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terça-feira, abril 26, 2011

Terceira consecutiva

Vencemos o Paços de Ferreira por 2-1 e conquistámos mais uma vez a Taça da Liga. Foi uma vitória bastante difícil, porque nos ressentimos do esforço da 4ª feira anterior e porque o adversário é uma equipa que joga um futebol muito positivo. Fizemos uma 1ª parte agradável, em que pressionámos o Paços e realizámos boas movimentações atacantes. Na 2ª parte, as coisas foram bastante diferentes e acabámos o jogo a sofrer.

Entrámos bem na partida e poderíamos ter marcado logo nos primeiros minutos, quando o Saviola atirou ao poste. Chegámos à vantagem numa insistência do Fábio Coentrão aos 17’, que cruzou milimeticamente para a cabeça do Jara. Por volta da meia-hora, o Sr. Pedro Proença assinalou uma pretensa falta do Maxi Pereira na área, mas o Moreira defendeu o penalty. Aos 43’, fizemos o 2-0 na sequência de um livre do Carlos Martins e uma assistência do Luisão para o Javi García rematar perfeitamente à vontade. Mesmo antes do intervalo, o Sr. Pedro Proença resolveu mostrar mais uma vez a peça que é ao não marcar um derrube nítido ao Saviola dentro da área. Deveríamos ter ido para intervalo com uma vantagem de três golos.

A 2ª parte foi completamente diferente. Demos o berro em termos físicos e o Paços de Ferreira passou a controlar o jogo. Tivemos o azar acrescido de o Luisão ter feito um autogolo aos 49’, num lance em que a bola iria calmamente até ao nosso guarda-redes. Soubemos sofrer, o Moreira esteve em grande e o Jesus também ao não cometer os erros que fez contra o CRAC e colocando aos 60’ o Airton em jogo para fechar o meio-campo. Em termos atacantes, não fizemos quase nada e a nossa melhor oportunidade foi um cabeceamento de um defesa do Paços em direcção ao seu próprio poste.

Em termos individuais, o Moreira foi indiscutivelmente o melhor, não só pela defesa do penalty, como por outras duas ou três na 2ª parte. O Aimar também esteve bastante bem, ao comandar todo o nosso jogo atacante na 1ª parte e a sacrificar-se defensivamente na 2ª. Gostei igualmente do Jardel, pela sobriedade e simplicidade de processos, embora algumas saídas atacantes me tenham quase congelado o sangue. Em termos negativos e estou perfeitamente à vontade para o dizer, porque sou um grande fã dele, esteve o Cardozo. Lento, a falhar quase todos os cabeceamentos e quase desligado do jogo, foi uma lástima. Igualmente em nítida baixa de forma está o Saviola, embora nunca se lhe possa apontar a falta de vontade.

Tínhamos tudo a perder neste jogo, porque se fôssemos derrotados seria uma catástrofe e ganhando pouca gente ligaria. É um troféu oficial, é importante, mas não nos vai salvar a época. Aliás, com a tragédia do jogo da Taça, só a conquista de uma prova europeia, algo que nos escapa há 49 anos, é que o pode fazer. Temos de dar a resposta a isto já na próxima 5ª feira…


P.S. - Foi bonito o que se passou no final do jogo, aquando da entrega da Taça, com os jogadores das duas equipas a aplaudirem-se mutuamente. É pena que isto seja impossível com outros clubes que têm um discurso bélico constante, em especial contra aqueles que não se prestem a vassalagem. Mas esses também nunca irão passar da dimensão de quintal, por mais títulos que ganhem.

quinta-feira, março 03, 2011

Estrelinha

Ganhámos à lagartada (2-1) e estamos pelo terceiro ano consecutivo na final da Taça da Liga. Pela segunda vez no espaço de três dias, marcámos o golo da vitória já nos descontos, o que só veio trazer justiça tardia ao marcador e demonstra que estamos com a chamada estrelinha de campeão. Foi a 18ª vitória consecutiva em todas as competições e a 19ª se considerarmos só as provas nacionais. Arrisco-me a dizer que foi a mais importante de todas até agora, porque nos deu acesso a uma final onde vamos defender um bi-título.

