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quinta-feira, abril 06, 2006
Aquela bola, Simão…
Aconteceu o mais previsível: fomos eliminados da Liga dos Campeões pelo Barcelona, ao perder por 2-0 na 2ª mão. Temos que ser realistas e admitir que a qualificação do Barça é justa no conjunto das duas mãos. Foram mais fortes que nós e tiveram mais oportunidades em ambos os jogos. Esta nossa presença nos quartos-de-final deveria ser a “cereja no topo do bolo” da época e uma hipotética vitória na Champions seria sempre algo de extraordinário. O problema é que relegámos a competição nacional um pouco para segundo nível a favor de uma boa participação europeia e agora o mais provável é só ficarmos com a Supertaça no currículo desta época (a Taça continua-me atravessada…). No entanto, mais que cumprimos a nossa obrigação lá fora, já que eliminámos dois colossos do futebol europeu e a denominada melhor equipa da Europa só descansou completamente no último minuto quando fez o 2-0. O nosso prestígio está recuperado e espero que para o ano o possamos aumentar.
Apesar desta previsível eliminação, fiquei com um grande amargo de boca por uma razão muito simples: ambos os golos do Barça eram perfeitamente evitáveis. No 1º, o Beto tem uma intervenção ao nível dos Infantis ao tocar na bola com o pé de apoio enquanto armava o remate. Ainda por cima estava perto da nossa área e claro que o Barça não perdoou. Bastava dar um toque para o lado, já que o Léo estava desmarcado sobre a esquerda. No 2º golo, o Petit em vez de lançar de primeira o Léo, demora uma eternidade, é desarmado e na sequência do contra-ataque o Anderson tem uma falha incrível (parecida à de Lisboa em que o Eto’o fica isolado) e permite que a bola chegue ao Giuly que passa ao camaronês para marcar à vontade. Fiquei com a sensação que o Moretto poderia ter saído da baliza para fechar o ângulo, mas assim não aconteceu.
Mais uma vez fizemos uma 1ª parte para esquecer. Logo aos quatro minutos o Petit faz de Motta, mas claro que neste caso o penalty é assinalado. O Koeman bem o tinha prevenido na conferência de imprensa a seguir ao jogo da Luz. No entanto, o Moretto faz uma grande defesa e não permite que o Ronaldinho marque. Mas voltando ao início, se tivesse sido eu a fazer a equipa teria colocado o Karagounis em vez do Geovanni, porque se fosse preciso mudar alguma coisa (como foi) a velocidade do brasileiro poderia ser importante como foi a do Miccoli na 1ª mão. Ainda por cima, mais convencido fiquei de que deveria ter sido desta maneira, quando o Koeman colocou o Simão a “10” durante toda a 1ª parte, com o Manuel Fernandes a descair para a esquerda. Não percebi. Como também não percebi a 1ª substituição do nosso treinador pouco depois do intervalo. Coloca o grego, mas tira o… Geovanni. Com o Beto perfeitamente desastrado e nós a perder, esta opção é injustificável. Claro que mais tarde emenda a mão e tira o brasileiro para colocar o Robert, mas este não tem nem de perto nem de longe a categoria e o poder desequilibrador do Geovanni.
Infelizmente não voltámos a ter eficácia no ataque, apesar de só termos criado duas verdadeiras oportunidades de golo. Então na 1ª parte, a pobreza foi mesmo franciscana, já que só por uma vez rematámos à baliza, mas o cabeceamento do Anderson saiu ao lado (poderia e deveria ter feito bem melhor). Na 2ª atacámos um pouco mais e tivemos o momento do jogo: na sequência de um contra-ataque a partir de uma grande abertura do Karagounis, ficam dois atacantes para dois defesas. O Miccoli desmarca primorosamente o Simão que, isolado dentro da grande área e só com o guarda-redes pela frente, remata ao lado. Foi um falhanço incrível que a ser concretizado provavelmente tornaria a história do jogo diferente. O Simão não podia mesmo ter desperdiçado tão soberana chance, ainda pior do que a de Lisboa. A outra oportunidade surgiu mesmo antes do golo deles no último minuto, quando o Karagounis tem um bom remate fora-da-área que o Valdés defende com dificuldade. Fiquei com a ideia que se o Miccoli (que se baixou) tivesse desviado ligeiramente a bola de cabeça o guarda-redes poderia ter sido traído. É certo que foram poucas as oportunidades, mas não esqueçamos que estávamos a jogar em Camp Nou (quantas oportunidades teve o Chelsea lá?).
Individualmente, o Luisão foi de longe o melhor. Vai ser muito difícil segurá-lo no fim da época, o que será um problema porque não temos outro como ele. O Anderson demonstrou mais uma vez uma grande insegurança (dupla falha no 2ª golo: para além de não ter cortado a bola, antes do Eto’o rematar, pára inexplicavelmente) e não me parece um jogador para estas andanças, já que não é muito agressivo a defender, o que perante alguns dos melhores jogadores do mundo é essencial (a forma como é batido no 1º golo pelo Eto’o é demonstrativa disso). O Moretto também foi dos nossos melhores jogadores. Fez duas ou três defesas muito importantes para que continuássemos a acreditar que era possível. Se calhar, no 2º golo poderia ter feito mais, como referi, mas a maior responsabilidade não é dele. O Ricardo Rocha realizou mais um excelente jogo, o mesmo não se passando com o Léo, que fez uma excelente desmarcação para o Van Bommel na 1ª parte e esteve mais inseguro do que é habitual. O Petit deve ter feito dos piores jogos pelo Benfica. Para além da falha no 2º golo, esteve sempre bastante lento a lançar os ataques e recorreu muito à falta para travar os adversários. O Manuel Fernandes esteve mais discreto do que seria de esperar, mas jogou a extremo-esquerdo (!) durante toda a 1ª parte. O Beto… não faço comentários, aquele lance é mau demais. O Geovanni e o Simão foram muito marcados e tiveram pouca liberdade e o Miccoli esteve sempre muito sozinho na 1ª parte, mas ainda fez dois remates na 2ª, para além da tal abertura para o Simão. No entanto, um aspecto a rever é a boa concorrência que faz ao Mantorras em termos de foras-de-jogo idiotas. O Karagounis entrou razoavelmente e deu ideia que poderia ter sido titular ou ter entrado logo ao intervalo. O Robert não teve grandes hipóteses de brilhar e mais uma vez não lhe deixaram marcar um livre mesmo à medida dele já nos descontos. Assim sendo, não percebo porque joga…
Tivemos a nossa melhor participação europeia da década e devemos estar orgulhosos por isso. Obrigado, Benfica, por nos teres feito sonhar tão alto! O próprio Barcelona não esteve nada relaxado durante a partida e naqueles minutos finais a inquietação deles foi visível. Sonhámos ser possível eliminá-los, o que obviamente não teria o mesmo valor do que ultrapassar colossos como o Halmstads ou o Artmedia, mas tal como os outros não o conseguimos. No entanto, domingo lá estarei na Luz com um aplauso muito especial para os rapazes como forma de lhes agradecer este percurso inolvidável.
P.S. – E espero que no sábado os bloguiquistas estejam em peso neste evento na Catedral da Cerveja para celebrarmos o facto de pertencermos a este maravilhoso clube. O email continua à espera de inscrições.
Apesar desta previsível eliminação, fiquei com um grande amargo de boca por uma razão muito simples: ambos os golos do Barça eram perfeitamente evitáveis. No 1º, o Beto tem uma intervenção ao nível dos Infantis ao tocar na bola com o pé de apoio enquanto armava o remate. Ainda por cima estava perto da nossa área e claro que o Barça não perdoou. Bastava dar um toque para o lado, já que o Léo estava desmarcado sobre a esquerda. No 2º golo, o Petit em vez de lançar de primeira o Léo, demora uma eternidade, é desarmado e na sequência do contra-ataque o Anderson tem uma falha incrível (parecida à de Lisboa em que o Eto’o fica isolado) e permite que a bola chegue ao Giuly que passa ao camaronês para marcar à vontade. Fiquei com a sensação que o Moretto poderia ter saído da baliza para fechar o ângulo, mas assim não aconteceu.
Mais uma vez fizemos uma 1ª parte para esquecer. Logo aos quatro minutos o Petit faz de Motta, mas claro que neste caso o penalty é assinalado. O Koeman bem o tinha prevenido na conferência de imprensa a seguir ao jogo da Luz. No entanto, o Moretto faz uma grande defesa e não permite que o Ronaldinho marque. Mas voltando ao início, se tivesse sido eu a fazer a equipa teria colocado o Karagounis em vez do Geovanni, porque se fosse preciso mudar alguma coisa (como foi) a velocidade do brasileiro poderia ser importante como foi a do Miccoli na 1ª mão. Ainda por cima, mais convencido fiquei de que deveria ter sido desta maneira, quando o Koeman colocou o Simão a “10” durante toda a 1ª parte, com o Manuel Fernandes a descair para a esquerda. Não percebi. Como também não percebi a 1ª substituição do nosso treinador pouco depois do intervalo. Coloca o grego, mas tira o… Geovanni. Com o Beto perfeitamente desastrado e nós a perder, esta opção é injustificável. Claro que mais tarde emenda a mão e tira o brasileiro para colocar o Robert, mas este não tem nem de perto nem de longe a categoria e o poder desequilibrador do Geovanni.
Infelizmente não voltámos a ter eficácia no ataque, apesar de só termos criado duas verdadeiras oportunidades de golo. Então na 1ª parte, a pobreza foi mesmo franciscana, já que só por uma vez rematámos à baliza, mas o cabeceamento do Anderson saiu ao lado (poderia e deveria ter feito bem melhor). Na 2ª atacámos um pouco mais e tivemos o momento do jogo: na sequência de um contra-ataque a partir de uma grande abertura do Karagounis, ficam dois atacantes para dois defesas. O Miccoli desmarca primorosamente o Simão que, isolado dentro da grande área e só com o guarda-redes pela frente, remata ao lado. Foi um falhanço incrível que a ser concretizado provavelmente tornaria a história do jogo diferente. O Simão não podia mesmo ter desperdiçado tão soberana chance, ainda pior do que a de Lisboa. A outra oportunidade surgiu mesmo antes do golo deles no último minuto, quando o Karagounis tem um bom remate fora-da-área que o Valdés defende com dificuldade. Fiquei com a ideia que se o Miccoli (que se baixou) tivesse desviado ligeiramente a bola de cabeça o guarda-redes poderia ter sido traído. É certo que foram poucas as oportunidades, mas não esqueçamos que estávamos a jogar em Camp Nou (quantas oportunidades teve o Chelsea lá?).
Individualmente, o Luisão foi de longe o melhor. Vai ser muito difícil segurá-lo no fim da época, o que será um problema porque não temos outro como ele. O Anderson demonstrou mais uma vez uma grande insegurança (dupla falha no 2ª golo: para além de não ter cortado a bola, antes do Eto’o rematar, pára inexplicavelmente) e não me parece um jogador para estas andanças, já que não é muito agressivo a defender, o que perante alguns dos melhores jogadores do mundo é essencial (a forma como é batido no 1º golo pelo Eto’o é demonstrativa disso). O Moretto também foi dos nossos melhores jogadores. Fez duas ou três defesas muito importantes para que continuássemos a acreditar que era possível. Se calhar, no 2º golo poderia ter feito mais, como referi, mas a maior responsabilidade não é dele. O Ricardo Rocha realizou mais um excelente jogo, o mesmo não se passando com o Léo, que fez uma excelente desmarcação para o Van Bommel na 1ª parte e esteve mais inseguro do que é habitual. O Petit deve ter feito dos piores jogos pelo Benfica. Para além da falha no 2º golo, esteve sempre bastante lento a lançar os ataques e recorreu muito à falta para travar os adversários. O Manuel Fernandes esteve mais discreto do que seria de esperar, mas jogou a extremo-esquerdo (!) durante toda a 1ª parte. O Beto… não faço comentários, aquele lance é mau demais. O Geovanni e o Simão foram muito marcados e tiveram pouca liberdade e o Miccoli esteve sempre muito sozinho na 1ª parte, mas ainda fez dois remates na 2ª, para além da tal abertura para o Simão. No entanto, um aspecto a rever é a boa concorrência que faz ao Mantorras em termos de foras-de-jogo idiotas. O Karagounis entrou razoavelmente e deu ideia que poderia ter sido titular ou ter entrado logo ao intervalo. O Robert não teve grandes hipóteses de brilhar e mais uma vez não lhe deixaram marcar um livre mesmo à medida dele já nos descontos. Assim sendo, não percebo porque joga…
Tivemos a nossa melhor participação europeia da década e devemos estar orgulhosos por isso. Obrigado, Benfica, por nos teres feito sonhar tão alto! O próprio Barcelona não esteve nada relaxado durante a partida e naqueles minutos finais a inquietação deles foi visível. Sonhámos ser possível eliminá-los, o que obviamente não teria o mesmo valor do que ultrapassar colossos como o Halmstads ou o Artmedia, mas tal como os outros não o conseguimos. No entanto, domingo lá estarei na Luz com um aplauso muito especial para os rapazes como forma de lhes agradecer este percurso inolvidável.
P.S. – E espero que no sábado os bloguiquistas estejam em peso neste evento na Catedral da Cerveja para celebrarmos o facto de pertencermos a este maravilhoso clube. O email continua à espera de inscrições.
quarta-feira, abril 05, 2006
“O importante é não perder”
A frase preferida do Trapattoni (eternamente grato pelo campeonato, eternamente grato por se ter ido embora) pode ser aplicada ao jogo de hoje à noite. Só que enquanto o Trapattoni a proferiu frente a adversários como o Belenenses, CSKA ou Estugarda, no caso deste jogo contra uma das melhores equipas do mundo ela pode e deve ser aplicada, porque nos garantirá (caso marquemos) a passagem aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. No entanto, deveremos sempre pensar alto (como diz uma música muito em voga hoje em dia: “é esta a vantagem da ambição / podes não chegar à Lua / mas tiraste os pés do chão”) e ter a vitória em mente, porque assim teremos mais possibilidades de alcançar um resultado que nos qualifique. Temos essa vantagem sobre o Barça: para eles só um resultado interessa, para nós servem dois. E eu acredito que seja possível marcar em Camp Nou.
