origem

quinta-feira, janeiro 30, 2020

Obrigado, Fejsa!

Seis anos e meio de Benfica, cinco vezes Campeão Nacional (e um tetracampeonato), duas Taças de Portugal, três Taças da Liga e quatro Supertaças. Foste imprescindível em grande parte destas conquistas e tens um lugar reservado entre os mais importantes jogadores da nossa história. Muito obrigado, Fejsa!

P.S. - À semelhança de outros nomes grandes recentes (Cardozo, Salvio, Luisão), não percebo porque é que esta despedida não é no Estádio da Luz em dia de jogo...!

segunda-feira, janeiro 27, 2020

Cruzeiro

Vencemos ontem em Paços de Ferreira (2-0) e estamos provisoriamente com dez pontos de vantagem perante o CRAC que, depois de um pleno fantástico na Taça da Liga (quatro finais, quatro derrotas!), só jogará amanhã em Mordor com o Gil Vicente. Depois da importante vitória no WC e do alargamento da diferença para o 2º classificado para sete pontos, eu estava na expectativa de como a equipa reagiria a isso num jogo perante um adversário menos cotado e a resposta foi muito boa.

O Bruno Lage só promoveu uma alteração com a entrada do Rafa para o lugar do Chiquinho. O Paços já não sofria golos há uma série de minutos, mas logo à passagem da dezena de minutos o Grimaldo num livre proporcionou ao Ricardo Ribeiro uma óptima defesa. Na sequência do respectivo canto, foi o Carlos Vinícius a atirar de cabeça à barra. Perto dos 20’, voltámos a assistir ao inenarrável VAR: tivemos um golo anulado pelo facto de o C. Vinícius estar aparentemente 4 cm em fora-de-jogo! Quatro centímetros!!! Nem vou aqui falar do ridículo que é alguém pensar que (supostamente) 4 cm adiantado num jogo de futebol é uma vantagem decisiva para se marcar um golo, mas do facto de ainda ninguém responsável ter respondido a uma singela pergunta: quantos frames tem um pontapé na bola? É que certamente não é só um, pelo que anular um golo por 4 cm é completamente idiota, porque depende da altura do toque na bola em que se pára a imagem. E aposto que estará dentro da margem de erro. Além de que não deveria haver linhas nenhumas: vê-se a olho nu e, se houver dúvidas, faz-se como sempre se fez: favorece-se a equipa que ataca. Seja qual for. Andar a medir centímetros em lances destes é matar o futebol e a sua emoção! Acabe-se com esta fantochada! JÁ! Felizmente não nos desconcentrámos com esta decisão e o Rafa teve um remate já em posição difícil para nova defesa do guarda-redes. Continuávamos a tentar, mas estava difícil meter a bola na baliza e, quando já se perspectivava o nulo ao intervalo, uma óptima abertura do Rúben Dias para o Rafa aos 39’ desbloqueou finalmente o marcador a nosso favor: o nº 27 tirou um defesa do caminho já na grande-área e rematou sem hipóteses para o guarda-redes. Em cima do intervalo, foi o Ricardo Ribeiro a voltar a impedir um golo nosso a um remate de pé esquerdo do Pizzi.

Se a 1ª parte tinha acabado bem, a 2ª começou na mesma toada: aos 47’ fizemos o 0-2 noutro passe longo desta feita do Ferro, que apanhou a defesa do Paços em contrapé e desmarcou o Rafa na direita, este centrou rasteiro para a área onde o C. Vinícius atirou sem hipóteses para o Ricardo Ribeiro. O Pizzi também se fez à bola, mas felizmente não lhe tocou, porque caso contrário não teria sido golo. Claro que este golo nos acalmou ainda mais e tirou algum do dinamismo que o Paços poderia ter trazido do intervalo. No entanto, acho que poderíamos ter jogado mais no meio-campo adversário, porque durante grandes períodos limitámo-nos a controlar o jogo sem criar lances de perigo. Vimos novo golo anulado, desta feita bem, porque se percebe o fora-de-jogo do C. Vinícius mesmo sem linhas. A menos de um quarto-de-hora do final, o Lage começou a fazer substituições e entraram o Taarabt e o Seferovic para os lugares do Pizzi e C. Vinícius. E foi o suíço a falhar escandalosamente o 0-3 na pequena-área(!), já em cima dos 90’, depois de um centro do Grimaldo e com o guarda-redes completamente fora da jogada.

