quinta-feira, abril 07, 2022
Dignos
quarta-feira, março 16, 2022
Milagre
sábado, fevereiro 26, 2022
Resposta
sexta-feira, dezembro 10, 2021
Nos oitavos
quarta-feira, novembro 24, 2021
Choque
O Jesus disse que íamos jogar para ganhar, mas a verdade é que não o fizemos. Fomos brilhantes em termos defensivos, especialmente o Otamendi, que fez uma exibição monstruosa, mas muito pouco acutilantes no ataque, sempre com medo do contra-ataque dos catalães. A 1ª parte ficou marcada por três momentos de perigo: uma cabeçada do Yaremchuk num canto que o Ter Stegen defendeu por instinto, o golo anulado ao Otamendi com o argumento de que a bola terá saído do campo no canto e o remate ao poste do austríaco Demir. Conseguimos quase sempre manietar o Barça, não lhes dando praticamente espaço nenhum.
Na 2ª parte, especialmente a partir da entrada do Dembélé, sofremos muito mais. O Grimaldo já tinha um amarelo, não podia forçar e o Jesus esteve bem ao fazer entrar o Lazaro para fechar aquele lado. Já antes tinham entrado o Darwin e o Taarabt para os lugares do Yaremchuk e do apagado João Mário. O uruguaio veio agitar um pouco o nosso ataque, com algumas corridas, mas continua a revelar pouca inteligência na altura de soltar da bola. Do outro lado, o Vlachodimos lá ia resolvendo as coisas mais complicadas que lhe apareceram. O Pizzi já tinha entrado com o Lazaro e a menos de 10’ do fim o Seferovic substituiu o Grimaldo. O Barcelona ainda marcou um golo, mas o Ronald Araújo estava fora-de-jogo. Conseguimos contar os ataques contrários, com o Otamendi a fazer alguns cortes que entrarão certamente num compêndio de como bem defender. Até que, no último minuto da compensação, recuperámos uma bola e de repente temos o Darwin e Seferovic só com um defesa contrário pela frente a correr no meio-campo adversário. O uruguaio puxa o defesa e isola o suíço. O Seferovic, então, acrescenta mais uma página ao historial de golos feitos falhados em Camp Nou. O primeiro foi este, o segundo (e pior de todos, porque foi por egoísmo) este e, ontem, tivemos o mais escandaloso: o Seferovic conseguiu atirar ao lado quando só tinha a baliza pela frente e estava praticamente na pequena-área! Começou por acertar mal na bola quando a tentou picar por cima do guarda-redes, a bola bateu na cabeça deste e sobrou para ele, que atirou... ao lado! I N A C R E D I T Á V E L !!! Acho que todos nós falecemos um pouco ontem, ficaremos em choque durante umas quantas décadas e nunca mais nos esqueceremos deste lance...! Como é possível...?!?!
Em termos individuais, enorme destaque para o Otamendi, que fez uma das melhores exibições de um central que me lembro de ver na vida. O Vlachodimos esteve seguríssimo e o nulo também passou muito por ele. Aliás, toda a defesa esteve muito bem, com o André Almeida como terceiro central e o Gilberto na direita a não destoarem nada, ao contrário do que algumas más-línguas gostam de dizer. O João Mário esteve uns furos abaixo do que é habitual, mas convém não esquecer que veio de lesão. Em sentido contrário, o Weigl não parou quieto um minuto. Na frente, o Yaremchuk precisa de uns jogos no banco para colocar a cabeça em ordem, apesar de ter tido uma boa oportunidade naquele canto, e o Rafa e Everton quase não tiveram jogo, porque nós defendemos na maior parte do tempo. Quanto aos que entraram, o Seferovic nem sei bem o que diga...
Vamos lá a ver se o ‘falhanço do milénio’ não nos irá custar um lugar nos oitavos... Não será fácil o Barcelona ganhar em Munique, mas o Bayern só irá cumprir calendário. De qualquer modo, temos é de nos concentrar em ganhar o Dínamo Kiev na Luz. Porque se o tivéssemos feito fora (como deveríamos), aí já só dependeríamos de nós para a qualificação.
