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quarta-feira, dezembro 05, 2007
Somos GRANDES!
É por estas e por outras que os outros nunca chegarão aos nossos calcanhares! Foi uma exibição de raça, querer, determinação, humildade (que não é para todos) e capacidade de sacrifício, afinal aquilo que está no código genético do nosso clube. Ganhámos em Donetsk (2-1) e garantimos a passagem à Taça Uefa. Depois de uma semana complicadíssima, com três jogos de elevado grau de dificuldade seis dias, conseguimos superar-nos e mantivemo-nos nas competições europeias, cujo afastamento seria catastrófico em termos financeiros e de prestígio.
Com o Nélson, Di María e Cardozo na equipa não poderíamos ter melhor começo. Logo aos 5’, uma falha defensiva dos ucranianos, é bem aproveitada pelo paraguaio para nos colocar em vantagem. Desta vez não precisámos de 21 remates para meter um golo, se bem que o remate do Cardozo por pouco não tenha embatido no poste, o que seria uma perdida escandalosa, já que estava isolado. O Shakhtar respondia, imprimindo muita velocidade ao jogo e passámos por momentos de algum apuro junto da nossa baliza. Mas aos 22’ fizemos o segundo remate à baliza e marcámos o 2º golo! Excelente centro do Maxi Pereira a que o Cardozo respondeu com um cabeceamento à Rui Águas. Será que já anda a treinar o jogo de cabeça? Mas oito minutos depois, o David Luiz (que estava a ser dos melhores em campo) demonstrou que ainda precisa de crescer e empurrou desnecessariamente o Lucarelli na área. Foi o italiano quem marcou o penalty e o Quim esteve pertíssimo de o defender, mas a bola bateu no seu pé e infelizmente entrou na baliza. Faltavam jogar 2/3 da partida e a tarefa não se afigurava nada fácil. A pressão dos ucranianos foi bastante intensa até ao intervalo, mas perto do fim da 1ª parte tivemos uma boa ocasião pelo Maxi Pereira, que rematou de pé esquerdo por cima, quando estava em excelente posição na área.
O início da 2ª parte foi muito mau. Durante 5’ não conseguimos sair do nosso meio-campo e fartámo-nos de oferecer bolas ao adversário, que todavia não aproveitou para criar nenhuma situação clara de golo. Depois disso controlámos melhor a partida e o Shakhtar não foi capaz de criar tanto perigo como na 1ª parte. Infelizmente não saímos com a regularidade necessária para o contra-ataque e quando o fizemos muitas vezes os passes eram mal direccionados, o que nos impediu de criar situações de golo na baliza contrária. O tempo demorou imenso a passar, mas visto agora a frio nunca estivemos verdadeiramente em xeque. No entanto, a história do futebol está cheia de casos de golos fortuitos que deitam tudo a perder, pelo que o nervosismo foi enorme até final. O Camacho fez entrar o Nuno Assis para o lugar do Di María aos 67’ e passámos a controlar mais as subidas do lateral direito, já que o médio português defende bastante melhor. Na parte final entraram ainda o Luís Filipe e o Nuno Gomes (este deveria ter entrado mais cedo, porque o Cardozo deu mostras de bastante cansaço a partir de meio da 2ª parte) e conseguimos manter o resultado.
Em termos individuais, o Cardozo merece obviamente destaque. Esperemos que estes dois golos decisivos na Champions sejam o despertar da sua veia goleadora. Saúdo o regresso do Nélson, que, apesar de um ou outro disparate, demonstrou (como se fosse preciso...) ser muito melhor que o Luís Filipe. O Petit foi importantíssimo a meio-campo, assim como o Katsouranis, se bem que este com alguma intervenções menos felizes, especialmente quando atrasava a bola e esta calhava em pés adversários. Tirando o enorme disparate do penalty, o David Luiz esteve irrepreensível, mas a defesa depois dos calafrios da 1ª parte, lá se recompôs na 2ª. O Rui Costa está bastante cansado, o que é perfeitamente normal, mas apesar de algumas más opções na hora de libertar a bola, é essencial na marcação do timing do nosso ataque. O Di María necessita de melhorar o apoio ao lateral esquerdo, mas subiu de rendimento no 2º período. Finalmente, o Quim esteve lá quando foi preciso.
Vamos ver o que o sorteio nos reservará daqui a duas semanas, mas espero que cheguemos pelo menos tão longe como no ano passado, apesar desta época haver melhores equipas na Taça Uefa. Mas por enquanto saboreemos esta magnífica vitória!
Com o Nélson, Di María e Cardozo na equipa não poderíamos ter melhor começo. Logo aos 5’, uma falha defensiva dos ucranianos, é bem aproveitada pelo paraguaio para nos colocar em vantagem. Desta vez não precisámos de 21 remates para meter um golo, se bem que o remate do Cardozo por pouco não tenha embatido no poste, o que seria uma perdida escandalosa, já que estava isolado. O Shakhtar respondia, imprimindo muita velocidade ao jogo e passámos por momentos de algum apuro junto da nossa baliza. Mas aos 22’ fizemos o segundo remate à baliza e marcámos o 2º golo! Excelente centro do Maxi Pereira a que o Cardozo respondeu com um cabeceamento à Rui Águas. Será que já anda a treinar o jogo de cabeça? Mas oito minutos depois, o David Luiz (que estava a ser dos melhores em campo) demonstrou que ainda precisa de crescer e empurrou desnecessariamente o Lucarelli na área. Foi o italiano quem marcou o penalty e o Quim esteve pertíssimo de o defender, mas a bola bateu no seu pé e infelizmente entrou na baliza. Faltavam jogar 2/3 da partida e a tarefa não se afigurava nada fácil. A pressão dos ucranianos foi bastante intensa até ao intervalo, mas perto do fim da 1ª parte tivemos uma boa ocasião pelo Maxi Pereira, que rematou de pé esquerdo por cima, quando estava em excelente posição na área.
O início da 2ª parte foi muito mau. Durante 5’ não conseguimos sair do nosso meio-campo e fartámo-nos de oferecer bolas ao adversário, que todavia não aproveitou para criar nenhuma situação clara de golo. Depois disso controlámos melhor a partida e o Shakhtar não foi capaz de criar tanto perigo como na 1ª parte. Infelizmente não saímos com a regularidade necessária para o contra-ataque e quando o fizemos muitas vezes os passes eram mal direccionados, o que nos impediu de criar situações de golo na baliza contrária. O tempo demorou imenso a passar, mas visto agora a frio nunca estivemos verdadeiramente em xeque. No entanto, a história do futebol está cheia de casos de golos fortuitos que deitam tudo a perder, pelo que o nervosismo foi enorme até final. O Camacho fez entrar o Nuno Assis para o lugar do Di María aos 67’ e passámos a controlar mais as subidas do lateral direito, já que o médio português defende bastante melhor. Na parte final entraram ainda o Luís Filipe e o Nuno Gomes (este deveria ter entrado mais cedo, porque o Cardozo deu mostras de bastante cansaço a partir de meio da 2ª parte) e conseguimos manter o resultado.
Em termos individuais, o Cardozo merece obviamente destaque. Esperemos que estes dois golos decisivos na Champions sejam o despertar da sua veia goleadora. Saúdo o regresso do Nélson, que, apesar de um ou outro disparate, demonstrou (como se fosse preciso...) ser muito melhor que o Luís Filipe. O Petit foi importantíssimo a meio-campo, assim como o Katsouranis, se bem que este com alguma intervenções menos felizes, especialmente quando atrasava a bola e esta calhava em pés adversários. Tirando o enorme disparate do penalty, o David Luiz esteve irrepreensível, mas a defesa depois dos calafrios da 1ª parte, lá se recompôs na 2ª. O Rui Costa está bastante cansado, o que é perfeitamente normal, mas apesar de algumas más opções na hora de libertar a bola, é essencial na marcação do timing do nosso ataque. O Di María necessita de melhorar o apoio ao lateral esquerdo, mas subiu de rendimento no 2º período. Finalmente, o Quim esteve lá quando foi preciso.
Vamos ver o que o sorteio nos reservará daqui a duas semanas, mas espero que cheguemos pelo menos tão longe como no ano passado, apesar desta época haver melhores equipas na Taça Uefa. Mas por enquanto saboreemos esta magnífica vitória!
quinta-feira, novembro 29, 2007
O costume
Empatámos frente ao Milan (1-1) e com a vitória “à Glorioso” do Celtic (aos 93’!) frente ao Shakhtar Donetsk já não temos hipóteses de qualificação para os oitavos-de-final da Champions. Como já referi, enquanto não tivermos equipa para lutar pela vitória na Liga dos Campeões, prefiro seguir para a Taça Uefa depois da fase de grupos, porque um palmarés faz-se com títulos e não com oitavos ou quartos-de-final. Só que o problema é que mesmo a qualificação para a Uefa está muito complicada, já que temos que fazer aquilo que não conseguimos desde o glorioso dia 8 de Março de 2006: ganhar fora para a Liga dos Campeões. Muito sinceramente acho difícil, especialmente pela sequência de jogos desta semana. Mas enfim, vamos ter esperança.
