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segunda-feira, maio 19, 2014
Triplete histórico

Com os regressos dos castigados de Turim (Salvio e Enzo a titulares e
Markovic no banco), estava confiante para esta final. Entrámos bem na partida
e, durante a 1ª parte, o Rio Ave praticamente não tocou na bola. O problema era
que nós jogávamos muito devagarinho, parecendo os jogadores acusar ainda algum
cansaço da final de 4ª feira. Não tivemos grandes ocasiões, mas lá nos
conseguimos colocar em vantagem aos 20’ num golão do Gaitán de pé direito(!) e
fora da área. Pouco depois, num livre, o Garay poderia ter feito o segundo de
cabeça, mas o guarda-redes defendeu por instinto.
A 2ª parte foi completamente diferente. Demos o berro em termos físicos e o Rio Ave fartou-se de criar
oportunidades. O que nos valeu foi termos o Olbak na baliza, que revelou
novamente uma segurança impressionante. Não me custa nada a admitir que o Rio
Ave provavelmente mereceria o prolongamento, porque atirou uma bola ao poste e
fez com que o Oblak fosse o melhor em campo. Mas também nós merecíamos ter
ganho o campeonato e as Ligas Europa do ano passado e deste, portanto paciência
o futebol é assim mesmo. Em termos atacantes, pouco fizemos salvando-se um
remate do Markovic defendido pelo guarda-redes.
O melhor do Benfica foi de longe o Oblak. Sem ele, provavelmente não
conseguiríamos evitar o prolongamento. Outro que fugiu da mediania foi o Lima,
que se fartou de lutar. Destaque inevitável para o Gaitán pelo golão decisivo
que marcou. Ainda bem que a época termina agora, porque há alguns jogadores do
Benfica que, se lhes fecharmos a boca, explodem.
Foi uma exibição que não ficará para a história, mas o que importa é mesmo
o resultado: 27 anos depois, voltámos a fazer a dobradinha e conquistámos um inédito triplete interno. Vivemos tempos felizes, mas há que ter a consciência
de que uma época destas é muito dificilmente repetível.
P.S. – É incompreensível que não se tenha salvaguardado a ida dos jogadores
ao Marquês, seguindo a sua própria vontade. Seria assim tão difícil de prever
que poderíamos bem ter ganho ao Rio Ave…?!
quinta-feira, abril 17, 2014
Épico! Histórico!
Vencemos o CRAC por 3-1 e qualificámo-nos pelo segundo ano consecutivo para
a final da Taça de Portugal. A jogar com 10 desde os 27’, por duplo amarelo ao
Siqueira, quando já estávamos a ganhar por 1-0, as forças do Mal empataram no
início da 2ª parte, mas nós conseguimos marcar mais dois golos em desvantagem
numérica. Por todas estas incidências e pelas razões invocadas no post anterior, não tenho problemas
nenhuns em dizer que este foi um dos dias mais felizes que eu tive enquanto
benfiquista! De tal modo, que não consegui conter algumas lágrimas no final.
Esta vitória era ABSOLUTAMENTE essencial e da maneira como foi conseguida
tornou-se verdadeiramente épica.
Entrámos muitíssimo bem no jogo, apesar das ausências do Luisão e Fejsa.
Com o Jardel no lugar do primeiro, o Jesus inovou ao colocar o André Gomes no
lugar do segundo. Confesso que fiquei com muitas dúvidas acerca desta opção,
mas o jogo felizmente dissipou o meu cepticismo. De resto, a equipa esperada
com o Cardozo e Salvio a titulares. Fulgarizámos a equipa de Mordor durante os
primeiros minutos e conseguimos chegar à vantagem aos 17’ através de um
cabeceamento do Salvio depois de um cruzamento brilhante do Gaitán. A
eliminatória estava empatada, mas o Sr. Pedro Proença (para não variar)
resolveu tornar-se protagonista ao mostrar um primeiro amarelo ridículo ao
Siqueira e ao expulsá-lo dois minutos depois. Gostaria de ver se este senhor
teria coragem de fazer isso no antro, mas de qualquer maneira isto não desculpa
o desequilíbrio mental do Siqueira, que já é a segunda vez que faz isto durante
a época. Por acaso, não correu mal nesta partida, mas um jogador tão instável
assim não pode ter lugar no Benfica para o ano. Se o Carlos Martins não tem
(e bem) lugar no plantel, este tipo também não pode ter. É bom jogador, tenho
pena, mas dois enterranços durante a
época é demais. O Cardozo foi (e bem) o sacrificado para entrar o André Almeida
para a lateral-esquerda e até ao intervalo, conseguimos controlar o ímpeto dos
assumidamente corruptos.
