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quinta-feira, agosto 29, 2013

Sorteio à la carte

Vamos lá brincar novamente aos sorteios.


Pote “Este era o que eu queria”:

BENFICA
Schalke 04
Ajax
Áustria Viena

Temos contas a ajustar com os alemães, que parecem menos fortes do que no passado, e geralmente damo-nos bem com equipas holandesas, sendo Benfica - Ajax um clássico europeu. Com os austríacos, temos a obrigação de fazer seis pontos.


Pote “O 1º lugar é obrigatório”:

BENFICA
CSKA Moscovo
Basileia
Viktoria Plzen

Contra suíços e checos, é para fazer o mínimo de 10 pontos. Mais quatro frente aos russos e seremos cabeças-de-série nos oitavos.


Pote “E não querem que joguemos ao pé-coxinho para ser ainda mais difícil?”:

BENFICA
Atlético Madrid
Borrusia Dortmund
Nápoles

Sem comentários…


Pote “Se formos parar à Liga Europa, ao menos é com honra”:

BENFICA
AC Milan
Manchester City
Celtic

Três enchentes praticamente garantidas na Luz. E a possibilidade de nos vingarmos do que o Celtic nos fez no ano passado...


Estando nós no pote 1, uma não-qualificação para os oitavos seria sempre vista como um falhanço, a não ser que o sorteio seja mesmo muito difícil. É utópico pensar que podemos chegar à final em nossa casa, mas até porque o campeonato é a prioridade era bom que conseguíssemos a qualificação. A (conquista da) Liga Europa continua a ser um espinho na minha garganta, mas este ano é bom que fique em stand-by...

* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.

domingo, agosto 25, 2013

Reviravolta épica

Quando aos 91’ perdíamos por 0-1 em casa frente ao Gil Vicente, muitos de nós já víamos o campeonato perdido à 2ª jornada (e, sejamos honestos, estaria mesmo). Só que o madrasto minuto 92 da época passada catapultou-nos desta vez para uma recuperação e vitória inolvidáveis que, sinceramente, nunca me lembro de ver em jogos do Benfica. Isto teve mais a ver com o célebre Manchester United – Bayern da final da Champions do que com jogos do campeonato português. Sim, já ganhámos nos descontos, mas dar a volta ao resultado nos descontos, muito francamente, não me lembro.

Pode ser que os golos do Markovic aos 92’ e do Lima aos 94’ nos dêem a confiança necessária para começarmos a melhorar em termos exibicionais. Porque, se jogarmos bem, estaremos inevitavelmente mais perto de ganhar jogos. Claro que, com um pouco mais de eficácia, até poderíamos ter goleado hoje, mas a exibição esteve muito longe de ser famosa, apesar da vontade que os jogadores mostraram em campo. A principal causa disso, parece-me, é o facto de haver muitos jogadores ainda fora de forma, sendo o caso mais gritante o do Enzo Pérez, o que faz com o meio-campo esteja muito emperrado. O próprio Matic não está no seu melhor (o que o deixa ainda assim num nível bastante elevado, principalmente em termos defensivos) e ao Salvio, regressado de lesão, não se poderia pedir mais. Restou o Gaitán, a espaços, para servir o Lima e o Rodrigo na frente, mas sem um avançado alto e possante (não sei se conhecem algum disponível…) perdemos presença na área contrária (aliás, o próprio Jesus realçou a acção do Luisão no golo do Lima; espero que tire as ilações devidas no futuro…). Na defesa, as coisas não estão muito melhores: o Cortez é sofrível e o Maxi está numa forma horrível (se calhar, é melhor começarmos a ver bem esta história de o homem não ter férias em condições há anos). Uma falha incrível do uruguaio possibilitou ao Gil Vicente gelar a Luz aos 69’, na única oportunidade de golo que teve. Depois, muito coração e crença fizeram com que não tivéssemos que começar a pensar já em 2014/15 no final da 2ª jornada.

