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segunda-feira, outubro 28, 2013

Tranquilo

Vencemos o Nacional por 2-0 numa partida que contrastou com as anteriores, precisamente por não termos visto a nossa vantagem ser colocada em causa. Esperemos que ela signifique um regresso às vitórias sem grandes stresses perante adversários teoricamente mais acessíveis, que têm sido habituais em grande parte dos nossos jogos nas últimas épocas.

Marcámos relativamente cedo (15’), quando o Cardozo isolou o Siqueira que não tremeu só com o guarda-redes pela frente. Mas a nossa 1ª parte foi sofrível, já que só tivemos mais uma boa ocasião com o Cardozo a rematar fraco de pé direito quando estava em boa posição. A senda das lesões musculares parece não ter fim e o Siqueira teve que ser substituído pelo André Almeida por volta da meia-hora.

A 2ª parte foi bastante melhor e começou logo com um remate muito perigoso do Gaitán ao lado. Claro que o 2-0 aos 49’ pelo Cardozo, depois de uma óptima abertura do mesmo Gaitán, muito contribuiu para a elevação do nosso nível exibicional, porque a equipa se sentiu mais confiante. O jogo entrou numa fase mais interessante com o Nacional a tentar marcar e nós a responder em contra-ataque. Todavia, começava a notar-se algum cansaço da nossa parte e o Jesus esteve bem ao reforçar o meio-campo com o Ruben Amorim no lugar do (novamente infeliz) Rodrigo a cerca de 25’ do fim. A partir daí, não mais o Nacional conseguiu circular a bola à vontade no nosso meio-campo, enquanto nós poderíamos ter aumentado a vantagem com boas oportunidades do Ivan Cavaleiro e do Cardozo, com um remate de pé direito em arco de fora da área(!) mesmo perto do final.

Destaque inevitável para o grande Tacuara: uma assistência e um golo, que lhe permitiu igualar o Nuno Gomes como 9º melhor marcador do Benfica em jogos oficiais ( 165 em pouco mais de seis épocas… coisa pouca). Para além disso, fartou-se de ganhar bolas de cabeça e as tabelinhas saíram quase todas bem (como é habitual, acrescente-se). Enfim, foi um show e eu nem quero imaginar como estaria a ser a nossa época se o tivéssemos deixado ir embora… Destaque também para o Ivan Cavaleiro, que mostra velocidade, vontade e técnica, e as duas primeiras permitem-no ter vantagem neste momento perante o Ola John na luta pela titularidade. O Gaitán deve ter feito uma lobotomia ao intervalo, porque subiu imenso de produção. Em termos defensivos estivemos bem e o Nacional, apesar de trocar bem a bola, não criou grandes situações de perigo.

Com a vitória do CRAC perante a lagartada, igualámos os répteis no 2º lugar, mas ainda estamos a cinco pontos dos assumidamente corruptos. Isto não vai ser nada fácil, mas se voltarmos a jogar decentemente será bem mais interessante.

quinta-feira, outubro 24, 2013

Obrigado, Roberto!

Empatámos em casa frente ao Olympiacos (1-1) e o meu sentimento é igual ao da ida ao WC: se me dissessem antes do jogo, consideraria um mau resultado; com as condicionantes que ele teve, acabou por não ser nada mau.

Eu não sei onde é que o Jesus viu uma 1ª parte em que nós pressionámos o adversário e estivemos bem… Tirando o livre do Cardozo logo no início, bem defendido pelo Roberto, e uma cabeçada do Luisão, não fizemos rigorosamente mais nada. Ainda por cima, uma perda de bola do Matic a meio-campo deu origem ao golo deles aos 29’. A partir daí, começou a chover a cântaros (intervalo incluído) e eu comecei a ver a nossa vida andar para trás.

O início da 2ª parte mostrou um campo alagado, onde a bola rolava com dificuldade. Lutámos, demonstrámos carácter, mas as coisas estavam muito complicadas, até porque o Sr. Alberto Undiano Mallenco só assinalava as nossas faltas e não as dos gregos (parece-me que há um penalty claro sobre o Siqueira). Era difícil criar grandes oportunidades e acabámos por chegar à igualdade aos 83’ graças a uma saída em falso do Roberto num canto (que, a bem da verdade, não o era), deixando a bola sobrevoar a pequena-área para o Luisão assistir o Cardozo, que só teve que encostar. Eu nunca tive dúvidas acerca das capacidades do Roberto e finalmente ele conseguiu dar-me uma alegria! Aliás, saídas em falso a cruzamentos foram duas ou três (numa delas, o Matic falhou inacreditavelmente o cabeceamento) e bolas bombeadas para a frente, em que ele ficou preso aos postes, contei pelo menos duas. Ainda bem que ele pode ir mostrando a sua qualidade em Atenas e não cá…!