Só espero que o árbitro seja melhorzinho do que o da 1ª mão. Já a arbitragem do Barcelona – Chelsea foi muito caseira (e a do jogo frente ao Real Madrid, nem se fala). Eu sei que para a maioria dos adeptos de futebol (entre os quais quatro milhões de portugueses, que estarão muito mais preocupados com este jogo do que com o do próximo sábado) é preferível continuarem a ver o Ronaldinho jogar. No entanto, se assim for que seja apenas por mérito futebolístico.
Parece uma tarefa impossível, mas tal como disse no post anterior “deixem-me sonhar”. Os jornais catalães já pensam nas meias (já lá está o Milan que levou um banho de bola do Lyon, esteve todo o jogo na ronha e muito irritantemente ganhou-o aos 88 minutos! Cada vez mais detesto as equipas italianas, parece que gozam com os adversários, porque já sabem que ganham o jogo nos últimos minutos. É inacreditável!), os treinos do Barça são uma festa, todos estão relaxados e hiperconfiantes. Mas esquecem-se que it has been done before e numa situação muito semelhante. Em todo o caso, independentemente do que se vier a passar logo à noite, o orgulho manter-se-á inalterado. SEMPRE!
FORÇA BENFICA!
Só espero que o árbitro seja melhorzinho do que o da 1ª mão. Já a arbitragem do Barcelona – Chelsea foi muito caseira (e a do jogo frente ao Real Madrid, nem se fala). Eu sei que para a maioria dos adeptos de futebol (entre os quais quatro milhões de portugueses, que estarão muito mais preocupados com este jogo do que com o do próximo sábado) é preferível continuarem a ver o Ronaldinho jogar. No entanto, se assim for que seja apenas por mérito futebolístico.
Parece uma tarefa impossível, mas tal como disse no post anterior “deixem-me sonhar”. Os jornais catalães já pensam nas meias (já lá está o Milan que levou um banho de bola do Lyon, esteve todo o jogo na ronha e muito irritantemente ganhou-o aos 88 minutos! Cada vez mais detesto as equipas italianas, parece que gozam com os adversários, porque já sabem que ganham o jogo nos últimos minutos. É inacreditável!), os treinos do Barça são uma festa, todos estão relaxados e hiperconfiantes. Mas esquecem-se que it has been done before e numa situação muito semelhante. Em todo o caso, independentemente do que se vier a passar logo à noite, o orgulho manter-se-á inalterado. SEMPRE!
FORÇA BENFICA!
quarta-feira, março 29, 2006
Frenético
Foi dos jogos mais intensos que me lembro de ver. Acabámos por conseguir não sofrer nenhum golo, pelo que o 0-0 deixa tudo na mesma. Aqueles que esperavam uma grande humilhação desde o jogo frente ao Manchester ficaram desiludidos mais uma vez. Batemo-nos de igual para igual com o Barça e, apesar de eles terem tido mais oportunidades de golo, também tivemos as nossas chances de marcar, curiosamente mais até do que no 1º jogo frente ao Liverpool. E com um descarado penalty a nosso favor por assinalar (o Motta, se alguma vez for dispensado do Barça, é uma boa hipótese para o clube regional, já que defende tão bem com as mãos dentro da área como o Pepe e o César Peixoto) poderíamos perfeitamente ter ganho a partida.
O Koeman tirou outro “coelho da cartola” e manteve o Ricardo Rocha a defesa-direito para marcar o Ronaldinho. Resta dizer que o nosso nº 33 foi o melhor em campo. Além disso, deverá entrar para o Guiness porque marcar 90 minutos o melhor jogador do mundo sem cometer uma única (!) falta é certamente recorde mundial. Porém, entrámos muito mal no jogo, tal como o Koeman salientou. A nossa 1ª parte foi muito fraca (o nosso único lance de perigo foi uma boa arrancada do Geovanni que rematou ligeiramente por cima da barra) e tivemos bastante sorte em conseguir sair para o intervalo com a nossa baliza inviolada. Isto apesar de o Moretto ter feito quatro (q-u-a-t-r-o!) fantásticas assistências (dois pontapés falhados, um atraso recolhido com as mãos e um passe de morte perto do intervalo) para os jogadores do Barça que eles desaproveitaram. É certo que fez algumas defesas importantes, mas o Benfica não se pode dar ao luxo de ter um guarda-redes que comete quatro (q-u-a-t-r-o!) fífias num só jogo da Liga dos Campeões. A única vantagem que ele tem em relação ao Quim é que reza muito no campo e isso deve ter-nos ajudado, já que a exemplo do jogo em Anfield sofremos duas bolas nos postes, mais uns quantos jogadores contrários isolados e a baliza manteve-se inviolada. Por outro lado, não percebi a titularidade do Robert. Toda a gente sabe que o homem não é de grandes correrias e o jogo também não lhe proporcionou hipóteses de fazer rolar a bola como ele gosta, mas quando tivemos um livre ligeiramente perigoso quem o marcou foi o… Petit! Claro que houve um espectador no terceiro anel que lhe agradeceu. Se o francês nem sequer marca as bolas paradas porque é que está em campo numa partida desta intensidade?
Na 2ª parte com a entrada do Miccoli fomos bastante mais perigosos. O Barça teve as tais duas bolas aos postes no mesmo minuto e outro lance que proporcionou uma grande defesa ao Moretto, mas baixou de ritmo e a seguir à saída do Deco a 15 minutos do fim não fez mais nada. Nós jogámos com muito mais velocidade e tivemos pelo menos três hipóteses de marcar: Miccoli e Geovanni na mesma jogada e um remate do Simão isolado que o Valdés defendeu com o pé. Para além disso, houve o tal lance do penalty e uns três remates fora da área que criaram perigo. Individualmente para além do Ricardo Rocha, gostei imenso do Beto que esteve excelente na marcação ao Deco e teve a inteligência de quando recuperava a bola a passar ao companheiro que estava mais perto, quase não errando passes por isso. O Simão também fez um jogão e demonstrou mais uma vez que é um jogador de outro nível. O Manuel Fernandes está cheio de confiança e a sua cotação subiu certamente mais uns quantos milhõesitos de euros. No global a equipa esteve toda bem e, para além do Robert, o único de que não gostei tanto foi do Anderson que, principalmente na 1ª parte, teve alguns lances em que foi batido muito facilmente. O Geovanni não este tão participativo como em outros jogos em que alinhou a ponta-de-lança e notou claramente a falta do apoio do Nuno Gomes.
Quanto ao Barça, é uma máquina de jogar à bola e infelizmente, ao contrário do Liverpool, não poupou alguns jogadores na 1ª mão. A sua troca de bola é perfeita e quase não erram passes. Depois, têm jogadores que numa aceleração batem logo o defesa, mas ainda bem que estivemos em geral muito concentrados. O jogo de lá vai ser terrível. Vamos sofrer imenso, mas com um bocadinho de sorte podemos passar. Temos que defender bem e ser rápidos no contra-ataque. Da equipa que iniciou hoje o jogo, só tirava o Robert e punha o regressado Nuno Gomes. Como disse no post anterior, não temos nada a perder. E certamente os quatro milhões de adeptos portugueses do Barça estarão apreensivos. Afinal, basta que o Benfica marque e não perca para que eles tenham mais um grande desgosto.
O Koeman tirou outro “coelho da cartola” e manteve o Ricardo Rocha a defesa-direito para marcar o Ronaldinho. Resta dizer que o nosso nº 33 foi o melhor em campo. Além disso, deverá entrar para o Guiness porque marcar 90 minutos o melhor jogador do mundo sem cometer uma única (!) falta é certamente recorde mundial. Porém, entrámos muito mal no jogo, tal como o Koeman salientou. A nossa 1ª parte foi muito fraca (o nosso único lance de perigo foi uma boa arrancada do Geovanni que rematou ligeiramente por cima da barra) e tivemos bastante sorte em conseguir sair para o intervalo com a nossa baliza inviolada. Isto apesar de o Moretto ter feito quatro (q-u-a-t-r-o!) fantásticas assistências (dois pontapés falhados, um atraso recolhido com as mãos e um passe de morte perto do intervalo) para os jogadores do Barça que eles desaproveitaram. É certo que fez algumas defesas importantes, mas o Benfica não se pode dar ao luxo de ter um guarda-redes que comete quatro (q-u-a-t-r-o!) fífias num só jogo da Liga dos Campeões. A única vantagem que ele tem em relação ao Quim é que reza muito no campo e isso deve ter-nos ajudado, já que a exemplo do jogo em Anfield sofremos duas bolas nos postes, mais uns quantos jogadores contrários isolados e a baliza manteve-se inviolada. Por outro lado, não percebi a titularidade do Robert. Toda a gente sabe que o homem não é de grandes correrias e o jogo também não lhe proporcionou hipóteses de fazer rolar a bola como ele gosta, mas quando tivemos um livre ligeiramente perigoso quem o marcou foi o… Petit! Claro que houve um espectador no terceiro anel que lhe agradeceu. Se o francês nem sequer marca as bolas paradas porque é que está em campo numa partida desta intensidade?
Na 2ª parte com a entrada do Miccoli fomos bastante mais perigosos. O Barça teve as tais duas bolas aos postes no mesmo minuto e outro lance que proporcionou uma grande defesa ao Moretto, mas baixou de ritmo e a seguir à saída do Deco a 15 minutos do fim não fez mais nada. Nós jogámos com muito mais velocidade e tivemos pelo menos três hipóteses de marcar: Miccoli e Geovanni na mesma jogada e um remate do Simão isolado que o Valdés defendeu com o pé. Para além disso, houve o tal lance do penalty e uns três remates fora da área que criaram perigo. Individualmente para além do Ricardo Rocha, gostei imenso do Beto que esteve excelente na marcação ao Deco e teve a inteligência de quando recuperava a bola a passar ao companheiro que estava mais perto, quase não errando passes por isso. O Simão também fez um jogão e demonstrou mais uma vez que é um jogador de outro nível. O Manuel Fernandes está cheio de confiança e a sua cotação subiu certamente mais uns quantos milhõesitos de euros. No global a equipa esteve toda bem e, para além do Robert, o único de que não gostei tanto foi do Anderson que, principalmente na 1ª parte, teve alguns lances em que foi batido muito facilmente. O Geovanni não este tão participativo como em outros jogos em que alinhou a ponta-de-lança e notou claramente a falta do apoio do Nuno Gomes.
Quanto ao Barça, é uma máquina de jogar à bola e infelizmente, ao contrário do Liverpool, não poupou alguns jogadores na 1ª mão. A sua troca de bola é perfeita e quase não erram passes. Depois, têm jogadores que numa aceleração batem logo o defesa, mas ainda bem que estivemos em geral muito concentrados. O jogo de lá vai ser terrível. Vamos sofrer imenso, mas com um bocadinho de sorte podemos passar. Temos que defender bem e ser rápidos no contra-ataque. Da equipa que iniciou hoje o jogo, só tirava o Robert e punha o regressado Nuno Gomes. Como disse no post anterior, não temos nada a perder. E certamente os quatro milhões de adeptos portugueses do Barça estarão apreensivos. Afinal, basta que o Benfica marque e não perca para que eles tenham mais um grande desgosto.
terça-feira, março 28, 2006
Nada a perder
Logo mais, às 19h45, a melhor equipa do mundo vai defrontar o… Barcelona! Saibamos desfrutar este momento único de receber em casa o campeão de Espanha para os quartos-de-final da Liga dos Campeões que outros só o podem fazer… na Playstation. Só temos a ganhar com este jogo. A maior parte do mundo desportivo, incluindo os quatro milhões de adeptos do Barcelona em Portugal, espera a nossa derrota. Mas 65.000 espectadores ao vivo tentarão levar-te à vitória, gritando a uma só voz:
FORÇA BENFICA!
FORÇA BENFICA!
quinta-feira, março 09, 2006
Campeões da Europa – 0 – MAIOR CLUBE DO MUNDO - 2
Depois de anos a fio em que ganhávamos a equipas pequenas e falhávamos frente a grandes, este ano é o contrário. Pensando bem, esta época está a ser de sonho. Já vivemos emoções e alegrias que não julgávamos possíveis há meia dúzia de meses atrás. Aconteça o que acontecer até final, o que sucedeu até agora deixa-nos com recordações inolvidáveis para toda a vida. E por tudo isso só temos que agradecer ao Glorioso.
O jogo de ontem decorreu como se esperava. O Liverpool entrou fortíssimo e nos primeiros 25 minutos tivemos a sorte a proteger-nos: remate ao poste do Crouch, o Luís Garcia isolado na direita atira por cima e o Moretto faz a mancha ao mesmo Crouch, que lhe apareceu isolado depois de um passe genial do Gerard. Nós tentávamos ripostar, mas não estava a ser fácil. Até que surge o primeiro aviso do Geovanni num remate magistral à barra seguido de recarga do Simão de cabeça para defesa do Reina. O aviso estava dado e pouco depois da meia hora o nosso capitão calou de vez todas as vozes que já o começavam a (injustamente) contestar e marcou um golão que de certeza fez lamentar o Liverpool não ter querido dar os 20 milhões por ele no verão passado. Até final da primeira parte ainda tivemos mais um calafrio com uma saída em falso do Moretto num canto, que proporcionou outra bola ao poste dos ingleses (porque é que não estava um jogador a defender o primeiro poste?).
Na segunda parte fizemos um jogo exemplar em termos defensivos. Tivemos uma coesão enorme e quase não deixámos o Liverpool chegar perto da nossa baliza. Com a entrada do Karagounis conseguimos ter mais posse de bola e finalmente criar contra-ataques perigosos. Outra saída em falso do Moretto num canto proporcionou um golo contrário, mas felizmente a bola já tinha saído do campo (descreveu um arco) e o lance foi anulado. O Nuno Gomes teve uma boa ocasião para matar o jogo, mas não sequer conseguiu rematar à baliza. Pouco depois foi (bem) substituído pelo Miccoli que converteu um remate péssimo do Beto (que saíria pela linha lateral), num golo de bicicleta. Estava dado o golpe final e não só tínhamos eliminado o campeão europeu como tínhamos ganho o jogo na sua própria casa.