quinta-feira, novembro 04, 2021
Expectável
quinta-feira, outubro 21, 2021
Dignos
quinta-feira, setembro 30, 2021
Épico
quarta-feira, setembro 15, 2021
Empate
quarta-feira, agosto 25, 2021
Épico
Eu estava bastante apreensivo, porque os holandeses foram muito fortes na Luz, mas entrámos muito bem na partida, mesmo estando a jogar com dez desde o início (a sério, não há quem nos faça o favor de levar o Taarabt para longe da Luz...?!). Conseguimos controlar perfeitamente o PSV até à expulsão e até tivemos uma ótima oportunidade através do Rafa, cujo remate em boa posição foi cortado por um defesa para canto. Pouco depois, o PSV teve igualmente uma boa ocasião num remate à malha lateral depois de um cruzamento da direita. Até que veio o minuto 32 e eu vi Mozer em Parma em 1993/94 all over again. Depois de um amarelo perfeitamente idiota por ter falhado um passe, o Lucas Veríssimo meteu 37 milhões de euros em causa ao saltar com o braço aberto, metendo-se a jeito para o Sr. Slavko Vincic lhe mostrar o segundo. Se as coisas nos estavam a correm bem até então, a partir dali perspectivava-se o pior. Até ao intervalo, ficámos com os quatro defesas e vimos o Vlachodimos assumir-se como o homem da eliminatória, ao defender com a perna um remate do Madueke que lhe apareceu isolado pela frente sob a direita. Madueke, esse, que já antes num remate em arco tinha criado bastante perigo.
Na 2ª parte, dado que tínhamos de defender o 0-0, eu esperava a entrada do Meïté para o lugar desse erro chamado Taarabt e do Gonçalo Ramos, porque defende bastante melhor do que o Yaremchuk. Porém, não houve alterações e a equipa voltou ao esquema dos três centrais, com o Gilberto como um deles e o Rafa a fechar a lateral-direita. Mais estranho não poderia ser, até porque o Rafa deveria estar na frente, porque era o único cuja velocidade poderia causar problemas aos holandeses. Claro que aquela disposição táctica estava condenada a não durar muito tempo e aos 54’ entrou o Vertonghen para o lugar do equívoco Taarabt. Voltávamos a estar com dez novamente! Num raro contra-ataque, foi o Yaremchuk a conduzi-lo e a rematar já em esforço por cima, quando eventualmente poderia ter resolvido de outra forma. O PSV naturalmente dominava e goleava-nos em posse de bola, mas o Jesus respondia muito bem tacticamente e à passagem da hora de jogo entraram o André Almeida e o Gonçalo Ramos para os lugares do Gilberto e Yaremchuk. O único erro do Morato no jogo deu a melhor oportunidade ao PSV, com o Madueke na direita a assistir o isolado Zahavi no meio, mas este a atirar ao poste com a baliza completamente escancarada. Os deuses estiveram connosco, mas pareceu-me na repetição que o israelita estava ligeiramente fora-de-jogo. Nunca saberemos o que aconteceria caso a bola tivesse entrado... Felizmente aos 70’, o treinador dos holandeses resolveu tirar o Madueke e as coisas melhoraram um pouco para nós. A equipa mostrava-se bastante solidária e conseguimos não dar espaços ao PSV para entrar na nossa área. A 15’ do fim, esgotámos as substituições com o Everton e Meïté para os lugares do Rafa e João Mário, que já tinha visto um amarelo. Com a saída deste, deixámos de conseguir ter posse de bola, mas estando já amarelado seria um alvo fácil. O Everton ainda teve uma jogada típica sua, flectindo da esquerda para o meio, mas o remate saiu à figura. Do outro lado, continuava o show Vlachodimos a suster os poucos remates que lhe chegavam, entre os quais um duplo já a 5’ do fim, em que o grego esteve brilhante especialmente na defesa à recarga. Quando o esloveno sr. Slavko Vincic apitou para o final, dei um berro que se deve ter ouvido em Eindhoven. Foi uma catarse absolutamente necessária para uma camada de nervos que já não tinha provavelmente desde que fomos campeões com o Lage.
Em termos individuais, ÓBVIO destaque para o Vlachodimos. O Jesus bem pode continuar na teimosa de não o reconhecer directamente, mas o grego foi o homem da eliminatória. Ponto. Se estamos na Champions, a ele o devemos. Parágrafo. É um facto que qualquer pessoa que não seja cega vê! Realce também para as grandes exibições do Weigl (correu 12 km!) e do Grimaldo, que depois de ter uma 1ª mão muito difícil perante o Madueke, conseguiu ontem não ser batido uma única vez por ele. Os centrais foram muito importantes como muralha defensiva, apenas com o tal erro do Morato que nos poderia ter custado caro. O Lucas Veríssimo é bom que reflicta sobre o que se passou, pois esteve prestes a ter uma nódoa dificilmente apagável no seu currículo. Livrou-se de boa!