Destaque individual óbvio para o Rafa, que nem fez um jogo por aí além, mas com um golo e uma assistência também não precisava de mais. Também gostei da segurança do Weigl no meio-campo, que, mesmo com um amarelo injusto ainda na 1ª parte, conseguiu nunca dar azo a pudesse levar o segundo. O Gabriel também fez um jogo pendular, assim como todo o nosso quarteto defensivo, com o Ferro a merecer uma menção especial, depois de uma série de jogos menos conseguidos.

Esta exibição deu todo o ar de estarmos em velocidade de cruzeiro, o que seria óptimo nesta altura. Estamos com muita confiança, a criar muitas oportunidades e a dar poucas veleidades atacantes aos nossos adversários. Receberemos o Belenenses SAD nesta 6ª feira, no último jogo para o campeonato antes da ida a Mordor. Muito do que será o campeonato definir-se-á nas próximas duas semanas.

domingo, janeiro 19, 2020

Rafa

Vencemos no WC por 2-0 na passada 6ª feira e, com a magnífica ajuda do Braga que foi ganhar a Mordor por 2-1, temos agora sete pontos de vantagem sobre o CRAC. Foi uma vitória que nos assenta bem, dado que fomos bastante superiores à lagartada na 1ª parte, sendo a 2ª mais equilibrada.

O Bruno Lage apresentou a equipa-tipo dos dias de hoje, mas o colocou o Weigl e Gabriel no meio-campo, com o Taarabt no banco. Com 16 pontos de vantagem sobre a lagartada, entrámos a todo o gás, possivelmente motivados pelo resultado em Mordor que tinha acabado de acontecer. O Cervi logo no segundo minuto teve uma boa oportunidade, mas a bola acertou no peito e na cara de um defensor contrário, depois de uma assistência do Carlos Vinícius, que já tinha passado pelo guarda-redes, Luís Maximiano. Pouco depois, foi o mesmo C. Vinícius a rematar por cima em boa posição e o Pizzi permitiu ao guardião contrário uma boa defesa num remate com o pé esquerdo. Todavia, a melhor ocasião do primeiro tempo foi da lagartada, num falhanço comprometedor do Ferro, que deixou o Rafael Camacho isolar-se e atirar ao poste já de ângulo difícil. Uma cabeçada do Gabriel num canto permitiu nova defesa ao Luís Maximiano, assim como do outro lado foi o Vlachodimos a rechaçar também uma cabeçada do Rafael Camacho. Até ao intervalo, o André Almeida teve duas ocasiões na sequência de bolas paradas, mas em ambas atirou ao lado.

Na 2ª parte, pareceu que acusámos o esforço de termos jogado há apenas três dias e baixámos muito o ritmo. A lagartada tentou vir para cima de nós, mas sem criar grandes oportunidades. Um remate do Doumbia defendido pelo Vlachodimos para canto terá sido a melhor oportunidade. A certa altura, pela forma como estávamos a jogar, parecíamos satisfeitos com o empate, mas a cerca de 15’ do fim entrou o Rafa para o lugar do Chiquinho e tudo mudou. Aos 80’, na sequência de um lançamento lateral, a bola vai para a área, há uma confusão de jogadores a tentar ficar com ela, até que sobra para o C. Vinícius que tenta furar, acabando por dar um toque para o lado para o Rafa que estava liberto e atirou rasteiro sem hipóteses para o guarda-redes. Foi o delírio na nossa bancada, mesmo apesar de o Sr. Hugo Miguel ter demorado três minutos(!) a validar o golo, porque esteve a ouvir o VAR Sr. Jorge Sousa tentar descobrir alguma ilegalidade. Infelizmente para eles não conseguiram. Como é natural, a lagartada acusou muito o golo e só chegou perto da nossa baliza num remate acrobático do Mathieu, que saiu muito por cima. Como as claques deles tinham-se entretido a atirar tochas para o relvado nos primeiros cinco minutos da 2ª parte, mais o VAR no nosso primeiro golo, mais as substituições, houve dez(!) minutos de tempo de compensação. A um minuto do final deste, acabámos definitivamente com as dúvidas com o 0-2 numa assistência do entretanto entrado Seferovic para o Rafa rematar de trivela num golão!

