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sexta-feira, dezembro 31, 2010

Feliz Ano

Por motivos que certamente compreenderão, não fora o 32º título do Glorioso e este ano teria sido completamente para esquecer. No entanto, não queria deixar de desejar aqui a todos os desportistas, e particularmente aos benfiquistas, um óptimo 2011.

sexta-feira, dezembro 24, 2010

Feliz Natal

Os meus votos habituais de um Glorioso Natal a todos os benfiquistas e aos desportistas em geral.

sábado, dezembro 18, 2010

Assim sim!

Os jogadores do Benfica resolveram dar uma prenda natalícia aos adeptos e goleámos o Rio Ave por 5-2. Foi a melhor exibição da época, que não durou os 90 minutos, mas teve períodos em que fez lembrar o rolo compressor do ano passado. Velocidade, querer, dinâmica fazem toda a diferença e quando acontecem em simultâneo somos muito difíceis de bater.

Com a indisposição do Carlos Martins, entrou o Salvio para o onze e foi apenas o melhor em campo. Também o Sidnei jogou em vez do lesionado Luisão e o resto da equipa manteve-se ao que é habitual. Não poderíamos ter melhor entrada na partida, porque aos 8’ já ganhávamos por 2-0! Golos do Aimar e Saviola que antecederiam uns óptimos 25’ a 30’. Criámos mais algumas oportunidades, mas não as conseguimos concretizar e lá tivemos mais um penalty não marcado a nosso favor, por derrube ao Coentrão. Perto do intervalo e num contra-ataque, o Rio Ave reduziu pelo inevitável João Tomás e voltámos a sofrer golos para o campeonato na Luz, o que não acontecia desde Agosto. O nosso abaixamento de produção na parte final do 1º tempo acabou por facilitar esse golo.

Estava com curiosidade para ver como a equipa reagiria na 2ª parte e o que é certo é que reagiu muito bem. Claro está que o golo do Saviola aos 52’, depois de óptima arrancada do Salvio, ajudou. Mas a verdade é que voltámos a empregar velocidade nas nossas transições ofensivas e desfrutámos igualmente de mais espaços, porque o Rio Ave, justiça lhe seja feita, não trouxe o autocarro e tentou sempre jogar futebol. E como que a provar isso, logo a seguir a este golo teve uma grande oportunidade, mas o Roberto fez bem a mancha ao João Tomás. Aos 76’ uma boa jogada à linha do Gaitán permitiu ao Salvio estrear-se a marcar com a gloriosa camisola, através de uma cabeçada. O Rio Ave ainda voltou a reduzir através de um penalty do João Tomás a punir um braço do Coentrão, mas pouco depois matámos de vez a partida com o melhor golo da tarde, um chapéu de cabeça do Salvio feito ainda de fora da área! E o argentino poderia bem ter feito um hat-trick, mas outro chapéu, desta feita com o pé, embateu na barra. Nos últimos cinco minutos ainda deu para assistir a outro momento alto que é sempre a entrada do Nuno Gomes em campo.

Estando ligado a três dos cinco golo, é óbvio que o Salvio foi o melhor em campo. Mas não fez só isso, lutou, conseguiu várias arrancadas pela direita, enfim, foi um jogo em cheio. O Saviola também merece destaque e é o quarto jogo seguido em que marca para provas nacionais. Realce igualmente para o Aimar, pelo golo e por coordenar toda a nossa manobra atacante. No entanto, há ocasiões em que deveria rematar à baliza em vez de passar a bola. O Sidnei só fez um disparate, ao ser muito lento a atacar a bola na 2ª parte, o que nos dias que correm não é nada mau. Em nítida má forma está o Cardozo que teve mais um jogo para esquecer. Está difícil ultrapassar o Magnusson como melhor marcador estrangeiro da história do Benfica.

Terminámos muito bem o ano e pode ser que isto seja um bom prenúncio para o próximo. Teremos um Janeiro intensíssimo com oito(!) jogos entre campeonato e Taças. Portanto, jogadores do Benfica, descansem bem no Natal que o reinício da época vai ser terrível. E espero que tomem o jogo de hoje como exemplo do que nós, adeptos, esperamos de vocês... sempre!