Em termos individuais, é difícil destacar alguém. Na 1ª parte, o único que esteve ao seu nível foi o Enzo Pérez, que depois muito naturalmente rebentou a meio dos segundos 45’. Na 2ª, toda a equipa lutou muito, o Lima subiu um pouco de produção (também pior do que na 1ª era difícil…) e o Cardozo lá continua a sua senda de jogos a marcar. Destaque para a estreia do Ivan Cavaleiro no Estádio da Luz, substituindo ao intervalo o Ola John, mas não era jogo para grandes proezas técnicas.

É imperioso não perder em Atenas, se quisermos ter veleidades de nos qualificarmos. Com o 1º lugar entregue ao PSG, temos a vantagem de os recebermos na Luz, enquanto os gregos terão de ir a Paris. Em teoria, será melhor para nós. Mas cada coisa a seu tempo e a ver se daqui a duas semanas na Grécia conseguimos jogar um bocadinho melhor do que hoje…

P.S. – Para além de ter estragado grandes períodos do jogo, a chuvada de hoje muito possivelmente impediu-nos de voltarmos a ver o Saviola a pisar o relvado da Luz. Foi pena, porque gostaria de o ter ovacionado.

quarta-feira, outubro 23, 2013

Gracias!

CRAC - 0 - Zenit - 1.

É mais correcto os agradecimentos serem em castelhano do que em russo: o Herrera (que custou 8 milhões de euros, saliente-se) conseguiu a proeza de ver dois amarelos (ambos merecidíssimos) nos primeiros seis minutos de jogo! Foi fantástico! Neste caso, pode dizer-se com legitimidade que quem vê caras, vê o resto…

sábado, outubro 19, 2013

Cinfães

Um misto de segundas linhas reforçadas com elementos da equipa B derrotou os amadores do Cinfães por 1-0 na 3ª eliminatória da Taça de Portugal. O Ola John marcou o golo aos 52’ depois de um bom cruzamento do Ivan Cavaleiro. Tirando o resultado, não há muito mais de positivo a tirar deste jogo.

O Sr. Rui Gomes Costa ainda conseguiu anular um golo ao Steven Vitória na 1ª parte, por pretensa falta sobre um defesa na sequência de um canto. Curiosamente, o mesmo Sr. Rui Gomes Costa que não viu um empurrão descarado do Jackson Martinez no lance que deu o golo da vitória do CRAC frente ao Paços de Ferreira. Não se pode dizer que o critério não seja uniforme. E não estou a ser irónico.

Estes jogos dão sempre para ver qual é o verdadeiro grau de motivação dos jogadores e não se pode dizer que a maioria tenha passado com distinção. Foi pena que o Ivan Cavaleiro não tenha conseguido marcar nas duas vezes em que esteve isolado frente ao guarda-redes, mas o miúdo não engana: temos ali jogador. À semelhança do Jesus, também não desgostei do Funes Mori, embora tenha falhado duas ou três bolas daquelas “só de encostar” (daquelas que, quando é o Cardozo a marcar, muita gente desvaloriza por ser fácil demais…) e o Oblak pareceu-me seguro. O Ola John marcou o golo, mas esteve muito irregular. O Djuricic, Cortez e Sílvio (este vindo de lesão) fizeram um jogo horrível e o Ruben Amorim também não esteve nada bem.

É bom que a conquista da Taça de Portugal seja um objectivo para esta época, porque o que aconteceu no ano passado ainda está fresco demais na nossa memória e precisa de ser apagado rapidamente.

terça-feira, outubro 15, 2013

Portugal – 3 – Luxemburgo – 0

Nova exibição a roçar o medíocre, mas perante uma selecção muito fraca (e a jogar merecidamente com 10 a partir dos 29') era difícil não ganhar. Curiosamente foram dois dos piores jogadores até àquele momento a marcar os primeiros golos: Varela (30') e Nani (37'). A vitória ficou logo garantida e da 2ª parte destaca-se o golo do Postiga (79'), e dois falhanços inacreditáveis do Hugo Almeida. No Azerbaijão, a Rússia esteve a ganhar até praticamente aos 90', mas o Azerbaijão empatou, o que nos leva a pensar que, se o Rui Patrício não tivesse dado aquele frango descomunal frente a Israel, talvez pudéssemos ter conseguido a qualificação directa. Nunca saberemos.

Desta vez, não teremos uma Bósnia-Herzegovina no caminho. Os possíveis adversários são França, Suécia, Roménia ou Islândia. Tirando esta última, os outros são bem complicados e teremos de elevar muito o nosso nível exibicional para os batermos. Claro que do mal, o menos e todos menos a França, por favor!

