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terça-feira, maio 16, 2023

Amasso

Vencemos em Portimão no sábado por 5-1 e conseguimos o que era fundamental, que era ir ao WC na penúltima jornada com quatro pontos de vantagem (o CRAC ganhou em Mordor 2-1 aos 92’ ao Casa Pia no domingo). Deste modo, não iremos enfrentar um adversário que disputaria a sua própria final da Champions, se por acaso tivesse oportunidade de nos afastar do 1º lugar.
 
Com o Morato no lugar do castigado Otamendi e perante um Portimonense que tem sido uma sucursal do CRAC nos últimos (largos) anos, entrámos muito fortes com o João Neves a atirar ao poste logo no segundo minuto. Não demorámos muito mais a inaugurar o marcador, o que aconteceu aos 4’ através do Grimaldo, depois de um centro do Aursnes na direita, num lance em que não se percebeu logo imediatamente se a bola entrou ou não. Tanto VAR, tanto golo anulado por 1 e 2 cm e depois não há tecnologia da linha de golo em Portugal...! Brilhante! No entanto, pelas repetições dá toda a sensação que o guarda-redes toca na bola já dentro da baliza. Não descansámos com a vantagem e o João Mário colocou novamente a bola na baliza, mas estava em claro fora-de-jogo. Todavia, o golo deveria ter vindo antes nessa jogada, porque o Gonçalo Ramos rematou muito mal, quando estava em boa posição, tendo a bola depois sobrado para o nº 20. O David Neres era o nosso maior desequilibrador e rematou rasteiro com muito perigo e o Gonçalo Ramos teve um tiraço de fora da área à barra (seria uma bela homenagem ao golão do João V. Pinto em Alvalade nos 6-3, cujo 29º aniversário foi um dia depois, no domingo). O Portimonense fez a sua primeira incursão na nossa área com um cabeceamento por cima a seguir, mas aos 28’ marcámos o merecido segundo golo: centro do João Mário na direita e autogolo do Filipe Relvas. As coisas estavam bem encaminhadas, mas uma bola parada fez-nos sofrer o 1-2 aos 38’ num livre para a nossa área, em que o Morato não cortou a bola depois de um ressalto e o Pedrão atirou sem hipóteses para o Vlachodimos. Na jogada seguinte, o Gonçalo Ramos trabalhou bem, mas permitiu a defesa do guarda-redes Nakamura, quando só o tinha pela frente. Era importantíssimo chegar ao intervalo com os dois golos de vantagem e felizmente conseguimo-lo, com o regresso do Gonçalo Ramos aos golos passados vários jogos (já não marcava desde o Rio Ave, há seis jornadas) num belo trabalho individual depois de um roubo de bola do Chiquinho no meio-campo e contra-ataque conduzido pelo David Neres, que abriu para o nº 88.
 
No regresso do intervalo, o Roger Schmidt colocou (e bem) o Florentino no lugar do amarelado e pouco inspirado Chiquinho, demonstrando que queria salvaguardar-nos de algum imprevisto arbitral do Sr. Artur Soares Dias... Voltámos a entrar fortes com o Rafa a meter a bola na baliza, mas estando 9 cm fora-de-jogo...! As oportunidades sucediam-se em catadupa, com o David Neres a não picar suficientemente a bola sobre o Nakamura pouco depois e este a brilhar num remate do Grimaldo de fora-da-área. O Portimonense ia fazendo alterações, mas praticamente não conseguia chegar à nossa baliza. A excepção foi um contra-ataque rápido com um centro largo para a área, em que o Aursnes se antecipou ao avançado, que só teria de encostar. Nos últimos cinco minutos, entraram o Musa e o Gonçalo Guedes para os lugares do David Neres e Gonçalo Ramos, e o croata mostrou logo serviço no minuto seguinte num contra-ataque conduzido pelo Rafa na sequência de um canto contra nós, em que teve sangue-frio para sentar um defesa e o guarda-redes e atirar para a baliza deserta. Aos 89’, o mesmo Musa fez o seu bis ao aproveitar muito bem um enorme frangodo guarda-redes Nakamura, que não conseguiu agarrar uma bola, com o nosso avançado a antecipar-se bem, atirando para a baliza.
 