Na 2ª parte, estávamos a dar mostrar de continuar a conter o CRAC, quando o
Varela tem uma boa jogada, bate o André Almeida de forma algo infantil, o Enzo
Pérez não ajuda na dobra, o que colocou o jogador do CRAC frente a frente com o
Artur, fazendo-lhe passar a bola por baixo das pernas. Estava feita a igualdade
aos 52’. Escusado será dizer que temi o pior, porque teríamos de marcar mais
dois golos com menos um jogador em campo. No entanto, a nossa equipa equipa está com uma
crença inacreditável e o Rodrigo falhou uma boa oportunidade pouco depois. Aos
59’, aconteceu o lance chave da nossa reviravolta: penalty do Diego Reyes (grande central… sim senhor…!) sobre o
Salvio. Quando vi o Rodrigo pegar na bola, assustei-me, mas aparentemente veio
a ordem do Jesus no banco para que fosse o Enzo a marcar (tivesse feito o mesmo
em Barcelos e neste momento já éramos campeões…!). Guarda-redes para um lado e
bola para o outro foi o resultado do penalty e tínhamos 30’ para marcar mais um
golo e tornar péssima a época da equipa mais hedionda do planeta. Equipa essa
que, acrescente-se, não joga dois tremoços. Segundo jogo na Luz este ano,
segunda exibição paupérrima. Logo a seguir ao penalty, o fabuloso Reyes deixou-se bater pelo Rodrigo, que partiu como uma
flecha para a baliza, mas escorregou na altura de fintar o Mangala e ficar
isolado só com o Fabiano pela frente. Foi pena! Até que aos 80’, o estádio
explodiu: boa troca de bola entre o Lima e Gaitán, com este a desmarcar o André
Gomes que passou a bola por cima do Fernando e rematou sem hipóteses para o
guarda-redes. Estava consumada a reviravolta e as fundações do Estádio da Luz
são óptimas, porque aguentaram o vulcão em que ele se transformou. Até final,
conseguimos gerir muito bem a partida e o CRAC não teve nenhuma ocasião de perigo,
até porque nós soubemos muito bem esconder a bola.
Em termos individuais, o destaque terá que ser para o André Gomes.
Inesperada grande exibição de um jogador que vinha mostrando consecutivamente
que, apesar de muito bom tecnicamente, era muito lento. Pois nesta partida, não
só marcou o golão decisivo da qualificação, como chegou inclusive a ganhar
bolas divididas corpo-a-corpo com o Fernando! A partir do momento em que
utilize 25% da intensidade que o Enzo Pérez põe em campo, tornar-se-á um médio de
eleição. No entanto, mesmo que assim não seja, depois deste lance ganha um
crédito infindável pelo menos para mim. O Gaitán foi outro que com duas
assistências se salientou, assim como o Salvio marcador do primeiro golo e fabricante do
lance do penalty que deu o segundo. O Jardel substituiu bem o Luisão, o Garay
foi imperial como de costume e até o Artur só esteve mal num lance (num canto,
ficou aos papéis), o que é de
salientar. Negativo só mesmo Siqueira que não tem desculpa. Veio dizer no final que não
tinha visto o primeiro cartão a ser exibido. Sinceramente, custa-me a
acreditar. Estou convencido que, com 11 em campo, poderíamos ter tido a
oportunidade de lhes dar uma mão-cheia de golos.
Pelas razões do post baixo, eu
considerava este jogo como o mais importante dos últimos 27 anos. Felizmente,
os jogadores e equipa técnica do Benfica também perceberam isso e deram um
festival de raça, querer e ambição. Ganhar ao CRAC a jogar com 10 durante mais
de uma hora e ainda marcando dois golos é algo que nunca me lembro de ter
acontecido. Só por isso, esta é uma partida que tem entrada directa no nosso
museu. Pusemos um ponto final na época da equipa de Mordor e quiçá isso pode
ter sido o princípio do fim. Veremos como correrá a próxima época, mas não
tenhamos dúvidas que isto foi uma machadada muitíssimo importante nas forças do
Mal. O mundo hoje dormirá melhor e mais tranquilo graças a nós!
Muito obrigado, jogadores e equipa técnica do Glorioso Sport Lisboa e
Benfica! VIVA O BENFICA!
P.S. – Este Sr. Pedro Proença é também ele um desequilibrado. Quando começa
a mostrar cartões, não pára. Ia estragando o jogo, mas felizmente os jogadores
contiveram-se nos momentos mais complicados. Mesmo assim, ainda conseguiu expulsar dois jogadores e os dois treinadores.
quarta-feira, março 26, 2014
Inconcebível
Oferecemos a vitória ao
CRAC (0-1) na 1ª mão das meias-finais da Taça de Portugal. Para uma equipa que
já não perdia há quase cinco meses e que marcava golos consecutivamente há não
sei quantos jogos, fizemos uma péssima exibição e colocámos desnecessariamente
em risco a qualificação para a final da Taça de Portugal.