Esta partida frente aos italianos foi igual a muitas outras. Fomos a melhor equipa, tivemos mais ocasiões, mas no fim não ganhámos. Geralmente é sempre assim, em especial quando jogamos em casa. Ao contrário do que é habitual, não entrámos nada bem no jogo. Tivemos medo, como o próprio Rui Costa reconheceu, e não espantou que o Milan aproveitasse para se colocar em vantagem logo aos 15’. Inacreditavelmente deixámos o Pirlo rematar à vontade fora da área (ninguém na equipa vê resumos da Liga Italiana?!) e claro que a bola foi direitinha para dentro da baliza. Pouco depois, o Nuno Gomes conseguiu ganhar uma bola no lado direito do meio-campo e correu isolado em direcção à baliza. Fiquei fulo quando ele fez um passe de morte para o C. Rodríguez em vez de tentar o remate, mas pude depois verificar na TV que ele fez bem, porque já tinha o Nesta em cima. Infelizmente, o uruguaio não dominou bem a bola e não conseguiu rematar em condições. Mas aos 20’ o Maxi Pereira teve um momento para recordar para a vida toda. É quase impossível não ter sido o melhor golo da carreira dele, um remate colocadíssimo fora da área, com o pé esquerdo(!), que ainda bateu no poste antes de entrar. A partir daqui e até ao intervalo, fomos a melhor equipa e tivemos algumas boas ocasiões para fazer o 2-1 (especialmente aquela em que o Nuno Gomes isola o Maxi Pereira na direita, mas o remate que até ia ao lado foi interceptado), se bem que o Milan estivesse sempre à espreita do contra-ataque. Então quando a bola chegava ao Kaká (que deveria ser multado pelo seu excesso de velocidade...), temia-se sempre o pior, mas mesmo assim conseguimos defendê-lo relativamente bem.
Na 2ª parte, o Milan fechou-se na defesa e deixou de atacar. Muito “à italiana”. Enquanto isso, nós íamos fazendo jus à fama de sermos a equipa que mais remata na Liga dos Campeões, o que não deixando de ser positivo, revela igualmente a terrível falta de eficácia que temos. O Rui Costa, Petit e Nuno Gomes tiveram boas ocasiões para marcar, mas o destino da bola nunca foi o lado de dentro da baliza. Como a equipa estava a jogar bem e a pressionar o Milan era natural que o Camacho tardasse a fazer substituições, mas quando as realizou a 15’ do fim percebeu-se que era mesmo para ganhar o jogo: saiu o Luís Filipe para entrar o Di María e houve a troca directa de pontas-de-lança (Nuno Gomes por Cardozo). Aquele passe do Rui Costa a isolar o paraguaio, em que a bola saiu 50cm mais para a direita do que deveria, impedindo o Cardozo de chegar à bola, foi uma pena. Quando se fez a substituição da fezada, com a entrada do Adu, o Camacho surpreendeu ao tirar o David Luiz e a ratice italiana veio ao de cima. As duas únicas oportunidades deles na 2ª parte foram nessa altura. Mas felizmente o Kaká falhou em ambas e o empate manteve-se até ao fim.
O melhor do Benfica foi o Maxi Pereira, que realizou a exibição mais conseguida desde que chegou à Luz e não só pelo golo que marcou. O David Luiz também esteve muito bem, demonstrando grande classe (mesmo assim, ainda bem que o Inzaghi não veio, já que o Gilardino é bem mais fraco). O Rui Costa demorou um pouco a entrar no jogo, mas na 2ª parte os lances de perigo passavam todos por eles. Quem também foi crescendo de produção ao longo da partida foi o C. Rodríguez, que fez uma péssima 1ª parte. O Petit é que mostrou estar a um nível abaixo dos companheiros, o que é natural dado a sua recuperação da lesão, mas mesmo assim na 2ª parte melhorou imenso.
Só uma última palavra para a assistência. Considero LAMENTÁVEL que, num jogo decisivo frente ao campeão europeu e depois de cinco vitórias para o campeonato, o estádio tenha tido apenas cerca de 50.000 espectadores. Alguma coisa está mal quando isto acontece, mas não me parece que a culpa seja da equipa... Mas quem foi apoiou, e muito bem, o Glorioso.
P.S. – Isto de ganhar em Anfield Road é só para grandes equipas. As pequenas geralmente saem de lá derrotadas e por vezes por 4-1...
Esta partida frente aos italianos foi igual a muitas outras. Fomos a melhor equipa, tivemos mais ocasiões, mas no fim não ganhámos. Geralmente é sempre assim, em especial quando jogamos em casa. Ao contrário do que é habitual, não entrámos nada bem no jogo. Tivemos medo, como o próprio Rui Costa reconheceu, e não espantou que o Milan aproveitasse para se colocar em vantagem logo aos 15’. Inacreditavelmente deixámos o Pirlo rematar à vontade fora da área (ninguém na equipa vê resumos da Liga Italiana?!) e claro que a bola foi direitinha para dentro da baliza. Pouco depois, o Nuno Gomes conseguiu ganhar uma bola no lado direito do meio-campo e correu isolado em direcção à baliza. Fiquei fulo quando ele fez um passe de morte para o C. Rodríguez em vez de tentar o remate, mas pude depois verificar na TV que ele fez bem, porque já tinha o Nesta em cima. Infelizmente, o uruguaio não dominou bem a bola e não conseguiu rematar em condições. Mas aos 20’ o Maxi Pereira teve um momento para recordar para a vida toda. É quase impossível não ter sido o melhor golo da carreira dele, um remate colocadíssimo fora da área, com o pé esquerdo(!), que ainda bateu no poste antes de entrar. A partir daqui e até ao intervalo, fomos a melhor equipa e tivemos algumas boas ocasiões para fazer o 2-1 (especialmente aquela em que o Nuno Gomes isola o Maxi Pereira na direita, mas o remate que até ia ao lado foi interceptado), se bem que o Milan estivesse sempre à espreita do contra-ataque. Então quando a bola chegava ao Kaká (que deveria ser multado pelo seu excesso de velocidade...), temia-se sempre o pior, mas mesmo assim conseguimos defendê-lo relativamente bem.
Na 2ª parte, o Milan fechou-se na defesa e deixou de atacar. Muito “à italiana”. Enquanto isso, nós íamos fazendo jus à fama de sermos a equipa que mais remata na Liga dos Campeões, o que não deixando de ser positivo, revela igualmente a terrível falta de eficácia que temos. O Rui Costa, Petit e Nuno Gomes tiveram boas ocasiões para marcar, mas o destino da bola nunca foi o lado de dentro da baliza. Como a equipa estava a jogar bem e a pressionar o Milan era natural que o Camacho tardasse a fazer substituições, mas quando as realizou a 15’ do fim percebeu-se que era mesmo para ganhar o jogo: saiu o Luís Filipe para entrar o Di María e houve a troca directa de pontas-de-lança (Nuno Gomes por Cardozo). Aquele passe do Rui Costa a isolar o paraguaio, em que a bola saiu 50cm mais para a direita do que deveria, impedindo o Cardozo de chegar à bola, foi uma pena. Quando se fez a substituição da fezada, com a entrada do Adu, o Camacho surpreendeu ao tirar o David Luiz e a ratice italiana veio ao de cima. As duas únicas oportunidades deles na 2ª parte foram nessa altura. Mas felizmente o Kaká falhou em ambas e o empate manteve-se até ao fim.
O melhor do Benfica foi o Maxi Pereira, que realizou a exibição mais conseguida desde que chegou à Luz e não só pelo golo que marcou. O David Luiz também esteve muito bem, demonstrando grande classe (mesmo assim, ainda bem que o Inzaghi não veio, já que o Gilardino é bem mais fraco). O Rui Costa demorou um pouco a entrar no jogo, mas na 2ª parte os lances de perigo passavam todos por eles. Quem também foi crescendo de produção ao longo da partida foi o C. Rodríguez, que fez uma péssima 1ª parte. O Petit é que mostrou estar a um nível abaixo dos companheiros, o que é natural dado a sua recuperação da lesão, mas mesmo assim na 2ª parte melhorou imenso.
Só uma última palavra para a assistência. Considero LAMENTÁVEL que, num jogo decisivo frente ao campeão europeu e depois de cinco vitórias para o campeonato, o estádio tenha tido apenas cerca de 50.000 espectadores. Alguma coisa está mal quando isto acontece, mas não me parece que a culpa seja da equipa... Mas quem foi apoiou, e muito bem, o Glorioso.
