através de um canto, em que inexplicavelmente deixámos três(!) jogadores no meio-campo e depois teve que ser o Petit e o Moutinho (dois gigantes) a fazer marcações na área. Abalámos um pouco com o golo e só na parte final da 1ª parte voltámos a ter ascendente. A 2ª foi completamente diferente, já que a nossa superioridade foi incontestável. Criámos várias situações de perigo e chegámos à vantagem aos 63’ através de um remate do C. Ronaldo já dentro da área, depois de uma assistência do Deco. Os checos praticamente só criavam perigo em lances de bola parada, mas aí denotámos algumas limitações. Deixámo-los rematar bastantes vezes e o Ricardo acabou por salvar o golo do empate num cabeceamento a 7’ do fim. No primeiro minuto de descontos, o Deco marcou rapidamente um livre e isolou o C. Ronaldo, que não foi egoísta e passou ao Quaresma, quando estava frente a frente com o Cech. Estava feito o 3-1 e selada a vitória.

O melhor em campo foi indiscutivelmente o C. Ronaldo. Marcou um golo num grande remate, participou nos três golos e foi quem mais tentou alvejar a baliza checa. O Deco também participou em todos os golos e pareceu-me bastante melhor fisicamente em relação à partida anterior. Os nossos Petit e Nuno Gomes voltaram a estar em bom plano e espero que aproveitem esta embalagem para a próxima época. O Pepe é sem dúvida um bom central e está em melhor forma que o Ricardo Carvalho.

Resta-nos aguardar pelo adversário nos quartos-de-final, que estou convencido será a Polónia ou a Croácia. O facto de já termos assegurado o 1º lugar do grupo irá certamente permitir a rodagem de todos os jogadores que foram convocados, o que será bom para os titulares que assim poderão ter uma semana de descanso. Escusado será dizer que, se não apanharmos já a Alemanha, temos obrigação de chegar às meias-finais.

P.S. – Este é de certeza um dia feliz para os anti-Scolari, já que ele foi confirmado como treinador do Chelsea para a próxima época. O melhor seleccionador nacional de todos os tempos vai terminar a ligação a Portugal no final do Euro. Apesar de algumas opções discutíveis, os resultados falam por si. E contra isso não há argumentos que valham (ou, pelo menos, não deveria haver já que há maluquinhos para tudo...). Mas o que eu vou ter mais saudades é de ter no banco alguém que não se baixa perante os poderes instituídos no futebol português. Especialmente perante um certo sujeito lá do Norte. O que, digo eu, muito contribuiu para que obtivéssemos os resultados que obtemos.

domingo, junho 08, 2008

Portugal - 2 - Turquia - 0

Em primeiro lugar, gostaria de manifestar a minha solidariedade com o Quim, já que lesionar-se no último treino antes do início do Europeu, e perdê-lo, é de facto um golpe muito duro que ele não merecia, especialmente depois da época que fez. Melhores dias virão e espero é que ele recupere a tempo de não falhar a pré-época no Glorioso.

Tirando a épica partida frente à Inglaterra no Euro 2000, este foi o melhor 1º jogo de Portugal nas fase finais de Europeus e Mundiais em que esteve desde 1996. Jogámos bem, especialmente na 1ª parte e o resultado final mais as três(!) bolas aos postes dizem tudo sobre a nossa superioridade.

O que mais gostei no jogo foi a bofetada de luva branca que o Nuno Gomes deu em todos os seus detractores! Atirou duas bolas aos postes e foi dele a tabelinha para o 1º golo, da autoria do Pepe aos 60’. Até a mim, que sempre o defendi, me espantou a sua exibição, que vem demonstrar que o grande problema dele era a falta de confiança. Quando a tem, parece outro jogador. Aliás, viu-se bem a diferença quando foi substituído (muito cedo quanto a mim, já que lançou um claro sinal de recuo para a equipa). Praticamente deixámos de atacar. E foi isto que não gostei tanto no jogo. Recuámos imenso a partir dos 70’ para defender o 1-0, quando a nossa superioridade era manifesta e pusemo-nos a jeito para um qualquer lance fortuito que pudesse resultar no (imerecido) empate. E o que é facto é que a Turquia criou dois lances perigosos, em que só por aselhice não marcou. O 2-0 surgiu já nos descontos através de um brilhante contra-ataque, com uma excelente intervenção do João Moutinho que permitiu ao Raul Meireles estrear-se a marcar pela selecção.

Individualmente gostei dos nossos Petit e Nuno Gomes, mas estou de acordo com muitos que defendem que o Pepe foi o melhor em campo. O João Moutinho esteve igualmente em destaque (acho que ninguém se lembrou do Maniche) e o resto da equipa exibiu-se a bom nível. O C. Ronaldo foi muito marcado, mas mesmo assim ainda atirou a outra bola ao poste e foi ele que iniciou o contra-ataque do 2-0. Sinceramente não gostei o Paulo Ferreira a defesa-esquerdo e vamos ter ali um grande problema, porque o Jorge Ribeiro não é obviamente nenhum craque. Continuo a achar que a não-convocação do Caneira foi um enorme erro. O Deco também me pareceu muito lento e sem capacidade de recuperar a bola e defender convenientemente. Acho que não está fisicamente em forma e isto poderá ser outra dor de cabeça, já que dificilmente se arranja substituto para ele.

Como a Rep. Checa ganhou (com bastante sorte e pouco merecimento, acrescente-se) à Suíça só por 1-0, estamos já à frente do grupo. E como, se passarmos aos quartos-de-final, o nosso adversário sairá do grupo onde está a Alemanha, era conveniente ficarmos em 1º lugar, porque convenhamos que a Polónia, Áustria ou Croácia não têm (teoricamente) o poderio dos alemães. Mas a principal razão é que, pelo que vi da partida entre os suíços e os checos, somos bastante superiores a ambos e temos obrigação de o demonstrar em campo.