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Sorteio da Liga Europa

Este post parte do princípio que os jogadores do Benfica não repetirão mais esta época a miserável exibição frente ao Schalke que nos custou um lugar como cabeças-de-série no sorteio de hoje. Assim sendo, pode dizer-se que em teoria ele até nos foi favorável, já que iremos defrontar o Estugarda, penúltimo classificado do campeonato alemão. De todas as equipas possíveis (Liverpool, Manchester City, Bayer Leverkusen, Villarreal, etc.), talvez só preferisse o Twente, embora as equipas do Leste estejam na altura dos jogos a iniciar as suas épocas, mas eu também não me esqueço que fomos eliminados pelo CSKA Moscovo nesta eliminatória na época do Trapattoni.

No entanto, há que ter atenção, porque o Estugarda costuma ser muito regular nas suas épocas e só este ano é que se apresenta aparentemente mais fraco. Além disso, um pouco de modéstia e prudência não nos fará mal nenhum, já que nos regozijámos com o sorteio da Champions e depois foi o que se viu. Teremos o primeiro jogo em casa e convém conseguir um resultado que não signifique que tenhamos de ir ganhar à Alemanha, já que isso nunca foi conseguido na nossa história. Se passarmos a eliminatória, defrontaremos o vencedor do BATE Borisov – Paris Saint-Germain, novamente com o primeiro jogo na Luz. Ambas as equipas trazem-nos boas recordações, já que vencemos por duas vezes (aqui e aqui) os bielorrussos no ano passado e eliminámos os franceses (aqui e aqui) na época do Fernando Santos. Como já disse várias vezes, temos este ano a oportunidade de prestar mais atenção à Liga Europa, já que a campanha do ano passado soube-nos a pouco por via da prioridade dada ao campeonato. Está mais que na altura de voltarmos a uma final europeia e temos aqui uma boa oportunidade para isso. Para já, acho que está perfeitamente ao nosso alcance conseguir chegar aos quartos-de-final.


P.S. – Quanto aos outros, a lagartada vai jogar contra o Glasgow Rangers e, se passar (o que eu duvido...), o vencedor do Lille – PSV Eindhoven, o CRAC vai defrontar o Sevilha (espero que este não me desiluda como sucedeu na pré-eliminatória da Champions frente ao Braga este ano) e posteriormente o vencedor do PAOK – CSKA Moscovo (teoricamente ambos mais fracos que os espanhóis), e ao Braga saiu-lhe o brinde (Lech Poznan), mas depois a fava (Liverpool, já que não estou a ver o Sparta Praga eliminar os ingleses).

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Melhorzinho

Vencemos o Braga (2-0) e passámos aos oitavos-de-final da Taça de Portugal. Depois das férias dos últimos dois jogos, os jogadores do Benfica voltaram a demonstrar atitude e vontade de ganhar um jogo, o que naturalmente se saúda, já que assim é bem mais fácil ter resultados positivos.

É indisfarçável que não atravessamos um bom período, já que em condições normais esta deveria ter sido uma partida ganha com muito mais facilidade. Criámos oportunidades mais do que suficientes para marcar o segundo golo bem antes do tempo de compensação. O Braga apresentou-se bastante desfalcado, quase não criou ocasiões de golo, mas o nosso nível exibicional não foi muito elevado. A equipa esteve mais concentrada do que na 3ª feira, utilizou amiúde mais velocidade e chegou ao intervalo a ganhar através de um golo do Saviola aos 38’. Antes disso, já o Carlos Martins, Maxi Pereira e Cardozo tinham tido boas oportunidades para marcar, mas nada.

Na 2ª parte, o Braga tentou subir mais no campo e deixou-nos mais espaço lá atrás. Aproveitámos para fazer contra-ataques bastante perigosos, mas evidenciando sempre dificuldades em meter a bola na baliza. O Braga pouco fazia, mas sem marcarmos o golo que dissipasse as dúvidas todas, ficámos à mercê de um lance fortuito que lhes desse o empate. O que só não aconteceu muito perto do fim, porque o Júlio César faz uma defesa soberba a um cabeceamento do Alan. Pouco depois, lá acabámos com a partida através de um golo de cabeça do Aimar, na sequência de um remate do Salvio ao poste e outro do Amorim para boa defesa do guarda-redes. À terceira foi de vez e assim lá nos qualificámos para defrontar o Olhanense na próxima eliminatória.

