sábado, fevereiro 28, 2009
Desnecessário sofrimento
Vencemos o Leixões (2-1) e, aconteça o que acontecer amanhã no jogo do CRAC frente aos lagartos, iremos sempre ganhar pontos em relação a pelo menos um deles. Foi uma vitória muito sofrida, o que, se à partida se estaria à espera já que o Leixões é a grande revelação do campeonato, depois de termos feito o 2-0 aos 67’ foi uma desagradável surpresa.
Iniciámos muito bem o jogo, facto a que não foi alheio a colocação do Ruben Amorim ao lado do Katsouranis no meio-campo e a um Di María mais objectivo e lutador do que em partidas anteriores. Pode até dizer-se que entrámos com um dinâmica de 2ª parte e foi sem surpresa que chegámos ao golo aos 16’. Quer dizer, chegaram ao golo por nós, neste caso o defesa-central Elvis (se bem que, se ele não tivesse tocado na bola, o Cardozo que estava mesmo atrás certamente faria golo). Mais uma vez fomos incapazes de marcar um golo nos primeiros 45’, mas desde que a bola entre na baliza adversária está tudo bem para mim :-). Pouco depois foi por um triz que o Luisão não marcou um dos golos do campeonato, já que o seu pontapé de bicicleta passou rente ao poste. Até final da 1ª parte, o jogo manteve-se equilibrado, mas sem o Leixões conseguir fazer um remate com perigo à nossa baliza. De salientar pela negativa a lesão muscular do Ruben Amorim, que foi substituído pelo Carlos Martins, o que teve como consequência o abaixamento da nossa produção. Mesmo perto do intervalo, o Cardozo resolveu armar-se em Nuno Gomes e tentar fazer um passe para um colega, quando estava em boa posição de rematar à baliza. Foi pena, porque iríamos para os balneários mais descansados.
E, como que a confirmar isso, a 2ª parte foi completamente diferente da 1ª e para pior. Demos a iniciativa ao adversário, o que teoricamente não estaria mal visto se fôssemos mais acutilantes e perigosos no contra-ataque. Porém, isso não aconteceu muitas vezes. Mesmo assim tivemos boas oportunidades para marcar pelo Reyes (boa defesa do Beto) e Cardozo (péssima recepção a um passe de morte do Di María). Aos 67’ o paraguaio redimiu-se ao fazer uma boa jogada pela direita e centrar para a cabeça do Nuno Gomes (que entretanto tinha substituído o Reyes), que fez o 2-0. Pensei eu que poderíamos ficar descansados até ao fim, mas foi pura ilusão. Numa decisão inexplicável, o Quique resolveu esgotar as substituições aos 72’, fazendo entrar o Balboa para o lugar do Di María. Quanto a mim, estando a equipa a ganhar, é sempre de deixar uma alteração para fazer mais perto do fim do jogo para que não aconteça exactamente o que aconteceu nesta partida: dois minutos depois, o Carlos Martins teve uma lesão muscular e ficámos a jogar com 10 até final. E, para piorar as coisas, o Leixões reduziu o marcador nesse mesmo minuto 74’. Como se já não bastasse estarmos com 10, o nosso meio-campo era constituído pelo Balboa, Katsouranis, Aimar e Nuno Gomes a extremo-esquerdo! Temi imenso pela vitória, mas um espírito de sacrifício de saudar, uma entreajuda enorme e uma capacidade muito boa de adormecer o jogo fez com que conseguíssemos manter o resultado.