P.S. – Isto de ganhar em Anfield Road é só para grandes equipas. As pequenas geralmente saem de lá derrotadas e por vezes por 4-1...
terça-feira, novembro 06, 2007
Mal perdido
Infelizmente continua o hábito de os resultados entre Celtic e Benfica serem iguais e portanto fomos derrotados em Glasgow por 0-1. Estas são as derrotas que me custam mais a digerir, porque fomos a melhor equipa durante largos períodos do jogo e o resultado é injusto. O que valeu foi o que o Milan foi vencer na Ucrânia e deste modo ainda podemos ter esperanças de atingir a Taça Uefa. Aliás, nem quero pensar o contrário, porque ser eliminado das competições europeias antes do Natal seria catastrófico. Estou bastante chateado e não me apetece alongar de mais sobre o jogo, pelo que vou referir só o seguinte:
1) Antes de mais, gostaria de dizer isto: espero que o Binya (que até estava a ser dos melhores) leve cinco jogos de suspensão na Champions e que o Benfica o castigue durante um mês no campeonato. Aquele tipo de entradas assassinas são apanágio do clube regional, não do Glorioso Sport Lisboa e Benfica. Prefiro perder um bom jogador a ter que levar com um Paulinho Santos ou um André em potência. Não admito comportamentos daqueles a jogadores do Glorioso. Ou ele muda, e esta é a última oportunidade que deverá ter, ou então pode ir-se embora. Antes ir parar à II Divisão do que ter atitudes à la clube regional;
2) Outro aspecto que me irritou solenemente foi a forma como marcámos os livres perigosos que tivemos a favor. Então aquele do Rui Costa à entrada da área foi de bradar aos céus! Estará escrito em algum lado que temos que dar dois toques na bola num livre directo antes de rematar à baliza? E que tal experimentarmos rematar directamente, hein? Como é possível não se criar perigo num livre à entrada da área?!;
3) Porque é que o Cardozo está há três meses em Portugal e ainda não lhe pusemos à disposição um treinador específico para os lances de cabeça? Porque é que o homem continua sem praticar remates de cabeça nos treinos? Será que o Rui Águas não pode fazer uma perninha e dar-lhe uma ajuda? Não conseguimos tirar ilações daquele cabeceamento ao poste a meio metro da linha de golo em Milão? O lance na 2ª parte em que o paraguaio falha o cabeceamento e acaba por tocar na bola com o braço, quando estava em cima da pequena-área(!), é inacreditável. Falhámos aí a melhor oportunidade para igualar a partida;
4) Não percebi a saída do Rui Costa e menos ainda a entrada do Bergessio, com o Adu no banco. Porque é que o Camacho não utilizou o seu talismã? Neste momento, o Adu está inclusive em melhor forma que o Di María, que não entrou nada bem na partida, embora neste caso tenha substituído o nosso pior jogador na noite de hoje, o Maxi Pereira;
5) Porque é que será que temos dois Cardozos, um para o campeonato e outro para a Champions? Apesar do inacreditável falhanço de cabeça, ele fez um dos melhores jogos até agora pelo Benfica. Ganhou bastantes mais bolas que o costume e na 1ª parte os remates mais perigosos foram dele. Aliás, a equipa esteve globalmente bem, inclusive o Luís Filipe! Só foi pena o Luisão ter-se encolhido no lance do golo e dessa forma ter permitido que o remate fora da área ressaltasse nele, e enganasse o Quim. Até nisto o Celtic teve sorte.
1) Antes de mais, gostaria de dizer isto: espero que o Binya (que até estava a ser dos melhores) leve cinco jogos de suspensão na Champions e que o Benfica o castigue durante um mês no campeonato. Aquele tipo de entradas assassinas são apanágio do clube regional, não do Glorioso Sport Lisboa e Benfica. Prefiro perder um bom jogador a ter que levar com um Paulinho Santos ou um André em potência. Não admito comportamentos daqueles a jogadores do Glorioso. Ou ele muda, e esta é a última oportunidade que deverá ter, ou então pode ir-se embora. Antes ir parar à II Divisão do que ter atitudes à la clube regional;
2) Outro aspecto que me irritou solenemente foi a forma como marcámos os livres perigosos que tivemos a favor. Então aquele do Rui Costa à entrada da área foi de bradar aos céus! Estará escrito em algum lado que temos que dar dois toques na bola num livre directo antes de rematar à baliza? E que tal experimentarmos rematar directamente, hein? Como é possível não se criar perigo num livre à entrada da área?!;
3) Porque é que o Cardozo está há três meses em Portugal e ainda não lhe pusemos à disposição um treinador específico para os lances de cabeça? Porque é que o homem continua sem praticar remates de cabeça nos treinos? Será que o Rui Águas não pode fazer uma perninha e dar-lhe uma ajuda? Não conseguimos tirar ilações daquele cabeceamento ao poste a meio metro da linha de golo em Milão? O lance na 2ª parte em que o paraguaio falha o cabeceamento e acaba por tocar na bola com o braço, quando estava em cima da pequena-área(!), é inacreditável. Falhámos aí a melhor oportunidade para igualar a partida;
4) Não percebi a saída do Rui Costa e menos ainda a entrada do Bergessio, com o Adu no banco. Porque é que o Camacho não utilizou o seu talismã? Neste momento, o Adu está inclusive em melhor forma que o Di María, que não entrou nada bem na partida, embora neste caso tenha substituído o nosso pior jogador na noite de hoje, o Maxi Pereira;
5) Porque é que será que temos dois Cardozos, um para o campeonato e outro para a Champions? Apesar do inacreditável falhanço de cabeça, ele fez um dos melhores jogos até agora pelo Benfica. Ganhou bastantes mais bolas que o costume e na 1ª parte os remates mais perigosos foram dele. Aliás, a equipa esteve globalmente bem, inclusive o Luís Filipe! Só foi pena o Luisão ter-se encolhido no lance do golo e dessa forma ter permitido que o remate fora da área ressaltasse nele, e enganasse o Quim. Até nisto o Celtic teve sorte.
quinta-feira, outubro 25, 2007
À Benfica
Vencemos o Celtic com um golo do Cardozo aos 87’ e conseguimos os primeiros pontos na Champions. Este era um jogo fundamental, porque qualquer outro resultado que não a vitória afastar-nos-ia de modo quase definitivo das competições europeias e isso seria trágico. Assim, saltámos para o 3º lugar com os mesmos pontos dos escoceses e mantemo-nos na luta. Se não perdermos em Glasgow e conseguirmos quatro pontos nos jogos que faltam, devemos garantir a Uefa.
Com o Katsouranis de novo a central, o Nuno Assis na direita, o Bergessio com o Cardozo e o Di María no banco, começámos muito mal o jogo e a 1ª parte foi para esquecer. O Celtic estava muito fechado e nós não tínhamos velocidade para entrar na defesa deles. A bola praticamente não chegava aos avançados e só tivemos dois lances perigosos, com um incrível falhanço do Cardozo, que rematou na atmosfera depois de um centro do Léo, e uma cabeçada do Katsouranis a permitir uma boa defesa ao guarda-redes. Do outro lado, o Quim fez uma grande defesa que impediu um golo certo. A 2ª parte foi completamente diferente. Sinceramente perdi conta às oportunidades que tivemos. Só o Cardozo teve cinco(!), incluindo duas bolas que bateram uma na trave e outra no poste. Como comentava com o Pedro F.F. ao telemóvel e com o D’Arcy via sms, parecia a reedição do jogo frente ao Boavista no ano passado. Os escoceses só tiveram uma grande oportunidade depois de um centro da direita, em que o avançado se antecipou ao Luisão e rematou às malhas laterais. Finalmente a 3’ do fim, chegou o desejado golo por quem mais o merecia.
Individualmente destacou-se naturalmente o Cardozo. Uma parte do conhecedor público benfiquista já o assobiava no início do 2º tempo, mostrando que continua a saber como se incentiva um jogador que acabou de chegar, mas felizmente ele deu uma resposta adequada depois de uma 1ª parte fraca. No entanto, o potencial está lá e só não vê quem não quer. É tudo uma questão de confiança e se há mérito que ele tem é de nunca desistir. O golo que marcou é um golão e espero que seja o início de muitos, mas já o trabalho na segunda bola ao poste é de louvar. Não é qualquer jogador que recebe a bola de costas para a baliza, roda 180º e remata de primeira. A equipa subiu muito de produção na 2ª parte, especialmente depois das entradas do Di María e Adu. A óptima assistência para o golo do paraguaio é do argentino. O C. Rodríguez foi o melhor na 1ª parte, mas rebentou a meio da 2ª, assim como o Rui Costa, que teve uma jogada brilhante num canto, mas o remate saiu por cima. O Binya é a prova que o Fernando Santos nunca deveria ter sido treinador para o Benfica. O Nuno Assis continua com a irritante mania de jogar preferencialmente para o lado e para trás, mas não foi dos piores. Também não desgostei do Bergessio, outro jogador a precisar de se adaptar melhor. É muito lutador e tem bastante força. Quando conseguir rematar decentemente à baliza, pode ser muito útil. A defesa esteve bem, com o Maxi Pereira a revelar-se uma boa opção para a direita, mas a precisar de arriscar mais no ataque. Mas ponham o Léo a treinar cruzamentos, por favor!
Não fizemos um jogo brilhante, mas não alinho na teoria dos “profetas da desgraça”. Criámos várias situações de golo e lutámos até ao fim. Aliás, como temos feitos nos outros jogos e já é a 3ª vez que marcamos golos nos últimos cinco minutos. Está longe de ser uma coincidência. Contem lá os jogadores novos que alinharam de início e percebam de uma vez por todas que uma equipa não se faz em dois meses! Gosto da capacidade de luta deste Benfica e de nunca virar a cara ao esforço. Foi uma vitória arrancada a ferros (seguindo um chavão do futebol), com sangue e bastante súor, mas são estas que me trazem mais satisfação, porque são vitórias “à Benfica”.
