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sábado, julho 28, 2012

Eusébio Cup

Vencemos um Real Madrid B por 5-2 e voltámos a conquistar o troféu que homenageia o melhor jogador português de todos os tempos. Não deu para ser um teste muito a sério, mas acabou por ser uma partida bastante agradável.

Perante uma equipa tão desfalcada, era natural que nos impuséssemos apesar de depois de o Javi García ter feito o 1-0, o Callejón ter virado o marcador e o Witsel ter imitado o Javi (mas é que imitou mesmo) e restabelecido a igualdade que durou até ao intervalo. Quatro golos em 22’ não foi nada mau. Na 2ª parte, deu para aplaudir o Fábio Coentrão de pé, mas só existimos nós e fizemos mais três golos: dois pelo Enzo Pérez (o primeiro, um mau centro que resultou num golão) e o outro pelo Carlos Martins numa óptima jogada colectiva. Ficam aqui algumas considerações acerca deste jogo:

1) De quem foi a ideia de convidar o Real Madrid para a Eusébio Cup em ano de Europeu? Não se estava mesmo a ver que a probabilidade de vir com uma equipa B eram inversamente proporcionais à do CRAC de ganhar um campeonato de forma limpa?!

2) Quem foi a alminha que se lembrou de colocar este jogo a preços de quartos-de-final de Liga dos Campeões?! Já não bastava o pornográfico aumento dos cativos por causa do IVA (uma cartinha a explicar o porquê, ‘tá quieto!), não só deixou de haver “jogo de apresentação”, como ainda se pede 30€ para um sócio com cativo na central para ver um Real Madrid B. Ou os dirigentes do Benfica acham que cada adepto tem um jazigo de petróleo em causa ou então enlouqueceram de vez. Tanta asneira junta, valha-me Aimar! (Estiveram 35.000 adeptos? Com preços decentes, poderíamos ter tido o estádio cheio…)

3) A razão do empréstimo do Carlos Martins no ano passado (sim, vou bater muitas vezes nesta tecla) é algo que eu gostaria muito de saber. Hoje foram “só” duas assistências, um golo e a participação noutro.

4) Correndo o risco de vir a engolir estas palavras no futuro, o Ola John por 9 M€ não pode apresentar o (des)controlo de bola que apresenta. Começo a ficar preocupado, porque Djaló já temos um, mas ao menos esse veio a custo zero. (Quanto é que custava o Salvio mesmo…?)

5) Espero que com estes dois golos, o Enzo Pérez mostre um bocadinho mais de vontade em cá ficar e justifique os 5,5 M€ que pagámos por ele. Dava jeito.

6) O objectivo é sermos campeões nacionais e para o nosso campeonato o Melgarejo na lateral-esquerda serve perfeitamente. Quantos jogos por ano cá no burgo é que nós passamos mais tempo a defender do que a atacar? Meia dúzia? Então, chega. Ele tem um excelente controlo de bola, é rápido e centra bem. Três factores que estavam ausentes da lateral-esquerda no ano passado. Ficamos a ganhar.

7) Se tivermos que vender o Witsel, acho que podemos começar a pensar na próxima época…

8) Ó Cardozo, já mudavas a cor de metade das tuas botas, não? E o que é que terá passado pela cabeça dos responsáveis da Adidas?! Aquelas listas verticais laterais no equipamento do Artur eram da cor que me pareceu…?!?!

segunda-feira, julho 23, 2012

Primeira derrota

Perdemos com o PSV Eindhoven por 1-3 e não conseguimos trazer o troféu para casa. A derrota acaba por ser justa, porque os holandeses demonstraram que estavam fisicamente mais aptos para dois jogos em 48 horas.

O jogo foi sempre muito aberto e até não estivemos mal na 1ª parte. Fizemos o 1-0 pelo Carlos Martins aos 34’ e pouco depois o Javi García poderia ter feito melhor de cabeça num livre. Os holandeses também tiveram as suas oportunidades e colocaram especialmente o Luisinho em alguns apuros.

Na 2ª parte, o Witsel poderia ter feito bastante melhor logo ao início quando ficou praticamente isolado, mas depois rebentámos. Apesar das substituições, a equipa pareceu ressentir-se muito do jogo do dia anterior e deixámos de conseguir aproximarmo-nos com perigo da baliza do adversário. Ao invés, os holandeses iam criando sempre cada vez mais chances, sempre pelo nosso lado esquerdo, agora com o Melgarejo, e conseguiram marcar aos 54’, 75’ e 83’. E, mesmo no último minuto, um falhanço inacreditável impediu o avolumar de um resultado negativo que começava a ser bastante pesado.

Em termos individuais, destaque novamente para o Carlos Martins pelo golo que marcou e porque participou activamente no nosso melhor período. Também não achei que o Cardozo (a propósito, já trocavas a cor de metade das tuas botas, não?!) estivesse mal, mas a mediania foi quase geral.