Gostei muito do Miguel Vítor, que demonstra uma sobriedade invulgar para os seus 19 anos, além de ter gerido muito bem o amarelo da 1ª parte, do Cardozo, muito bem naquilo em que não é tão bom (jogar para os colegas, tabelar e assistir) e menos bem na sua especialidade (a finalização), e do Luisão, que foi muito importante para manter as tropas unidas lá atrás na altura do aperto. O Aimar está a subir de forma e fisicamente parece muito bem, embora por vezes não solte a bola tão rápido quanto fosse desejável. Também o Di María me pareceu mais adulto e mais disponível para ajudar a defender. Mas em geral toda a equipa esteve bastante bem no plano da entrega ao jogo. Só foi pena o jogo ter passado ao lado do Reyes, muito menos decisivo que em alturas anteriores. E, claro está, eu gosto sempre que o Nuno Gomes faça golos (embora depois a defender, numa posição que está muito longe de ser a sua, tenha feito alguns passes errados).
Gostaria de terminar este post com uma pergunta ao Quique: qual foi a sua ideia de, estando a ganhar, esgotar as substituições a 18’ do fim e ainda por cima para colocar o Balboa?! O facto de a maioria dos treinadores, quando estão a ganhar, deixar uma substituição por fazer até aos minutos finais deveria querer dizer alguma coisa. Eu achei logo na altura que era desafiar a sorte, o que se veio infelizmente a confirmar. Por favor, não volte a fazer o mesmo, sim? É que eu vou viver menos cinco anos por causa do sofrimento desta parte final...
P.S. - Depois da vergonha deste jogo, voltámos a ter o desprazer de ser arbitrados pelo Sr. Lucílio Baptista. Que, dentro do seu estilo insuportavelmente espalhafatoso, conseguiu não nos prejudicar desta vez. Oito jogos depois, voltámos a ganhar uma partida arbitrada por este espécime. Ainda há milagres.
Iniciámos muito bem o jogo, facto a que não foi alheio a colocação do Ruben Amorim ao lado do Katsouranis no meio-campo e a um Di María mais objectivo e lutador do que em partidas anteriores. Pode até dizer-se que entrámos com um dinâmica de 2ª parte e foi sem surpresa que chegámos ao golo aos 16’. Quer dizer, chegaram ao golo por nós, neste caso o defesa-central Elvis (se bem que, se ele não tivesse tocado na bola, o Cardozo que estava mesmo atrás certamente faria golo). Mais uma vez fomos incapazes de marcar um golo nos primeiros 45’, mas desde que a bola entre na baliza adversária está tudo bem para mim :-). Pouco depois foi por um triz que o Luisão não marcou um dos golos do campeonato, já que o seu pontapé de bicicleta passou rente ao poste. Até final da 1ª parte, o jogo manteve-se equilibrado, mas sem o Leixões conseguir fazer um remate com perigo à nossa baliza. De salientar pela negativa a lesão muscular do Ruben Amorim, que foi substituído pelo Carlos Martins, o que teve como consequência o abaixamento da nossa produção. Mesmo perto do intervalo, o Cardozo resolveu armar-se em Nuno Gomes e tentar fazer um passe para um colega, quando estava em boa posição de rematar à baliza. Foi pena, porque iríamos para os balneários mais descansados.
E, como que a confirmar isso, a 2ª parte foi completamente diferente da 1ª e para pior. Demos a iniciativa ao adversário, o que teoricamente não estaria mal visto se fôssemos mais acutilantes e perigosos no contra-ataque. Porém, isso não aconteceu muitas vezes. Mesmo assim tivemos boas oportunidades para marcar pelo Reyes (boa defesa do Beto) e Cardozo (péssima recepção a um passe de morte do Di María). Aos 67’ o paraguaio redimiu-se ao fazer uma boa jogada pela direita e centrar para a cabeça do Nuno Gomes (que entretanto tinha substituído o Reyes), que fez o 2-0. Pensei eu que poderíamos ficar descansados até ao fim, mas foi pura ilusão. Numa decisão inexplicável, o Quique resolveu esgotar as substituições aos 72’, fazendo entrar o Balboa para o lugar do Di María. Quanto a mim, estando a equipa a ganhar, é sempre de deixar uma alteração para fazer mais perto do fim do jogo para que não aconteça exactamente o que aconteceu nesta partida: dois minutos depois, o Carlos Martins teve uma lesão muscular e ficámos a jogar com 10 até final. E, para piorar as coisas, o Leixões reduziu o marcador nesse mesmo minuto 74’. Como se já não bastasse estarmos com 10, o nosso meio-campo era constituído pelo Balboa, Katsouranis, Aimar e Nuno Gomes a extremo-esquerdo! Temi imenso pela vitória, mas um espírito de sacrifício de saudar, uma entreajuda enorme e uma capacidade muito boa de adormecer o jogo fez com que conseguíssemos manter o resultado.