Com o Katsouranis de novo a central, o Nuno Assis na direita, o Bergessio com o Cardozo e o Di María no banco, começámos muito mal o jogo e a 1ª parte foi para esquecer. O Celtic estava muito fechado e nós não tínhamos velocidade para entrar na defesa deles. A bola praticamente não chegava aos avançados e só tivemos dois lances perigosos, com um incrível falhanço do Cardozo, que rematou na atmosfera depois de um centro do Léo, e uma cabeçada do Katsouranis a permitir uma boa defesa ao guarda-redes. Do outro lado, o Quim fez uma grande defesa que impediu um golo certo. A 2ª parte foi completamente diferente. Sinceramente perdi conta às oportunidades que tivemos. Só o Cardozo teve cinco(!), incluindo duas bolas que bateram uma na trave e outra no poste. Como comentava com o Pedro F.F. ao telemóvel e com o D’Arcy via sms, parecia a reedição do jogo frente ao Boavista no ano passado. Os escoceses só tiveram uma grande oportunidade depois de um centro da direita, em que o avançado se antecipou ao Luisão e rematou às malhas laterais. Finalmente a 3’ do fim, chegou o desejado golo por quem mais o merecia.
Individualmente destacou-se naturalmente o Cardozo. Uma parte do conhecedor público benfiquista já o assobiava no início do 2º tempo, mostrando que continua a saber como se incentiva um jogador que acabou de chegar, mas felizmente ele deu uma resposta adequada depois de uma 1ª parte fraca. No entanto, o potencial está lá e só não vê quem não quer. É tudo uma questão de confiança e se há mérito que ele tem é de nunca desistir. O golo que marcou é um golão e espero que seja o início de muitos, mas já o trabalho na segunda bola ao poste é de louvar. Não é qualquer jogador que recebe a bola de costas para a baliza, roda 180º e remata de primeira. A equipa subiu muito de produção na 2ª parte, especialmente depois das entradas do Di María e Adu. A óptima assistência para o golo do paraguaio é do argentino. O C. Rodríguez foi o melhor na 1ª parte, mas rebentou a meio da 2ª, assim como o Rui Costa, que teve uma jogada brilhante num canto, mas o remate saiu por cima. O Binya é a prova que o Fernando Santos nunca deveria ter sido treinador para o Benfica. O Nuno Assis continua com a irritante mania de jogar preferencialmente para o lado e para trás, mas não foi dos piores. Também não desgostei do Bergessio, outro jogador a precisar de se adaptar melhor. É muito lutador e tem bastante força. Quando conseguir rematar decentemente à baliza, pode ser muito útil. A defesa esteve bem, com o Maxi Pereira a revelar-se uma boa opção para a direita, mas a precisar de arriscar mais no ataque. Mas ponham o Léo a treinar cruzamentos, por favor!
Não fizemos um jogo brilhante, mas não alinho na teoria dos “profetas da desgraça”. Criámos várias situações de golo e lutámos até ao fim. Aliás, como temos feitos nos outros jogos e já é a 3ª vez que marcamos golos nos últimos cinco minutos. Está longe de ser uma coincidência. Contem lá os jogadores novos que alinharam de início e percebam de uma vez por todas que uma equipa não se faz em dois meses! Gosto da capacidade de luta deste Benfica e de nunca virar a cara ao esforço. Foi uma vitória arrancada a ferros (seguindo um chavão do futebol), com sangue e bastante súor, mas são estas que me trazem mais satisfação, porque são vitórias “à Benfica”.
quinta-feira, outubro 04, 2007
Triste
Perdemos em casa com o Shakhtar Donetsk (0-1) e tornámos bastante difíceis, para não dizer que hipotecámos de vez, as nossas hipóteses de seguir para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Ainda por cima, o Celtic venceu o Milan (2-1) em casa, pelo que neste momento estamos a três pontos da Taça Uefa. Duas derrotas em dois jogos é muito mau e se isto me deixa muito triste, mais ainda fico com a atitude aqueles que se dizem adeptos do Benfica, mas que fariam melhor ao clube se ficassem em casa (desenvolvimento na Tertúlia).
Entrámos bastante mal, com excepção de um bom remate do C. Rodríguez defendido pelo guarda-redes, mas a partir dos 20’ conseguimos equilibrar o jogo e dispusemos de algumas boas situações, nomeadamente um remate do Di Maria e outro do Katsouranis às malhas laterais. Os ucranianos mostraram que são uma boa equipa (a léguas do Dínamo de Kiev e a diferença pontual no campeonato percebe-se perfeitamente), o que não é de espantar dado o investimento todo que fizeram no plantel. Não é normal uma equipa daquela zona do globo contratar um dos melhores marcadores do campeonato italiano (Lucarelli) e uma série de brasileiros muito bons (gostei do nº 7, Fernandinho, e do 9, Ilsinho), de tal forma que só actuaram três(!) ucranianos a titular. Numa perda de bola a meio-campo, nessa altura contra a corrente do jogo e num lance em que o Nélson se lesionou, surgiu o golo deles aos 42’. Já tinham tido oportunidades anteriormente, mas conseguiram marcar numa altura péssima para nós, à beira do intervalo e quando estávamos a conseguir finalmente criar ocasiões. O Nuno Gomes substitui o Nélson e pudemos jogar novamente com os dois pontas-de-lança.
Na 2ª parte voltámos a não entrar bem. Com o recuo do Maxi Pereira para defesa-direito e o Rui Costa ao lado do Katsouranis, começámos a dar muito espaço ao adversário para contra-atacar, o que eles fizeram com bastante perigo. Não conseguíamos recuperar a bola, porque também não tínhamos ninguém para correr atrás dela. Como consequência disso não chegava jogo aos avançados. O Camacho viu isso muito bem e lançou o Binya aos 61’ tirando o Di Maria (que, apesar da bola ao poste, voltou a apresentar-se abaixo do que deveria, mesmo considerando o facto de ter actuado no lado direito onde é menos perigoso do que à esquerda; precisa de melhorar bastante o último passe e parece-me cansado). A maior parte dos treinadores de bancada, quais Rui Santos, assobiou esta substituição como seria de prever. Quantos mais avançados é que é bom! Recuperar bolas e ter o controlo do meio-campo é para maricas! Enfim... Claro que a nossa produção melhorou bastante a partir daqui (o tal treinador que é “limitado tacticamente” afinal parece que percebe um pouco disto...). Começámos a empurrar o Shakhtar para o seu meio-campo de tal forma que eles só tiveram mais uma grande ocasião em que nos apanharam em contrapé com três avançados frente ao Léo. Felizmente não deu em golo e nós tivemos uma série de ocasiões para marcar: Cardozo, Katsouranis e Edcarlos (esta foi incrível!) de cabeça e remate do Nuno Gomes para defesa do guarda-redes. Infelizmente não conseguimos e acabámos por perder.
Não fizemos um bom jogo, longe disso, mas também não estivemos abaixo de cão, como a maioria do comentadores quer fazer crer. Os ucranianos têm uma boa equipa e acho que o resultado mais justo seria o empate. Individualmente, o Quim voltou a estar brilhante e o C. Rodríguez foi outra vez dos que mais correram. O maestro precisa de descanso, o Katsouranis esteve um pouco perdido e o Cardozo, apesar de infeliz na concretização, precisa de adquirir ritmo de jogo e não se consegue isso no banco. Tem remate fácil e é importante para ganhar bolas de cabeça na área, como se viu no chuveirinho final e nos lançamentos laterais para a gránde-área do Binya, que a propósito entrou muitíssimo bem na equipa.
Estamos numa fase muito negativa e espero sinceramente que consigamos dar a volta por cima já em Leiria. Nota-se que precisamos de uma vitória para as coisas acalmarem. O potencial está lá, mas “Roma e Pavia não se fizeram num dia”. Não é a criar esta instabilidade permanente, a fazer pressão para resultados imediatos e a assobiar as más intervenções dos nossos jogadores que vamos conseguir qualquer coisa. Os bons adeptos vêem-se nestas alturas, os maus é melhor que fiquem em casa que não fazem falta nenhuma.
P.S. – Este senhor alemão chamado Wolfgang Stark fez das piores actuações que eu vi a um árbitro nas competições europeias. Pactuou com o anti-jogo dos ucranianos, não deixou a maca entrar em campo uma única vez(!) e pelo menos por três vezes houve jogadores assistidos em pleno relvado, as equipas fizeram quatro substituições na 2ª parte e ele só deu quatro(!) minutos de desconto. Inacreditável!
Entrámos bastante mal, com excepção de um bom remate do C. Rodríguez defendido pelo guarda-redes, mas a partir dos 20’ conseguimos equilibrar o jogo e dispusemos de algumas boas situações, nomeadamente um remate do Di Maria e outro do Katsouranis às malhas laterais. Os ucranianos mostraram que são uma boa equipa (a léguas do Dínamo de Kiev e a diferença pontual no campeonato percebe-se perfeitamente), o que não é de espantar dado o investimento todo que fizeram no plantel. Não é normal uma equipa daquela zona do globo contratar um dos melhores marcadores do campeonato italiano (Lucarelli) e uma série de brasileiros muito bons (gostei do nº 7, Fernandinho, e do 9, Ilsinho), de tal forma que só actuaram três(!) ucranianos a titular. Numa perda de bola a meio-campo, nessa altura contra a corrente do jogo e num lance em que o Nélson se lesionou, surgiu o golo deles aos 42’. Já tinham tido oportunidades anteriormente, mas conseguiram marcar numa altura péssima para nós, à beira do intervalo e quando estávamos a conseguir finalmente criar ocasiões. O Nuno Gomes substitui o Nélson e pudemos jogar novamente com os dois pontas-de-lança.