Alinhando com a equipa principal, é natural que o Benfica não tenha apresentado a dinâmica habitual, porque o cansaço acumulado das partidas anteriores começa a deixar mossa. Mesmo assim estávamos a controlar o jogo, quando os lagartos marcaram aos 21’ num lance de bola parada, num frango do Roberto, que não chegou com as mãos onde o Postiga chegou com a cabeça. Os lagartos impressionaram pela sua organização defensiva, mas não tinham feito nada para merecer um golo até àquela altura. Nós já tínhamos tido uma oportunidade pelo Gaitán, mas a principal aconteceu aos 32’ quando o Polga queria levar o Javi García para casa e o Sr. Jorge Sousa assinalou a marca de penalty. Infelizmente, o Jesus continua a insistir no Cardozo este mais uma vez falhou. Quando começa a correr devagarinho para a bola, percebe-se logo que vai falhar… Felizmente que logo no minuto seguinte se redimiu ao marcar um golaço de cabeça num canto do Carlos Martins. Até final do 1º tempo, ainda acelerámos a partida umas quantas vezes, mas sem resultados práticos.

Na 2ª parte, o cariz do encontro manteve-se e nós éramos os únicos verdadeiramente interessados em não levar isto para os penalties. Sem a velocidade de outros jogos, atacámos e fomos criando algumas oportunidades. Uma delas ia resultando num golo fantástico, quando o Cardozo conseguiu interceptar um alívio do Patrício, mas a bola saiu caprichosamente por cima. Os últimos minutos foram electrizantes, com ambas as equipa a poderem ganhar. Os lagartos através do Matias Fernández, mas o Roberto redimiu-se do golo sofrido (e com juros!). Até que aos 92’, já depois de uma bola cabeceada ao poste pelo Cardozo, marcámos o golo da vitória num assistência involuntária do paraguaio com o Javi a finalizar muito bem.

Individualmente destaco precisamente o Javi García, que deu para tudo no meio-campo, o Luisão, imperial com sempre, e o Roberto que compensou o frango com uma defesa que nos colocou na final. O resto da equipa esteve regular, sendo visível que o Coentrão, Salvio e Gaitán estão no limite em termos físicos. Mas mesmo assim, não sabem jogar mal.

Temos quatro dias de descanso até Braga, mas eu mantenho a minha opinião: dever-se-ia dar folga a alguns jogadores mais importantes nos jogos do campeonato (Savio e Gaitán à cabeça). O que temos vindo a fazer é, sem dúvida, meritório, mas pode custar-nos uma ou outra taça. E isso é algo quase monstruoso só de pensar. Mas lá que estamos numa das melhores fases de que me lembro em toda a minha vida, isso é indesmentível.

domingo, janeiro 30, 2011

Bom

Vencemos na Vila das Aves por 4-0 e confirmámos o acesso à meia-final da Taça da Liga. Foi um jogo muito agradável em que o resultado não é despiciendo, se pensarmos que, perante adversários da II Liga, os lagartos perderam no Estoril (12º classificado), o CRAC empatou em Barcelos (4º) e nós goleámos o 6º. Não vão muito longe os tempos em que nós utilizarmos uma equipa B era sinónimo de exibição e resultado menos conseguido. E isso (que não é assim tão pouco!) faz com que tenha ficado bastante contente com o que vi hoje.

Teríamos de perder por dois golos de diferença para sermos eliminados e entrámos em campo dispostos a não facilitar. Num ritmo bastante mais lento do que costuma acontecer, o que é natural porque a maior parte dos jogadores não é habitual titular, mas sem nunca deixar de ter em vista a baliza contrária. O Aves deu boa réplica, especialmente nos primeiros minutos, mas acabou por não criar nenhuma verdadeira situação de perigo. Estreámos o Jardel e o Fernández e foi deste a assistência para o 1º golo marcado pelo Javi García, de cabeça, aos 35’. O golo já se justificava dado que éramos a equipa que mais o tentava e o Aves sentiu-o bastante.