Para a semana, vamos ao WC. A lagartada anda eufórica com duas goleadas consecutivas. O poderoso Arouca tinha levado a sua dose no fim-de-semana passado e agora em Coimbra um falhanço incrível de um defesa, um golo em fora-de-jogo e dois penalties estão a deixar os nossos vizinhos nas nuvens. Deverá ser um derby interessante para a semana, mas a pressão estará toda do nosso lado. Temos mais que equipa para eles, mas com a nossa forma actual as coisas deverão ser mais equilibradas.

segunda-feira, agosto 19, 2013

Para reflectir

Aqui, do meu amigo J.G. É o chamado “tocar com o dedo na ferida”. Que ameaça tornar-se uma cratera… Possivelmente o melhor post do ano. Espero que, ao menos, quem de direito pare para pensar.

Marítimo – 2 – Benfica – 1

Em toda a nossa história, só por duas vezes é que estivemos três épocas consecutivas sem ganhar no primeiro jogo do campeonato. Este ano triplicámos esse número e chegámos às nove(!) temporadas consecutivas sem ganhar na estreia. Desde que o Karadas e o Petit nos deram a vitória em Aveiro, que estamos à míngua. Com a agravante, este ano, de termos sido derrotados. Esta série negra deixa de ser somente ridícula e começa a parecer um caso patológico.

Com o Markovic e o Salvio (os dois maiores desequilibradores da pré-época), lesionados, não estava nada optimista para este jogo. Para agravar as coisas, o Jesus tomou uma opção falhada: colocar o Ruben Amorim no centro e, principalmente, desviar o Enzo Pérez para a extrema-direita. É que, apesar de ser o seu lugar de origem, o argentino parece que desaprendeu de jogar a extremo e não se viu na 1ª parte. Resultado? Pouquíssimas situações atacantes, com o Djuricic também a passar ao lado da partida, o Lima abandonado na frente e o Gaitán com pouca rotação. Para complicar as coisas, em cima do intervalo, o Artur faz penalty sobre o Derley e os madeirenses foram para o descanso em vantagem.

Na 2ª parte, entraram logo o Rodrigo e o Ola John para os lugares do Djuricic e Amorim. Melhorámos e chegámos à igualdade logo aos 51’, aproveitando um mau atraso de um defesa, com o Lima a assistir o Rodrigo. Pressionámos o Marítimo, mas tínhamos dificuldades em criar situações de remate, excepção feita a um do Rodrigo, que o guarda-redes defendeu in extremis com a perna, depois de a bola ter sido desviada por um defesa. No segundo lance com perigo que o Marítimo criou, aconteceu o 2-1 aos 78’. Contra-ataque rápido e o Sami a antecipar-se ao Bruno Cortez. Até final, ainda tivemos duas boas hipóteses, pelo Rodrigo e Lima, mas revelámos a ineficácia que se está a tornar imagem de marca.

Não vou destacar ninguém em termos individuais. Mais uma vez, a equipa mostra muito pouca alegria em jogar à bola, com a consequente pouca velocidade a resultar em imensas dificuldades em criar desequilíbrios atacantes. Para além do mais, não há presença física na área contrária, porque o Lima foge muito da marcação e o Rodrigo também não é propriamente um tanque. Ah, e ainda estou à espera de ver a vantagem em trocar o Melgarejo pelo Cortez…

É a terceira derrota consecutiva deste ano e, nas últimas cinco partidas oficiais, ganhámos uma e perdemos quatro! Não sei muito bem onde é que isto vai parar, mas o futuro não se adivinha nada risonho…

P.S. – Claro que o Sr. Jorge Sousa também ajudou à festa. No lance do penalty sofrido, ainda se pode aceitar a sua decisão, mas não deixa de ser curioso que a Sport TV não tenha dado uma única(!) repetição da câmara de fora-de-jogo do lance. Dá-me a nítida sensação que o Garay coloca o adversário em posição irregular antes da falta do Artur. O 2-1 para os madeirenses é igualmente no limite do fora-de-jogo e também se pode aceitar a sua decisão. No último lance da partida, à velocidade a quem o Lima ia um pequeno toque era o suficiente para o derrubar. Não tenho dúvidas nenhumas que, se fosse ao contrário ou a favor de outra equipas com riscas verticais, seria assinalado penalty. Lá está, são os famosos “critérios” que se mantêm como sempre estiveram… Entretanto, em Setúbal, a perder ao intervalo, não há nada que um penalty e uma expulsão por pretensa cabeçada não ajude a resolver a favor do CRAC. E o campeonato da época passada é que era para ficar conhecido com o “campeonato do Capela”… Pois, pois…!

sábado, agosto 10, 2013

Nápoles - 2 - Benfica - 1

Nova derrota no último jogo da pré-época. Foi o teste mais difícil até agora e evidenciámos os mesmos problemas de anteriormente: incompreensíveis debilidades defensivas e pouca eficácia atacante.