Na 2ª parte voltámos a não entrar bem. Com o recuo do Maxi Pereira para defesa-direito e o Rui Costa ao lado do Katsouranis, começámos a dar muito espaço ao adversário para contra-atacar, o que eles fizeram com bastante perigo. Não conseguíamos recuperar a bola, porque também não tínhamos ninguém para correr atrás dela. Como consequência disso não chegava jogo aos avançados. O Camacho viu isso muito bem e lançou o Binya aos 61’ tirando o Di Maria (que, apesar da bola ao poste, voltou a apresentar-se abaixo do que deveria, mesmo considerando o facto de ter actuado no lado direito onde é menos perigoso do que à esquerda; precisa de melhorar bastante o último passe e parece-me cansado). A maior parte dos treinadores de bancada, quais Rui Santos, assobiou esta substituição como seria de prever. Quantos mais avançados é que é bom! Recuperar bolas e ter o controlo do meio-campo é para maricas! Enfim... Claro que a nossa produção melhorou bastante a partir daqui (o tal treinador que é “limitado tacticamente” afinal parece que percebe um pouco disto...). Começámos a empurrar o Shakhtar para o seu meio-campo de tal forma que eles só tiveram mais uma grande ocasião em que nos apanharam em contrapé com três avançados frente ao Léo. Felizmente não deu em golo e nós tivemos uma série de ocasiões para marcar: Cardozo, Katsouranis e Edcarlos (esta foi incrível!) de cabeça e remate do Nuno Gomes para defesa do guarda-redes. Infelizmente não conseguimos e acabámos por perder.
Não fizemos um bom jogo, longe disso, mas também não estivemos abaixo de cão, como a maioria do comentadores quer fazer crer. Os ucranianos têm uma boa equipa e acho que o resultado mais justo seria o empate. Individualmente, o Quim voltou a estar brilhante e o C. Rodríguez foi outra vez dos que mais correram. O maestro precisa de descanso, o Katsouranis esteve um pouco perdido e o Cardozo, apesar de infeliz na concretização, precisa de adquirir ritmo de jogo e não se consegue isso no banco. Tem remate fácil e é importante para ganhar bolas de cabeça na área, como se viu no chuveirinho final e nos lançamentos laterais para a gránde-área do Binya, que a propósito entrou muitíssimo bem na equipa.
Estamos numa fase muito negativa e espero sinceramente que consigamos dar a volta por cima já em Leiria. Nota-se que precisamos de uma vitória para as coisas acalmarem. O potencial está lá, mas “Roma e Pavia não se fizeram num dia”. Não é a criar esta instabilidade permanente, a fazer pressão para resultados imediatos e a assobiar as más intervenções dos nossos jogadores que vamos conseguir qualquer coisa. Os bons adeptos vêem-se nestas alturas, os maus é melhor que fiquem em casa que não fazem falta nenhuma.
P.S. – Este senhor alemão chamado Wolfgang Stark fez das piores actuações que eu vi a um árbitro nas competições europeias. Pactuou com o anti-jogo dos ucranianos, não deixou a maca entrar em campo uma única vez(!) e pelo menos por três vezes houve jogadores assistidos em pleno relvado, as equipas fizeram quatro substituições na 2ª parte e ele só deu quatro(!) minutos de desconto. Inacreditável!
quarta-feira, setembro 19, 2007
Desfalcados
Perdemos frente ao Milan em San Siro por 2-1 e, se bem que uma derrota seja sempre um resultado negativo, acho que não temos que ficar desiludidos pelo jogo que fizemos. Jogar em casa do campeão europeu (ainda por cima, sendo uma equipa italiana) seria sempre complicado, mas quando nos faltam quatro(!) titulares, três dos quais são defesas e o outro o Petit, julgo que não se podia pedir mais. O Milan é de facto muito forte e joga quase de olhos fechados, facto a que não será alheio manter a mesma equipa-base há uns bons cinco anos.
Para muitos, o Camacho inventou ao colocar o Miguel Vítor de início, o Katsouranis e o Maxi Pereira no meio-campo defensivo, e o Nuno Gomes no banco. Já ouvi referir, pelos habituais profetas da desgraça e gente que só gosta de estar do conta, que se fosse o Fernando Santos a fazer estas alterações seria crucificado. Não estou nada de acordo. Era quase um suicídio se fôssemos jogar em San Siro com um trinco adaptado (Maxi Pereira), outro de 35 anos a ter que fazer trabalho defensivo e quatro(!) jogadores de ataque. O meio-campo do Milan chamaria um figo a esta constituição. Penso que o Camacho fez bem, embora que se possa sempre questionar porque não colocou o Romeu Ribeiro a trinco, mantendo o Katsouranis na defesa. Mas depois de se ver o jogo e o resultado é sempre mais fácil mandar palpites. De qualquer modo, comparem esta exibição com a do ano passado no jogo de estreia da Champions e digam lá qual foi a melhor...
A diferença entre as duas equipas foi notória, se bem que as ausências no Benfica pesassem bem mais do que as do Milan. O Quim voltou a ser dos melhores em campo, mas infelizmente falhou no lance mais fácil de toda a partida, ao atrasar-se no livre do Pirlo aos 9’ do qual resultou o primeiro golo. Reagimos bem e o Rui Costa teve uma grande jogada que finalizou com um remate fortíssimo que o Dida defendeu para a frente e aos 22’ tivemos a nossa melhor oportunidade num cabeceamento do Cardozo ao poste depois de um centro do Di Maria, que ainda foi desviado por um defesa. Claro que entretanto já o Milan tinha proporcionado ao Quim duas excelentes defesas. Aos 24’ um mau toque do Miguel Vítor perto da grande-área italiana deu origem a um contra-ataque do qual resultou o 2-0 pelo Inzaghi. Foi azar do miúdo, que de resto não esteve mal. Até ao intervalo, outra boa arrancada do maestro proporcionou ao Cardozo um remate à figura do Dida.
Na 2ª parte, o jogo manteve-se muito parecido, com o Milan a jogar preferencialmente em contra-ataque e o Quim a salvar mais uns quantos golos. Os nossos remates não saíram tão bem e só conseguimos marcar já nos descontos através do Nuno Gomes (entretanto entrado para o lugar do amarelado Cardozo), num lance em que o Edcarlos estava ligeiramente adiantado à defesa do Milan [correcção: revi o lance no resumo e o Edcarlos está em linha com o Katsouranis, que fez o centro; portanto, não há irregularidade nenhuma]. A esta diminuição de produtividade atacante não foi alheio o cansaço físico do Rui Costa, que se tornou mais visível a partir de meio da 2ª parte. O Camacho resolveu (e bem) proporcionar-lhe uma despedida condigna de San Siro, substituindo-o perto do fim. Mesmo assim, o maestro foi indiscutivelmente o nosso melhor jogador e volto a bater na mesma tecla: ainda é muito cedo para o tentar reformar já para o ano. Outro que me entusiasmou foi o C. Rodríguez. Já tinha jogado bem frente à Naval e hoje fez uma grande exibição. Não tem medo de procurar a bola, participa bastante no desenvolvimento do ataque, não se esconde do jogo e tem boa qualidade técnica. Já o Di Maria mostrou que ainda precisa de amadurecer. Nem sempre tomou a melhor opção quando se tratava de libertar a bola. O Maxi Pereira também esteve bem a fazer de Petit, mas o Cardozo é que poderia ter jogado um pouco melhor. Pareceu-me muito lento e com pouca frescura física, sendo muitas vezes batido pelos defesas que chegavam primeiro à bola. Achei natural a sua saída para dar lugar ao Nuno Gomes, porque, apesar de estarmos a perder por 2-0, não é por se ter muitos avançados que se ganham jogos e a equipa não estava a jogar mal naquele esquema. O Edcarlos também se portou bem, mostrando ser um jogador muito sóbrio. O Camacho ainda aproveitou para lançar o camaronês Gilles Binya aos 72’, que se destacou pela combatividade que deu ao meio-campo. Definitivamente um jogador a rever. O pior do Benfica foi indiscutivelmente o Luís Filipe, que mostrou todas as suas limitações. Pode ser um substituto do Nélson, mas só em meia-dúzia de jogos por ano. É bom que o nº 22 volte depressa!
Daqui a duas semanas teremos um jogo importantíssimo para a qualificação, em casa frente ao Shakhtar Donetsk que nesta jornada bateu o Celtic por 2-0. É imperioso vencer essa partida para ganharmos vantagem sobre os ucranianos, já que o Milan é de outra galáxia e se tudo correr normalmente as outras equipas só poderão aspirar a somar um ponto frente a eles.
P.S. – Conheço muitos pouco jogadores que sejam idolatrados (é mesmo este o termo) em todos os clubes por onde passaram. É o caso do Rui Costa. Já não há palavras para descrever a sua grandeza.
Para muitos, o Camacho inventou ao colocar o Miguel Vítor de início, o Katsouranis e o Maxi Pereira no meio-campo defensivo, e o Nuno Gomes no banco. Já ouvi referir, pelos habituais profetas da desgraça e gente que só gosta de estar do conta, que se fosse o Fernando Santos a fazer estas alterações seria crucificado. Não estou nada de acordo. Era quase um suicídio se fôssemos jogar em San Siro com um trinco adaptado (Maxi Pereira), outro de 35 anos a ter que fazer trabalho defensivo e quatro(!) jogadores de ataque. O meio-campo do Milan chamaria um figo a esta constituição. Penso que o Camacho fez bem, embora que se possa sempre questionar porque não colocou o Romeu Ribeiro a trinco, mantendo o Katsouranis na defesa. Mas depois de se ver o jogo e o resultado é sempre mais fácil mandar palpites. De qualquer modo, comparem esta exibição com a do ano passado no jogo de estreia da Champions e digam lá qual foi a melhor...