Em mais uma exibição inolvidável, o maior destaque vai para toda a equipa, que teve muito mérito e foi muito solidária. Mas pelo golo que marcou, pela participação no 2º e pela jogada que o Nuno Gomes desaproveitou, para além da habitual generosidade defensiva, o Simão foi o homem do jogo. Igualmente bem estiveram todos os membros da defesa, mesmo o guarda-redes (apesar das duas saídas em falso). O Anderson esteve intransponível e acho que não perdeu nenhum lance. No meio-campo, o Beto fez um jogo razoável, mas ia marcando um golão só que na própria baliza. Que susto! O Manuel Fernandes escusava de se ter deixado amarelar aos 91 minutos com o jogo já decidido, mas custa a acreditar que tenha apenas 20 anos. O Robert esteve mais discreto do que seria de esperar e tem que defender mais. O Geovanni fartou-se de chatear a defesa contrária e, para além do remate à barra, teve participação direita no 1º golo. O Nuno Gomes lutou muito como habitualmente, também participou no 1º golo, mas perdeu dois a três lances a meio-campo que resultaram em contra-ataques perigosos do Liverpool (um dos quais acabou no nosso poste logo aos 10 minutos). Para além disso, levou um cartão amarelo escusado que o vai impedir de alinhar no 1º jogo dos quartos-de-final. Os suplentes entraram todos bem, indo o destaque naturalmente para o Miccoli pelo excelente golo que marcou.
Amanhã conheceremos o nosso futuro adversário. Vamos ser realistas: o teoricamente menos difícil seria o Villarreal. Em oito jogos na Champions, só ganhou dois, um dos quais frente a nós e graças a um frango do guarda-redes. É o meu preferido. Se calhasse o Arsenal também não ficava triste. Contra equipas inglesas este ano, o nosso registo é o que se conhece. Quanto aos restantes, venha o diabo e escolha. Mas não queria nenhuma equipa italiana, especialmente a Juventus. Seja como for, somos o underdog mas de certeza que as outras equipa olharão para nós com algum respeito. Eliminar o Manchester e o Liverpool no mesmo ano não é para todos. Já fizemos (muito) mais que a nossa obrigação e tudo o que vier agora será por acréscimo.
O jogo de ontem decorreu como se esperava. O Liverpool entrou fortíssimo e nos primeiros 25 minutos tivemos a sorte a proteger-nos: remate ao poste do Crouch, o Luís Garcia isolado na direita atira por cima e o Moretto faz a mancha ao mesmo Crouch, que lhe apareceu isolado depois de um passe genial do Gerard. Nós tentávamos ripostar, mas não estava a ser fácil. Até que surge o primeiro aviso do Geovanni num remate magistral à barra seguido de recarga do Simão de cabeça para defesa do Reina. O aviso estava dado e pouco depois da meia hora o nosso capitão calou de vez todas as vozes que já o começavam a (injustamente) contestar e marcou um golão que de certeza fez lamentar o Liverpool não ter querido dar os 20 milhões por ele no verão passado. Até final da primeira parte ainda tivemos mais um calafrio com uma saída em falso do Moretto num canto, que proporcionou outra bola ao poste dos ingleses (porque é que não estava um jogador a defender o primeiro poste?).
Na segunda parte fizemos um jogo exemplar em termos defensivos. Tivemos uma coesão enorme e quase não deixámos o Liverpool chegar perto da nossa baliza. Com a entrada do Karagounis conseguimos ter mais posse de bola e finalmente criar contra-ataques perigosos. Outra saída em falso do Moretto num canto proporcionou um golo contrário, mas felizmente a bola já tinha saído do campo (descreveu um arco) e o lance foi anulado. O Nuno Gomes teve uma boa ocasião para matar o jogo, mas não sequer conseguiu rematar à baliza. Pouco depois foi (bem) substituído pelo Miccoli que converteu um remate péssimo do Beto (que saíria pela linha lateral), num golo de bicicleta. Estava dado o golpe final e não só tínhamos eliminado o campeão europeu como tínhamos ganho o jogo na sua própria casa.
Em mais uma exibição inolvidável, o maior destaque vai para toda a equipa, que teve muito mérito e foi muito solidária. Mas pelo golo que marcou, pela participação no 2º e pela jogada que o Nuno Gomes desaproveitou, para além da habitual generosidade defensiva, o Simão foi o homem do jogo. Igualmente bem estiveram todos os membros da defesa, mesmo o guarda-redes (apesar das duas saídas em falso). O Anderson esteve intransponível e acho que não perdeu nenhum lance. No meio-campo, o Beto fez um jogo razoável, mas ia marcando um golão só que na própria baliza. Que susto! O Manuel Fernandes escusava de se ter deixado amarelar aos 91 minutos com o jogo já decidido, mas custa a acreditar que tenha apenas 20 anos. O Robert esteve mais discreto do que seria de esperar e tem que defender mais. O Geovanni fartou-se de chatear a defesa contrária e, para além do remate à barra, teve participação direita no 1º golo. O Nuno Gomes lutou muito como habitualmente, também participou no 1º golo, mas perdeu dois a três lances a meio-campo que resultaram em contra-ataques perigosos do Liverpool (um dos quais acabou no nosso poste logo aos 10 minutos). Para além disso, levou um cartão amarelo escusado que o vai impedir de alinhar no 1º jogo dos quartos-de-final. Os suplentes entraram todos bem, indo o destaque naturalmente para o Miccoli pelo excelente golo que marcou.
Amanhã conheceremos o nosso futuro adversário. Vamos ser realistas: o teoricamente menos difícil seria o Villarreal. Em oito jogos na Champions, só ganhou dois, um dos quais frente a nós e graças a um frango do guarda-redes. É o meu preferido. Se calhasse o Arsenal também não ficava triste. Contra equipas inglesas este ano, o nosso registo é o que se conhece. Quanto aos restantes, venha o diabo e escolha. Mas não queria nenhuma equipa italiana, especialmente a Juventus. Seja como for, somos o underdog mas de certeza que as outras equipa olharão para nós com algum respeito. Eliminar o Manchester e o Liverpool no mesmo ano não é para todos. Já fizemos (muito) mais que a nossa obrigação e tudo o que vier agora será por acréscimo.
A perfeição
20 de Abril de 1988, 18 de Abril de 1990, 14 de Maio de 1994 e 2005, 22 de Maio de 2005, 7 de Dezembro de 2005 são algumas das datas que jamais esquecerei. A que se vai juntar este 8 de Março de 2006.
Que fiz eu para merecer isto? Porque é que eu fui privilegiado de tal maneira a ponto de o GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA me oferecer uma prenda destas? A perfeição existe? Ahhh, podem ter a certeza que sim! Ganhar por 2-0, repito, D-O-I-S-A-Z-E-R-O na casa do Liverpool, actual campeão europeu, no dia em que entrei na casa dos trinta é algo com o qual eu nunca sonhei. Estava relativamente confiante que poderíamos passar, mas nunca desta maneira. Hoje, graças ao GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA, vi o paraíso outra vez! Se eu pudesse escolher o dia em que morresse, sem dúvida que escolheria o final de um dia assim. Deixar este mundo de um modo mais feliz seria difícil! Não tenho palavras para mais agora. Vou continuar a beliscar-me para ter a certeza que não estou a sonhar. Quando temos o privilégio de ver a perfeição, é natural que tenhamos dificuldade em acreditar nos nossos olhos. Pelo menos, é assim comigo.
OBRIGADO, BENFICA! A vida sem ti não teria tanta piada.
Que fiz eu para merecer isto? Porque é que eu fui privilegiado de tal maneira a ponto de o GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA me oferecer uma prenda destas? A perfeição existe? Ahhh, podem ter a certeza que sim! Ganhar por 2-0, repito, D-O-I-S-A-Z-E-R-O na casa do Liverpool, actual campeão europeu, no dia em que entrei na casa dos trinta é algo com o qual eu nunca sonhei. Estava relativamente confiante que poderíamos passar, mas nunca desta maneira. Hoje, graças ao GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA, vi o paraíso outra vez! Se eu pudesse escolher o dia em que morresse, sem dúvida que escolheria o final de um dia assim. Deixar este mundo de um modo mais feliz seria difícil! Não tenho palavras para mais agora. Vou continuar a beliscar-me para ter a certeza que não estou a sonhar. Quando temos o privilégio de ver a perfeição, é natural que tenhamos dificuldade em acreditar nos nossos olhos. Pelo menos, é assim comigo.
OBRIGADO, BENFICA! A vida sem ti não teria tanta piada.
quarta-feira, março 08, 2006
A prenda
Neste dia pessoalmente inesquecível, sem o qual este blog não existiria e ainda por cima em ano de mudança de década, o meu maior desejo é que logo à noite 11 jogadores vestindo a indumentária mais bonita do mundo, com personalidade, saber, classe e um pouco de sorte (deverá ser necessária), tornem memorável este 8 de Março de 2006. FORÇA BENFICA!
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Orgulho
Gostaria desde já de pedir desculpa aos adeptos ocasionais do Liverpool, que já estavam preparados para fazer a festa com a vitória dos ingleses, eles, coitados, que só podem ver a Champions na televisão, dado que os seus clubes de origem foram eliminados por uns eslovacos e uns suecos que nunca ninguém ouviu falar. Não só nos batemos de igual para igual com o campeão da Europa, como ganhámos por 1-0 e demos pontos para o ranking de Portugal. Os que auguravam que iríamos ser o “Anderlecht” deste ano na Liga dos Campeões, que disseram que só ganhámos ao Manchester porque eles estavam em má forma que digam agora qual é a desculpa para termos ganho ao campeão europeu. Estou muito curioso para sabê-la…
A partida desenrolou-se de um modo já esperado, já que o Liverpool defendeu muito bem, deu-nos pouco espaço, mas julgo que também nos terá subestimado, caso contrário o Gerard e o gigante Crouch não teriam ficado no banco. Nós voltámos ao esquema de três trincos do início da época que tão poucos resultados deu e a primeira parte foi um desperdício. Quase não existimos no ataque porque não havia ninguém para transportar a bola para a frente. Já aqui escrevi que o Koeman deve achar que temos um superplantel para ter alguém como o Karagounis no banco. Não aguenta os 90 minutos? Como é que ele sabe, só por uma vez é que alinhou esse tempo todo (em Setúbal) e fez uma óptima 2ª parte. Como o Liverpool também não pressionou no ataque, quase não houve oportunidades de golo durante a etapa inicial. A lentidão do Beto sobressaiu nuns quantos lances e não deixou que o nosso ataque tivesse a fluidez necessária. A única jogada de algum perigo foi um excelente passe do Robert que o Simão não apanhou.
Na 2ª parte entrámos melhor e dominámos a maior parte do tempo, especialmente desde a entrada do Karagounis que só aconteceu por volta dos 60 minutos. Já havia alguém a quem passar a bola para conduzir o nosso jogo e passou a haver mais perigo nas imediações da área do Liverpool. O golo acabou por surgir a seis minutos do fim num lance já habitual no Benfica, em que o Luisão parte do local da falta a correr para a área e a bola é-lhe colocada na cabeça. Até hoje nunca tinha dado golo, mas criávamos sempre perigo nesta jogada (o golo anulado em Guimarães é deste género). Felizmente, a malapata quebrou-se e foi o delírio no estádio. Estávamos a ganhar aos campeões da Europa! Até final tivemos uma clara oportunidade (talvez a melhor de todo o jogo) em que o Petit, praticamente isolado, em vez de rematar com força tentou o chapéu proporcionando ao Reina uma defesa fácil. Foi pena, porque com 2-0 as coisas tornar-se-iam muito negras para o Liverpool.
A equipa lutou bastante, mas não fizemos um jogo do outro mundo. Individualmente sobressaíram os do costume nos últimos jogos: Petit, Luisão e Léo. O Luisão tem um amor especial por aquela baliza que eu muito prezo. Não a faz balançar muitas vezes, mas quando isso acontece geralmente é decisivo (não é, Ricardo?). O Petit teve o pulmão do costume, tal como o Léo que raramente foi batido pelos atacantes contrários. O Nuno Gomes também esteve bastante bem, embora muito desapoiado na frente. O Robert finalmente demonstrou alguma coisa, mas é pena que não dure os 90 minutos. No entanto, não percebo a hierarquia que continua a haver na marcação dos livres que o relega sempre para a 3ª posição. O Simão e o Petit não concretizam um golo de livre há imenso tempo, mas o francês continua a não ser a 1ª opção para os marcar. Quando chegou o 3º livre frontal, já ele tinha saído... O Anderson voltou a fazer um jogão tal como contra o Manchester e o Alcides deu a sua casa habitual, mas desta vez sem consequências nefastas. O Manuel Fernandes esteve um pouco perdido em campo na 1ª parte (não é um “nº 10”), mas melhorou com a entrada do Karagounis que foi fundamental para a mudança que o nosso jogo teve (tal como contra o Nacional). Será que o prémio é voltar para o banco no próximo domingo? O Beto teve (mais) uma noite infeliz em termos de passe e desenvolvimento atacante, mas é inadmissível que seja assobiado pelos próprios adeptos. O Moretto teve uma falha na 1ª parte que poderia ter sido prometedora e uma saída completamente disparatada na 2ª parte em que felizmente a bola foi cabeceada para fora. Continuo a não estar convencido e a lamentar a injustiça que foi feita ao Quim. O Simão está de facto em má forma, mas é dele a abertura fantástica para o chapéu do Petit já no fim do jogo. Alguns também mostram já impaciência para com ele, mas gostaria de os relembrar que é a PRIMEIRA VEZ em cinco anos que vemos o Simão em sub-rendimento! Não tenham a memória curta! O homem tem direito a ser humano de vez em quando…
Apesar de não ter sido um jogo tão épico quanto o do Manchester, devemos estar orgulhosos da nossa equipa. Com alguma sorte mas também bastante mérito estamos em vantagem na eliminatória. O jogo de Anfield vai ser terrível, mas se tentarmos e conseguirmos marcar um golo temos chances de passar aos quartos-de-final. Convém não esquecer que somos a única das 16 equipas que saiu do 4º pote e que, tirando o Glasgow Rangers, todas as outras vêm do pote 1 e 2, portanto já fizemos mais do que a nossa obrigação. Este ano parece que estamos talhados para os grandes momentos (casa do clube regional, Manchester e Liverpool). A chama imensa renasce sempre nestas alturas e é por isso que somos um clube mítico. Só falta voltarmos a ser regulares para conseguirmos algo mais do que (apenas) jogos memoráveis. Um titulozinho não fazia mal a ninguém…
A partida desenrolou-se de um modo já esperado, já que o Liverpool defendeu muito bem, deu-nos pouco espaço, mas julgo que também nos terá subestimado, caso contrário o Gerard e o gigante Crouch não teriam ficado no banco. Nós voltámos ao esquema de três trincos do início da época que tão poucos resultados deu e a primeira parte foi um desperdício. Quase não existimos no ataque porque não havia ninguém para transportar a bola para a frente. Já aqui escrevi que o Koeman deve achar que temos um superplantel para ter alguém como o Karagounis no banco. Não aguenta os 90 minutos? Como é que ele sabe, só por uma vez é que alinhou esse tempo todo (em Setúbal) e fez uma óptima 2ª parte. Como o Liverpool também não pressionou no ataque, quase não houve oportunidades de golo durante a etapa inicial. A lentidão do Beto sobressaiu nuns quantos lances e não deixou que o nosso ataque tivesse a fluidez necessária. A única jogada de algum perigo foi um excelente passe do Robert que o Simão não apanhou.