Apesar de não ter sido brilhante, a exibição de hoje permitiu que alguns jogadores sobressaíssem. O David Luiz fez uma óptima partida e a meio da 1ª parte teve que ficar com a braçadeira, porque o Luisão saiu lesionado. O Aimar, já se sabe, não consegue jogar mal e foi importante na nossa manobra atacante. O Saviola marcou um grande golo, mas continua distante da produção da época passada. No entanto, há que dizer a favor nele que nunca se esconde do jogo. O Júlio César foi importantíssimo no tal lance perto do fim e uma parte da qualificação deve-se sem dúvida a ele. Os substitutos (Sidnei, Salvio e Rúben Amorim, este já muito fim) entraram bem no jogo e o resto da equipa esteve regular.

Como disse o Jorge Jesus na conferência de imprensa no final, só as vitórias nos poderão moralizar. Conseguimos esta que foi importante, até porque estamos todos com desejo de voltar ao Jamor, e para a semana temos o último jogo do ano frente ao Rio Ave. Espero que este carrossel exibicional tenha terminado de vez e que possamos ser mais consistentes no futuro, porque caso contrário ficaremos longe dos nossos objectivos. Esta semana teremos dois sorteios (Taça de Portugal e Liga Europa) e vamos ver o que a sorte nos reserva, não esquecendo porém que antes temos de eliminar o Olhanense. Quanto à prova europeia, depois do inenarrável jogo de 3ª feira, iremos apanhar um adversário teoricamente mais difícil, já que não somos cabeças-de-série e, portanto, só nos resta desejar que a sorte não seja muito madrasta.

quarta-feira, dezembro 08, 2010

D-e-p-l-o-r-á-v-e-l!

A segunda exibição vergonhosa no espaço de quatro dias custou-nos uma derrota caseira (1-2) frente ao Schalke. Só não saímos das competições europeias porque o Lyon marcou aos 88’ e assim empatou com o Hapoel de Telavive, caso contrário o opróbrio seria muito maior.

Como já disse aqui, se há coisa que eu não desculpo aos jogadores do Benfica é exibirem falta de vontade em campo. Tudo o resto pode falhar, menos a vontade de lutar por um resultado melhor. É inadmissível a 1ª parte que fizemos. A má escolha da equipa por parte do Jesus não pode ser vir de desculpa. Parecia que os jogadores estavam simplesmente a fazer um frete em campo. Sem velocidade, sem alegria, sem garra, sem capacidade de luta foi um z-e-r-o absoluto. Claro que só poderíamos ir para o intervalo a perder.

A 2ª parte continuou na mesma toada apesar das duas substituições logo no início. Não saía nada bem, mas os jogadores também não se esforçavam muito para que tal acontecesse. Em França, o Lyon marcou primeiro, mas o Hapoel ripostou logo e com dois golos. Na Luz, o Schalke fazia o 0-2. Só nessa altura é que os jogadores do Benfica se dignaram a jogar um bocadinho à bola. Claro que foi tarde demais. Apenas conseguimos marcar um golo, o que naturalmente não impediu uma derrota lamentável em casa.

Já terão reparado que não mencionei nenhum jogador do Benfica e não vou fazê-lo até ao final do post. Acho que o mínimo que deveriam fazer era darem ao clube os 800.000€ que perdemos hoje. Já que não lutaram pelo prestígio, não lutaram pela honra, não lutaram pela camisola que envergam e, com isso tudo, custaram essa quantia ao clube, ao menos que assumissem isso e a repusessem. As consequências desta exibição miserável só as veremos no dia do sorteio, já que não seremos cabeças-de-série no sorteio da Liga Europa e entre o Liverpool e o Steaua de Bucareste, por exemplo, há uma pequena diferença…

O Rui Costa foi à sala de imprensa no final do jogo assumir responsabilidades pelo fracasso desta participação na Champions. Só lhe fica bem. Relembrou que ainda estamos envolvidos em quatro competições e prometeu que ninguém lá dentro vai baixar os braços. Espero sinceramente ver isso reflectido em campo, já que estes últimos dois jogos deixaram-me seriamente apreensivo. E o que mais me preocupa é ver o Jesus dizer uma coisa nas conferências de imprensa antes dos jogos ("ir longe na Liga Europa") e suceder exactamente o contrário em campo no dia seguinte. Caso não arrepiemos caminho e demonstremos vontade em… jogar à bola(!), esta época vai ser muuuuuuuito longa… E bem podem falar nos três pontos que temos a menos do que no ano passado, que tenho a certeza que o grau de preocupação dos adeptos não vai ser nada amenizado. Há um ano estava mesmo a ver-se (vá… com bastante probabilidade) o que iria acontecer, este ano é a mesma coisa. Só que, neste caso, infelizmente.