A diferença entre as duas equipas foi notória, se bem que as ausências no Benfica pesassem bem mais do que as do Milan. O Quim voltou a ser dos melhores em campo, mas infelizmente falhou no lance mais fácil de toda a partida, ao atrasar-se no livre do Pirlo aos 9’ do qual resultou o primeiro golo. Reagimos bem e o Rui Costa teve uma grande jogada que finalizou com um remate fortíssimo que o Dida defendeu para a frente e aos 22’ tivemos a nossa melhor oportunidade num cabeceamento do Cardozo ao poste depois de um centro do Di Maria, que ainda foi desviado por um defesa. Claro que entretanto já o Milan tinha proporcionado ao Quim duas excelentes defesas. Aos 24’ um mau toque do Miguel Vítor perto da grande-área italiana deu origem a um contra-ataque do qual resultou o 2-0 pelo Inzaghi. Foi azar do miúdo, que de resto não esteve mal. Até ao intervalo, outra boa arrancada do maestro proporcionou ao Cardozo um remate à figura do Dida.
Na 2ª parte, o jogo manteve-se muito parecido, com o Milan a jogar preferencialmente em contra-ataque e o Quim a salvar mais uns quantos golos. Os nossos remates não saíram tão bem e só conseguimos marcar já nos descontos através do Nuno Gomes (entretanto entrado para o lugar do amarelado Cardozo), num lance em que o Edcarlos estava ligeiramente adiantado à defesa do Milan [correcção: revi o lance no resumo e o Edcarlos está em linha com o Katsouranis, que fez o centro; portanto, não há irregularidade nenhuma]. A esta diminuição de produtividade atacante não foi alheio o cansaço físico do Rui Costa, que se tornou mais visível a partir de meio da 2ª parte. O Camacho resolveu (e bem) proporcionar-lhe uma despedida condigna de San Siro, substituindo-o perto do fim. Mesmo assim, o maestro foi indiscutivelmente o nosso melhor jogador e volto a bater na mesma tecla: ainda é muito cedo para o tentar reformar já para o ano. Outro que me entusiasmou foi o C. Rodríguez. Já tinha jogado bem frente à Naval e hoje fez uma grande exibição. Não tem medo de procurar a bola, participa bastante no desenvolvimento do ataque, não se esconde do jogo e tem boa qualidade técnica. Já o Di Maria mostrou que ainda precisa de amadurecer. Nem sempre tomou a melhor opção quando se tratava de libertar a bola. O Maxi Pereira também esteve bem a fazer de Petit, mas o Cardozo é que poderia ter jogado um pouco melhor. Pareceu-me muito lento e com pouca frescura física, sendo muitas vezes batido pelos defesas que chegavam primeiro à bola. Achei natural a sua saída para dar lugar ao Nuno Gomes, porque, apesar de estarmos a perder por 2-0, não é por se ter muitos avançados que se ganham jogos e a equipa não estava a jogar mal naquele esquema. O Edcarlos também se portou bem, mostrando ser um jogador muito sóbrio. O Camacho ainda aproveitou para lançar o camaronês Gilles Binya aos 72’, que se destacou pela combatividade que deu ao meio-campo. Definitivamente um jogador a rever. O pior do Benfica foi indiscutivelmente o Luís Filipe, que mostrou todas as suas limitações. Pode ser um substituto do Nélson, mas só em meia-dúzia de jogos por ano. É bom que o nº 22 volte depressa!
Daqui a duas semanas teremos um jogo importantíssimo para a qualificação, em casa frente ao Shakhtar Donetsk que nesta jornada bateu o Celtic por 2-0. É imperioso vencer essa partida para ganharmos vantagem sobre os ucranianos, já que o Milan é de outra galáxia e se tudo correr normalmente as outras equipas só poderão aspirar a somar um ponto frente a eles.
P.S. – Conheço muitos pouco jogadores que sejam idolatrados (é mesmo este o termo) em todos os clubes por onde passaram. É o caso do Rui Costa. Já não há palavras para descrever a sua grandeza.
quinta-feira, agosto 30, 2007
Querer e coração
Ganhámos hoje (1-0) em Copenhaga e garantimos o apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões. Era um jogo crucial para a época, ainda para mais agora com a entrada de um novo treinador e a necessidade de conseguir resultados no imediato. Penso que fomos um justo vencedor da eliminatória, se bem que no jogo de hoje tivéssemos a nossa dosezita de sorte.
Já se percebeu que com o Camacho só joga quem estiver a 100%. Mais uma vez o Luisão não estava nas melhores condições e não houve nenhuma hesitação em colocar o Miguel Vítor novamente em campo. Treinador que sabe motivar e dar confiança aos jogadores é assim... Em relação à partida com o V. Guimarães, entraram de início o Di Maria (na sua estreia absoluta) em vez do Coentrão e o Luís Filipe no lugar do Nuno Assis. Mas nós não começámos nada bem o jogo. Os primeiros 15 minutos foram de sufoco junto à nossa área e se não fosse o Léo, o Cardozo(!) e o Quim teríamos certamente sofrido um golo. Não conseguíamos sair a jogar e cada bola bombeada era um perigo. Felizmente o Cardozo ganhou um livre a meio do meio-campo aos 17’ do qual resultou o nosso golo. Centro do Rui Costa, assistência do Cardozo para a assistência do Nuno Gomes ao Katsouranis, que beneficiou da falta de killer instinct (neste caso, ainda bem!) do nosso capitão (que fez um passe quando estava sozinho e em boa posição para cabecear à baliza) para efectuar um excelente remate de primeira sem hipóteses para o guarda-redes. Foi um balde de água fria para os dinamarqueses, que a partir daí nunca mais recuperaram o ímpeto inicial. Ao invés, nós aproveitámos o golo para começar a jogar futebol e, ao contrário de tempos nada distantes, em vez de ficarmos na “expectativa” (Paris e Barcelona, anyone?), fomos à procura do segundo que nos garantiria praticamente a qualificação. O Di Maria, depois de uma magnífica abertura do maestro, esteve próximo, mas o remate saiu ao lado e noutro lance o Nuno Gomes atirou para defesa do guarda-redes para canto. Mas até final da 1ª parte ainda tivemos dois enormes sustos: um remate ao poste num livre e um cabeceamento do Allbäck que saiu a rasar a baliza. Entretanto houve um lance divido entre o Miguel Vítor e este mesmo Allbäck, que sinceramente não me pareceu penalty. É certo que o nosso júnior puxou a camisola do sueco (e vice-versa), mas quando este caiu já ninguém lhe tocava.
Na 2ª parte tivemos logo uma má notícia, vinda ainda da 1ª: o Nélson saiu lesionado e entrou o Nuno Assis, recuando o inoperante Luís Filipe (que 1º tempo de fugir!) para defesa-direito. Como atirar chouriços para a frente é mais fácil do que construir jogadas, o ex-bracarense subiu de produção (mas acho que não ficaríamos a perder se propuséssemos ao Braga a troca dele pelo seu substituto, João Pereira...). Ao contrário da etapa inicial, o Copenhaga não entrou a todo gás, já que nós conseguimo-los controlar melhor. E nos primeiros 15’ tivemos duas excelente ocasiões: livre frontal do Rui Costa por cima (Simão, where art thou?!) e um falhanço incrível do Nuno Assis na sequência de um canto, em que ele na pequena-área(!) conseguiu cabecear para o guarda-redes (deve ser do nome, este não fica nada a dever ao falhanço do Nuno Gomes frente ao Espanyol). A partir desta altura, o Copenhaga subiu de produção e nós começámos a sentir a falta de mais alguém para ajudar a segurar o meio-campo, já que o Petit (EXTRAORDINÁRIA exibição!) infelizmente só conseguia estar num sítio de cada vez e o Rui Costa nunca foi (nem pode ser) um recuperador de bolas. A pouco menos de 20’ do fim, entrou o Romeu Ribeiro para o lugar do Di Maria e conseguimos acalmar mais as coisas. Mas mesmo assim não estive tranquilo, porque um golo colocar-nos-ia em pressão constante até final. A 10’ do fim foi a vez do Cardozo falhar o segundo tento, ao rematar à figura do guarda-redes. No tempo restante ainda permitimos alguns remates à nossa baliza, mas ou o Quim resolvia as coisas ou as bolas saíam ao lado. Quando o árbitro apitou para o final, senti-me como se estivesse estado em campo os 90’, mas desta vez o sofrimento foi recompensado.