Na 2ª parte entrámos melhor e dominámos a maior parte do tempo, especialmente desde a entrada do Karagounis que só aconteceu por volta dos 60 minutos. Já havia alguém a quem passar a bola para conduzir o nosso jogo e passou a haver mais perigo nas imediações da área do Liverpool. O golo acabou por surgir a seis minutos do fim num lance já habitual no Benfica, em que o Luisão parte do local da falta a correr para a área e a bola é-lhe colocada na cabeça. Até hoje nunca tinha dado golo, mas criávamos sempre perigo nesta jogada (o golo anulado em Guimarães é deste género). Felizmente, a malapata quebrou-se e foi o delírio no estádio. Estávamos a ganhar aos campeões da Europa! Até final tivemos uma clara oportunidade (talvez a melhor de todo o jogo) em que o Petit, praticamente isolado, em vez de rematar com força tentou o chapéu proporcionando ao Reina uma defesa fácil. Foi pena, porque com 2-0 as coisas tornar-se-iam muito negras para o Liverpool.
A equipa lutou bastante, mas não fizemos um jogo do outro mundo. Individualmente sobressaíram os do costume nos últimos jogos: Petit, Luisão e Léo. O Luisão tem um amor especial por aquela baliza que eu muito prezo. Não a faz balançar muitas vezes, mas quando isso acontece geralmente é decisivo (não é, Ricardo?). O Petit teve o pulmão do costume, tal como o Léo que raramente foi batido pelos atacantes contrários. O Nuno Gomes também esteve bastante bem, embora muito desapoiado na frente. O Robert finalmente demonstrou alguma coisa, mas é pena que não dure os 90 minutos. No entanto, não percebo a hierarquia que continua a haver na marcação dos livres que o relega sempre para a 3ª posição. O Simão e o Petit não concretizam um golo de livre há imenso tempo, mas o francês continua a não ser a 1ª opção para os marcar. Quando chegou o 3º livre frontal, já ele tinha saído... O Anderson voltou a fazer um jogão tal como contra o Manchester e o Alcides deu a sua casa habitual, mas desta vez sem consequências nefastas. O Manuel Fernandes esteve um pouco perdido em campo na 1ª parte (não é um “nº 10”), mas melhorou com a entrada do Karagounis que foi fundamental para a mudança que o nosso jogo teve (tal como contra o Nacional). Será que o prémio é voltar para o banco no próximo domingo? O Beto teve (mais) uma noite infeliz em termos de passe e desenvolvimento atacante, mas é inadmissível que seja assobiado pelos próprios adeptos. O Moretto teve uma falha na 1ª parte que poderia ter sido prometedora e uma saída completamente disparatada na 2ª parte em que felizmente a bola foi cabeceada para fora. Continuo a não estar convencido e a lamentar a injustiça que foi feita ao Quim. O Simão está de facto em má forma, mas é dele a abertura fantástica para o chapéu do Petit já no fim do jogo. Alguns também mostram já impaciência para com ele, mas gostaria de os relembrar que é a PRIMEIRA VEZ em cinco anos que vemos o Simão em sub-rendimento! Não tenham a memória curta! O homem tem direito a ser humano de vez em quando…
Apesar de não ter sido um jogo tão épico quanto o do Manchester, devemos estar orgulhosos da nossa equipa. Com alguma sorte mas também bastante mérito estamos em vantagem na eliminatória. O jogo de Anfield vai ser terrível, mas se tentarmos e conseguirmos marcar um golo temos chances de passar aos quartos-de-final. Convém não esquecer que somos a única das 16 equipas que saiu do 4º pote e que, tirando o Glasgow Rangers, todas as outras vêm do pote 1 e 2, portanto já fizemos mais do que a nossa obrigação. Este ano parece que estamos talhados para os grandes momentos (casa do clube regional, Manchester e Liverpool). A chama imensa renasce sempre nestas alturas e é por isso que somos um clube mítico. Só falta voltarmos a ser regulares para conseguirmos algo mais do que (apenas) jogos memoráveis. Um titulozinho não fazia mal a ninguém…
terça-feira, fevereiro 21, 2006
Só peço isto...

SOU DO BENFICA E ISSO ME ENVAIDECE!
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Jaws
É já amanhã que acontece o evento em que os benfiquistas mais têm pensado desde as 21h30 do dia 7 de Dezembro. Vamos finalmente saber quem nos vai calhar em sorte para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões: Arsenal, Liverpool, Lyon, Juventus, Inter de Milão, Milan ou Barcelona visitarão o Estádio da Luz em Fevereiro do próximo ano.
A escolha é tudo menos fácil, mas por mim preferia o Arsenal por duas razões: primeiro, porque geralmente costuma falhar nos jogos europeus decisivos (embora gostasse certamente de se vingar dos sucessores do Isaías & Cia); segundo, porque é a equipa que está pior no respectivo campeonato. Há sempre quem diga que terá a Liga dos Campeões para salvar a época, o que é verdade, mas para mim existe um aspecto bem mais importante: não acredito que uma equipa que esteja muito bem classificada no respectivo campeonato encare os jogos da Champions de maneira mais descontraída e assim sendo prefiro uma equipa que se apresente em pior forma. Tirando o Arsenal, o meu segundo preferido é o Inter de Milão: temos contas a ajustar com eles desde a eliminatória da Taça Uefa há dois anos e se até o 4º e último classificado do seu grupo lhes ganhou... A dever-nos algumas desforras desde os anos 80 está igualmente o Liverpool, mas preocupa-me o facto de eles terem sofrido apenas um golo em seis jogos num grupo onde estava o Chelsea.
Na categoria dos “quase impossíveis”, não me importaria nada de aplaudir outra vez o Rui Costa e ver o Ronaldinho ao vivo na Luz seria bom em termos de espectáculo, mas péssimo em termos desportivos. O Lyon é talvez o nome menos apelativo de todos, porque é uma equipa fortíssima, mas sem grande nome na Europa (e já vimos o Tiago ao vivo no início desta época com o Chelsea). Mas quem eu não gostaria mesmo de apanhar é a Juventus: também já a vimos ao vivo na Luz este ano, é uma equipa italiana com tudo de mau que isso representa e é bastante favorecida pelas arbitragens (uma espécie de clube regional de Itália). Independentemente disto, gosto é que o 1º jogo seja na Luz, já que ao menos a receita está garantida e se não sofrermos golos poderemos ter mais hipóteses na 2ª mão. E, já agora parafraseando o grande José Torres, “deixem-nos sonhar”…
A escolha é tudo menos fácil, mas por mim preferia o Arsenal por duas razões: primeiro, porque geralmente costuma falhar nos jogos europeus decisivos (embora gostasse certamente de se vingar dos sucessores do Isaías & Cia); segundo, porque é a equipa que está pior no respectivo campeonato. Há sempre quem diga que terá a Liga dos Campeões para salvar a época, o que é verdade, mas para mim existe um aspecto bem mais importante: não acredito que uma equipa que esteja muito bem classificada no respectivo campeonato encare os jogos da Champions de maneira mais descontraída e assim sendo prefiro uma equipa que se apresente em pior forma. Tirando o Arsenal, o meu segundo preferido é o Inter de Milão: temos contas a ajustar com eles desde a eliminatória da Taça Uefa há dois anos e se até o 4º e último classificado do seu grupo lhes ganhou... A dever-nos algumas desforras desde os anos 80 está igualmente o Liverpool, mas preocupa-me o facto de eles terem sofrido apenas um golo em seis jogos num grupo onde estava o Chelsea.
Na categoria dos “quase impossíveis”, não me importaria nada de aplaudir outra vez o Rui Costa e ver o Ronaldinho ao vivo na Luz seria bom em termos de espectáculo, mas péssimo em termos desportivos. O Lyon é talvez o nome menos apelativo de todos, porque é uma equipa fortíssima, mas sem grande nome na Europa (e já vimos o Tiago ao vivo no início desta época com o Chelsea). Mas quem eu não gostaria mesmo de apanhar é a Juventus: também já a vimos ao vivo na Luz este ano, é uma equipa italiana com tudo de mau que isso representa e é bastante favorecida pelas arbitragens (uma espécie de clube regional de Itália). Independentemente disto, gosto é que o 1º jogo seja na Luz, já que ao menos a receita está garantida e se não sofrermos golos poderemos ter mais hipóteses na 2ª mão. E, já agora parafraseando o grande José Torres, “deixem-nos sonhar”…
quinta-feira, dezembro 08, 2005
GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA!
Sou dum clube lutador
Que na luta com fervor
Nunca encontrou rival
Neste nosso Portugal
in “Ser Benfiquista”
É por momentos como este que nós fazemos parte de um clube único. De um clube que nasceu pobre, sem campo próprio durante várias décadas, mas que se tornou grande graças a vários homens que fizeram jus a estas palavras que estão em epígrafe: “clube lutador” que “luta com fervor”. A vitória de ontem por 2-1 sobre o Manchester United, um dos clubes mais ricos do mundo, entra directamente para as páginas mais brilhantes da nossa história e os jogadores que nela participaram honraram a memória de todos aqueles que ajudaram a construir o GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA. O jogo de ontem restitui-nos a magia das grandes noites europeias que já não sentíamos há 11 anos (desde o jogo de Leverkusen em 1994 que não conseguíamos uma grande vitória em termos europeus). Este triunfo permitiu-nos alcançar o desiderato que parecia impossível há não muito tempo atrás: estarmos no lote restrito dos 16 melhores clubes europeus, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.
A maneira como conseguimos ganhar o jogo mesmo apesar de alinharmos de início muito desfalcados, o modo inexcedível como todos os jogadores batalharam durante 90 minutos, superaram as suas próprias limitações e honraram a gloriosa camisola que vestiam é o que torna o Benfica um clube que “nunca encontrou rival neste nosso Portugal”. Eu próprio, muito irracional no amor ao Glorioso, mas demasiado racional na análise das probabilidades de vitória (como se pode ler no post abaixo), fiquei completamente surpreendido pela forma como a equipa se comportou ontem. Empurrados por 62.000 adeptos que fizeram renascer o “Inferno da Luz”, os jogadores reincarnaram o espírito dos seus antecessores dos anos 60 e tivemos uma reedição das gloriosas noites europeias que nos tornaram um dos clubes mais respeitados do mundo.
O grande vencedor da noite foi o nosso treinador, Ronald Koeman. A forma como preparou o jogo foi brilhante, desde a não-convocação do Geovanni para a Madeira (para o preparar psicologicamente para este jogo), à inovação táctica que confundiu toda a gente (Geovanni a ponta-de-lança, Nuno Assis na extrema-esquerda e Nuno Gomes como “nº 10”), passando pela grande mentalização que permitiu a uma equipa muito desfalcada conseguir superar um golo adversário aos seis (!) minutos e embalar para uma recuperação inolvidável ainda na 1ª parte. O futebol não é, felizmente, uma ciência exacta e portanto os milagres acontecem. E o milagre de ontem teve o sabor especial de ser tornado realidade por dois dos jogadores mais mal-amados da Luz: Geovanni e Beto. O malandro do Geovanni é de facto um jogador que vive para os grandes jogos e ontem terá feito provavelmente a melhor exibição desde que chegou ao Benfica. Para além do grande golo que marcou (fantástico mergulho de cabeça na sequência de um óptimo cruzamento do Nelson), pôs em água a cabeça dos defesas do Manchester. O Beto fica desde já na história do Benfica (pode ser um novo Mostovoi que na sua meteórica passagem pelo Glorioso foi essencial para a conquista de uma Taça de Portugal ao empatar um jogo nas Antas perto do fim quando já estávamos a jogar com 10 e fazendo com que a eliminatória se decidisse em Lisboa, onde ganhámos por 2-0). Ontem jogou razoavelmente em termos defensivos, com algumas recuperações de bola, mas continua com a pecha muito grande de não saber colocar uma bola na frente em condições. Mas os benfiquistas dever-lhe-ão estar para sempre gratos pelo golo que marcou (um golo “à Deco”, com ressalto num jogador adversário antes de entrar na baliza). A equipa esteve toda bem, principalmente em termos de entrega ao jogo. O Quim fez uma grande defesa a um remate do Scholes, mas não teve muito mais trabalho; o Alcides apoiou bem o ataque quando foi preciso e raramente foi batido na defesa; o Luisão e o Anderson não deram nenhuma veleidade ao van Nistelrooy; o Léo secou o Cristiano Ronaldo (ainda tem muito que crescer, aquele gesto para os adeptos não se faz); o Petit fartou-se de cortar bolas a meio-campo e ainda teve tempo para ir lançando o contra-ataque; o Nélson esteve melhor ofensivamente na 1ª do que na 2ª parte, mas não deixou que os laterais do Manchester subissem e ainda fez a assistência do costume para um golo; o Nuno Assis fez também uma grande 1ª parte e mostrou mais uma vez ser um jogador que mexe com a produção atacante da equipa; o Nuno Gomes esteve fabuloso a reter a bola, desmarcar companheiros e ser o capitão que comanda as tropas; o João Pereira poderia ter acabado com o jogo se tivesse feito golo em vez de rematar ao lado e o Mantorras ainda colocou em respeito a defesa do Manchester nos últimos minutos (mas continua muito trapalhão, aquele bola era para soltar para o Nuno Gomes...).