Em termos individuais, o melhor em campo foi o João Neves que o encheu completamente. Esteve em todo o lado, não parou quieto um minuto, defendeu, atacou, rematou, deu um show inversamente proporcional ao seu tamanho! O David Neres também voltou a estar muito bem, sendo neste momento o nosso atacante em melhor forma. O Rafa, passado bastante tempo, está a readquirir a sua forma e já não era sem tempo...! O Gonçalo Ramos voltou aos golos, o que é de saudar, ia marcando outro que seria um golão (mas a barra não deixou), porém falhou outros dois em excelente posição, o que deverá ser motivo de auto-reflexão. Na defesa, não gostei muito do Morato, que esteve longe de fazer esquecer o Otamendi e está no lance do golo sofrido. O Musa, apesar de eu continuar a achar que é um cepo, está decididamente melhor nesta parte final da época do que em grande parte dela.
 
Faltam dois jogos e temos quatro pontos de vantagem. Iremos ao WC no próximo fim-de-semana e depois receberemos o Santa Clara na Luz. Temos tudo a nosso favor e seria preciso um cataclismo para não festejarmos o 38. A equipa está a subir novamente de produção e devemos estar confiantes. Mas as catástrofes inimagináveis por vezes acontecem e, portanto, há que continuar a estar muito concentrados. Até esses três pontos estarem do nosso lado, nada está decidido.
 
P.S. – O Grimaldo assinou ontem pelo Bayer Leverkusen, depois de sete épocas na Luz. Foi três vezes (esperemos que quatro nos próximos dias...) campeão e um dos jogadores mais importantes dos últimos anos. Por isso, agradeço-lhe tudo o que fez enquanto jogador do Benfica. Preferiu ir para outro campeonato, ganhar mais do dobro do que ganhava na Luz, mesmo que isso signifique ficar arrecado de troféus. Está no seu direito. Mas a última imagem é a que fica e, sinceramente, não percebo MESMO NADA o timing deste anúncio. Na semana decisiva do campeonato, é que se torna isto público?! Qual seria o problema de esperar mais uma ou duas semanas...?! A transferência já não se daria dessa forma?! Desrespeitar o clube e nós, adeptos, desta forma era algo perfeitamente evitável.

segunda-feira, novembro 28, 2022

Controlado

Vencemos no sábado o Penafiel por 2-0, mas como o Moreirense também ganhou ao E. Amadora (4-2), ficou com mais um golo marcado do que nós e teremos de ir ganhar a Moreira de Cónegos na 3ª jornada para nos apurarmos para os quartos-de-final da Taça da Liga. Tivemos ocasiões mais do que suficientes nestes dois jogos para só nos bastar o empate nesse jogo, mas alguma falta de pontaria resultou nisto.
 
A meio do Mundial, num sábado à noite às portas do Inverno, um jogo para a Taça da Liga conseguir levar 43 263 pessoas ao nosso estádio, De facto, não é para todos...! Alinhámos novamente com a melhor equipa possível, mas a 1ª parte deixou algo a desejar, nomeadamente em termos de movimentações que criassem desequilíbrios na frente. O Musa, numa perda de bola adversária, e o Grimaldo num livro muito longe da baliza, criaram perigo, mas tivemos as duas maiores oportunidades já em cima do intervalo: um remate do Rafa defendido pelo Caio Secco, com o Musa na recarga de cabeça com a baliza escancarada a atirar... por cima(!) e noutra jogada rápida em que o Musa assistiu o Rafa para um remate de pé esquerdo também defendido pelo guarda-redes. Do outro lado, o Penafiel teve uma chance num livre marcado rapidamente, que nos apanhou em contrapé, e que culminou num remate à entrada da área, desviado pelo Chiquinho para canto.
 