O melhor em campo foi o Petit. Então na 2ª parte foi um festival de bem cortar bolas, fosse de cabeça(!) à entrada da nossa área, fosse com os pés. Durante mais de uma hora esteve praticamente sozinho a recuperar bolas e fez um jogo quase perfeito. Igualmente em destaque esteve o núcleo duro da equipa: Quim, Katsouranis, Rui Costa e Nuno Gomes. É a vantagem de se ter jogadores experientes e de qualidade no plantel. O Quim salvou a equipa em alguns lances e mesmo nos cruzamentos esteve melhor que o costume. O grego, para além de ter sido um gigante na defesa, marcou o golo que nos qualificou. O maestro pautou muito bem o nosso jogo, estabeleceu os ritmos adequados a cada fase da partida e os lances atacantes passavam quase todos por ele. O Nuno Gomes esteve bastante melhor que nas outras partidas: fez o assistência para o Katsouranis e ainda o nosso melhor remate para defesa do guarda-redes. Além disso, era o primeiro a defender. Igualmente em bom nível estiveram o Miguel Vítor (espero que a entrada do novo central, Edcarlos, não lhe tire espaço na equipa, porque sinceramente parece-me bom jogador e muito personalizado) e o Léo (que já se sabe nunca joga mal). Gostei também do Di Maria (não tem medo de partir para cima dos adversários, tem técnica e só tem que aprender a soltar melhor a bola), do Cardozo (se bem que na parte final tenha acusado o desgaste) e do Nuno Assis, que apesar do inacreditável falhanço, entrou muito bem na equipa. O Nélson estava a fazer um bom jogo até se lesionar, o Luís Filipe NÃO PODE ser extremo e o Romeu Ribeiro deverá ter igualmente novas oportunidades.
Vamos ver como será o sorteio. Gostaria que não nos saísse o Manchester United (três vezes seguidas seria demais!), nem nenhuma equipa italiana. Mas estando nós no pote 2 somos favoritos a passar aos oitavos-de-final e temos que nos apresentar como tal. Embora, por outro lado, uma vitória na Taça Uefa (que deveria ter sido no ano passado!) me esteja atravessada na garganta. E convenhamos que ganhar a Champions nesta altura será utópico.
P.S. 1 – Nesta semana, o nosso clube ganhou o direito a ter pela primeira vez um campeão do mundo. Parabéns Nelson Évora pela vitória no triplo salto!
P.S. 2 – As imagens do Antonio Puerta, jogador do Sevilha, a cair no relvado são-nos infelizmente muito familiares. Mais uma morte trágica de um desportista, que obviamente se lamenta.
P.S. 3 – Os clubes desportistas são assim. Não aceitam adiar por um dia o seu jogo no campeonato para permitir que o seu adversário descanse de uma viagem que durará quase 24 horas, depois de uma competição europeia, ficando só com um dia de repouso. Por um lado é bem feito para o Leiria, que no ano passado foi a equipa B do clube regional, mas o inacreditável é este assunto ter sido muito pouco falado. Ai, se fosse ao contrário, o que não se diria...
Já se percebeu que com o Camacho só joga quem estiver a 100%. Mais uma vez o Luisão não estava nas melhores condições e não houve nenhuma hesitação em colocar o Miguel Vítor novamente em campo. Treinador que sabe motivar e dar confiança aos jogadores é assim... Em relação à partida com o V. Guimarães, entraram de início o Di Maria (na sua estreia absoluta) em vez do Coentrão e o Luís Filipe no lugar do Nuno Assis. Mas nós não começámos nada bem o jogo. Os primeiros 15 minutos foram de sufoco junto à nossa área e se não fosse o Léo, o Cardozo(!) e o Quim teríamos certamente sofrido um golo. Não conseguíamos sair a jogar e cada bola bombeada era um perigo. Felizmente o Cardozo ganhou um livre a meio do meio-campo aos 17’ do qual resultou o nosso golo. Centro do Rui Costa, assistência do Cardozo para a assistência do Nuno Gomes ao Katsouranis, que beneficiou da falta de killer instinct (neste caso, ainda bem!) do nosso capitão (que fez um passe quando estava sozinho e em boa posição para cabecear à baliza) para efectuar um excelente remate de primeira sem hipóteses para o guarda-redes. Foi um balde de água fria para os dinamarqueses, que a partir daí nunca mais recuperaram o ímpeto inicial. Ao invés, nós aproveitámos o golo para começar a jogar futebol e, ao contrário de tempos nada distantes, em vez de ficarmos na “expectativa” (Paris e Barcelona, anyone?), fomos à procura do segundo que nos garantiria praticamente a qualificação. O Di Maria, depois de uma magnífica abertura do maestro, esteve próximo, mas o remate saiu ao lado e noutro lance o Nuno Gomes atirou para defesa do guarda-redes para canto. Mas até final da 1ª parte ainda tivemos dois enormes sustos: um remate ao poste num livre e um cabeceamento do Allbäck que saiu a rasar a baliza. Entretanto houve um lance divido entre o Miguel Vítor e este mesmo Allbäck, que sinceramente não me pareceu penalty. É certo que o nosso júnior puxou a camisola do sueco (e vice-versa), mas quando este caiu já ninguém lhe tocava.
Na 2ª parte tivemos logo uma má notícia, vinda ainda da 1ª: o Nélson saiu lesionado e entrou o Nuno Assis, recuando o inoperante Luís Filipe (que 1º tempo de fugir!) para defesa-direito. Como atirar chouriços para a frente é mais fácil do que construir jogadas, o ex-bracarense subiu de produção (mas acho que não ficaríamos a perder se propuséssemos ao Braga a troca dele pelo seu substituto, João Pereira...). Ao contrário da etapa inicial, o Copenhaga não entrou a todo gás, já que nós conseguimo-los controlar melhor. E nos primeiros 15’ tivemos duas excelente ocasiões: livre frontal do Rui Costa por cima (Simão, where art thou?!) e um falhanço incrível do Nuno Assis na sequência de um canto, em que ele na pequena-área(!) conseguiu cabecear para o guarda-redes (deve ser do nome, este não fica nada a dever ao falhanço do Nuno Gomes frente ao Espanyol). A partir desta altura, o Copenhaga subiu de produção e nós começámos a sentir a falta de mais alguém para ajudar a segurar o meio-campo, já que o Petit (EXTRAORDINÁRIA exibição!) infelizmente só conseguia estar num sítio de cada vez e o Rui Costa nunca foi (nem pode ser) um recuperador de bolas. A pouco menos de 20’ do fim, entrou o Romeu Ribeiro para o lugar do Di Maria e conseguimos acalmar mais as coisas. Mas mesmo assim não estive tranquilo, porque um golo colocar-nos-ia em pressão constante até final. A 10’ do fim foi a vez do Cardozo falhar o segundo tento, ao rematar à figura do guarda-redes. No tempo restante ainda permitimos alguns remates à nossa baliza, mas ou o Quim resolvia as coisas ou as bolas saíam ao lado. Quando o árbitro apitou para o final, senti-me como se estivesse estado em campo os 90’, mas desta vez o sofrimento foi recompensado.
O melhor em campo foi o Petit. Então na 2ª parte foi um festival de bem cortar bolas, fosse de cabeça(!) à entrada da nossa área, fosse com os pés. Durante mais de uma hora esteve praticamente sozinho a recuperar bolas e fez um jogo quase perfeito. Igualmente em destaque esteve o núcleo duro da equipa: Quim, Katsouranis, Rui Costa e Nuno Gomes. É a vantagem de se ter jogadores experientes e de qualidade no plantel. O Quim salvou a equipa em alguns lances e mesmo nos cruzamentos esteve melhor que o costume. O grego, para além de ter sido um gigante na defesa, marcou o golo que nos qualificou. O maestro pautou muito bem o nosso jogo, estabeleceu os ritmos adequados a cada fase da partida e os lances atacantes passavam quase todos por ele. O Nuno Gomes esteve bastante melhor que nas outras partidas: fez o assistência para o Katsouranis e ainda o nosso melhor remate para defesa do guarda-redes. Além disso, era o primeiro a defender. Igualmente em bom nível estiveram o Miguel Vítor (espero que a entrada do novo central, Edcarlos, não lhe tire espaço na equipa, porque sinceramente parece-me bom jogador e muito personalizado) e o Léo (que já se sabe nunca joga mal). Gostei também do Di Maria (não tem medo de partir para cima dos adversários, tem técnica e só tem que aprender a soltar melhor a bola), do Cardozo (se bem que na parte final tenha acusado o desgaste) e do Nuno Assis, que apesar do inacreditável falhanço, entrou muito bem na equipa. O Nélson estava a fazer um bom jogo até se lesionar, o Luís Filipe NÃO PODE ser extremo e o Romeu Ribeiro deverá ter igualmente novas oportunidades.
Vamos ver como será o sorteio. Gostaria que não nos saísse o Manchester United (três vezes seguidas seria demais!), nem nenhuma equipa italiana. Mas estando nós no pote 2 somos favoritos a passar aos oitavos-de-final e temos que nos apresentar como tal. Embora, por outro lado, uma vitória na Taça Uefa (que deveria ter sido no ano passado!) me esteja atravessada na garganta. E convenhamos que ganhar a Champions nesta altura será utópico.
P.S. 1 – Nesta semana, o nosso clube ganhou o direito a ter pela primeira vez um campeão do mundo. Parabéns Nelson Évora pela vitória no triplo salto!
P.S. 2 – As imagens do Antonio Puerta, jogador do Sevilha, a cair no relvado são-nos infelizmente muito familiares. Mais uma morte trágica de um desportista, que obviamente se lamenta.
P.S. 3 – Os clubes desportistas são assim. Não aceitam adiar por um dia o seu jogo no campeonato para permitir que o seu adversário descanse de uma viagem que durará quase 24 horas, depois de uma competição europeia, ficando só com um dia de repouso. Por um lado é bem feito para o Leiria, que no ano passado foi a equipa B do clube regional, mas o inacreditável é este assunto ter sido muito pouco falado. Ai, se fosse ao contrário, o que não se diria...
