Mostrar mensagens com a etiqueta Taça de Portugal 2021/22. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Taça de Portugal 2021/22. Mostrar todas as mensagens
sexta-feira, dezembro 24, 2021
Confrangedor
Perdemos ontem 0-3 com o CRAC em Mordor e ainda não vai ser nesta temporada que iremos ganhar novamente a Taça de Portugal, continuando o nosso registo vergonhoso de quatro triunfos (agora) nos últimos 26 anos...! Mais do que a derrota, foi a desconcentração competitiva com que encarámos esta partida que é absolutamente indesculpável. Toda a novela do Jesus sai-não-sai para o Flamengo é óbvio que iria ter consequências nefastas numa semana com duas idas a Mordor.
Como se já não bastasse isso, o Jesus ainda resolveu colocar a titular o Helton Leite e o Taarabt...! Ou seja, isto tinha tudo para correr mal e... surpresa... correu mesmo! Sofremos o primeiro golo pelo Evanilson logo aos 30 segundos na sequência de um lançamento lateral...! Repito: 30 segundos e na sequência de um lançamento lateral! Na bola lançada para a área, o Vertonghen tinha o brasileiro controlado, mas de repente largou-o e este só teve de encostar na recarga. Aos 7’ sofremos o segundo golo, quando o Helton Leite socou mal a bola por duas vezes(!) quase seguidas, tendo no segundo caso sobrado para o Vitinha, que lhe fez um chapéu sem grandes dificuldades. Aos 19’, o VAR Luís Godinho lá andou a arranjar o frame certo para que o Darwin estivesse 4 cm(!) fora-de-jogo e assim o 2-1 não pudesse ser validado. Missão cumprida! Aos 31’, tudo ficou sentenciado com o 0-3 num bis do Evanilson depois de uma assistência do Luis Díaz. O resultado só não se avolumou mais, porque o mesmo Luis Díaz complicou um pouco, numa saída da área completamente a despropósito do Helton Leite, e fez mal o passe quando a baliza estava deserta, permitindo um corte providencial do Weigl. O CRAC estava a fazer o seu jogo habitual de inúmeras faltas, simulações e tentativa de provocação aos nossos jogadores e, perto do intervalo, o Evanilson viu o segundo amarelo e foi expulso pelo Sr. Fábio Veríssimo, depois de um toque na cara do João Mário.
Na 2ª parte, entraram o Everton e o Yaremchuk para os lugares do Gilberto e Taarabt. O defesa-direito até estava a ser dos nossos menos maus jogadores, mas já se sabe que é sempre dos primeiros sacrificados. O CRAC reduzido a dez foi o que impediu que saíssemos de Mordor com um resultado ainda mais desnivelado, mas mesmo assim o Taremi ainda conseguiu falhar clamorosamente o quarto golo, ao atirar ao poste com a baliza escancarada. Quanto a nós, revelámos uma incapacidade confrangedora de conseguir criar perigo para a baliza contrária, mesmo estando com mais um em campo. O Fábio Cardoso pisou o Darwin, que teve de sair e levar oito pontos(!) no pé, mas nem amarelo levou. O costume, portanto... E lá tivemos mais um golo anulado, desta feita ao Otamendi de cabeça num canto, porque o Pizzi, que fez o centro, estava 33 cm fora-de-jogo (o que vale é que demoraram um tempão para ver estes 33 cm...!). Em cima dos 90’, também o CRAC viu um golo anulado pelo VAR por fora-de-jogo, na sequência de outra bola parada. E o Otamendi levou um muito escusado segundo cartão amarelo, que o irá impedir de jogar lá para o campeonato.
O Weigl voltou a ser dos poucos a mostrar alguma classe nestes jogos. O Gilberto também não esteve mal, mesmo que só o tenham deixado jogar 45’. Quanto aos outros, estiveram entre o medíocre e o inenarrável. Há ali um par deles que eu espero que tenha sido dos últimos jogos com a camisola do Benfica...
Como não fomos goleados desta vez, ainda não deve dar para o Jesus deixar de ser nosso treinador. Algo que acontecerá daqui a uma semana, quando lá formos perder para o campeonato e ficarmos a sete pontos deles e da lagartada. Não é futurologia. É para onde os factos actuais apontam. Tudo isto foi pessimamente gerido e roça o amadorismo completo. Está claro para toda a gente que o Jesus irá já para o Flamengo, porque, com a forma como (não) estamos a jogar, a contestação a ele irá ser cada vez mais insuportável. Dois jogos com os rivais, duas derrotas estrondosas. Vamos entrar em 2022 com a época já sem objectivos para atingir. Mas eu continuo na minha: o problema vem muito lá detrás e eu continuo à espera de que me expliquem o que se passou na 2ª volta da segunda época do Lage, quando desbaratámos sete pontos de avanço e perdemos o campeonato. Algo me diz que a chave das últimas épocas vergonhosas está aí.
segunda-feira, novembro 22, 2021
Dissimulado
Vencemos o Paços de Ferreira na passada 6ª feira por 4-1 e
qualificámo-nos para os oitavos-de-final da Taça de Portugal. Dito assim, parece
que tudo foi fácil e sem espinhas. Era bom que assim tivesse sido. Como o futebol
é um desporto maravilhoso, os resultados podem esconder bastante e estes 10-2 dos
últimos dois jogos na Luz escondem-no.