Depois desta noite épica, espero que não percamos concentração no campeonato, que deverá continuar a ser o nosso principal objectivo. O Karagounis e o Miccoli parece que estão quase recuperados, mas a má notícia, a fazer fé nos jornais, é que o Simão só voltará em Janeiro. Temos a moral em alta neste momento, mas não convém nada facilitar. Afinal de contas, ainda estamos a seis pontos do nosso lugar. Quanto à Liga dos Campeões, lá teremos de ser nós a puxar pela classificação de Portugal! Em Fevereiro cá estaremos à espera de um tubarão europeu, que todavia terá de atravessar o “Inferno da Luz”.
Que na luta com fervor
Nunca encontrou rival
Neste nosso Portugal
in “Ser Benfiquista”
É por momentos como este que nós fazemos parte de um clube único. De um clube que nasceu pobre, sem campo próprio durante várias décadas, mas que se tornou grande graças a vários homens que fizeram jus a estas palavras que estão em epígrafe: “clube lutador” que “luta com fervor”. A vitória de ontem por 2-1 sobre o Manchester United, um dos clubes mais ricos do mundo, entra directamente para as páginas mais brilhantes da nossa história e os jogadores que nela participaram honraram a memória de todos aqueles que ajudaram a construir o GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA. O jogo de ontem restitui-nos a magia das grandes noites europeias que já não sentíamos há 11 anos (desde o jogo de Leverkusen em 1994 que não conseguíamos uma grande vitória em termos europeus). Este triunfo permitiu-nos alcançar o desiderato que parecia impossível há não muito tempo atrás: estarmos no lote restrito dos 16 melhores clubes europeus, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.
A maneira como conseguimos ganhar o jogo mesmo apesar de alinharmos de início muito desfalcados, o modo inexcedível como todos os jogadores batalharam durante 90 minutos, superaram as suas próprias limitações e honraram a gloriosa camisola que vestiam é o que torna o Benfica um clube que “nunca encontrou rival neste nosso Portugal”. Eu próprio, muito irracional no amor ao Glorioso, mas demasiado racional na análise das probabilidades de vitória (como se pode ler no post abaixo), fiquei completamente surpreendido pela forma como a equipa se comportou ontem. Empurrados por 62.000 adeptos que fizeram renascer o “Inferno da Luz”, os jogadores reincarnaram o espírito dos seus antecessores dos anos 60 e tivemos uma reedição das gloriosas noites europeias que nos tornaram um dos clubes mais respeitados do mundo.
O grande vencedor da noite foi o nosso treinador, Ronald Koeman. A forma como preparou o jogo foi brilhante, desde a não-convocação do Geovanni para a Madeira (para o preparar psicologicamente para este jogo), à inovação táctica que confundiu toda a gente (Geovanni a ponta-de-lança, Nuno Assis na extrema-esquerda e Nuno Gomes como “nº 10”), passando pela grande mentalização que permitiu a uma equipa muito desfalcada conseguir superar um golo adversário aos seis (!) minutos e embalar para uma recuperação inolvidável ainda na 1ª parte. O futebol não é, felizmente, uma ciência exacta e portanto os milagres acontecem. E o milagre de ontem teve o sabor especial de ser tornado realidade por dois dos jogadores mais mal-amados da Luz: Geovanni e Beto. O malandro do Geovanni é de facto um jogador que vive para os grandes jogos e ontem terá feito provavelmente a melhor exibição desde que chegou ao Benfica. Para além do grande golo que marcou (fantástico mergulho de cabeça na sequência de um óptimo cruzamento do Nelson), pôs em água a cabeça dos defesas do Manchester. O Beto fica desde já na história do Benfica (pode ser um novo Mostovoi que na sua meteórica passagem pelo Glorioso foi essencial para a conquista de uma Taça de Portugal ao empatar um jogo nas Antas perto do fim quando já estávamos a jogar com 10 e fazendo com que a eliminatória se decidisse em Lisboa, onde ganhámos por 2-0). Ontem jogou razoavelmente em termos defensivos, com algumas recuperações de bola, mas continua com a pecha muito grande de não saber colocar uma bola na frente em condições. Mas os benfiquistas dever-lhe-ão estar para sempre gratos pelo golo que marcou (um golo “à Deco”, com ressalto num jogador adversário antes de entrar na baliza). A equipa esteve toda bem, principalmente em termos de entrega ao jogo. O Quim fez uma grande defesa a um remate do Scholes, mas não teve muito mais trabalho; o Alcides apoiou bem o ataque quando foi preciso e raramente foi batido na defesa; o Luisão e o Anderson não deram nenhuma veleidade ao van Nistelrooy; o Léo secou o Cristiano Ronaldo (ainda tem muito que crescer, aquele gesto para os adeptos não se faz); o Petit fartou-se de cortar bolas a meio-campo e ainda teve tempo para ir lançando o contra-ataque; o Nélson esteve melhor ofensivamente na 1ª do que na 2ª parte, mas não deixou que os laterais do Manchester subissem e ainda fez a assistência do costume para um golo; o Nuno Assis fez também uma grande 1ª parte e mostrou mais uma vez ser um jogador que mexe com a produção atacante da equipa; o Nuno Gomes esteve fabuloso a reter a bola, desmarcar companheiros e ser o capitão que comanda as tropas; o João Pereira poderia ter acabado com o jogo se tivesse feito golo em vez de rematar ao lado e o Mantorras ainda colocou em respeito a defesa do Manchester nos últimos minutos (mas continua muito trapalhão, aquele bola era para soltar para o Nuno Gomes...).
Depois desta noite épica, espero que não percamos concentração no campeonato, que deverá continuar a ser o nosso principal objectivo. O Karagounis e o Miccoli parece que estão quase recuperados, mas a má notícia, a fazer fé nos jornais, é que o Simão só voltará em Janeiro. Temos a moral em alta neste momento, mas não convém nada facilitar. Afinal de contas, ainda estamos a seis pontos do nosso lugar. Quanto à Liga dos Campeões, lá teremos de ser nós a puxar pela classificação de Portugal! Em Fevereiro cá estaremos à espera de um tubarão europeu, que todavia terá de atravessar o “Inferno da Luz”.
quarta-feira, dezembro 07, 2005
Realismo
Espero que o jogo de hoje à noite frente ao Manchester United seja um bom espectáculo. Não estou particularmente nervoso, porque as minhas expectativas estão reduzidas ao mínimo. Se já com ambas as equipas na máxima força o Manchester é superior ao Benfica, connosco sem quatro titulares indiscutíveis - Simão, Miccoli, Karagounis e Manuel Fernandes (vá lá, parece que aprenderam a lição de não colocar jogadores a 50% em campo) -, as coisas vão ser muitíssimo complicadas. Há que ser realista e, para mim, empate não seria um mau resultado (não esqueçamos que temos quatro derrotas em quatro jogos oficiais com eles). Só teríamos de esperar que o Villarreal fizesse a sua obrigação e ganhasse em casa ao Lille para irmos à Taça Uefa. O estádio vai estar cheio e já se sabe que só isso é um espectáculo magnífico. Espero que os adeptos apoiem a equipa até ao fim, mesmo que as coisas não corram bem. E pode ser que aconteça um milagre...!
P.S. – Há mais de 10 anos que não tínhamos a alegria que o Artmedia nos proporcionou ontem: ver o clube regional fora das competições europeias antes do Natal! Num campo que era um verdadeira batatal, foram os eslovacos a criar mais perigo e há um penalty descarado a seu favor (empurrão de um defesa do clube regional ao avançado que se preparava para rematar para a baliza deserta) que o árbitro não assinalou. Lá fora como cá... Para além da alegria que tenho sempre que o clube regional perde, gostei ainda mais que a eliminação fosse feita pelo Artmedia, uma equipa estreante na Liga dos Campeões: o Co Adriaanse tinha dito na véspera que em 10 jogos o clube regional ganharia nove aos eslovacos. Apesar desta soberba toda, parece que afinal só ganha oito...
P.S. – Há mais de 10 anos que não tínhamos a alegria que o Artmedia nos proporcionou ontem: ver o clube regional fora das competições europeias antes do Natal! Num campo que era um verdadeira batatal, foram os eslovacos a criar mais perigo e há um penalty descarado a seu favor (empurrão de um defesa do clube regional ao avançado que se preparava para rematar para a baliza deserta) que o árbitro não assinalou. Lá fora como cá... Para além da alegria que tenho sempre que o clube regional perde, gostei ainda mais que a eliminação fosse feita pelo Artmedia, uma equipa estreante na Liga dos Campeões: o Co Adriaanse tinha dito na véspera que em 10 jogos o clube regional ganharia nove aos eslovacos. Apesar desta soberba toda, parece que afinal só ganha oito...
quarta-feira, novembro 23, 2005
À la Trapattoni
Péssima! A nossa exibição de hoje frente ao Lille foi das piores que já vi em termos europeus. Depois de darmos dois festivais de futebol em Manchester e Villarreal, o jogo de hoje foi um autêntico balde de água fria. Nada que não fosse previsível ao tomar conhecimento da equipa inicial, como escrevi abaixo. Aliás, o título deste post é um pouco injusto porque acho que nem o Trapattoni se lembraria de colocar nove (!), n-o-v-e jogadores de características defensivas em campo! Nem sei porque é que em vez do Nuno Gomes e Miccoli não jogaram o João Pereira e Dos Santos, assim o ramalhete ficava mais composto.
Com seis defesas e dois trincos é natural que tenhamos criado zero, (leram bem) z-e-r-o jogadas de perigo em situação de bola corrida. O “quase-perigo” que criámos resultou de dois ou três centros do Alcides que invariavelmente não encontravam a cabeça de nenhum jogador nosso. Perante tudo isto, o objectivo do Sr. Koeman foi conseguido: não perdemos o jogo. Sim, não me venham dizer que o tentámos ganhar, porque isso não é verdade, tanto mais que terminámos a partida com duas substituições para fazer e com o Karyaka, Geovanni e Manuel Fernandes sentados no banco. A única substituição que fizemos deveu-se à lesão de Miccoli em mais uma BURRICE da estrutura do nosso futebol (não sei de quem é a culpa, se da equipa técnica se da médica) que insiste em colocar em campo jogadores que ainda não estão recuperados de lesões. Claro que o italiano teve uma recaída o que me levou a apanhar uma fúria tão grande que ia partindo a mesa de tanto bater nela! Quero ver agora quanto tempo vamos ficar outra vez sem ele. Para o seu lugar entrou o Mantorras que curiosamente não conseguiu bater o Miccoli nos foras-de-jogo: perdeu por 4-3.
Destaques individuais só com uma lupa: Luisão esteve imperial como é hábito, o Petit muito trabalhador (mas péssimo nos livres) e pouco mais. Tanto o Nélson com o Léo estiveram obviamente desfasados porque uma coisa é subirem no terreno de tempos a tempos enquanto defesa, outra bem diferente é jogarem a extremo. O Beto cortou algumas bolas que poderiam ser perigosas, mas foi uma nulidade completa a colocar a bola jogável na frente. O Quim fez uma grande defesa perto do fim que nos garantiu o empate. O Nuno Gomes falhou alguns passes que poderiam resultar em lances de perigo logo no início do encontro e continua sem marcar na Liga dos Campeões. O Mantorras falhou a nossa única oportunidade mesmo no último minuto dos descontos ao conseguir enviar a bola por cima da barra depois de uma cabeçada do Luisão na sequência de um canto.
Faltam jogadores importantes, mas esta exibição e esta equipa inicial não tem desculpa. Não sei porque é que o Sr. Koeman de vez em quanto gosta de inventar, mas nunca tivemos êxito quando se lembra de o fazer. Passar o jogo inteiro sem fazer substituições que demonstrassem um pouco de ambição é incompreensível. Deve ter seguido a velha táctica do “empate fora, vitória em casa” na Liga dos Campeões, mas é uma pena que não tenhamos tentado ganhar o jogo porque o Lille é uma equipa perfeitamente ao nosso alcance. Para além disso, o empate entre o Manchester e o Villarreal colocar-nos-ia numa posição bastante favorável, em que um empate frente aos ingleses seria provavelmente suficiente para passarmos. Assim sendo, resta-nos esperar pelo jogo frente a eles, que temos impreterivelmente que ganhar, e desejar que os jogadores importantes estejam recuperados para que a imaginação do Sr. Koeman não tenha tanta rédea solta.
Com seis defesas e dois trincos é natural que tenhamos criado zero, (leram bem) z-e-r-o jogadas de perigo em situação de bola corrida. O “quase-perigo” que criámos resultou de dois ou três centros do Alcides que invariavelmente não encontravam a cabeça de nenhum jogador nosso. Perante tudo isto, o objectivo do Sr. Koeman foi conseguido: não perdemos o jogo. Sim, não me venham dizer que o tentámos ganhar, porque isso não é verdade, tanto mais que terminámos a partida com duas substituições para fazer e com o Karyaka, Geovanni e Manuel Fernandes sentados no banco. A única substituição que fizemos deveu-se à lesão de Miccoli em mais uma BURRICE da estrutura do nosso futebol (não sei de quem é a culpa, se da equipa técnica se da médica) que insiste em colocar em campo jogadores que ainda não estão recuperados de lesões. Claro que o italiano teve uma recaída o que me levou a apanhar uma fúria tão grande que ia partindo a mesa de tanto bater nela! Quero ver agora quanto tempo vamos ficar outra vez sem ele. Para o seu lugar entrou o Mantorras que curiosamente não conseguiu bater o Miccoli nos foras-de-jogo: perdeu por 4-3.
Destaques individuais só com uma lupa: Luisão esteve imperial como é hábito, o Petit muito trabalhador (mas péssimo nos livres) e pouco mais. Tanto o Nélson com o Léo estiveram obviamente desfasados porque uma coisa é subirem no terreno de tempos a tempos enquanto defesa, outra bem diferente é jogarem a extremo. O Beto cortou algumas bolas que poderiam ser perigosas, mas foi uma nulidade completa a colocar a bola jogável na frente. O Quim fez uma grande defesa perto do fim que nos garantiu o empate. O Nuno Gomes falhou alguns passes que poderiam resultar em lances de perigo logo no início do encontro e continua sem marcar na Liga dos Campeões. O Mantorras falhou a nossa única oportunidade mesmo no último minuto dos descontos ao conseguir enviar a bola por cima da barra depois de uma cabeçada do Luisão na sequência de um canto.