Como disse o Rui Costa aos jogadores no balneário, podem levar este jogo para o resto das suas vidas. Foi uma qualificação com enorme sofrimento, mas muito merecida precisamente por essa capacidade de ultrapassar as contrariedades. Assistimos a uma jornada heróica que não desmerece em nada a nossa história. Já andávamos a precisar disto há algum tempo. Viva o BENFICA!
P.S. – Estamos no pote 3 no sorteio. Portanto, por mim, pode ser o Villarreal, PSG e Sheriff. Adoraria ver o Messi, Neymar, Mbappé e Donnarumma na Luz, acho que teríamos hipóteses na luta pelo 2º lugar e a Liga Europa estaria em princípio garantida.
quinta-feira, agosto 19, 2021
Justo
Vencemos ontem o PSV na Luz (2-1) na 1ª mão do play-off de acesso à Liga dos Campeões. Foi um resultado muito bom, eventualmente até um pouco lisonjeiro para nós, num jogo bastante complicado perante um adversário que só tinha somado vitórias até agora.
No regresso esperado dos três centrais, o Yaremchuk foi o ponta-da-lança e foi dele a abertura para o Rafa inaugurar o marcador logo aos 10’. Não poderíamos ter tido melhor começo! No entanto, daí até perto do intervalo o jogo foi todo dos holandeses. Especialmente pelo seu lado direito, onde o Madueke deu cabo da cabeça do Grimaldo, o PSV pressionou-nos como nenhuma equipa tinha feito até agora. Lá conseguimos não os deixar criar grandes oportunidades, apesar de terem goleado na posse de bola. O Weigl perdeu umas quantas bolas em zona de perigosa, felizmente sem consequências, mas redimiu-se dessas falhas pouco habituais ao fazer o 2-0 aos 42’, aproveitando um ressalto na área depois de um canto do Pizzi. O PSV dominava e nós marcávamos. Não estava mal...!
Na 2ª parte, esperava-se que tivéssemos mais posse de bola e até voltámos a começar bem, com o Yaremchuk a rematar ao lado, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo. Logo a seguir, foi o Rafa a ter uma boa oportunidade depois de uma combinação com o Grimaldo, mas o remate saiu fraco e o guarda-redes defendeu sem dificuldade. Aos 51’, um balde de água fria com o golo dos holandeses através do Gakpo, que cortou um ataque nosso e iniciou ele próprio um contra-ataque venenoso que concluiu com um remate de fora da área. Sentimos o golo e os holandeses voltaram a dominar grande parte do segundo tempo. O jogo estava bastante rápido e fisicamente começámos a dar o berro, pelo que o Jesus fez quatro substituições de uma só vez, que tiveram o condão de estabilizar a equipa, nomeadamente a entrada do Meïté para o meio-campo. Até final, contámos com o Vlachodimos para manter a nossa baliza inviolada.
Em termos individuais, destaque novamente para o Yaremchuk que assistiu num golo e participou no ressalto que deu o segundo. No entanto, o melhor do Benfica foi indiscutivelmente o Vlachodimos com pelo menos quatro defesas de golo. (Não percebi de todo as declarações do Jesus no final do jogo a desvalorizar a exibição do grego...! É claramente melhor do que o Helton Leite.) O Rafa é quem mais cria desequilibrios atacantes e fica indiscutivelmente na história deste jogo pelo golo marcado. Os centrais estiveram globalmente bem, com o Morato a não tremer e o Lucas Veríssimos inclusive a participar nas acções atacantes com um belo remate de fora da área na 1ª parte, que proporcionou ao guarda-redes uma excelente defesa. para canto Quanto aos menos, o Pizzi passou indiscutivelmente ao lado do jogo e desta vez não tem uma assistência ou um golo para compensar.
Iremos passar um mau bocado na Holanda, porque este PSV me parece de outro calibre. Teremos obrigatoriamente de marcar e, provavelmente só um golo não chega. Eu reforçaria o meio-campo com Meïté e Weigl, avançando o João Mário e colocando o Pizzi no banco. É imperativo fazermos um jogo muito inteligente, até porque a vantagem de se marcar fora deixou de existir e, portanto, só não perdendo o jogo é que nos conseguiremos apoiar (sim, eu sei que pode haver penalties depois de uma derrota por um golo, mas estava a falar de jogo corrido.). No entanto, antes disso temos uma difícil deslocação a Barcelos, onde se prevê que o Jesus faça uma grande rotação na equipa. As segundas linhas terão mais uma oportunidade para justificarem que merecem fazer parte do plantel.