Na 2ª parte, teríamos de ser mais incisivos e assim foi tendo resolvido a partida em dois minutos. Aos 55’, óptima jogada do Grimaldo na esquerda, a passar por vários adversários, a bola sobrou para o Musa que falhou só com o guarda-redes pela frente e o ressalto vai para os pés do Gilberto, que não perdoou, fazendo o 1-0. Aos 57’, bola recuperada pelo David Neres, ataque rápido bem conduzido pelo Musa, que libertou para o Rafa, que não conseguiu marcar perante o guarda-redes, tendo a bola sobrado para o David Neres, que fuzilou na recarga. Até final, ainda deu para o Penafiel ter um golo anulado, por fora-de-jogo, num desvio a um remate fora da área e para o Henrique Araújo, entretanto entrado, rematar para defesa do guarda-redes.
 
Em termos individuais, o Grimaldo voltou a fazer uma boa exibição, que teve o ponto alto na jogada do primeiro golo, que se tivesse entrado, seria um golo maradoniano, o Musa acaba por estar nos dois golos, mas continua a falhar alguns de maneira incrível e uma palavra para o Brooks, que, quando entrou, fez três passes a rasgar desde a defesa que não me pareceram nada por acaso...
 
Gosto que a equipa encare todos os jogos a sério e, portanto, é justo que o plantel vá agora para umas merecidas férias durante 10 dias, antes de regressar para a final de Moreira de Cónegos.
 
P.S. – Faleceu também no sábado o Fernando Gomes (1956-2022), com apenas 66 anos. Eu detestava o Gomes pelas razões que se deve detestar um jogador dos nossos rivais: porque era decisivo contra nós, tendo-nos marcado alguns golos que nos custaram derrotas (a primeira derrota frente ao FC Porto na Luz que me lembro de ver, 1984/84, aconteceu por causa de um golo dele). Ou seja, não gostava dele pelas razões certas, que nos fazem detestar um jogador adversário, ao mesmo tempo que é impossível não o admirar. O Fernando Gomes era um senhor dentro do campo e, segundo muitos testemunhos, também fora dele. É uma pena que o seu exemplo não tenha sido seguido por muitos outros jogadores do seu clube, nomeadamente no que se refere ao seu comportamento em campo. Aqui ficam os meus sentimentos para a sua família e para o FC Porto.

quarta-feira, agosto 10, 2022

Fernando Chalana (1959-2022)

Nasceu num dia 10 (de Fevereiro) e partiu noutro dia 10 (de Agosto). Morreu hoje um dos mais geniais jogadores que tive o privilégio de ver com a camisola do Glorioso. Um jogador que faz parte das minhas primeiras memórias de infância e o primeiro 10 da minha vida. Foi com ele que aprendi que o nº 10, no futebol, é o número do craque da equipa. Quando era miúdo, tinha uma camisola branca do Benfica com o 10 nas costas. Tive uma grande tristeza quando o Bordéus o levou em 1984 e uma enorme alegria quando voltou três anos depois. Lembro-me, como se fosse hoje, da primeira finta que fez no jogo em que regressou, frente ao Salgueiros, em que o defesa-direito caiu(!) assim que o viu em direcção a ele. Foi um dos maiores de sempre e parte cedo demais. Descansa em paz, grande Chalana!


P.S. - Deixo aqui um post que fiz há uns anos, com alguns lances que exemplificam bem a genialidade que tivemos a oportunidade de assistir.

quarta-feira, novembro 25, 2020

Diego Armando Maradona (1960-2020)

 

Hoje morreu uma (boa) parte do futebol. Numa altura em que não havia YouTubes e afins, tínhamos esperas de quatro anos para poder ver meia-dúzia de 90 minutos deste génio com regularidade. Lembro-me vagamente da desilusão de 82, com a expulsão frente ao Brasil, e tinha dez anos quando o vi ganhar o Mundial 86 sozinho. Marcou-me profundamente a infância e era impossível não achar que estávamos perante alguém de outro mundo, porque efectivamente ele tornava a bola uma extensão do seu próprio corpo. Vi-o fintar adversários com um simples domínio de bola (Argentina - URSS no Mundial 90: aqui aos 1'15'')! A sua vida plena de excessos tornava este momento infelizmente previsível, mas o que vai ficar para a eternidade é o facto de ele ter ajudado a tornar o futebol uma obra de arte. Obrigado, Maradona!

quinta-feira, janeiro 30, 2020

Obrigado, Fejsa!