Faltam jogadores importantes, mas esta exibição e esta equipa inicial não tem desculpa. Não sei porque é que o Sr. Koeman de vez em quanto gosta de inventar, mas nunca tivemos êxito quando se lembra de o fazer. Passar o jogo inteiro sem fazer substituições que demonstrassem um pouco de ambição é incompreensível. Deve ter seguido a velha táctica do “empate fora, vitória em casa” na Liga dos Campeões, mas é uma pena que não tenhamos tentado ganhar o jogo porque o Lille é uma equipa perfeitamente ao nosso alcance. Para além disso, o empate entre o Manchester e o Villarreal colocar-nos-ia numa posição bastante favorável, em que um empate frente aos ingleses seria provavelmente suficiente para passarmos. Assim sendo, resta-nos esperar pelo jogo frente a eles, que temos impreterivelmente que ganhar, e desejar que os jogadores importantes estejam recuperados para que a imaginação do Sr. Koeman não tenha tanta rédea solta.
terça-feira, novembro 22, 2005
Antes do Lille – Benfica
Excepcionalmente escrevo este post antes do jogo, porque ouvi agora a constituição da equipa e temo o pior: Alcides (não entra em campo desde 10 de Setembro) e Beto (em vez do Manuel Fernandes) vão ser titulares; vão jogar de início os quatro centrais do plantel (Ricardo Rocha na esquerda); os dois habituais laterais (Nélson e Léo) vão ser os extremos (seis defesas de raiz na equipa inicial...); o Miccoli (jogou oito minutos nas últimas cinco semanas) também vai ser titular; o Karyaka, o Geovanni e o Manuel Fernandes ficam no banco; para além disto tudo, já se sabia que o Simão não joga e resta ver em que estado está o Quim.
Espero bem estar enganado (“o treinador é que sabe”), mas não auguro nada de bom para este jogo...
Espero bem estar enganado (“o treinador é que sabe”), mas não auguro nada de bom para este jogo...
quinta-feira, novembro 03, 2005
Imerecido
No duelo de estatísticas entre a equipa que não perde fora para as competições europeias há mais de um ano e a equipa que nunca tinha perdido em casa contra espanhóis foram aqueles que ganharam. Pela segunda vez em quatro dias o futebol foi ingrato para connosco. Não merecíamos ter empatado com a Naval e não merecíamos ter perdido com o Villarreal. Infelizmente, um frango do Rui Nereu aos 81 minutos deu aos espanhóis uma vitória com a qual já nem eles próprios contavam naquela altura.
Ao contrário do que tem sido habitual na Liga dos Campeões, entrámos muito mal no jogo. A 1ª parte foi totalmente do Villarreal, que teve dois lances de perigo: um remate do Forlán que passou ao lado e um do Riquelme que o Rui Nereu defendeu. Quanto a nós, com o Karagounis em campo em vez do Karyaka, o Nuno Gomes fica muito mais desacompanhado na frente, e com o Simão a 50% e a intermitência habitual do Geovanni não criámos uma verdadeira oportunidade de golo. O Villarreal melhorou imenso em relação ao jogo de há 15 dias e muito disso se deveu ao Josico e ao Senna (o “Petit” e o “Manuel Fernandes” deles) que, ao contrário da outra vez, estavam ambos disponíveis (no outro jogo, só o Jozico entrou e apenas na 2ª parte, e viu-se a diferença). Ainda por cima, foi um remate do Senna que decidiu a partida.
Na 2ª parte o jogo foi completamente diferente. Estivemos muito melhor, mais pressionantes e rápidos sobre a bola, e o Villarreal apostou tudo no contra-ataque. Infelizmente, não tivemos a sorte da Naval e o fiscal-de-linha anulou um golo ao Nuno Gomes por fora-de-jogo milimétrico, num lance igualzinho ao de sábado. Pouco depois criámos a melhor oportunidade de golo de todo o encontro quando o Nuno Gomes, descaído sobre a direita na grande-área, remata à figura do guarda-redes na sequência de uma óptima abertura do Petit. Com as entradas do Mantorras e do João Pereira (para os lugares do extenuado Karagounis e do Geovanni) a mensagem que veio do banco foi clara: o jogo era para ganhar! No entanto, a menos de 10 min. do fim o inesperado acontece. Num remate a 35 m da baliza, o Villarreal conta com a colaboração do Rui Nereu e coloca-se em vantagem. É certo que ninguém saiu ao caminho do Senna, permitindo-lhe rematar completamente à vontade, mas também estava a mais de três dezenas de metros da baliza! Não vamos crucificar um jovem de 19 anos, mas é óbvio que tem muitas culpas no golo (será que se o Quim tivesse sido operado quando devia, logo a seguir ao jogo em Villarreal, não estaria já disponível para jogar ontem?). Até ao fim do encontro demos mais uma prova de que somos uma grande equipa. Depois de o Koeman ter tirado um defesa (Anderson) e colocado um médio-ofensivo (Nuno Assis) - numa substituição que seria mais provável o clube regional ter respeito pelos adversários do que o Trapattoni a fazer - fomos para cima do Villarreal e tivemos dois lances que poderiam ter dado o empate: um remate do Petit que passou a rasar o poste e mesmo no último minuto uma boa jogada atacante que permitiu ao Léo ficar à vontade na grande-área e rematar, mas para nosso azar a bola foi interceptada por um defesa quando seguia na direcção da baliza.
Ficou demonstrado que a falta do Miccoli e o Simão a 50% nos fazem perder muito poder de fogo. Para complicar ainda mais as coisas, o Nélson deve ter feito o seu pior jogo com a camisola do Benfica em termos de cruzamentos, não tendo acertado um único da meia-dúzia que fez (acontece...). O meio-campo andou aos papéis na 1ª parte, mas recompôs-se na 2ª e o Nuno Gomes, muito desacompanhado, está com a pontaria afinada só a nível interno. Não percebi a titularidade do Anderson (com duas fífias nos dois últimos jogos deveria ter ficado no banco), que teve um grande erro ao deixar-se bater pelo Forlán no tal lance de perigo na 1ª parte. O Luisão esteve imperial como habitualmente, mas o melhor do Benfica foi o Léo. Que grande defesa-esquerdo! Não só se limita a defender como também cria bastante perigo quando avança no terreno.
Com a vitória do Lille frente ao Manchester, descemos para último lugar no grupo, mas a apenas dois pontos do 1º. Estamos no grupo mais equilibrado da Liga dos Campeões, mas temos impreterivelmente que ganhar em Paris daqui a três semanas. Nem o empate serve, já que se empatarmos continuaremos em último. De qualquer dos modos, o jogo frente ao Manchester vai ser decisivo para a nossa continuidade nas competições europeias (Champions ou Uefa) e seria muito frustrante se ficássemos de fora com o futebol que temos vindo a apresentar. A ilação a tirar deve ser “não deixes para amanhã o que podes fazer hoje” e o nosso calculismo em Macnhester e Villarreal (“o empate basta, é um bom resultado fora de casa”) pode vir a sair-nos muito caro. Poderíamos, e deveríamos, ter feito mais para ganhar esses dois jogos (a realidade mostrou que estavam ambos ao nosso alcance) e, assim sendo, um remate a 35 m a oito minutos do fim já não teria feito tanta mossa. Mas vamos ter fé! Estamos a jogar bastante bem e a sorte não nos pode ser sempre tão madrasta.
Ao contrário do que tem sido habitual na Liga dos Campeões, entrámos muito mal no jogo. A 1ª parte foi totalmente do Villarreal, que teve dois lances de perigo: um remate do Forlán que passou ao lado e um do Riquelme que o Rui Nereu defendeu. Quanto a nós, com o Karagounis em campo em vez do Karyaka, o Nuno Gomes fica muito mais desacompanhado na frente, e com o Simão a 50% e a intermitência habitual do Geovanni não criámos uma verdadeira oportunidade de golo. O Villarreal melhorou imenso em relação ao jogo de há 15 dias e muito disso se deveu ao Josico e ao Senna (o “Petit” e o “Manuel Fernandes” deles) que, ao contrário da outra vez, estavam ambos disponíveis (no outro jogo, só o Jozico entrou e apenas na 2ª parte, e viu-se a diferença). Ainda por cima, foi um remate do Senna que decidiu a partida.
Na 2ª parte o jogo foi completamente diferente. Estivemos muito melhor, mais pressionantes e rápidos sobre a bola, e o Villarreal apostou tudo no contra-ataque. Infelizmente, não tivemos a sorte da Naval e o fiscal-de-linha anulou um golo ao Nuno Gomes por fora-de-jogo milimétrico, num lance igualzinho ao de sábado. Pouco depois criámos a melhor oportunidade de golo de todo o encontro quando o Nuno Gomes, descaído sobre a direita na grande-área, remata à figura do guarda-redes na sequência de uma óptima abertura do Petit. Com as entradas do Mantorras e do João Pereira (para os lugares do extenuado Karagounis e do Geovanni) a mensagem que veio do banco foi clara: o jogo era para ganhar! No entanto, a menos de 10 min. do fim o inesperado acontece. Num remate a 35 m da baliza, o Villarreal conta com a colaboração do Rui Nereu e coloca-se em vantagem. É certo que ninguém saiu ao caminho do Senna, permitindo-lhe rematar completamente à vontade, mas também estava a mais de três dezenas de metros da baliza! Não vamos crucificar um jovem de 19 anos, mas é óbvio que tem muitas culpas no golo (será que se o Quim tivesse sido operado quando devia, logo a seguir ao jogo em Villarreal, não estaria já disponível para jogar ontem?). Até ao fim do encontro demos mais uma prova de que somos uma grande equipa. Depois de o Koeman ter tirado um defesa (Anderson) e colocado um médio-ofensivo (Nuno Assis) - numa substituição que seria mais provável o clube regional ter respeito pelos adversários do que o Trapattoni a fazer - fomos para cima do Villarreal e tivemos dois lances que poderiam ter dado o empate: um remate do Petit que passou a rasar o poste e mesmo no último minuto uma boa jogada atacante que permitiu ao Léo ficar à vontade na grande-área e rematar, mas para nosso azar a bola foi interceptada por um defesa quando seguia na direcção da baliza.
Ficou demonstrado que a falta do Miccoli e o Simão a 50% nos fazem perder muito poder de fogo. Para complicar ainda mais as coisas, o Nélson deve ter feito o seu pior jogo com a camisola do Benfica em termos de cruzamentos, não tendo acertado um único da meia-dúzia que fez (acontece...). O meio-campo andou aos papéis na 1ª parte, mas recompôs-se na 2ª e o Nuno Gomes, muito desacompanhado, está com a pontaria afinada só a nível interno. Não percebi a titularidade do Anderson (com duas fífias nos dois últimos jogos deveria ter ficado no banco), que teve um grande erro ao deixar-se bater pelo Forlán no tal lance de perigo na 1ª parte. O Luisão esteve imperial como habitualmente, mas o melhor do Benfica foi o Léo. Que grande defesa-esquerdo! Não só se limita a defender como também cria bastante perigo quando avança no terreno.
Com a vitória do Lille frente ao Manchester, descemos para último lugar no grupo, mas a apenas dois pontos do 1º. Estamos no grupo mais equilibrado da Liga dos Campeões, mas temos impreterivelmente que ganhar em Paris daqui a três semanas. Nem o empate serve, já que se empatarmos continuaremos em último. De qualquer dos modos, o jogo frente ao Manchester vai ser decisivo para a nossa continuidade nas competições europeias (Champions ou Uefa) e seria muito frustrante se ficássemos de fora com o futebol que temos vindo a apresentar. A ilação a tirar deve ser “não deixes para amanhã o que podes fazer hoje” e o nosso calculismo em Macnhester e Villarreal (“o empate basta, é um bom resultado fora de casa”) pode vir a sair-nos muito caro. Poderíamos, e deveríamos, ter feito mais para ganhar esses dois jogos (a realidade mostrou que estavam ambos ao nosso alcance) e, assim sendo, um remate a 35 m a oito minutos do fim já não teria feito tanta mossa. Mas vamos ter fé! Estamos a jogar bastante bem e a sorte não nos pode ser sempre tão madrasta.
quarta-feira, outubro 19, 2005
Com um pouco mais de ambição…
Confesso que estava com muito medo deste jogo. Só passaram 72 horas sobre a soberba vitória de Sábado, a equipa não deveria estar tão fresca quanto desejável e o Villarreal tinha feito descansar o Riquelme e o Forlán no fim-de-semana tendo o Sorin jogado só durante uma hora. Na constituição inicial, o Koeman surpreendeu ao colocar o Ricardo Rocha a defesa-esquerdo, tendo o Léo ficado no banco. Fiquei um pouco céptico em relação a isto, já que presumivelmente abdicaríamos de ter um defesa-esquerdo que apoiasse o (contra-)ataque, o que se veio mais ou menos a confirmar, embora sem consequências negativas.
Todavia, este meu temor não se justificava de todo já que assim que começou o jogo ficou bem visível a diferença de potencial neste momento entre as duas equipas. O Villarreal desiludiu-me bastante, já que entrou com muito medo e não conseguiu ligar o jogo do meio-campo para a frente. Nós controlámos perfeitamente a situação durante toda a 1ª parte, tendo criado algumas situações de perigo. Infelizmente, não as concretizámos pelo que o empate ao intervalo me pareceu algo injusto. Para além de tudo, ainda tivemos o azar da lesão do Quim que fez com que um guarda-redes de 19 anos, Rui Nereu, fizesse a estreia na equipa principal logo na Liga dos Campeões e no campo do (teoricamente) 2º adversário mais difícil!
Na 2ª parte a pressão dos espanhóis foi ligeiramente superior, mas só tiveram uma verdadeira oportunidade de golo, em que o Rui Nereu faz uma defesa magistral para canto num remate à queima-roupa. No entanto, acabaríamos por sofrer um golo num penalty um pouco polémico. Não me parece que o Ricardo Rocha vá com intenção de fazer falta, mas o que é certo é que não toca na bola e toca no adversário. Se tivesse entrado menos à bruta, certamente não teria cometido a infracção. É esta a diferença em relação ao Anderson, que para o bem e para o mal é muito mais cuidadoso a disputar a bola. Estávamos a pouco mais de um quarto-de-hora do fim do jogo e o sentimento de injustiça era enorme. Logo na jogada seguinte, o Simão cai na área, mas o árbitro não assinala nada (como não houve repetição não se percebeu bem se era falta ou não, mas o lance parece-me semelhante ao do Ricardo Rocha…). O que valeu foi que o momento do jogo (atrevo-me a dizer de toda a Liga dos Campeões até agora) aconteceu pouco depois. Na sequência de uma tabela com o Nuno Gomes (a meias com o defesa contrário), a bola ressalta para o Manuel Fernandes que a domina com o peito e, sem a deixar cair na relva, remata de primeira fazendo a bola passar por cima do guarda-redes! Um golão! Aproveitem para apreciar bem ao vivo o Manuel Fernandes durante esta época que para o ano de certeza não vai haver mais… A justiça estava reposta e até final voltámos a controlar completamente o jogo e tivemos uma grande oportunidade, em que o Nuno Gomes isolado frente ao guarda-redes lhe faz um passe para as mãos.