Na 2ª parte, não houve grandes alterações, o Aves continuava sem criar perigo e a questão era se nós estaríamos dispostos a acelerar um bocado para aumentar a vantagem ou a tentar segurá-la até final. Felizmente optámos pela 1ª hipótese, o que ficou ainda mais evidente depois da entrada do Salvio para o lugar do Fernández aos 57’. Tal como na partida frente ao Olhanense, foi a machadada final no adversário. Pouco depois entrou o Airton para o lugar do Aimar, mas não foi por termos passado a jogar com, teoricamente, dois trincos, que baixámos o nível. Sem surpresa, fizemos o 0-2 aos 69’ através do melhor em campo, o Jara. Estava tudo mais que decidido e o Jesus optou por dar uma prenda aos benfiquistas e fez entrar o Nuno Gomes aos 72’. Consequências? Um golo aos 76’ e uma assistência para o Felipe Menezes fazer o 0-4 aos 89’. Terminávamos da melhor maneira uma exibição bem agradável.

Tal como já referi, o melhor em campo foi o Jara. Sem o Salvio e o Gaitán de início, foi ele que se encarregou das acelerações que nos permitiram criar perigo. Por vezes de forma algo trapalhona, mas o seu espírito de luta e nunca se esconder do jogo são características de que gosto muito. O Salvio também voltou a entrar muito bem e fez duas assistências para golo. Não me quero repetir muito ao que já escrevi aqui, mas para mim é mais que óbvio que o Nuno Gomes pode ter bastante mais utilidade do que tem tido até agora. Basta uma coisa: ter mais oportunidades. Acho que já as justifica perfeitamente e, ainda por cima, o Kardec está infelizmente em má forma. Quanto aos estreantes, gostei bastante da sobriedade e simplicidade de processos do Jardel, e o Fernández esteve mais discreto, mas fez um bom cruzamento para o 1º golo.

Iremos defrontar os lagartos em casa na meia-final e é claro que espero marcar presença em Coimbra na final. Somos a única equipa portuguesa ainda nas quatro competições e a qualidade do nosso futebol justifica que se materialize em títulos. Com maior ou menor importância, são competições oficiais e enriquecem o nosso palmarés.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Soma e segue

Vencemos o Olhanense por 3-2 e estamos a um ponto de atingir as meias-finais da Taça da Liga. Até poderemos perder na Vila das Aves e conseguir a qualificação, porque o primeiro critério de desempate é a diferença de golos, mas obviamente que não me passa outra coisa pela cabeça que não seja mais uma vitória.

Foi a 7ª vitória consecutiva e a 10ª se contarmos só com as provas nacionais. Com uma equipa B, em que dos titulares só estavam o Maxi Pereira, David Luiz, Javi García e Aimar, entrámos muito bem na partida com vontade de a resolver cedo. Com golos aos 13’ (Javi García) e 23’ (golão à meia-volta do Jara), pensei que isso estava conseguido. O Olhanense não criava perigo e o Moreira não tinha nada para fazer. Só que o Sr. Artur Soares Dias resolveu ser protagonista e utilizou um critério muito simples: a favor do Benfica nada era marcado, contra nós era tudo. Deste modo, um domínio com o braço do Djalmir perto do intervalo não foi sancionado e o Olhanense fez o 2-1.

Na 2ª parte não entrámos nada bem e o Olhanense aproveitou para criar oportunidades. Conseguiu igualar aos 57’ num penalty indiscutível feito pelo Moreira. Voltávamos à estaca zero num jogo que deveria estar mais que ganho aos 25’. O Jesus teve que lançar dois pesos-pesados para desatar o nó e assim entraram o Salvio e o Gaitán. A partida voltou a ser controlada por nós e uma boa jogada do Jara resultou no 3-2 num grande remate em arco do Salvio com o pé esquerdo aos 70’. Até final, o Olhanense não criou mais perigo, apesar das insistências do Sr. Artur Soares Dias em empurrar-nos para a nossa área.