Com tempo suficiente de descanso, espero muito melhor na próxima 6ª feira frente ao Real Madrid para a Eusébio Cup. Será o primeiro jogo a sério na nossa casa e a apresentação da equipa aos sócios. Contra uma das melhores equipas do mundo, não faltará certamente motivos de interesse para encher o Estádio da Luz.

sábado, julho 21, 2012

Na final

Vencemos o Slask Wroclaw por 4-2 e estamos na final do torneio Wroclaw Polish Masters a decorrer naquela cidade polaca. Não fora aqueles dois minutos de desconcentração na 2ª parte, que permitiram que o adversário chegasse à igualdade quando estávamos a ganhar por 2-0, e teria sido uma exibição quase perfeita.

Entrámos em campo com uma equipa de titulares, só com o corpo estranho Djaló, e a nossa superioridade foi por demais evidente. O Cardozo inaugurou o marcador aos 11’ depois de um lance genial do Witsel e até ao intervalo tivemos mais duas ou três boas chances para marcar. Os polacos não criaram uma única jogada de perigo.

Na 2ª parte, o Cardozo falhou o 2-0 logo de início, mas o Luisão aos 60’ não. Lance fotocópia do célebre golo frente aos lagartos, com o livre a ser apontado pelo Carlos Martins (entrado ao intervalo). Entre os 67’ e os 69’ adormecemos e consentimos a igualdade (com alguma sorte do Slask, acrescente-se, com um golo do meio da rua e outro em que a bola ainda bateu no poste). Mas a nossa resposta foi muito boa e, depois de o Melgarejo atirar à barra (boa abertura do Gaitán), o C. Martins recargou com êxito aos 73’. Perto do final, outra assistência do C. Martins permitiu ao Gaitán estrear-se a marcar este ano.

Em termos individuais, é óbvio que o destaque vai inteirinho para o Carlos Martins: um golo e duas assistências em apenas 45’ demonstram mais uma vez o grande disparate que foi o seu empréstimo na época passada. Primeira parte fabulosa do Witsel (espero que não tivesse havido clubes estrangeiros a ver isto) e o Cardozo lá facturou pela 3ª vez em 4 jogos. Fraquinho… Gostei do Melgarejo a defesa-esquerdo e sinceramente estou mais preocupado com a não-vinda de um substituto para o Maxi. É que nem se fala nisso…! O Gaitán também parece estar a subir de forma e o Bruno César a 10 tem que afinar (bastante) a pontaria.

Amanhã iremos defrontar o PSV na final e veremos que equipa vai actuar com menos de 24h de recuperação. Já agora, era simpático trazermos o troféu.

quinta-feira, julho 19, 2012

Jogo contra a fome

Ganhámos por 5-1 contra uma selecção de antigas estrelas mundiais, mas, como é lugar-comum dizer-se nestas ocasiões, o resultado foi o que menos interessou. Mais de 33.000 foram ao Estádio da Luz e a festa foi bonita. Pontos altos: a despedida do Mantorras (abrilhantada por um golo), a entrada do Maestro e as presenças dos grandes Ricardo Araújo Pereira e Pedro Ribeiro a causarem-nos a todos nós, adeptos, uma inveja de morte!

Quanto aos nossos: o Rodrigo Mora aproveitou para se mostrar um bocadinho e marcou muito bem o penalty, o Ola John é bom que não falhe golos daqueles em jogos a sério e o Luisinho fez mais um bom centro (parece estúpida esta contabilidade, mas é um bom indicador que ficámos a ganhar com a saída do Emerson - também não era preciso muito, verdade seja dita…) Das velhas glórias mundiais, o Figo e o Davids mostraram que estão muito loge de serem velhos, e o Ronaldo (fenómeno) mete dó.

Foi um jogo diferente na Luz, mas contra o Real Madrid é que se fará a verdadeira apresentação da equipa aos sócios.

segunda-feira, julho 16, 2012

Empate

O último jogo do estágio em França resultou num 0-0 frente ao Lille. Como o marcador indica, e neste caso não engana, foi a partida mais difícil que tivemos, já que o Lille está muitos furos acima do Marselha.

A nossa equipa entrou bem e não acho que tenha acusado muito o cansaço, porque, depois de um período mais complicado no início da 2ª parte, até terminámos bem o encontro. Não conseguimos criar assim tantas oportunidades, mas ainda deu para atirarmos duas bolas aos postes (Nolito e Carlos Martins). Provando que o resultado se calhar até acabou por ser justo, o Artur foi o melhor do Benfica com três ou quatro defesas que mantiveram a nossa baliza inviolada.