Seis anos e meio de Benfica, cinco vezes Campeão Nacional (e um tetracampeonato), duas Taças de Portugal, três Taças da Liga e quatro Supertaças. Foste imprescindível em grande parte destas conquistas e tens um lugar reservado entre os mais importantes jogadores da nossa história. Muito obrigado, Fejsa!

P.S. - À semelhança de outros nomes grandes recentes (Cardozo, Salvio, Luisão), não percebo porque é que esta despedida não é no Estádio da Luz em dia de jogo...!

domingo, julho 21, 2019

Obrigado, Salvio!



Passado pouco mais de uma semana, despedimo-nos de outro nome grande do Benfica actual. Oito anos com o manto sagrado vestido, um dos apenas cinco jogadores que foram tetracampeões, o grande Salvio despede-se de nós com palmarés invejável: cinco Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal, quatro Taças da Liga e três Supertaças. Para além destes 14 troféus oficiais, esteve igualmente presente numa final europeia com a camisola do Benfica e só não jogou a outra por causa dos malditos amarelos (e que falta fez…). É o quarto estrangeiro com mais jogos pelo Benfica (266), marcou 62 golos e fez 44 assistências.

Mas mesmo com estes números e esta importância, havia muita gente que não gostava dele. Sim, por vezes abusava um pouco das iniciativas individuais, mas nunca deixou de lutar em campo e tinha o grande mérito de não se esconder do jogo. Fosse contra quem fosse. Faz parte da nossa história de pleno direito e foi um prazer vê-lo com o manto sagrado. Vou ter bastantes saudades das suas arrancadas pelo flanco direito. Muito obrigado, Salvio, volta sempre que esta é a tua casa!

P.S. – Eu sei que a sua saída surgiu pouco antes da partida para a digressão nos EUA, mas aqui está outro jogador que merecia ter uma despedida à Rui Costa ou à Jonas. E não teve. Um post de despedida nas redes sociais é manifestamente pouco para um jogador desta importância. Espero que a Luz o possa aplaudir como merece numa próxima visita dele. (Tal como - ainda - espero em relação ao Cardozo…)

quinta-feira, julho 11, 2019

Obrigado, Jonas!

 

O jogo de apresentação frente ao Anderlecht passou inevitavelmente para segundo plano, quando uma lenda decide terminar a carreira com o manto sagrado vestido. Claro que o clube está, e estará, sempre acima de qualquer pessoa, mas dado que o clube não existe sem pessoas, quando estas se destacam e contribuem para o seu engrandecimento, nada é mais justo do que prestar-lhes essa homenagem. Em público, no estádio, perante os adeptos, para que estes tenham a oportunidade de se despedirem convenientemente de quem lhes deu inúmeras alegrias. E de quem esteve tempo suficiente dentro do clube para gravar indelevelmente o seu nome na história desse mesmo clube. (Sim, ainda me custa imenso que isto não se tenha passado com o Luisão e Nuno Gomes, por exemplo!)

Tal como o Rui Costa, o Jonas teve uma despedida à sua altura. Tal como o Rui Costa, o Jonas vestiu a mítica camisola 10 (agora, lembrem-se de a dar a um Djuricic qualquer...!). Tal como o Rui Costa, o Jonas esteve cinco anos no Benfica. Mas foram seguidos. E, felizmente, bem mais titulados: quatro Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal, duas Taças da Liga e duas Supertaças. Duas vezes melhor marcador do campeonato (e não foram três, porque logo na época de estreia lhe foi vergonhosamente roubado um golo no último jogo por inexistente fora-de-jogo), fez 137 golos em 183 jogos (incrível média de 0,75 golos/jogo), o segundo estrangeiro mais goleador só atrás de Cardeuz (para citar o meu amigo João Gonçalves) com 171, dos quais 110 no campeonato. Para além dos números, um perfume inconfundível sempre que a bola tinha a felicidade de encontrar os seus pés, colocando-o indiscutivelmente na galeria dos melhores jogadores de sempre do nosso clube. Até porque o inédito tetra tem a sua marca em três desses títulos. E são os títulos que tornam as lendas imortais.