Quanto aos jogadores estiveram outra vez todos muito bem, tal como na casa do clube regional, sendo o destaque desta vez para o Manuel Fernandes não só pelo golão que marcou como por ter anulado o Riquelme durante a maior parte do jogo. O Nuno Gomes voltou a mostrar que está em forma, só foi pena ter falhado o 2-1 perto do fim, o Petit foi o tampão do costume e o Nelson é cada vez mais uma certeza. O Rui Nereu entrou a frio, mas portou-se muito bem (pareceu-me pela sujidade na sua camisola no início a 2ª parte - não tendo ele feito nenhuma defesa até ao intervalo - que durante o descanso esteve a trabalhar com o treinador de guarda-redes; se assim aconteceu, foi uma medida acertadíssima do nosso treinador).
A impressão com que se ficou deste jogo é que o Benfica jogou para o empate e conseguiu, mas com um pouco mais de audácia poderíamos perfeitamente ter ganho o jogo. É um óptimo resultado fora de casa, mas poderia ter sido ainda bem melhor. Não sei se teve a ver com um pouco de cansaço trazido de Sábado, mas houve momentos em que me exasperei por passarmos a bola para o lado e para trás, em vez de procurarmos a baliza. Ainda por cima com o empate em casa do Manchester com o Lille teríamos voltado ao 1º lugar do grupo. Este resultado em Old Trafford não nos favorece, já que as equipas estão todas muito juntas (2, 3, 4 e 5 pontos) e a última coisa que precisamos é que o Manchester necessite do último jogo na Luz para se apurar para os oitavos-de-final. Daqui a 15 dias é fundamental ganhar ao Villarreal, já que assim certamente pelo menos a Taça Uefa não nos fugirá. Com o que se viu até agora somos claramente uma das equipas mais fortes do grupo e a passagem à fase seguinte está perfeitamente ao nosso alcance.
Todavia, este meu temor não se justificava de todo já que assim que começou o jogo ficou bem visível a diferença de potencial neste momento entre as duas equipas. O Villarreal desiludiu-me bastante, já que entrou com muito medo e não conseguiu ligar o jogo do meio-campo para a frente. Nós controlámos perfeitamente a situação durante toda a 1ª parte, tendo criado algumas situações de perigo. Infelizmente, não as concretizámos pelo que o empate ao intervalo me pareceu algo injusto. Para além de tudo, ainda tivemos o azar da lesão do Quim que fez com que um guarda-redes de 19 anos, Rui Nereu, fizesse a estreia na equipa principal logo na Liga dos Campeões e no campo do (teoricamente) 2º adversário mais difícil!
Na 2ª parte a pressão dos espanhóis foi ligeiramente superior, mas só tiveram uma verdadeira oportunidade de golo, em que o Rui Nereu faz uma defesa magistral para canto num remate à queima-roupa. No entanto, acabaríamos por sofrer um golo num penalty um pouco polémico. Não me parece que o Ricardo Rocha vá com intenção de fazer falta, mas o que é certo é que não toca na bola e toca no adversário. Se tivesse entrado menos à bruta, certamente não teria cometido a infracção. É esta a diferença em relação ao Anderson, que para o bem e para o mal é muito mais cuidadoso a disputar a bola. Estávamos a pouco mais de um quarto-de-hora do fim do jogo e o sentimento de injustiça era enorme. Logo na jogada seguinte, o Simão cai na área, mas o árbitro não assinala nada (como não houve repetição não se percebeu bem se era falta ou não, mas o lance parece-me semelhante ao do Ricardo Rocha…). O que valeu foi que o momento do jogo (atrevo-me a dizer de toda a Liga dos Campeões até agora) aconteceu pouco depois. Na sequência de uma tabela com o Nuno Gomes (a meias com o defesa contrário), a bola ressalta para o Manuel Fernandes que a domina com o peito e, sem a deixar cair na relva, remata de primeira fazendo a bola passar por cima do guarda-redes! Um golão! Aproveitem para apreciar bem ao vivo o Manuel Fernandes durante esta época que para o ano de certeza não vai haver mais… A justiça estava reposta e até final voltámos a controlar completamente o jogo e tivemos uma grande oportunidade, em que o Nuno Gomes isolado frente ao guarda-redes lhe faz um passe para as mãos.
Quanto aos jogadores estiveram outra vez todos muito bem, tal como na casa do clube regional, sendo o destaque desta vez para o Manuel Fernandes não só pelo golão que marcou como por ter anulado o Riquelme durante a maior parte do jogo. O Nuno Gomes voltou a mostrar que está em forma, só foi pena ter falhado o 2-1 perto do fim, o Petit foi o tampão do costume e o Nelson é cada vez mais uma certeza. O Rui Nereu entrou a frio, mas portou-se muito bem (pareceu-me pela sujidade na sua camisola no início a 2ª parte - não tendo ele feito nenhuma defesa até ao intervalo - que durante o descanso esteve a trabalhar com o treinador de guarda-redes; se assim aconteceu, foi uma medida acertadíssima do nosso treinador).
A impressão com que se ficou deste jogo é que o Benfica jogou para o empate e conseguiu, mas com um pouco mais de audácia poderíamos perfeitamente ter ganho o jogo. É um óptimo resultado fora de casa, mas poderia ter sido ainda bem melhor. Não sei se teve a ver com um pouco de cansaço trazido de Sábado, mas houve momentos em que me exasperei por passarmos a bola para o lado e para trás, em vez de procurarmos a baliza. Ainda por cima com o empate em casa do Manchester com o Lille teríamos voltado ao 1º lugar do grupo. Este resultado em Old Trafford não nos favorece, já que as equipas estão todas muito juntas (2, 3, 4 e 5 pontos) e a última coisa que precisamos é que o Manchester necessite do último jogo na Luz para se apurar para os oitavos-de-final. Daqui a 15 dias é fundamental ganhar ao Villarreal, já que assim certamente pelo menos a Taça Uefa não nos fugirá. Com o que se viu até agora somos claramente uma das equipas mais fortes do grupo e a passagem à fase seguinte está perfeitamente ao nosso alcance.
sexta-feira, setembro 30, 2005
Os Campeões no Theatre of Dreams
Old Trafford é semelhante ao Estádio da Luz, ou seja é mais bonito por dentro do que por fora. Não sei se é por causa da sua forma rectangular (e não oval como o nosso), mas não se tem a sensação que se está num estádio ligeiramente maior que o do Benfica. E que vai ser ainda maior, já que os topos laterais estão em obras para aumentar a lotação de 69.000 para 76.000 lugares.
(clicando nas imagens, poder-se-á vê-las em tamanho maior)

Bancada Este - entrada principal do estádio
A Bancada Norte é bastante maior que a Sul, já que tem três pisos por contraponto a apenas um. A cobertura da Bancada Norte é parecida com a do Alvalade XXI, já que estando na Bancada Sul não se consegue ver o 3º piso do outro lado.
Bancada Norte - exterior e interior
Os 3.500 adeptos do Benfica foram distribuídos pela Bancada Sul e pela Este. Tanto esta como a Bancada Oeste têm dois pisos. O relvado está subido em relação ao “chão” do estádio. Suponho que deverá ter um sistema de aquecimento por baixo que o impede de congelar no Inverno.

Bancada Este

A simpatia dos ingleses e gente famosa que foi apoiar o Glorioso a Old Trafford
O apoio dos adeptos do Benfica à equipa foi constante durante o jogo todo. Já revi o jogo na TV e durante vários períodos do jogo chegámos a calar os ingleses. Depois do nosso golo foi quando me pareceu que o nosso apoio foi maior e mais alto, mas estando no meio dos gritos “SLB, SLB, SLB, Glorioso SLB, Glorioso” não deu para ouvir que os adeptos ingleses não se calaram mais desde essa altura até ao final do jogo. Desde o “Man-ches-ter’s go-nna win” ao “ohhh United, we love you” o barulho deles acabou por abafar o nosso nesse período. É a diferença de mentalidades e a razão pela qual o futebol em Inglaterra é um espectáculo fantástico: o Manchester está na mó de baixo, a 10 pontos do 1º lugar, tinha perdido um jogo em casa três dias antes e o que fazem os adeptos? Enchem o estádio e apoiam a equipa principalmente a seguir a esta ter consentido a igualdade. Tal e qual como se faz cá pelo burgo...


Foi pena termos perdido, mas valeu a pena acompanhar os Campeões a Old Trafford!
(clicando nas imagens, poder-se-á vê-las em tamanho maior)

Bancada Este - entrada principal do estádio
A Bancada Norte é bastante maior que a Sul, já que tem três pisos por contraponto a apenas um. A cobertura da Bancada Norte é parecida com a do Alvalade XXI, já que estando na Bancada Sul não se consegue ver o 3º piso do outro lado.


Os 3.500 adeptos do Benfica foram distribuídos pela Bancada Sul e pela Este. Tanto esta como a Bancada Oeste têm dois pisos. O relvado está subido em relação ao “chão” do estádio. Suponho que deverá ter um sistema de aquecimento por baixo que o impede de congelar no Inverno.

Bancada Este
Bancada Oeste
Os 3.500 que calaram Old Trafford
A simpatia dos ingleses e gente famosa que foi apoiar o Glorioso a Old Trafford
O apoio dos adeptos do Benfica à equipa foi constante durante o jogo todo. Já revi o jogo na TV e durante vários períodos do jogo chegámos a calar os ingleses. Depois do nosso golo foi quando me pareceu que o nosso apoio foi maior e mais alto, mas estando no meio dos gritos “SLB, SLB, SLB, Glorioso SLB, Glorioso” não deu para ouvir que os adeptos ingleses não se calaram mais desde essa altura até ao final do jogo. Desde o “Man-ches-ter’s go-nna win” ao “ohhh United, we love you” o barulho deles acabou por abafar o nosso nesse período. É a diferença de mentalidades e a razão pela qual o futebol em Inglaterra é um espectáculo fantástico: o Manchester está na mó de baixo, a 10 pontos do 1º lugar, tinha perdido um jogo em casa três dias antes e o que fazem os adeptos? Enchem o estádio e apoiam a equipa principalmente a seguir a esta ter consentido a igualdade. Tal e qual como se faz cá pelo burgo...



Foi pena termos perdido, mas valeu a pena acompanhar os Campeões a Old Trafford!
quarta-feira, setembro 28, 2005
Laranja muito amarga
Sr. Koeman, por favor, tome atenção ao seguinte:
O BETO NÃO É EXTREMO-DIREITO!
Gostaria ainda de lhe dizer outra coisa:
O BETO NÃO É EXTREMO-DIREITO!
E, já agora, acrescento só mais uma:
O BETO NÃO É EXTREMO-DIREITO!
Depois de uma exibição muito boa e personalizada da nossa parte, foi bastante frustrante sair derrotado de Old Trafford muito por causa da falta de coragem do nosso treinador. Começámos a jogar com 10 e assim continuámos durante 85 min., até ao 2º golo do Manchester, quando finalmente o Koeman decide tirar o Beto. Errar é humano. Fazer duas vezes o mesmo erro é burrice. Incorrer pela 3ª vez no mesmo erro é inadmissível. Já se tinha visto, durante o jogo contra o Gil Vicente, que o Beto não rende nada como extremo-direito. Em Penafiel, o mesmo erro foi cometido durante boa parte do 2º tempo, quando ele substituiu o Geovanni, até à entrada do João Pereira. Ontem foi demais! Quando ouvi a constituição da equipa nem queria acreditar! Como é possível?! Se não queria colocar o Geovanni que colocasse o João Pereira, mas adaptar o Beto a extremo é que nunca! Será que é tão difícil colocar os jogadores nos seus respectivos lugares? Ou o Koeman é tão burro (desculpem-me a expressão, mas não encontro outra melhor) que ainda não percebeu que está a queimar o Beto, fazendo-o jogar num lugar que não é o dele? Não tem velocidade, técnica nem talento para jogar naquela posição. Dir-me-ão que o objectivo do Koeman era estancar o jogo atacante do Manchester colocando alguém que defendesse melhor que o Geovanni. Só que o (adaptado) defesa-esquerdo do Manchester passou pelo Beto quantas vezes quis e colocou o Nélson muitas vezes em situações de dois-para-um. Ok, erro cometido, o Beto entrou de início. Estando a perder ao intervalo, ele ficaria nos balneários e entraria o Geovanni, certo? Errado! O Beto continua em campo na 2ª parte, o Geovanni vai aquecer, só que o Simão iguala e o Beto... continua em campo. Quando finalmente se decide a fazer substituições, o Koeman coloca o João Pereira (que entretanto também já estava a aquecer) e tira... o Miccoli! “Vamos rapazes, vamos aguentar o empate que já é muito bom” foi a mensagem que toda a gente percebeu. Se queria refrescar o meio-campo poderia colocar o Karyaka no lugar do Miccoli, porque teríamos mais um jogador para lançar o contra-ataque e a mensagem defensiva não era tão óbvia. Claro que acabou por nos acontecer o que geralmente sucede às equipas que jogam para empatar.