Em termos individuais, destaque óbvio para o Rafa, que já leva o que contar aos netos. Dois golos a dar a vitória no WC fica sempre bem no currículo. Gostei igualmente bastante do Rúben Dias, imperial no centro da defesa. Toda a equipa esforçou-se imenso, o Gabriel conseguiu controlar os ímpetos com um amarelo ainda na 1ª parte e só o Ferro me parece muito em baixo de forma, só não tendo mais uma vez comprometido porque o poste estava lá.

Acabamos a primeira volta com sete pontos de avanço para o segundo classificado (e 19 para a lagartada!). Sinceramente, não me lembro de alguma vez isto ter acontecido. No entanto, nunca é demais recordar (como já fizeram os nossos responsáveis) que no ano passado também tínhamos esta desvantagem pontual nesta altura e fomos campeões. Portanto, todo o cuidado é pouco. Mas lá que foi uma 6ª feira em cheio, lá isso foi!

quarta-feira, janeiro 15, 2020

“Agora sem mãos”

Vencemos o Rio Ave na Luz por 3-2 e estamos nas meias-finais da Taça de Portugal. Pela segunda vez em quatro dias, tivemos de dar a volta ao marcador, sendo que ontem até o fizemos duas vezes no próprio jogo. O Rio Ave tem a fama de ser das equipas que melhor futebol pratica e não deixou o seu crédito por mãos alheias. Até aos 64’, estávamos a ver o Jamor por um canudo, mas felizmente tudo mudou graças a um dos patinhos feios do 3º anel.

Começámos a partida praticamente a perder, com o 0-1 logo aos 4’. Lançamento em profundidade, o Zlobin tem certamente uma trela em fio invisível que o prende aos postes, não saiu para cortar a bola e o Rúben Dias teve que fazer uma falta quase à entrada da área. No livre, o Lucas Piazon marcou um grande golo. Reagimos bem e aos 13’ restabelecemos a igualdade através do Cervi, num remate forte de pé direito(!), depois de uma assistência do Carlos Vinícius. O Rio Ave não se limitava a defender e passámos por alguns calafrios na defesa, até porque o Ferro está muito longe da melhor forma. Perto da meia-hora, o Chiquinho sofre um claro toque no pé de apoio na grande-área, mas nem o Sr. Artur Soares Dias, nem o VAR sr. Tiago Martins acharam por bem marcar penalty. Na sequência do lance, sofremos o 1-2 pelo Taremi, num chapéu de cabeça(!) de fora da área, porque, lá está, a trela invisível do Zlobin fê-lo ficar a meio caminho entre ficar nos postes e sair deles... Até ao intervalo, ambas as equipas poderiam ter marcado e o Sr. Artur Soares Dias reverteu (e bem) um penalty inexistente a nosso favor.

Na 2ª parte, a nossa pressão aumentou bastante e o Rio Ave já não conseguiu sair com o mesmo perigo do primeiro tempo. Como o volume de jogo era muito grande e continuávamos sem marcar, à passagem da hora de jogo o Bruno Lage fez entrar o Seferovic para o lugar do Ferro, recuando o Weigl para central. E foi o suíço a resolver a eliminatória a nosso favor. Depois de um trio de falhanço incríveis frente ao Aves, aos 64’ restabeleceu a igualdade de pé esquerdo em nova assistência do C. Vinícius já dentro da área e aos 71’ colocou-nos pela primeira vez em vantagem, na sequência de uma insistência do Pizzi na direita, com um remate de primeira de pé direito. Sem um defesa-central e sem trinco, fomos tentando contrariar a expectável subida no terreno do adversário e até nem nos demos mal. No entanto, acho que o Lage deveria ter optado por fazer entrar o Samaris mais cedo, porque a partir do momento em que o fez (pouco depois dos últimos 10’) fechámos ainda melhor os caminhos para a nossa baliza. Até final, ainda deu para o Chiquinho atirar uma bola à barra e o Seferovic falhar escandalosamente a recarga, e o Rafa regressar à competição quase três meses depois substituindo o Cervi.

Cervi, esse, que foi provavelmente o melhor em campo e pôs a Luz a gritar por mais de uma vez o seu nome. Sempre gostei do extremo argentino, que não tem a magia dos seus antecessores (Di María e Gaitán), mas é um lutador nato, acabou o jogo esgotado fisicamente, depois de ajudar mais uma vez o Grimaldo na defesa e ainda teve tempo para marcar um belo golo. Outra boa exibição foi a do Taarabt a meio-campo, apesar de uns quantos passes falhados na 1ª parte. O C. Vinícius não marcou, mas fez mais duas assistências e foi naturalmente decisivo. Por outro lado, espero que este bis devolva ao Seferovic a confiança que tanta falta lhe tem feito. O Pizzi acabou por fazer uma assistência, mas está claramente numa fase de menor fulgor e durante boa parte do jogo só fez disparates.