Alinhámos com bastantes potenciais titulares e só com o Enzo Pérez como corpo estranho. Corpo esse que foi logo retirado a meio da 1ª parte com uns providenciais “problemas musculares”, segundo disse o Jesus no final (é curioso: é a primeira vez que vejo alguém com “problemas musculares” sair do campo a correr…). Entrou o Nolito e viu-se logo a diferença entre alguém que se aplica com a camisola do Benfica e outro que só está a passeá-la no campo. O Melgarejo jogou o tempo todo a defesa-esquerdo, melhorou na 2ª parte, e, corrigindo alguns defeitos normais, voltou a confirmar que poderá ser uma solução válida. O Ola John também voltou a mostrar bons pormenores e o Carlos Martins poderá ser um dos 12º jogadores do plantel. Dos velhos, o Witsel será a chave para termos ou não uma época de sucesso: se tiver mesmo que ser vendido, será uma desgraça, porque não há ninguém no plantel para o substituir (e arranjar alguém de fora que pegue assim de estaca não será nada fácil). (Claro que, até vir FINALMENTE um substituto para o Maxi, corremos igual risco de ter a época estragada se ele se lesionar.) O Luisão e Garay são uma dupla quase intransponível. Houve poucas substituições, mas a entrada do Djaló perto do final e o fabuloso centro que ele fez, rasteiro e em direcção da linha de fundo, é decididamente motivo para rescisão por justa causa.

Foi pena não termos marcado, mas gostei de termos passado o terceiro jogo sem sofrermos golos. Pode ser um bom princípio, já que a quantidade escandalosa de golos que sofremos no ano passado é algo que não se pode voltar a repetir.

domingo, julho 15, 2012

Natural

Defrontando o Hamm Benfica, uma equipa luxemburguesa de meio da tabela, é óbvio que só se podia esperar uma vitória e foi o que aconteceu por 3-0. Mas só aconteceu quando entraram os habituais titulares a seguir ao intervalo. Maxi Pereira de cabeça(!), Cardozo só de encostar e Nolito num livre directo fizeram os golos.

Mesmo considerando o facto de os jogadores adversários se concentrarem em metade do seu meio-campo, deixando muito pouco espaço livre, a 1ª parte foi muito má. Só o Carlos Martins conseguia criar alguns desequilíbrios, nomeadamente em passes longos, o Ola John é bom a fintar, mas ainda lhe falta alguma objectividade na altura de largar a bola, o Kardec teve só um bom cabeceamento, o Hugo Vieira pareceu algo nervoso com a estreia e não fez nada de realce, Djaló continua com grandes dificuldades em dominar uma bola e o Melgarejo esteve igualmente muito discreto na lateral-esquerda. Do Paulo Lopes, Miguel Vítor, Jardel e Javi García não vale a pena falar muito, porque o adversário não atacou. Quanto ao jogador que falta, o Enzo Pérez, tirando um centro bom que fez, demonstra tanta vontade em jogar pelo Benfica quanto eu a vestir uma camisola dos lagartos. Só que eu não sou pago para isso! Se tivesse alguma vergonha na cara, o mínimo que deveria fazer era pegar no ordenado que recebeu até agora e distribuí-lo pelo sócios, que têm o desprazer de ver alguém envergar o manto sagrado com enfado!

Quanto aos titulares, o Witsel vai ser um grande problema se sair (grande jogada com o Bruno César para o golo do Cardozo), o Nolito continua a destacar-se por nunca ser óbvio o que vai fazer à bola, para o Maxi não há jogos-treino e o Luisinho confirma cada vez mais a virtude de saber centrar.

Amanhã à noite, mais a sério contra o Lille, poderão tirar-se mais conclusões.

sábado, julho 14, 2012

Indicações positivas

Pela 1ª vez que me lembro, não defrontámos uma equipa amadora/de divisões inferiores no primeiro jogo de pré-época. Vencemos o Marselha por 2-0 e não foi nada mau para começo de temporada. Na 1ª parte, jogaram os da época passada mais o Luisinho e os outros reforços só os vimos na 2ª.

A natural falta de ritmo nesta altura não impediu algumas boas combinações, que só não resultaram na maioria dos casos por falha no último passe. O Cardozo de penalty na 1ª parte e o Carlos Martins já a fechar a partida fizeram os golos. Este mostrou que fazia falta ao plantel um jogador que saiba rematar de fora da área e que foi incompreensível o seu empréstimo no ano passado. O Luisinho já fez mais centros bons em 45’ do que o Emerson em toda a época passada e o Melgarejo mostrou na 2ª parte que se calhar poderá ser uma boa solução a defesa-esquerdo quando defrontarmos equipas de menor valia na Luz. O Ola John deu umas corridas, mas acabou por sair por queixas físicas e o Nolito voltou a ter lances que só ele sabe fazer.

A minha maior preocupação nesta altura é que continuamos sem um substituto para o Maxi Pereira na direita e sem um titular de caras na lateral-esquerda… Mas pode ser que o que demorou uma época inteira sem ser resolvido o seja nas próximas semanas… À semelhança do que tem acontecido nas pré-temporadas do Jesus, começámos bem. Esperemos é que o resto da época seja bem melhor que as duas últimas.