Por todas as razões, gostava muito que a selecção conseguisse ir ao Mundial, até porque, como já o disse várias vezes, gosto do Paulo Bento. E cada vez tenho mais razões para tal.

sábado, outubro 12, 2013

Portugal – 1 – Israel – 1

Um erro clamoroso do Rui Patrício impediu que Portugal vencesse Israel, apesar de ter feito uma exibição muito medíocre. Aconteceu aos 85’, quando o guarda-redes falhou um pontapé e ofereceu a bola a um adversário. As esperanças de conseguir o 1º lugar do grupo já eram escassas, mas agora foram totalmente por água abaixo: a Rússia teria de perder no Azerbaijão e nós ganharmos por pelo menos seis golos ao Luxemburgo.

A falta de cinco titulares ajuda a explicar um pouco tão pobre exibição, juntamente com o facto de o C. Ronaldo e o Nani estarem muito ausentes do jogo. Colocámo-nos em vantagem aos 27’ através do Ricardo Costa, depois de uma assistência do Pepe e tivemos outras (poucas) oportunidades de dilatar o marcador. Muita inépcia impediu que o conseguíssemos e depois veio o balde de água fria no final.

Recebemos o Luxemburgo na última jornada e uma vitória garantir-nos-á a qualificação para o play off. Onde os adversários que se perspectivam (França, por exemplo) provavelmente farão com que não seja um passeio tão grande quanto os play offs anteriores.

segunda-feira, outubro 07, 2013

Suado

Regressámos às vitórias na Amoreira (2-1) frente a uma excelente equipa do Estoril. Foi uma partida muito complicada, em que a vitória acaba por ser justa e onde a exibição melhorou ligeiramente face a jogos anteriores (o que, convenhamos, também não era nada difícil…).

Entrámos praticamente a ganhar com um excelente cruzamento do Gaitán e uma cabeçada do Lima só com o guarda-redes pela frente logo aos 10’. O Estoril reagiu e nós tivemos que cerrar linhas na defesa, não criando muitas mais oportunidades até ao intervalo. Um livre perigoso do Rodrigo (a única coisa de jeito que fez no jogo todo) ainda deu a sensação de golo e mesmo em cima dos 45’ o árbitro, Sr. Manuel Mota, assinalou penalty a nosso favor por mão na área. No estádio, viu-se perfeitamente a bola, cabeceada por um defesa do Estoril, a bater na mão de um colega, mas não deu para perceber se tinha sido casual ou não. Revisto o lance na TV, não acho que tenha sido penalty, porque o lance foi à queima e o jogador que toca na bola com a mão está igualmente a saltar (tal como o colega) e até de olhos fechados. Mas, com a quantidade enorme (pelo menos, quatro!) penalties que já nos foram escamoteados este ano, serve como parca compensação. Quer dizer, não serviu de nada, porque o Lima permitiu a defesa do guarda-redes…

As características do jogo não se alteraram no início da 2ª parte, até que o Jesus lá resolveu que chegava de jogar com 10 e fez entrar o Cardozo para o lugar do Rodrigo. Uns minutos antes, tínhamos ficado a alinhar em superioridade numérica, porque o árbitro recheou as duas equipas de amarelos e a consequência era previsível. O Enzo Pérez falhou o remate numa boa jogada e, logo a seguir, aos 71’, aquele jogador que “é lento, não corre, só tem pé esquerdo e só sabe marcar golos” marcou o melhor golo do campeonato até agora, num remate de primeira (com o pé direito!) depois de um cruzamento do Maxi Pereira e sem deixar a bola cair no chão! F.a.b.u.l.o.s.o! Infelizmente logo na jogada a seguir, o Luisão ficou a dormir num canto e o Balboa reduziu para 1-2. Mas o Cardozo não desarmava e assistiu o Lima na perfeição (quando até poderia ter tentado o remate), só que este, apenas com o guarda-redes pela frente, conseguiu tentar desviar tanto a bola que ela acabou por sair ao lado! Falhanço inacreditável! Até final, ainda deu para o Maxi levar também o segundo amarelo (claro!) e para uma grande oportunidade do Estoril já na compensação, em que o Ruben Amorim fez um corte providencial e a recarga acabou nas malhas superiores.