Mas vamos então falar do elefante no meio da sala: será que a equipa técnica do Benfica não esteve em Setúbal na Taça da Liga?! Será que não viu como sofremos os dois golos?! Que ideia é esta de não rodar ninguém, excepto somente talvez a posição mais importante de uma equipa: o guarda-redes?! Será que estamos a tentar provar que conseguimos ganhar uma competição sem guarda-redes?! É que parece mesmo aquela anedota, mas ou muito me engano ou se o Bruno Lage insistir neste disparate, da próxima vez vai ser mesmo “sem dentes”! Quase apetece dizer: volta, Bruno Varela, que estás perdoado! (Lage: por favor, já chega, sim?!)

segunda-feira, janeiro 13, 2020

A ferros

Vencemos o Aves na passada 6ª feira por 2-1, mas como o CRAC também triunfou em Moreira de Cónegos (4-2) ficou tudo na mesma na frente no campeonato. Ao contrário do que seria expectável (estávamos a defrontar o último classificado), foi uma partida extremamente difícil em que aos 75’ estávamos a perder por 0-1 e só marcámos o golo da vitória aos 89’.

Com o amarelo forçado do Taarabt, estreou-se o Julian Weigl e o Gabriel avançou para a posição 8. Para além disso, o Lage também deu a titularidade ao Jota e Seferovic, em vez do Cervi e Carlos Vinícius, e o André Almeida regressou finalmente depois de lesão. Entrámos algo relaxados e isso custou-nos um golo sofrido aos 22’ pelo Mohammadi, depois de dar um nó cego ao Ferro. Aliás, nos dois últimos jogos, o Ferro foi batido naquele tipo de lance três vezes! Situação a rever com urgência. Reagimos como seria de esperar, mas aí entrou em cena a nossa tremenda falta de pontaria e também um Beunardeau, que deve ter feito das melhores exibições da carreira. Os primeiros 45’ revelaram que precisamos mesmo de encontrar uma alternativa ao C. Vinícius que dê algum rendimento, porque o Seferovic está numa fase muito má, em que simplesmente não consegue acertar na baliza num misto de falta de confiança e bastante aselhice. Por outro lado, o Jota continua a desperdiçar as oportunidades que lhe estão a ser dadas, ainda por cima no seu lugar de origem (na esquerda do ataque). Mesmo assim, poderíamos ter chegado ao intervalo já com o resultado virado, mas um defesa tirou em cima da linha uma bola picada pelo Pizzi e o guarda-redes fez bem a mancha ao Chiquinho noutra ocasião.

Na 2ª parte, entrou o C. Vinícius para o lugar do inoperante Jota e as coisas melhoraram um pouco. O Gabriel, que tinha estado péssimo, subiu bastante de produção, especialmente a partir da hora de jogo, quando recuou para 6 com a saída do Weigl para a entrada do Cervi. Continuávamos a criar oportunidades, o Aves mal passava do meio-campo, mas a bola teimava em não entrar. Ainda apanhámos um susto quando o André Almeida viu o cartão vermelho num carrinho, mas depois de consultar as imagens o Sr. Carlos Xistra reverteu a decisão para amarelo. Aos 76’, conseguimos finalmente a igualdade num penalty sobre o C. Vinícius, que o Pizzi bateu bem. O nosso forcing final resultou já no último minuto, com um centro do Cervi para a área, o C. Vinícius a ajeitar para o André Almeida rematar rasteiro perto da marca de penalty, com um defesa a desviar ligeiramente a bola desfeiteando o Beunardeau. Foi o delírio no estádio! Até final, conseguimos manter a vantagem, se bem que com um ou outro lance que poderia ter sido melhor defendido.

Em termos individuais, realce para o C. Vinícius que acaba por estar nos dois golos, embora não tenha marcado nenhum, para o André Almeida precisamente pelo golo da vitória, mas o melhor do Benfica terá mesmo sido o Rúben Dias, que não só esteve intransponível na defesa, como ainda foi lá à frente criar um par de oportunidades e isolar o Seferovic na 2ª parte, para um falhanço incrível do suíço só com o guarda-redes pela frente. A estreia do Weigl não foi má, percebe-se que o alemão tem óptimos pés e excelente qualidade de passe, resta saber se consegue ser igualmente um tampão no meio-campo.