Foram cinco anos maravilhosos pelos quais te estarei eternamente grato, grande Jonas! Foi um privilégio inigualável ver ao vivo praticamente todos os teus jogos na Luz (a excepção é o Manchester United há dois anos). Porque quando alguém nos oferece Arte (sim, com ‘A’ maiúsculo), manda a decência nós agradecermos. Por tudo isto, muito obrigado, Jonas! Estarás para sempre (bem acompanhados por uns quantos) num degrau abaixo da águia.

domingo, junho 02, 2019

José Antonio Reyes (1983-2019)

Foi um prazer ver-te com o manto sagrado. Tive pena que só estivesses na época 2008/09 com ele, mas os golos frente à lagartada e ao Nápoles vão ficar para sempre na nossa memória. E quando voltaste à Luz na pré-temporada de 2009/10, tiveste a ovação merecida.

Um acidente de viação tirou-te ontem a vida. Todos nós ficámos em choque. Descansa em paz!

quinta-feira, setembro 27, 2018

Muito obrigado, Luisão!


Foto tirada da página de Facebook do Sport Lisboa e Benfica

Palmarés: 6 Campeonatos Nacionais (22º); 3 Taças Portugal (35º); 7 Taças da Liga (1º); 4 Supertaças (1º);

Todos os jogos - 15 épocas; 599J (9º); 49G (67º);


Competições oficiais - 538J (3º); 47G (47º); 


Campeonato Nacional - 337J (6º); 26G (53º); 


Taça de Portugal - 44J; 8G; 


Taça da Liga - 24J; 2G; 


Supertaça - 6J; 


UEFA - 127J; 11G


[Dados do meu amigo João Tomaz]

Não é preciso acrescentar mais nada. Um enorme obrigado por tudo, grande capitão! Foste, és e serás sempre o maior!

quinta-feira, novembro 30, 2017

Obrigado, Imperador!

Na passada 3ª feira, dia 28 de Novembro, um grande senhor do futebol mundial despediu-se do Benfica. Obrigado tudo nestes 3,5 anos, grande Júlio César! Foi uma honra ter-te vestido com a nossa camisola, assim como sabemos que foi uma honra para ti vesti-la. Esperamos-te cá em Maio para receberes a medalha do penta!

terça-feira, setembro 13, 2016

A/C do sr. Celis

Já o que o senhor fez no particular frente ao Lyon (para quem não se recorda: abalroar um adversário que estava quase de costas para a baliza no limite da grande área(!) fazendo um dos penalties mais estúpidos de todos os tempos) me tinha deixado muito mal impressionado. Dizem que não fazia mal, porque era jogo particular e eles servem mesmo para erros desses.

Pois, mas para mim não servem, porque um tal erro revela que o senhor não tem algo essencial que um jogador do Benfica deve ter se quer ser jogador do Benfica: não ser COMPLETAMENTE IDIOTA a jogar à bola e perceber o jogo. Ora, alguém que vai disputar a bola com a mão(!) perto da sua área no último minuto de jogo, sabendo que do outro lado está alguém especialista em bola paradas e que ainda no ano passado marcou dois golos importantes dessa maneira pelo clube que agora esse alguém até representa é, não há outro termo para o definir, BURRO QUE NEM UMA PORTA! E não me venham com a desculpa da idade: quando se é BURRO, é-se BURRO! Podem vir dizer: “ah e tal, o Gonçalo Guedes também tem culpa: falhou o 2-0 completamente isolado.” Certo, mas isso faz parte do jogo, todos falham, acontece. E o Guedes até foi dos melhores em campo. Agora, para se jogar com a mão(!), repito, com a mão(!) naquelas circunstâncias é preciso uma grande dose de atraso mental. É que nem sequer tentou disputar a bola com o pé ou peito: foi com a mão! E peço imensa desculpa, mas um jogador do Benfica não pode ter uma falta de neurónios deste género.

Por tudo isto, vou poupar trabalho ao sr. Celis apresentando-lhe o plano abaixo. É já amanhã de manhã e desejo que faça uma boa viagem. Os dois pontos que voaram hoje frente ao Besiktas são irrecuperáveis, mas espero que se prontifique a devolver os 500 mil o milhão de euros(!) que nos custou a sua falta de neurónios através do seu salário. Obrigado e boa continuação de carreira longe do Estádio da Luz. Até sempre.




* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.

quinta-feira, julho 14, 2016

Obrigado, Nico!

No dia em que fazemos o primeiro jogo de pré-temporada da época 2016/17 e apesar de já se saber disto há umas semanas, não podia deixar de fazer aqui um agradecimento público a um dos mais geniais jogadores que eu vi de águia ao peito. Seis anos não são seis meses, nem seis dias. E eu continuo a gostar de ver bons jogadores durante muitos anos no Glorioso. Porque, para além de todas as vantagens desportivas, é também muito por aqui que se passa a mística do clube. Confesso que estava com esperanças que pudesses acabar a tua carreira com a nossa camisola, mas percebo perfeitamente que tenhas querido fazer o contrato da tua vida aos 28 anos.

Ajudaste-nos a ganhar três títulos de campeão, uma Taça de Portugal, cinco Taças da Liga e uma Supertaça. E és também co-responsável por termos ido a duas finais da Liga Europa e a dois quartos-de-final da Champions. Foram 253 jogos oficiais, 41 golos e incontáveis assistências com o manto sagrado. Às vezes, exasperavas-nos com o teu lema “porquê fazer as coisas fáceis se elas podem ser difíceis?”, mas a maior parte das vezes esse “difícil” era conseguido e então tínhamos o privilégio de assistir a verdadeiras obras de arte. Rui Costa, Aimar e Gaitán. Foste um distinto herdeiro da nº 10!

Espero que voltes à Luz um dia destes para te poder aplaudir (mais uma vez) de pé (estou a torcer para que tornemos a apanhar o Atl. Madrid na fase de grupos). Muito obrigado, genial Nico! Tudo de bom para ti nesta nova aventura.

segunda-feira, agosto 04, 2014

Obrigado, Cardozo!


Meu caro Óscar,

Era inevitável, mas hoje é um dia muito triste para mim. Obviamente sabia que qualquer dia terias de sair do Benfica, talvez esta até tenha sido a melhor altura, já que estarás certamente consciente que, depois da grave lesão da época passada, nunca mais foste o mesmo e nem nós nem tu queríamos que a última imagem fosse menos positiva. Mas como um adepto de futebol age mais com o coração do que com a cabeça, secretamente eu ainda tinha a esperança que voltasses a ser o que sempre foste e via em cada toque teu bem conseguido, e cada tabelinha que entrava nesta pré-época, um sinal de que estavas a subir de forma. No entanto, vieram os turcos com uma boa proposta para ti e não seria justo cortarmos-te as pernas nesta fase da tua carreira.

Serve este post para te dizer, em meu nome e de todos os benfiquistas que não deixam o cérebro em casa quando vão ao estádio, e portanto sempre te admiraram, MUITO OBRIGADO por tudo o que fizeste no Glorioso. 171 golos em 293 jogos só não impressionam pessoas com acentuada deficiência cognitiva e que portanto acham que o mais importante do futebol não é… meter a bola na baliza! É que eu não tenho problemas nenhuns em confessar uma fraqueza minha: gosto de jogadores que… marquem golos com regularidade! Tens o teu lugar mais que assegurado na história do nosso clube (o melhor marcador estrangeiro de sempre, o segundo melhor marcador nas competições europeias – só atrás do teu ídolo Eusébio -, o nono melhor marcador de sempre), mas mais do que isso tiveste ao longo do tempo grandes demonstrações de que te tornaste benfiquista e que sentes muito o Glorioso (basta recordar como te comportaste no funeral do Eusébio). Por tudo isso, e como todos os adeptos têm uma predilecção especial por este ou aquele jogador, eu festejava os teus golos ainda com mais alegria (seguindo o que fazia com os golos do Manniche, Magnusson, João Pinto, Rui Costa ou Nuno Gomes). É que eram golos do Benfica e DE Benfica!

Tenho imensa pena que não tenhas tido oportunidade de te despedir de nós durante um jogo na Luz (pecha de que igualmente sofreram o Nuno Gomes e o Aimar, por exemplo), porque tu e nós merecíamo-lo. Gostaria de ter podido entoar o teu cântico uma última vez contigo a assistir. Não foi possível, mas espero que um dia destes voltes para nos visitar e tenhas a possibilidade de ir ao relvado antes de um jogo para te saudarmos uma última vez. Desejo-te imensas felicidade na Turquia e mais uma vez expresso-te o nosso AGRADECIMENTO eterno.