Gostei muito do Miguel Vítor, que demonstra uma sobriedade invulgar para os seus 19 anos, além de ter gerido muito bem o amarelo da 1ª parte, do Cardozo, muito bem naquilo em que não é tão bom (jogar para os colegas, tabelar e assistir) e menos bem na sua especialidade (a finalização), e do Luisão, que foi muito importante para manter as tropas unidas lá atrás na altura do aperto. O Aimar está a subir de forma e fisicamente parece muito bem, embora por vezes não solte a bola tão rápido quanto fosse desejável. Também o Di María me pareceu mais adulto e mais disponível para ajudar a defender. Mas em geral toda a equipa esteve bastante bem no plano da entrega ao jogo. Só foi pena o jogo ter passado ao lado do Reyes, muito menos decisivo que em alturas anteriores. E, claro está, eu gosto sempre que o Nuno Gomes faça golos (embora depois a defender, numa posição que está muito longe de ser a sua, tenha feito alguns passes errados).
Gostaria de terminar este post com uma pergunta ao Quique: qual foi a sua ideia de, estando a ganhar, esgotar as substituições a 18’ do fim e ainda por cima para colocar o Balboa?! O facto de a maioria dos treinadores, quando estão a ganhar, deixar uma substituição por fazer até aos minutos finais deveria querer dizer alguma coisa. Eu achei logo na altura que era desafiar a sorte, o que se veio infelizmente a confirmar. Por favor, não volte a fazer o mesmo, sim? É que eu vou viver menos cinco anos por causa do sofrimento desta parte final...
P.S. - Depois da vergonha deste jogo, voltámos a ter o desprazer de ser arbitrados pelo Sr. Lucílio Baptista. Que, dentro do seu estilo insuportavelmente espalhafatoso, conseguiu não nos prejudicar desta vez. Oito jogos depois, voltámos a ganhar uma partida arbitrada por este espécime. Ainda há milagres.
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5 comentários:
Viva,
Tal como te disse, são os 15 minutos inicias à Benfica e depois os 15 minutos finais de sofrimento do costume!
Foi um prazer enorme conhecer-te!
Espero que hoje o Bento faça um milagre e que ganhe no CRAC!
Está visto q a malta não percebeu. O Di Maria pediu para sair, pouco depois da substituição de Reyes, Di Maria ficou agarrado à perna e pediu logo para sair...
O jogo estava controlado e Quique pensou, bem, em dar minutos a Balboa num jogo onde ele iria ter espaço para a sua velocidade visto q o Leixões estava subido. Mal sabia ele da infelicidade de Martins pouco depois...
O SLB começa bem os jogos, com fulgor e dinâmica, mas encontrando-se em vantagem, recua muito. O leixões também não criou perigo relevante e na parte final, apesar de tentar sufocar, estava à espera de um erro nosso. Mas fechámos bem as investidas deles.
Certo é que quando o jogo terminou...foi um alívio.
Certo, também, é que qualquer dia fico agarrado ao coração, tantas são as palpitações nos minutos finais dos jogos :))
Parabéns Benfica
Abraços
..
Miguel Vitor, será certamente o futuro defesa central do benfica
Tem carácter o miúdo
Acabámos por ganhar bem, embora não fosse necessário sofrer tanto
Benfica, rumo ao Titulo
Saudações Gloriosas
.
S.L.B., acho que o CRAC vai encerrar as portas por falência... Lamento!
Só me admiro ser só (!) por falência!
... Mas estamos em Portugal!!
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