Perante um adversário do nosso escalão, o Jesus não fez grandes poupanças, com excepção do Gedson no meio-campo no lugar do lesionado João Mário e do Radonjic na direita. A 1ª parte, para não variar, foi quase desperdiçada. Futebol bastante lento, mas mesmo assim com três grandes oportunidades, com o Darwin isolado a permitir a defesa do guarda-redes Vekic, o Rafa a atirar ao poste e o Everton a proporcionar uma grande defesa ao mesmo Vekic. Do outro lado, o Paços quase não incomodou o Helton Leite.
A 2ª parte começou praticamente com o golo do Paços de Ferreira, aos 51’, através do Nuno Santos que, como é nosso jogador (adoro esta coerência de os emprestados não poderem jogar contra os clubes de origem para o campeonato, mas poderem fazê-lo para a Taça...), não comemorou. Com o golo, o Jesus abandonou o esquema dos três centrais, ao mandar entrar o Pizzi e Taarabt para os lugares do André Almeida (que jogou a central) e Gedson. A equipa melhorou (com aqueles dois em campo, algum dia teria de ser...) e o Pizzi desmarcou o Darwin que atirou de cabeça em balão ao poste. O mesmo Darwin, pouco depois, não acertou em cheio na bola quando estava isolado e ela foi desviada para canto. O Lazaro já tinha substituído o Radonjic no início da 2ª parte e o Jesus arriscou tudo com o Seferovic e Gonçalo Ramos nos lugares do Darwin e Weigl a pouco mais de 15’ do fim. E foi aos 78’ que as coisas começaram a mudar, com um golão do Grimaldo de livre directo. Este golo desbloqueou completamente o jogo a nosso favor e aos 81’ demos a volta ao marcador com uma cabeçada do Seferovic a centro do Taarabt. O Paços de Ferreira desconjuntou-se e sofreu mais dois golos, aos 86’, num remate rasteiro de fora da área pelo Rafa e já na compensação (93’) pelo Everton, bem assistido pelo Seferovic.
Em termos individuais, o Seferovic ao estar presente em três dos golos (marcou um, assistiu noutro e a falta do livre do Grimaldo é sobre ele) foi o homem do jogo, apesar de só ter entrado a pouco mais de 10’ do fim. O Grimaldo também merece uma palavra, porque aquele golão foi o início da reviravolta. O Everton está em nítida subida de forma e, por causa disso, a sua confiança nota-se a olhos vistos. A mudança de sistema para o 4-4-2 foi fundamental para a melhoria exibicional na 2ª parte, com o Taarabt e o Pizzi, excepcionalmente, a entrarem bem no jogo. Quanto aos que deveriam ter aproveitado melhor a oportunidade e não o fizeram, está o Gedson, que apesar de um ou outro bom pormenor acusou bastante a falta de ritmo.
Durante boa parte do jogo, não conseguimos entrar na defesa do Paços. Dos quatro golos, um foi de bola parada e outros dois de transição rápida. Ou seja, quando o adversário se fecha lá atrás continuamos a revelar muitas dificuldades. Temos é valores individuais que vão disfarçando esta pouca qualidade colectiva do nosso futebol ofensivo. Só não se sabe quanto tempo é que isto irá durar, mas por esta altura da época já deveríamos estar bem mais consistentes e com um futebol mais assertivo. Iremos amanhã a Barcelona jogar uma cartada decisiva quanto ao apuramento na Champions. Veremos que resposta a equipa irá dar.
Perante um adversário do nosso escalão, o Jesus não fez grandes poupanças, com excepção do Gedson no meio-campo no lugar do lesionado João Mário e do Radonjic na direita. A 1ª parte, para não variar, foi quase desperdiçada. Futebol bastante lento, mas mesmo assim com três grandes oportunidades, com o Darwin isolado a permitir a defesa do guarda-redes Vekic, o Rafa a atirar ao poste e o Everton a proporcionar uma grande defesa ao mesmo Vekic. Do outro lado, o Paços quase não incomodou o Helton Leite.
A 2ª parte começou praticamente com o golo do Paços de Ferreira, aos 51’, através do Nuno Santos que, como é nosso jogador (adoro esta coerência de os emprestados não poderem jogar contra os clubes de origem para o campeonato, mas poderem fazê-lo para a Taça...), não comemorou. Com o golo, o Jesus abandonou o esquema dos três centrais, ao mandar entrar o Pizzi e Taarabt para os lugares do André Almeida (que jogou a central) e Gedson. A equipa melhorou (com aqueles dois em campo, algum dia teria de ser...) e o Pizzi desmarcou o Darwin que atirou de cabeça em balão ao poste. O mesmo Darwin, pouco depois, não acertou em cheio na bola quando estava isolado e ela foi desviada para canto. O Lazaro já tinha substituído o Radonjic no início da 2ª parte e o Jesus arriscou tudo com o Seferovic e Gonçalo Ramos nos lugares do Darwin e Weigl a pouco mais de 15’ do fim. E foi aos 78’ que as coisas começaram a mudar, com um golão do Grimaldo de livre directo. Este golo desbloqueou completamente o jogo a nosso favor e aos 81’ demos a volta ao marcador com uma cabeçada do Seferovic a centro do Taarabt. O Paços de Ferreira desconjuntou-se e sofreu mais dois golos, aos 86’, num remate rasteiro de fora da área pelo Rafa e já na compensação (93’) pelo Everton, bem assistido pelo Seferovic.