Até sempre, Tacuara! Serás sempre o Maior!

P.S. – Só a falta de sensibilidade materna para uma belíssima homenagem impediu que o meu filho mais novo se chamasse Óscar. Situação de que ainda hoje me arrependo, já que um dia depois de ele ter nascido, tu lembraste-te de enfiar três batatas aos lagartos no inolvidável jogo da Taça da época passada. Foi a melhor prenda de boas-vindas que ele poderia ter tido!

* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.

quinta-feira, janeiro 16, 2014

Apurados

Vencemos em casa o Leixões (2-0) e, com o empate no outro jogo (Nacional – 2 – Gil Vicente – 2), estamos já qualificados para as meias-finais da Taça da Liga. Com uma equipa repleta de segundas linhas, a exibição deixou muito a desejar, mas conseguimos o objectivo mais importante.

Como seria de prever, os habituais suplentes estão muito longe do nível dos titulares. Por isso mesmo, as oportunidades de golo não abundaram e foram o Djuricic (28’) e o Ivan Cavaleiro (87’) a marcá-los em dois bons remates já dentro da área.

Em termos individuais, o Ruben Amorim terá sido o melhorzito, bem secundado pelo Ivan Cavaleiro, muito batalhador e a não se esconder do jogo. O Jardel esteve bem a comandar a defesa e o Fejsa no meio-campo, apesar de ainda ter um caminho longo a percorrer para tentar amenizar a saída do Matic, também não esteve mal. Sem conseguir fazer uma exibição de encher o olho continua o Djuricic, porque apesar do golo continua com grandes problemas na atitude competitiva. Quanto às decepções, enfim, a lista é (quase) infindável: André Almeida muito fraco e a tentar por mais de uma vez fintar, algo para o qual não tem manifestamente jeito; Steven Vitória a relembrar os saudosos King e Paredão; Ola John em vias de desperdiçar uma bela carreira (o poder de finta e a técnica são ambos notáveis) por não se esforçar minimamente; Funes Mori, porque apesar de nunca virar a cara à luta precisa de 10 m para dominar uma bola; Artur deverá ter entregue a titularidade ao Oblak até final da época: aquela saída em que não agarra a bola e só a aselhice do avançado do Leixões o impediu de marcar é de bradar aos céus.

Com a qualificação assegurada, resta-nos esperar pela última jornada para saber se vamos ao WC ou ao antro nas meias-finais. Entretanto, se calhar combinar-se-ia com o Gil Vicente não se jogar a última jornada, não…?

P.S. – O Matic foi vendido ao Chelsea por 25 milhões de euros. Um amigo meu diz que é muito dinheiro por um médio-defensivo, mas eu, pelo melhor e mais influente jogador do Benfica, acho pouco. E irrita-me solenemente que seja a meio da época. Será inevitável que sintamos a sua falta, mas espero que em termos de resultados as consequências não sejam negativas. Caso contrário, está mesmo a ver-se qual será a desculpa se não conseguirmos os títulos que procuramos…

quarta-feira, agosto 07, 2013

Cardozo reintegrado

Faz precisamente hoje um mês que escrevi isto. E faz três semanas desde que o Cardozo voltou de férias. Finalmente aconteceu isto. Ou seja, perdeu-se três semanas (no mínimo, para não dizer dois meses e tal desde 26 de Maio…) para nada. Toda a gente sai mal desta fotografia: o Cardozo, porque não deveria ter feito o que fez e deveria ter pedido desculpa mais cedo; o Benfica, porque não o obrigou a pedir desculpas logo na altura e depois deixou-o estar três(!) semanas a fazer não sei bem o quê; e o Jesus, porque ou bem que o perdoava e deveria ter feito finca-pé para ele ter começado logo a treinar, ou não o queria e não o aceitaria de volta.