Perder pontos contra o último classificado em casa não estava nos planos de ninguém, mas foi por pouco que não aconteceu. Vamos ao WC com os mesmo quatro pontos de vantagem e, seja qual for o resultado, sairemos de lá isolados no 1º lugar. Mas seria muito importante seguirmos neste rumo vitorioso, pelo menos até à ida a Mordor.

segunda-feira, janeiro 06, 2020

Lisonjeiro

Vencemos em Guimarães no sábado por 1-0, mas como o CRAC ganhou no WC ontem (2-1) ao fim de 10 anos, tudo se mantém igual na frente connosco quatro pontos à frente deles e com a lagartada agora a 16 pontos de distância.

O primeiro jogo depois da pausa de Natal é sempre complicado e, por isso, em muitos anos anteriores tem sido da Taça da Liga. Este ano o calendário determinou não só que fosse do campeonato, como ainda por cima uma ida a Guimarães. Os vitorianos fizeram boa figura na Liga Europa, têm um óptimo treinador (Ivo Vieira) e, portanto, esperava-se uma partida difícil. E confirmou-se: tirando a do CRAC, foi a mais complicada desta época. Marcámos aos 23’ na praticamente única oportunidade flagrante de golo que tivemos: jogada iniciada e concluída pelo Cervi, bola para o Chiquinho, este a abrir na direita no Pizzi, que centrou recuado para o argentino dominar e rematar rasteiro de pé direito, com o Douglas a dar a sensação de que podia ter feito mais, mas possivelmente a ter a visão tapada por um defesa. Até ao intervalo, limitámo-nos a ver o V. Guimarães jogar, que teve um trio de oportunidades, tendo-nos valido o Vlachodimos.

Quando se esperava que assentássemos o nosso jogo na 2ª parte e que o V. Guimarães abrandasse um pouco a pressão, só este segundo factor se verificou e mesmo assim só por volta dos 70’. Raramente conseguimos sair transição ofensiva, porque nos faltou alguma velocidade na frente e alguma exactidão no passe. Numa dessas poucas vezes, o Carlos Vinícius arrancou pela esquerda e rematou rasteiro para defesa com o pé do Douglas. Na nossa baliza, o V. Guimarães não teve tantas oportunidades como na 1ª parte, mas mesmo assim o Vlachodimos continuou a safar-nos, inclusive num lance em que foi ele próprio a largar uma bola fácil para depois fazer uma defesa por instinto que impossibilitou o empate. Com a aproximação do final da partida, o V. Guimarães abrandou o ritmo (também seria impossível aguentá-lo durante os 90’) e nós conseguimos controlar melhor, especialmente depois da entrada do Samaris a cerca de dez minutos do fim. Já em tempo de compensação, o Gabriel teve um livre de longe muito perigoso, com o Douglas a defender por cima da barra.

Em termos individuais, destaque para o Cervi pelo golo e pela ajuda defensiva que deu, para o Taarabt por ter enchido o campo todo e pelo Chiquinho, que não parou quieto um segundo. Ao invés, o Pizzi terá feito dos jogos menos conseguidos desta temporada, mas fica com mais uma assistência no currículo. Uma palavra final para o Vlachodimos, que nos garantiu os três pontos.

Conseguimos passar num sítio onde nem todos vão ganhar, sem fazermos uma grande exibição e até com alguma sorte. Se formos ao Marquês em Maio, este vai ser dos jogos que mais contribui para isso. Confesso que ontem estava com alguma esperança que a lagartada mostrasse que servia para alguma coisa, mas viu-se que não (aquele idiota do Vietto ainda vai ter que explicar como é que se falha dois golos daqueles de baliza aberta...). Paciência, mantemo-nos com os quatro pontos e seria importante que, quando fôssemos a Mordor daqui a cinco jornadas, ainda os conservássemos.

P.S. – Não percebo, sinceramente, como é que se acha que se favorece a equipa a deitar tochas para o relvado a meio de um jogo. Queria ver quem é que se responsabilizava se tivéssemos sofrido um golo nos minutos adicionais de compensação que houve por causa disso...