Apesar de ter jogado só 30’, o nosso melhor jogador foi o Cardozo. Ponto Final. Não só pelo golo que marcou, como pela assistência ao Lima e pela sua entrada ter permitido que passássemos a conseguir segurar a bola no ataque, e a ganhar lances de cabeça. Foi absolutamente decisivo e já vai na terceira jornada seguida a marcar. É o maior! Bom jogo igualmente do Enzo Pérez e, a espaços, do Gaitán. O Lima continua fora de forma: é certo que marcou, mas falhou um penalty e o outro lance que ainda foi pior. O Rodrigo, esse, continua fora de forma desde Fevereiro de 2011… O Matic precisava de rever alguns jogos do ano passado, para se lembrar de como jogava.

Não foi uma exibição brilhante (longe disso!), mas também não acho que estivéssemos tão mal quanto alguns comentários que ouvi. Há que não esquecer que o Estoril é uma das melhores equipas do campeonato e, por alguma razão, já não perdia em casa há bastantes meses. Vamos agora descansar para as selecções e ver se recuperamos algumas das lesões musculares (neste jogo foi o Markovic e o Sulejmani, que nem chegou a ser convocado).

quinta-feira, outubro 03, 2013

Descer à terra

Quando se sente alívio assim que o árbitro termina um jogo em que perdemos por 0-3, isso diz muita coisa acerca da nossa exibição. Trinta minutos iniciais de pesadelo foi quanto bastou ao Paris Saint-Germain para (espero eu) fazer ver aos responsáveis do nosso clube que os sonhos megalómanos de chegar a uma final da Champions estão tão desajustados da realidade quanto acreditar que é apenas um erro aquilo que o Proença fez na passada 6ª feira.

O jogo não teve história, porque o PSG marcou logo aos 5’ e cada vez que ia à nossa baliza era cada tiro, cada melro. Felizmente, resolveram abrandar o ritmo quando chegaram aos três, porque sinceramente o fantasma de Vigo pairou durante largos momentos. O Jesus resolveu colocar-nos de início apenas com 10, porque o Djuricic fez (mais uma vez) figura de corpo presente: nem ajudava no meio-campo, contribuindo para um inferioridade numérica naquela zona que nos foi fatal, nem segurava nenhuma bola no ataque. Para jogar assim perto do Cardozo, mais valia ter alinhado logo o Markovic. Ou claro fazer como se fez na 2ª parte, em que o Jesus emendou a mão, colocando o Enzo Pérez, o Matic e o entrado André Gomes (lesão do Fejsa), e as coisas melhoraram. Fruto igualmente do abaixamento de ritmo do PSG, mas o mal maior já estava feito.

Não é tanto a derrota que custa, é mais a forma como a equipa (não) actuou. Falta garra, falta vontade, falta dinâmica e, principalmente, falta alegria a jogar à bola (algo que nunca faltou nos quatro anos anteriores do Jesus). É a ausência deste último factor que me preocupa mais: a equipa parece amorfa e não sabe reagir às dificuldades que o jogo coloca (um óptimo exemplo passou-se frente ao Belenenses). Relembro que fizemos uma óptima exibição em Stamford Bridge há dois anos, roubados desde o minuto 40’, a jogar na 2ª parte com Witsel a defesa-direito, Javi García e Emerson a centrais, e na frente com o Djaló e o Nélson Oliveira na última meia-hora… E poderíamos ter ganho a eliminatória! Compare-se esta equipa com a que jogou ontem e ainda se torna mais injustificável o que se passou. Como não se percebe aquelas declarações do Jesus no final da partida, quase assumindo que estava à espera de perder por poucos. Ou, se calhar, pensando na nossa exibição, percebe-se melhor…

O que se passou ontem deu a ideia de ser o Jesus a querer mostrar que não temos equipa para a final da Champions. Pois claro que não temos! Qualquer pessoa com os pés assentes na terra sabe isto muito bem! Era bom que se pusessem de acordo na SAD acerca do principal objectivo. Que, com a brincadeira que foi o final da época passada e o início desta, já está a cinco pontos de distância… E vamos lá a ver se não estará a mais depois da visita à Amoreira no próximo Domingo…

quarta-feira, outubro 02, 2013

O roubo do século

Isto já aconteceu na passada 6ª feira, mas não queria deixar de colocar aqui para ficar registado. Ganharam por 1-0 ao V. Guimarães com este lance. Cujo grau de desfaçatez está ao nível deste nos saudosos anos 90. Em qualquer país civilizado, este senhor estaria com termo de identidade e residência. E não estou a ser metafórico.

 

P.S. - Não concordo absolutamente nada quando se diz que isto é um “erro”. Não, este senhor não se enganou. Isso acontece quando fazemos algo que não queríamos e de que nos arrependemos a posteriori. Não é manifestamente este o caso: a sua coerência de há longo tempo demonstram-no à saciedade.

terça-feira, outubro 01, 2013

Gracias!


Quando as forças do Mal são derrotadas, o mundo torna-se um sítio mais aprazível.