Raramente conseguimos criar perigo e estamos conversados em relação a ter o Rodrigo sozinho na frente, não? É que nem só de Elches se faz a época… Se eu achava que o Matic era o único imprescindível, estes últimos jogos vieram demonstrar que sem o Salvio perdemos no mínimo 50% da acutilância ofensiva. Bem espremido criámos duas oportunidades: o golo de cabeça do Luisão num bom livre do Gaitán e o remate ao poste do Djuricic já no final. O Artur foi o melhor em campo, mas ia dando um frango descomunal numa bola que ainda foi ao poste. Não percebo é o que se passa em relação à defesa, porque bem vistas as coisas só o lateral-esquerdo é que é novo…

Começamos o campeonato para a semana na Madeira frente ao Marítimo. A equipa demonstra alguma passividade e pouca alegria em jogar à bola. Não estou nada confiante.

quarta-feira, agosto 07, 2013

Cardozo reintegrado

Faz precisamente hoje um mês que escrevi isto. E faz três semanas desde que o Cardozo voltou de férias. Finalmente aconteceu isto. Ou seja, perdeu-se três semanas (no mínimo, para não dizer dois meses e tal desde 26 de Maio…) para nada. Toda a gente sai mal desta fotografia: o Cardozo, porque não deveria ter feito o que fez e deveria ter pedido desculpa mais cedo; o Benfica, porque não o obrigou a pedir desculpas logo na altura e depois deixou-o estar três(!) semanas a fazer não sei bem o quê; e o Jesus, porque ou bem que o perdoava e deveria ter feito finca-pé para ele ter começado logo a treinar, ou não o queria e não o aceitaria de volta.

Não sei se o Cardozo vai ficar ou não, se concordou com o Benfica fazer isto para não se desvalorizar ainda mais ou não, ou se este pedido de desculpas é sentido ou não. Duvido que o Cardozo, se ficar, jogue antes de Setembro. E isso vai fazer com que não alinhe nas duas primeiras jornadas do campeonato. Ou seja, perde ele e poderemos perder nós. Esta situação, e a maneira como não foi resolvida a tempo e horas, é exemplar sobre tudo o que se não deve fazer num caso destes. A lógica disto tudo é muito difícil de perceber.

P.S. – Independentemente do resto, em termos meramente desportivos, seria um disparate deixar o Cardozo ir embora por tuta e meia e ir buscar um avançado “clone” dele. Se o melhor marcador estrangeiro da nossa história já cá está, é de aproveitá-lo, não?

P.P.S. – É fácil de perceber que eu quero que o Tacuara fique e continue a marcar golos por nós. Se já tivemos que engolir sapos com o Jesus “a bem” do Benfica, estes que engula o sapo Cardozo com o mesmo fim. Se se portarem todos como crescidinhos, pode ser que no final se escreva direito por linhas muito tortas.

domingo, agosto 04, 2013

Derrota na Eusébio Cup

Perdemos com o São Paulo por 0-2 no primeiro jogo ao vivo na Luz este ano. Poderia discorrer muito sobre o facto de uma equipa “com ritmo”, como disse o Jesus, estar há 14 jogos sem ganhar e a seis sem marcar golos, e vir-nos ganhar a nossa casa. Ou sobre o facto de termos ficado sem marcar golos. Ou sobre o facto de termos sofrido golos em todos os jogos até agora. Mas não me apetece. Afinal de contas, estes jogos ainda não contam para nada e farto de ser “campeão da pré-época” estou eu…

A 1ª parte nem foi má de todo, algumas boas combinações atacantes, um petardo do Lima à barra, mas ninguém para empurrar a chicha lá para dentro. Problema agravado na 2ª parte, especialmente a partir do momento em que nos vimos em desvantagem e insistimos em alguns cruzamentos para a cabeça… dos adversários. (O que não se compreende, com todos os avançados altos que temos… [ironic mode on]). Queria só referir meia-dúzia de coisas que não têm directamente a ver com o jogo em si:

- 30.638 espectadores é a mais fraca assistência de primeiro jogo da época na Luz desde a inauguração do estádio novo. Para registar e reflectir.
- Fosse o problema só o número de pessoas e estaríamos bem. Uma tal falta de entusiasmo dos adeptos logo no início da época é algo que não me lembro nunca de ver.
- Cantou-se pelo Cardozo. Muito. Os que o fizeram porque gostam do Tacuara e os que o fizeram para atingir o Jesus. Se é certo que durante a 1ª parte, a partir da segunda vez se ouviram assobios (é bom que o Benfica seja uma democracia), com as coisas a correrem mal na 2ª parte só os cânticos eram ouvidos. Eu cantei pelo Cardozo. Na 1ª vez. Para marcar posição e como forma de lhe agradecer o que fez pelo Benfica. A partir daí, a razão do cântico deixou de ser tanto pelo Cardozo e passou a ser uma arma de arremesso contra o Jesus. E aí calei-me, porque o Cardozo não merece ser utilizado como arma de arremesso.
- Este prolongamento da novela Cardozo desgasta ainda mais o Jesus. E ele não precisa de estar mais desgastado do que já está. O que torna esta situação toda ainda mais inexplicável.
- Não ficando o Cardozo, é NOTÓRIO que precisamos de mais um avançado. Daqueles que tenham poderio físico para fazer frente aos centrais. E que ganhem bolas de cabeça. E que, já agora, marquem uns golitos. Repetirei até à exaustão: Lima e Rodrigo não são suficientes! Devemos estar à espera de 31 de Agosto para irmos buscar um Delibasic qualquer…
- A política de bilhética para este jogo foi lamentável. Era suposto os Red Passes conterem o “jogo de apresentação”. Como este ano não houve (e nem sequer houve apresentação individual do plantel, com medo provavelmente de mais cânticos a favor do Cardozo e assobios ao Jesus), o primeiro jogo na Luz foi este. Mas obrigaram os Red Passes a comprar bilhete! Para depois oferecerem um aos sócios que no ano passado não colocaram os pés na Luz, desde que levassem quatro amigos a pagar 10€! Penaliza-se quem vai sempre, premeia-se quem raramente vai. O resultado? É só ver o número de espectadores. E eu estou à vontade para falar disto, porque tenho lugar de Fundador.
- Ao contrário do sucedido na final da Taça de Portugal, desta vez toda a equipa ficou em campo para ver a entrega do troféu ao adversário. Já melhorámos em algo em relação à época passada.
- Como nem tudo pode ser mau neste dia, o Roderick assinou por cinco anos com o Rio Ave.

Vamos a Nápoles na 6ª feira e depois é já o primeiro jogo do campeonato no Marítimo. Não se pode dizer que esteja muito confiante…

quinta-feira, agosto 01, 2013

Rodrigo

Batemos o Elche por 3-1 e o recém-inaugurado Museu Benfica – Cosme Damião vai ter o Troféu Festa d'Elx para expor. A partida valeu sobretudo pela nossa magnífica 1ª parte, em que uma maioria de suplentes esteve melhor que alguns titulares na 2ª. Claro que, chegando ao intervalo com 0-3 a nosso favor, era expectável que o ritmo baixasse e até houve a natural reacção da equipa da casa.

O maior destaque do jogo vai obviamente para o Rodrigo. Um ano e meio depois de um animal quase lhe ter partido a perna e ter interrompido a forma fabulosa em que estava na altura, eis que o Rodrigo renasce finalmente! Já não era sem tempo! Um hat-trick em oito minutos não é para todos e, se o terceiro golo é o mais bonito em termos de execução, o segundo resulta de uma jogada colectiva brilhante finalizada com uma abertura do Djuricic para o nº 19. Lá sofremos o golito do costume no primeiro quarto-de-hora da 2ª parte, mas depois conseguimos não deixar o adversário criar grandes oportunidades.

Sábado teremos finalmente a oportunidade de ver a equipa ao vivo no Estádio da Luz. Já estava a ressacar...!

P.S. - Espero que esta exibição do Rodrigo não nos faça pensar que, caso se confirme a idiotice de deixar sair o melhor marcador estrangeiro da história do Glorioso, já não precisamos de ninguém para o substituir. Só Rodrigo e Lima não chegam para a época toda!