Não sei se o Cardozo vai ficar ou não, se concordou com o Benfica fazer isto para não se desvalorizar ainda mais ou não, ou se este pedido de desculpas é sentido ou não. Duvido que o Cardozo, se ficar, jogue antes de Setembro. E isso vai fazer com que não alinhe nas duas primeiras jornadas do campeonato. Ou seja, perde ele e poderemos perder nós. Esta situação, e a maneira como não foi resolvida a tempo e horas, é exemplar sobre tudo o que se não deve fazer num caso destes. A lógica disto tudo é muito difícil de perceber.

P.S. – Independentemente do resto, em termos meramente desportivos, seria um disparate deixar o Cardozo ir embora por tuta e meia e ir buscar um avançado “clone” dele. Se o melhor marcador estrangeiro da nossa história já cá está, é de aproveitá-lo, não?

P.P.S. – É fácil de perceber que eu quero que o Tacuara fique e continue a marcar golos por nós. Se já tivemos que engolir sapos com o Jesus “a bem” do Benfica, estes que engula o sapo Cardozo com o mesmo fim. Se se portarem todos como crescidinhos, pode ser que no final se escreva direito por linhas muito tortas.

sexta-feira, junho 07, 2013

"Dar o exemplo"?!

Na iminência de fazermos uma grande asneira

Obrigado, Deus!

Foram cinco anos de enorme privilégio por ver este Senhor envergar o manto sagrado. Deus vai, por ora, embora, mas espero que volte num futuro próximo. Um Homem com estas qualidades tem sempre lugar no Benfica. O prazer foi todo nosso, Pablito! Volta depressa, El Mago!

quarta-feira, setembro 19, 2012

Antevisão

Há muito poucas coisas mais importantes na minha vida do que o Benfica. Mas isto não faz com que eu ache que baste vestir a camisola do Glorioso para que um Roberto seja um clone do Preud’homme ou que um Beto se torne automaticamente um Thern mais moreno (já que a cor do cabelo era igual…). Esta manutenção de um pouco de racionalidade numa questão clubística vem a propósito do jogo de hoje em Glasgow frente ao Celtic.

Há 20 dias, tínhamos uma baixa de vulto para esta partida (Maxi Pereira), cortesia do Sr. Skomina, que não quisemos colmatar (também, se o homem não tem suplente à altura há quase quatro anos, não seria por um jogo que valeria a pena…). Vinte dias volvidos, iremos entrar em campo sem quatro titulares indiscutíveis, dois dos quais já não fazem parte do plantel e o terceiro é só o capitão de equipa que vai ter umas férias prolongadas graças a uma idiotice num jogo particular que não foi sanada a tempo e horas.

Portanto, vamos jogar num terreno onde temos três derrotas em três jogos, sem nenhum golo marcado, com uma defesa com dois suplentes, um lateral-esquerdo em adaptação e só um central indiscutível. Para além disso, no meio-campo ainda teremos o Aimar para correr atrás dos adversários quando não tenhamos a bola. Pois… Como diz o D’Arcy, e bem, a Champions neste formato só nos serve para equilibrarmos as contas (duvido que alguma vez tenhamos a sorte de outros a defrontarem nas meias-finais e final adversários que passados poucos anos estavam nas divisões secundárias…) e é bom que dentro do clube se lembrem que (também) foi por causa do deslumbre desta competição que deitámos a perder o campeonato no ano passado, mas mesmo assim convinha não fazer má figura…

Com estas vicissitudes todas, não posso deixar de registar o ar confiante do nosso treinador quando disse que estamos preparados para colmatar estas ausências. Disse-o com a mesma convicção com que eu digo que vamos dar 3-0 ao Barça…

Mas, como o futebol é imprevisível, pode ser que aconteça um milagre destes. Ou destes.

P.S. – Os velhos Nuno Gomes e Saviola têm, respectivamente, quatro golos em seis jogos pelo Blackburn e dois em três pelo Málaga. É só para registar o facto. (O que vale é que para compensar a saída do segundo,  com 30 anos, fomos buscar um avançado muito mais novo…)

sábado, setembro 01, 2012

O fecho do mercado

Expliquem-me, como se eu fosse mesmo muito estúpido”. Muito obrigado.

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

A melhor notícia do ano (até agora)

Deus vai continuar connosco durante mais uma época. Obrigado, Senhor!