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Bicadas,
Liga dos Campeões 2007/08,
Sorteios
quarta-feira, agosto 15, 2007
O Maestro, pois claro!
Já o disse aqui e volto a repetir: I pity you, seus pobres de espírito, que não compram um cativo na Luz quando sabem que o Rui Costa faz parte do plantel. Perderão a oportunidade, certamente irrepetível durante muitos anos, de ver ao vivo um dos poucos jogadores mundiais que aliam o amor à camisola com uma tremenda classe. Graças aos dois golos do maestro ganhámos (2-1) ao Copenhaga na 1ª mão da pré-eliminatória da Liga dos Campeões. O resultado é bastante perigoso, mas será uma vergonha se não conseguirmos a qualificação, porque temos muito mais potencial do que os dinamarqueses (e ainda por cima o Gronkjaer não vai jogar, por causa dos amarelos).
A novela Manuel Fernandes marcou a equipa, porque o Katsouranis não dá, nem de perto nem de longe, o mesmo rendimento atacante. Invariavelmente passa para o lado e para trás, além de parecer em má condição física. Só melhorou quando recuou para defesa após a saída do Luisão (na enésima lesão muscular deste plantel...). Não fizemos um grande jogo, mas fomos a única equipa a querer ganhá-lo. O problema é o que já referi em posts anteriores: com a saída do Simão não há ninguém para acelerar o jogo a meio-campo, o que faz com que as jogadas sejam todas muito previsíveis. Ou há um lançamento directamente para os avançados ou então demoramos séculos a chegar a uma zona de remate. Na 1ª parte, para além do golo do Rui Costa aos 25’ (com a ajuda do guarda-redes), só uma cabeçada ao lado do Cardozo criou perigo. Os dinamarqueses estavam fechados a sete chaves e só se viam no ataque em lances de bola parada. Até que a lesão do Luisão, e a demora na substituição (porque é que ele não se atirou para o chão para ganhar tempo para o aquecimento do colega de equipa?), fez com que chegasse o empate aos 35’. Um mau alívio do defesa brasileiro colocou a bola no extremo Hutchinson, que rematou sem hipóteses para o Quim. Logo a seguir, o Fernando Santos lançou o norte-americano Freddy Adu, que mostrou que ainda precisa de crescer muito, já que ainda é bastante brinca na areia e pouco objectivo a jogar. Ainda por cima, só tem uma semana de treinos com o plantel. Por tudo isto, eu teria preferido colocar o Nélson a extremo, mas enfim.
Na 2ª parte entrou o Fábio Coentrão para o lugar do Bergessio (muito esforçado, mas pouco consequente) e passámos a jogar em 4-3-3. Continuávamos sem jogar bem, mas o Cardozo teve duas boas hipóteses para marcar, com uma cabeçada e um excelente remate de fora da área que o guarda-redes defendeu para canto. O Coentrão não entrou mal, mas continua a atirar-se demasiado para o chão, o que fez com que o árbitro não assinalasse algumas faltas que existiram mesmo sobre ele. Já na fase do desespero entrou o Nuno Gomes para o lugar do Nuno Assis (que fez uma boa 1ª parte, mas baixou imenso na 2ª) e foi a cinco minutos do fim que o maestro teve um remate de raiva e fez o segundo golo. A maneira como festejou e as emoções que demonstrou fazem dele, de facto, um jogador único. É um privilégio poder vê-lo espalhar o seu benfiquismo dentro do campo mesmo à minha frente. Continuem a ficar no sofá que não sabem o que perdem!
Individualmente pouco mais existiu que o Rui Costa. Todos parecem um pouco presos de movimento. Mas o Cardozo, ao qual poucas bolas chegaram em condições, mostrou mais uma vez que é um grande reforço. O remate de fora da área é brilhante. O Luís Filipe raramente subiu no terreno (ordens?) e teve uma 2ª parte desastrada. Penso que o Nélson deverá voltar à titularidade frente ao Leixões. A defesa esteve muito insegura e foi diversas vezes batida em lances aéreos, embora o Léo tenha sido o lateral mais ofensivo (só que lhe falta o Simão para passar a bola...). No meio-campo, o Petit também ainda não está na forma ideal e o Nuno Assis não é constante (o Karagounis faz imensa falta).
Estou muito preocupado com isto, porque não há meio de fazermos uma exibição convincente. Para além disso, só temos quatro(!) jogadores para o meio-campo, que são os que alinharam hoje, porque o Adu e o Di Maria, já não falando na sua juventude, precisam naturalmente de se adaptar. A boa notícia é que finalmente encontrámos um ponta-de-lança a sério, mas se não for servido em condições não nos serve de nada. Precisamos URGENTEMENTE de mais um central e um médio, mas daqueles que possam dar garantias de rendimento imediato. Já basta de remendos e de contratações de jogadores para serem dispensados pouco depois. A planificação desta época foi lamentável e por muito que eu não goste do Fernando Santos (e não gosto), não posso deixar de sentir pena por ele. Qual é a estratégia que sobrevive à perda de um jogador nuclear a 24 horas de uma partida importantíssima?!
A novela Manuel Fernandes marcou a equipa, porque o Katsouranis não dá, nem de perto nem de longe, o mesmo rendimento atacante. Invariavelmente passa para o lado e para trás, além de parecer em má condição física. Só melhorou quando recuou para defesa após a saída do Luisão (na enésima lesão muscular deste plantel...). Não fizemos um grande jogo, mas fomos a única equipa a querer ganhá-lo. O problema é o que já referi em posts anteriores: com a saída do Simão não há ninguém para acelerar o jogo a meio-campo, o que faz com que as jogadas sejam todas muito previsíveis. Ou há um lançamento directamente para os avançados ou então demoramos séculos a chegar a uma zona de remate. Na 1ª parte, para além do golo do Rui Costa aos 25’ (com a ajuda do guarda-redes), só uma cabeçada ao lado do Cardozo criou perigo. Os dinamarqueses estavam fechados a sete chaves e só se viam no ataque em lances de bola parada. Até que a lesão do Luisão, e a demora na substituição (porque é que ele não se atirou para o chão para ganhar tempo para o aquecimento do colega de equipa?), fez com que chegasse o empate aos 35’. Um mau alívio do defesa brasileiro colocou a bola no extremo Hutchinson, que rematou sem hipóteses para o Quim. Logo a seguir, o Fernando Santos lançou o norte-americano Freddy Adu, que mostrou que ainda precisa de crescer muito, já que ainda é bastante brinca na areia e pouco objectivo a jogar. Ainda por cima, só tem uma semana de treinos com o plantel. Por tudo isto, eu teria preferido colocar o Nélson a extremo, mas enfim.
Na 2ª parte entrou o Fábio Coentrão para o lugar do Bergessio (muito esforçado, mas pouco consequente) e passámos a jogar em 4-3-3. Continuávamos sem jogar bem, mas o Cardozo teve duas boas hipóteses para marcar, com uma cabeçada e um excelente remate de fora da área que o guarda-redes defendeu para canto. O Coentrão não entrou mal, mas continua a atirar-se demasiado para o chão, o que fez com que o árbitro não assinalasse algumas faltas que existiram mesmo sobre ele. Já na fase do desespero entrou o Nuno Gomes para o lugar do Nuno Assis (que fez uma boa 1ª parte, mas baixou imenso na 2ª) e foi a cinco minutos do fim que o maestro teve um remate de raiva e fez o segundo golo. A maneira como festejou e as emoções que demonstrou fazem dele, de facto, um jogador único. É um privilégio poder vê-lo espalhar o seu benfiquismo dentro do campo mesmo à minha frente. Continuem a ficar no sofá que não sabem o que perdem!
Individualmente pouco mais existiu que o Rui Costa. Todos parecem um pouco presos de movimento. Mas o Cardozo, ao qual poucas bolas chegaram em condições, mostrou mais uma vez que é um grande reforço. O remate de fora da área é brilhante. O Luís Filipe raramente subiu no terreno (ordens?) e teve uma 2ª parte desastrada. Penso que o Nélson deverá voltar à titularidade frente ao Leixões. A defesa esteve muito insegura e foi diversas vezes batida em lances aéreos, embora o Léo tenha sido o lateral mais ofensivo (só que lhe falta o Simão para passar a bola...). No meio-campo, o Petit também ainda não está na forma ideal e o Nuno Assis não é constante (o Karagounis faz imensa falta).
Estou muito preocupado com isto, porque não há meio de fazermos uma exibição convincente. Para além disso, só temos quatro(!) jogadores para o meio-campo, que são os que alinharam hoje, porque o Adu e o Di Maria, já não falando na sua juventude, precisam naturalmente de se adaptar. A boa notícia é que finalmente encontrámos um ponta-de-lança a sério, mas se não for servido em condições não nos serve de nada. Precisamos URGENTEMENTE de mais um central e um médio, mas daqueles que possam dar garantias de rendimento imediato. Já basta de remendos e de contratações de jogadores para serem dispensados pouco depois. A planificação desta época foi lamentável e por muito que eu não goste do Fernando Santos (e não gosto), não posso deixar de sentir pena por ele. Qual é a estratégia que sobrevive à perda de um jogador nuclear a 24 horas de uma partida importantíssima?!
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