Em termos individuais, o Jara foi o melhor. Um grande golo e a participação activa noutro justificam-no perfeitamente. O Salvio também entrou muito bem e foi decisivo na vitória. O resto da equipa esteve regular, mas houve alguns jogadores a não aproveitarem a oportunidade para se evidenciarem. Nomeadamente o Kardec e o Filipe Menezes, apesar de este ter feito uns bons 25’, mas o que (não) jogou depois estragou tudo.

Descansaram os titulares e ganhámos pelo que os dois principais objectivos foram cumpridos. A equipa B terá nova oportunidade na Vila das Aves daqui a uma semana e meia. Onde espero que carimbemos a passagem às meias-finais com mais uma vitória.

P.S. – Com 2-2 aos 65’, não percebi DE TODO a opção do Jesus em colocar em aquecimento o Luís Filipe(?!), juntando-se ao Weldon e Airton, com o Nuno Gomes no banco. Terá tido medo que o público começasse a chamar por ele…?

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Salvio

Vencemos o Marítimo por 2-0 na 1ª jornada da Taça da Liga e estamos no bom caminho para nos qualificarmos para as meias-finais. Dado que vamos defrontar o Olhanense em casa e o Aves fora, nem outra coisa me passa pela cabeça.

Numa partida em que o Jesus aproveitou para fazer rodar alguns jogadores pouco utilizados (Moreira, Fábio Faria, Airton, Sidnei e Kardec), a justiça da nossa vitória nunca esteve em causa. Marcámos os dois golos na 1ª parte, num fantástico remate do Salvio aos 24’ e num desvio oportuno do Saviola aos 39’, período em que nos exibimos em melhor plano. A 2ª parte foi mais fraca, mas tivemos o encontro sempre controlado e o Marítimo raramente criou perigo.

Para além da vitória, este jogo permitiu-me dissipar as poucas dúvidas que tinha: é melhor começarmos a juntar dinheiro para exercer a cláusula de opção do Salvio. Continua em grande forma, que já vem do mês de Dezembro, e é definitivamente o extremo que precisávamos. Para além do golão, venceu imensos duelos individuais com o lateral do seu lado e ainda se fartou de ajudar na defesa. Muito mais entrosado com a equipa, a sua confiança sobre a olhos vistos. Em vez de andarmos a gastar dinheiro em jogadores para depois os emprestar ou a pagar muito mais do que eles efectivamente valem, temos aqui um valor seguro que espero que aproveitemos. Porque, como dizia o Scolari, “caro é o que não rende”. Para além do Salvio, também gostei do Saviola, que já vai no 5º jogo consecutivo a marcar para provas nacionais e, a espaços, do Gaitán. Em plano menos positivo esteve o Fábio Faria (que jogou fora da sua posição, convém não esquecer) e quem o substituiu ao intervalo, o César Peixoto. Eu já critiquei várias vezes os adeptos que assobiam um jogador ainda antes de ele tocar na bola, como é o caso com este, mas também tenho que criticar um jogador que se esquece do cérebro no balneário antes de entrar em campo. Depois de perder um lance, o César Peixoto não só não recuperou defensivamente (foi a passo…), como ainda começou a mandar vir com os adeptos por estes mostrarem a sua impaciência. Incompreensível!

Se nos qualificarmos para as meias-finais e tudo correr pela lógica, defrontaremos os lagartos na Luz. De qualquer forma, espero que consigamos o objectivo de revalidar este título, porque não deixaria de ter piada que houvesse um troféu que, dos chamados grandes, só o Benfica tivesse.

P.S. – O CRAC lá perdeu finalmente (em casa com o Nacional por 1-2), mas o que se confirmou é que o Olegário é um árbitro(?) miserável. O penalty escamoteado ao Nacional já na parte final, com 1-2 no marcador, é uma vergonha semelhante ao nosso malfadado jogo em Guimarães este ano. Um roubo monstruoso!