Em termos individuais, o Seferovic ao estar presente em três dos golos (marcou um, assistiu noutro e a falta do livre do Grimaldo é sobre ele) foi o homem do jogo, apesar de só ter entrado a pouco mais de 10’ do fim. O Grimaldo também merece uma palavra, porque aquele golão foi o início da reviravolta. O Everton está em nítida subida de forma e, por causa disso, a sua confiança nota-se a olhos vistos. A mudança de sistema para o 4-4-2 foi fundamental para a melhoria exibicional na 2ª parte, com o Taarabt e o Pizzi, excepcionalmente, a entrarem bem no jogo. Quanto aos que deveriam ter aproveitado melhor a oportunidade e não o fizeram, está o Gedson, que apesar de um ou outro bom pormenor acusou bastante a falta de ritmo.
Durante boa parte do jogo, não conseguimos entrar na defesa do Paços. Dos quatro golos, um foi de bola parada e outros dois de transição rápida. Ou seja, quando o adversário se fecha lá atrás continuamos a revelar muitas dificuldades. Temos é valores individuais que vão disfarçando esta pouca qualidade colectiva do nosso futebol ofensivo. Só não se sabe quanto tempo é que isto irá durar, mas por esta altura da época já deveríamos estar bem mais consistentes e com um futebol mais assertivo. Iremos amanhã a Barcelona jogar uma cartada decisiva quanto ao apuramento na Champions. Veremos que resposta a equipa irá dar.
segunda-feira, outubro 18, 2021
Paupérrimo
Vencemos o Trofense na Trofa por 2-1 no passado sábado e qualificámo-nos para a próxima eliminatória da Taça de Portugal. Pronto, tudo o que de positivo há a dizer deste jogo está dito. Perante um adversário da divisão inferior, a nossa lamentável exibição fez com que precisássemos do prolongamento para conseguir o triunfo e tenhamos acabado o jogo a perder tempo e defender o resultado. Sim, com o devido respeito, perder tempo e defender o resultado perante o Trofense!
A primeira eliminatória da Taça tem-nos dados brindes como este ao longo dos anos. Felizmente desde essa altura nunca chegando ao descalabro do Gondomar, mas assim lembro-me deste, deste, deste e deste (já chega...?) jogo, em que praticamente só as nossas camisolas entraram em campo. Mesmo com uma equipa recheada de segundas linhas, por causa do Bayern na 4ª feira, esperava-se muito mais do Benfica. Inaugurámos o marcador aos 22’ com um golo do Everton, num remate de fora da área em que o guarda-redes me pareceu que poderia ter feito mais e, até ao intervalo, poderíamos ter marcado pelo menos mais um golo, mas um remate do Taarabt que sairia muito ao lado ressaltou num defesa e proporcionou ao guarda-redes um incrível defesa in extremis com os pés.
Na 2ª parte, o Jesus ainda lançou mão de três titulares (Weigl, João Mário e Yaremchuk), mas as coisas melhoraram menos do que se esperaria. Aos 81’, o Trofense empatou num golpe de cabeça, em que o Morato e o André Almeida poderiam ter feito mais oposição. No prolongamento, um lançamento longo do Weigl logo aos 95’ isolou o André Almeida, que desfeiteou o guarda-redes à sua saída e, a partir daqui, praticamente limitámo-nos a defender.
Para além da péssima exibição, ainda ficámos com duas baixas por lesão (Gil Dias e Lazaro) e acabámos a partida com jogadores em evidentes dificuldades físicas (Gilberto e Morato, nomeadamente). As segundas linhas do Benfica (valha-nos Eusébio...!) não deram mostras de se constituírem como opção válida. Algo que já sabíamos há uns tempos, como é óbvio, por exemplo continuo à espera de ver em que é que o Meïte e o Taarabt são assim tão melhores que o Florentino e Gedson. Na baliza, o Vlachodimos pode estar sossegado, porque este Helton Leite, enfim... Perante uma exibição destas, seria quase insultuoso destacar alguém. Menção só, como disse o Jesus e o próprio, para o André Almeida que aguentou duas horas de futebol depois da grave lesão que teve e marcou o golo decisivo.
Teremos o Bayern (que só ganhou 5-1 em Leverkusen no domingo) nesta 4ª feira e, sinceramente, temo o pior. Não temos de todo pedalada para eles e só espero que não levemos um cabaz completo. Em dez jogos, nunca lhes ganhámos e, desta vez, acho que nem com um milagre.
Subscrever:
Mensagens (Atom)