P.S. - Há coisas que sinceramente não entendo… Por uma questão de princípio, nunca assobiei nem assobio um jogador do Benfica (e hoje essa questão de princípio foi o que me valeu mesmo…), mas nem tanto ao mar nem tanto à terra. Cheguei a ouvir palmas no final da partida! Desculpem?! Come again?! Depois daquilo ainda se bate palmas?! Ou as palmas eram para o Lyon e eu não percebi?

sábado, dezembro 04, 2010

Exibição miserável

E o futebol tem destas coisas: a pior exibição desta época (da era Jesus?) correspondeu a uma vitória 2-0 frente ao Olhanense. Costuma dizer-se que se salvou o resultado, mas depois do jogo que fizemos no passado Domingo em Aveiro, não estava nada à espera de ver isto… A sensação que deu, durante a maior parte do encontro, é que os jogadores do Benfica estavam a fazer um frete em campo. Faltou garra, faltou alegria, faltou vontade, faltou tudo aquilo que tivemos a rodos no ano passado.

A equipa foi praticamente a mesma de Aveiro (com o Aimar no lugar do Carlos Martins), o que torna as coisas ainda mais incompreensíveis. Espero que tenha sido só uma noite má, porque não é com exibições como esta que conseguiremos algo este ano. Até ganhámos esta partida, mas se jogarmos assim frente ao Schalke e ao Braga duvido muito que vençamos. Quando a primeira jogada de jeito é feita aos 40’ está tudo dito. Graças ao Moretto e ao seu frango monumental (retiro imediatamente todo o mal que sempre disse dele…), conseguimos ir para o intervalo em vantagem com mais um golo do Cardozo, que assim igualou o Magnusson como o maior goleador estrangeiro da história do Benfica com 84 golos (continuem a dizer que ele não corre, não presta, não se esforça, etc…). Mas foram do Roberto as duas mais difíceis defesas da 1ª parte.

Na 2ª parte, o Jesus colocou o Carlos Martins no lugar do Gaitán e as coisas melhoraram, mas pouco. Continuámos sem velocidade nenhuma, sem criar desequilíbrios atacantes e a deixar correr o marfim. O que vale é que defendemos melhor e o Olhanense praticamente não criou perigo, com excepção de um golo (bem) anulado por fora-de-jogo. Com a entrada do Salvio para o lugar ao Aimar, conseguimos ter um pouco de velocidade e a criar algumas oportunidades. O Cardozo atirou ao poste e marcámos o chamado golo da tranquilidade aos 81’ pelo Saviola, na sequência de um canto do Carlos Martins com desvio do David Luiz ao primeiro poste. Até final, não fizemos mais nada de relevante e este jogo vai entrar rapidamente na galeria daquele que é melhor mesmo só relembrar o resultado.

Com uma exibição destas, quase nem que apetece destacar ninguém em termos individuais, mas achei o Rúben Amorim dos menos maus e o Roberto importante para não ficarmos a perder logo na 1ª parte. Ah, e apesar de nem sempre ter feito tudo bem, o Cardozo lá marcou mais um e atirou outra bola ao poste. Ou seja, cumpriu a sua principal função.

As próximas duas partidas vão ser fundamentais na época: conseguir a qualificação para a Liga Europa e seguir em frente na Taça de Portugal é o mínimo que se exige aos jogadores nesta altura. O Jesus olha para os números do campeonato e diz que estamos apenas com menos três pontos que na época passada. Sim, é verdade, mas convém olhar um pouco mais além: também durante o Mundial da África do Sul, houve quem ficasse contente com o empate de Portugal frente à Costa do Marfim e se risse da derrota da Espanha frente à Suíça, quando as exibições das duas selecções foram diametralmente opostas e anteciparam o que acabou por acontecer depois. Não melhoremos o nosso nível exibicional e depois venham chorar no final da época…