Posto isto, tenho a dizer que foi um orgulho assistir ao vivo a uma exibição destas do Benfica em pleno Old Trafford. A equipa (com a já referida excepção do Beto) esteve toda em altíssimo nível. Talvez só o Miccoli (apesar de ter feito um jogo razoável) não tenha sido o desequilibrador que esperávamos. O Moreira teve uma saída à Ricardo, mas fez uma excelente defesa no remate do Cristiano Ronaldo que depois vai à barra. Os centrais estiveram excelentes, com destaque para o Ricardo Rocha que quase secou van Nistelrooy (quando não se põe com entradas a destempo, o Ricardo Rocha mostra que é melhor que o Anderson, porque como é mais duro e impetuoso consegue ganhar muitas bolas aos adversários). Irrepreensíveis foram igualmente os laterais, com o Léo a confirmar que é bom jogador (não tendo saído muito chamuscado do confronto com o Cristiano Ronaldo), e o Nélson a confirmar que é uma mais-valia que tem a vantagem da fazer bem aquilo que o Miguel não sabia fazer: cruzamentos. Os médios voltaram a fazer uma grande exibição, em especial o Manuel Fernandes (só foi pena ter feito aquele péssimo passe de que resultou o contra-ataque que deu origem ao canto do 2º golo). O Simão deve ter convencido de vez o Liverpool, se por acaso ainda tivessem dúvidas. O Nuno Gomes desta vez ficou em branco, mas batalhou imenso e foi perigoso ao distribuir jogo no centro do ataque.
Apesar de eu achar que o Koeman tem bastantes culpas na derrota, é um facto que o Benfica se apresentou num jogo europeu como há muito não o fazia e o mérito disso também é dele. Basta recuarmos uma época para vermos os jogos miseráveis que fizemos na Europa, com derrotas quase humilhantes perante equipas de 2ª linha. Desta vez tudo foi diferente e para melhor em termos de atitude e produção de jogo, mas perdemos uma oportunidade quase única para ganharmos (sim, ganharmos!) em Old Trafford. Acho que seria preferível termos perdido por termos tentado ganhar do que termos perdido por termos tentado empatar. Daí o sentimento de frustração que perpassou por toda a gente no final. O empate no Lille-Villarreal permite-nos ficar em 2º lugar e o próximo jogo em Espanha será muito importante para definir a posição final no grupo. No entanto, se jogarmos da mesma maneira que em Manchester (mas de preferência com 11 jogadores desde início...), teremos bastantes hipóteses de fazer um bom resultado.
Ontem, hoje e sempre: VIVA O BENFICA!
O BETO NÃO É EXTREMO-DIREITO!
Gostaria ainda de lhe dizer outra coisa:
O BETO NÃO É EXTREMO-DIREITO!
E, já agora, acrescento só mais uma:
O BETO NÃO É EXTREMO-DIREITO!
Depois de uma exibição muito boa e personalizada da nossa parte, foi bastante frustrante sair derrotado de Old Trafford muito por causa da falta de coragem do nosso treinador. Começámos a jogar com 10 e assim continuámos durante 85 min., até ao 2º golo do Manchester, quando finalmente o Koeman decide tirar o Beto. Errar é humano. Fazer duas vezes o mesmo erro é burrice. Incorrer pela 3ª vez no mesmo erro é inadmissível. Já se tinha visto, durante o jogo contra o Gil Vicente, que o Beto não rende nada como extremo-direito. Em Penafiel, o mesmo erro foi cometido durante boa parte do 2º tempo, quando ele substituiu o Geovanni, até à entrada do João Pereira. Ontem foi demais! Quando ouvi a constituição da equipa nem queria acreditar! Como é possível?! Se não queria colocar o Geovanni que colocasse o João Pereira, mas adaptar o Beto a extremo é que nunca! Será que é tão difícil colocar os jogadores nos seus respectivos lugares? Ou o Koeman é tão burro (desculpem-me a expressão, mas não encontro outra melhor) que ainda não percebeu que está a queimar o Beto, fazendo-o jogar num lugar que não é o dele? Não tem velocidade, técnica nem talento para jogar naquela posição. Dir-me-ão que o objectivo do Koeman era estancar o jogo atacante do Manchester colocando alguém que defendesse melhor que o Geovanni. Só que o (adaptado) defesa-esquerdo do Manchester passou pelo Beto quantas vezes quis e colocou o Nélson muitas vezes em situações de dois-para-um. Ok, erro cometido, o Beto entrou de início. Estando a perder ao intervalo, ele ficaria nos balneários e entraria o Geovanni, certo? Errado! O Beto continua em campo na 2ª parte, o Geovanni vai aquecer, só que o Simão iguala e o Beto... continua em campo. Quando finalmente se decide a fazer substituições, o Koeman coloca o João Pereira (que entretanto também já estava a aquecer) e tira... o Miccoli! “Vamos rapazes, vamos aguentar o empate que já é muito bom” foi a mensagem que toda a gente percebeu. Se queria refrescar o meio-campo poderia colocar o Karyaka no lugar do Miccoli, porque teríamos mais um jogador para lançar o contra-ataque e a mensagem defensiva não era tão óbvia. Claro que acabou por nos acontecer o que geralmente sucede às equipas que jogam para empatar.
Posto isto, tenho a dizer que foi um orgulho assistir ao vivo a uma exibição destas do Benfica em pleno Old Trafford. A equipa (com a já referida excepção do Beto) esteve toda em altíssimo nível. Talvez só o Miccoli (apesar de ter feito um jogo razoável) não tenha sido o desequilibrador que esperávamos. O Moreira teve uma saída à Ricardo, mas fez uma excelente defesa no remate do Cristiano Ronaldo que depois vai à barra. Os centrais estiveram excelentes, com destaque para o Ricardo Rocha que quase secou van Nistelrooy (quando não se põe com entradas a destempo, o Ricardo Rocha mostra que é melhor que o Anderson, porque como é mais duro e impetuoso consegue ganhar muitas bolas aos adversários). Irrepreensíveis foram igualmente os laterais, com o Léo a confirmar que é bom jogador (não tendo saído muito chamuscado do confronto com o Cristiano Ronaldo), e o Nélson a confirmar que é uma mais-valia que tem a vantagem da fazer bem aquilo que o Miguel não sabia fazer: cruzamentos. Os médios voltaram a fazer uma grande exibição, em especial o Manuel Fernandes (só foi pena ter feito aquele péssimo passe de que resultou o contra-ataque que deu origem ao canto do 2º golo). O Simão deve ter convencido de vez o Liverpool, se por acaso ainda tivessem dúvidas. O Nuno Gomes desta vez ficou em branco, mas batalhou imenso e foi perigoso ao distribuir jogo no centro do ataque.
Apesar de eu achar que o Koeman tem bastantes culpas na derrota, é um facto que o Benfica se apresentou num jogo europeu como há muito não o fazia e o mérito disso também é dele. Basta recuarmos uma época para vermos os jogos miseráveis que fizemos na Europa, com derrotas quase humilhantes perante equipas de 2ª linha. Desta vez tudo foi diferente e para melhor em termos de atitude e produção de jogo, mas perdemos uma oportunidade quase única para ganharmos (sim, ganharmos!) em Old Trafford. Acho que seria preferível termos perdido por termos tentado ganhar do que termos perdido por termos tentado empatar. Daí o sentimento de frustração que perpassou por toda a gente no final. O empate no Lille-Villarreal permite-nos ficar em 2º lugar e o próximo jogo em Espanha será muito importante para definir a posição final no grupo. No entanto, se jogarmos da mesma maneira que em Manchester (mas de preferência com 11 jogadores desde início...), teremos bastantes hipóteses de fazer um bom resultado.
Ontem, hoje e sempre: VIVA O BENFICA!
quinta-feira, setembro 22, 2005
Here I go!
quinta-feira, setembro 15, 2005
Li(tt)lle Miccoli
Por mim, não preciso de ver mais nada. O Luís Filipe Vieira que comece a pensar onde é que vai arranjar os cinco milhões de euros, que custa accionar o direito de opção do italiano. Nos dias que correm, cinco milhões por um jogador destes, ainda por cima com apenas 25 anos, pode ser considerada uma pechincha. Ele corre, ele remata, ela atira bolas à barra, ele ganha espaços aos defesas em 2 m2 e, para cúmulo, ele marca golos de cabeça! Há muito tempo que não tínhamos um avançado de tanta classe no nosso clube. Só para o ver vale a pena ir à bola. Estarei a ser exagerado? Há jogadores que não enganam. A única dúvida é se ele terá a mesma motivação a defrontar Paços de Ferreiras ou Penafieis do que tem na Liga dos Campeões, mas isso é algo que se verá durante a época.
Devemos-lhe a vitória frente ao Lille, com um magnífico cabeceamento aos 92 minutos de jogo depois de um não menos perfeito centro do Mantorras (que por muito trapalhão que seja continua a ter participação directa nos golos). Para além do golo, foram do Miccoli os remates que mais perigo levaram e o Lille bem pode agradecer ao Tony Silva (fantástico nome para um jogador) o facto de não ter sofrido mais golos na Catedral. A vitória foi mais que justa, apesar de muito sofrida. O Lille ainda tentou atacar na 1ª parte, mas na 2ª abdicou completamente do ataque e só teve um lance de perigo, através um remate de ressalto que passou a rasar o poste.
O Koeman deu o braço a torcer e voltou à táctica que nos deu o campeonato, ou seja um 4-4-2 muitas vezes transformado num 4-2-3-1, com o Nuno Gomes a jogar mais recuado em relação ao Miccoli. Infelizmente jogámos durante a maior parte do jogo com 10, já que o Geovanni foi de uma inoperância total. Já se percebeu porque é que não jogou em Alvalade (todavia, isto não iliba o Koeman de ter posto o Carlitos, poderia ter jogado com o Karyaka, por exemplo). Pareceu completamente perdido em campo e a maior parte do tempo nem sequer esteve junto à linha. Vai precisar de passar uns tempitos no banco ou mesmo na bancada para ver ser melhora. O Petit e o Manuel Fernandes também estão fora de forma e o nosso futebol ressente-se disso, porque não há ninguém para transportar convenientemente a bola para o ataque. Pode ser que este alguém seja o Karagounis assim que melhorar a sua condição física. Apesar de tudo, acho que jogámos bem principalmente na 1ª parte, em que criámos várias situações de golo (todas pelo Miccoli). Pela positiva, para além do italiano tenho que destacar o Nelson, tanto a defender como principalmente a atacar (finalmente temos um lateral que faz centros perigosos!), o Luisão que revelou a segurança habitual e o Léo que apoia bastante bem o ataque. As entradas do Karagounis e do Mantorras, apesar de um pouco tardias (especialmente a deste último que substituiu o Geovanni), mexeram com a equipa, mas a condição física do plantel deixa muito a desejar. A meio da 2ª parte demos o estoiro, mas há que elogiar os jogadores porque tentaram sempre até ao fim marcar e essa persistência teve a recompensa devida. A equipa-base (com uma ou outra alteração) e a táctica estão encontradas, agora é só não inventar mais.
Como se previa, o Estádio da Luz só teve meia-casa. Muitos adeptos benfiquistas, que finalmente têm a oportunidade de ver a Liga dos Campeões ao vivo, continuaram a preferir o sofá. Todavia amanhã certamente vão estar muito contentes a ir para o trabalho e a dizer “ganhámos”, apesar de não terem contribuído directamente para isso, já que resolveram não ir ao jogo por causa dos maus resultados. Mas também não fizeram falta, os 30.000 que estiveram na Luz apoiaram a equipa como ela deve ser apoiada: do princípio ao fim, sem reservas e não dependente do resultado. A esses os meus parabéns, aos outros que aproveitem bem a alegria que o Benfica vos ofereceu sem que vocês o merecessem. VIVA O BENFICA!
Devemos-lhe a vitória frente ao Lille, com um magnífico cabeceamento aos 92 minutos de jogo depois de um não menos perfeito centro do Mantorras (que por muito trapalhão que seja continua a ter participação directa nos golos). Para além do golo, foram do Miccoli os remates que mais perigo levaram e o Lille bem pode agradecer ao Tony Silva (fantástico nome para um jogador) o facto de não ter sofrido mais golos na Catedral. A vitória foi mais que justa, apesar de muito sofrida. O Lille ainda tentou atacar na 1ª parte, mas na 2ª abdicou completamente do ataque e só teve um lance de perigo, através um remate de ressalto que passou a rasar o poste.
O Koeman deu o braço a torcer e voltou à táctica que nos deu o campeonato, ou seja um 4-4-2 muitas vezes transformado num 4-2-3-1, com o Nuno Gomes a jogar mais recuado em relação ao Miccoli. Infelizmente jogámos durante a maior parte do jogo com 10, já que o Geovanni foi de uma inoperância total. Já se percebeu porque é que não jogou em Alvalade (todavia, isto não iliba o Koeman de ter posto o Carlitos, poderia ter jogado com o Karyaka, por exemplo). Pareceu completamente perdido em campo e a maior parte do tempo nem sequer esteve junto à linha. Vai precisar de passar uns tempitos no banco ou mesmo na bancada para ver ser melhora. O Petit e o Manuel Fernandes também estão fora de forma e o nosso futebol ressente-se disso, porque não há ninguém para transportar convenientemente a bola para o ataque. Pode ser que este alguém seja o Karagounis assim que melhorar a sua condição física. Apesar de tudo, acho que jogámos bem principalmente na 1ª parte, em que criámos várias situações de golo (todas pelo Miccoli). Pela positiva, para além do italiano tenho que destacar o Nelson, tanto a defender como principalmente a atacar (finalmente temos um lateral que faz centros perigosos!), o Luisão que revelou a segurança habitual e o Léo que apoia bastante bem o ataque. As entradas do Karagounis e do Mantorras, apesar de um pouco tardias (especialmente a deste último que substituiu o Geovanni), mexeram com a equipa, mas a condição física do plantel deixa muito a desejar. A meio da 2ª parte demos o estoiro, mas há que elogiar os jogadores porque tentaram sempre até ao fim marcar e essa persistência teve a recompensa devida. A equipa-base (com uma ou outra alteração) e a táctica estão encontradas, agora é só não inventar mais.
Como se previa, o Estádio da Luz só teve meia-casa. Muitos adeptos benfiquistas, que finalmente têm a oportunidade de ver a Liga dos Campeões ao vivo, continuaram a preferir o sofá. Todavia amanhã certamente vão estar muito contentes a ir para o trabalho e a dizer “ganhámos”, apesar de não terem contribuído directamente para isso, já que resolveram não ir ao jogo por causa dos maus resultados. Mas também não fizeram falta, os 30.000 que estiveram na Luz apoiaram a equipa como ela deve ser apoiada: do princípio ao fim, sem reservas e não dependente do resultado. A esses os meus parabéns, aos outros que aproveitem bem a alegria que o Benfica vos ofereceu sem que vocês o merecessem. VIVA O BENFICA!
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