O Jorge Jesus resolveu voltar a “rodar a equipa” e jogámos grande parte do
tempo com nove (o Salvio e o Cardozo fizeram figura de corpo presente). Para
piorar as coisas, o Garay reencarnou a forma do princípio da época e ficou sentado a ver o Jackson Martínez a
cabecear aos 6’ para fazer o único golo do jogo. Não poderíamos ter entrado
pior e até ao intervalo a equipa não se encontrou. Claro que o facto de
estarmos a jogar com dois a menos ajudou… O CRAC pressionou-nos muito durante
principalmente a primeira meia-hora, mas só teve uma grande ocasião quando o
Sr. Marco Ferreira não assinalou um pisão do Fernando ao Fejsa (num dos seus
poucos erros, valha a verdade, confirmando a boa impressão que eu tinha dele), que permitiu que o Varela depois se isolasse
para uma boa mancha do Artur.
Melhorámos na 2ª parte (também pior era difícil…) e estava-se à espera que
o Jesus fizesse entrar alguns titulares, já que para além dos dois jogadores
referidos, também o Sulejmani não existiu.
Finalmente, este lá saiu aos 65’ para entrar o Gaitán, mas dois minutos depois
o Jesus tem uma decisão incompreensível ao tirar o nosso melhor jogador
(Rodrigo) para colocar o Lima. Isto com o Cardozo em campo… Com o passar do
tempo, o CRAC foi tendo espaço para o contra-ataque e por mais de uma vez
poderia ter marcado, mas o Jackson atirou uma bola ao poste e por duas vezes
falharam de maneira incrível o último passe. Nós só tivemos uma verdadeira
ocasião quando um canto à Camacho
finalmente(!) saiu bem e o Rúben Amorim rematou para excelente defesa do
Fabiano. Pouco depois acabava uma partida que esteve perfeitamente ao nosso
alcance: bastaria só não ter entrado a medo e ter jogado sempre com 11…
Em termos individuais, o Sílvio foi dos poucos que não se afundou. O Luisão
fez cortes muito importantes na 1ª parte, mas na 2ª errou passes que não são
habituais. O Amorim começou pessimamente, mas foi melhorando ao longo do tempo
e o Artur não deu nenhum frango o que
é sempre de relevar.
Bem, já que seis titulares tiveram descanso, não se espera nada menos do
que uma vitória em Braga, mesmo que tenhamos que defrontar o mais temível
adversário até ao momento: o Sr. Pedro Proença. Quanto à 2ª mão desta
meia-final, logo veremos o que vai suceder, mas vai-me ser muito difícil
perdoar ao Jorge Jesus uma eventual eliminação perante este CRAC…
quinta-feira, fevereiro 06, 2014
A ferros
Uma vitória muito difícil em Penafiel (1-0) permitiu-nos qualificar para as
meias-finais da Taça de Portugal. Perante uma equipa que plantou dois autocarros em frente à sua baliza, mas
valha a verdade sem fazer nenhuma espécie de antijogo, só conseguimos marcar o
golo do triunfo aos 84’ através do melhor em campo, o Sulejmani.
Do onze de Barcelos só sobraram o Luisão e o Maxi Pereira (podemos dar-nos
por satisfeitos por o Penafiel ter eliminado o Marítimo, pois caso contrário
teríamos jogado na Madeira e duvido que o fizéssemos com estes titulares), mas
até entrámos bem na partida. Tivemos oportunidades pelo Cardozo (a bola ia na direcção
da baliza, mas bateu nas costas de um defesa), Jardel (falhanço imperdoável de
cabeça) e do Sulejmani (bom remate defendido pelo guarda-redes). Em termos
defensivos não passámos por calafrios, excepto uma saída em falso do Artur num
livre, que nos poderia ter custado caro caso o jogador do Penafiel não tivesse
falhado a cabeçada.
Na 2ª parte, a partida manteve igual, ou seja, a célebre expressão
“aluga-se meio-campo” continuava a fazer todo o sentido. O Cardozo teve um
falhanço inacreditável com um remate muito torto bem dentro da área, mas o
Penafiel defendia-se bastante bem e era complicado criar situações de perigo. Isto
também se deveu ao facto de os médio-centros (Ruben Amorim e André Gomes) jogarem
muito para os lados e para trás, e à pouca velocidade na frente de ataque (excepção
a Sulejmani). O Jesus lá se decidiu a mexer na equipa e entraram o Rodrigo, Markovic
e Lima, tendo a nossa produção subido. A seis minutos do fim, uma boa sequência
de passes entre o Lima e o Rodrigo fez com que este desmarcasse o Sulejmani
para decidir o encontro com um remate de pé direito.
Evidentemente que o Sulejmani merece destaque individual e não só pelo golo
que marcou. Todos os outros estiveram muito medianos, com o Cardozo a precisar
de mais minutos (mas colocá-lo a titular frente à lagartada parece-me absolutamente fora de questão) e o Djuricic a
continuar a exasperar-me. O Ivan Cavaleiro teve umas boas arrancadas, mas foi (quase
sempre) inconsequente no passe.
Conseguimos o mais importante (a qualificação) e poupámos grande parte da
equipa para defrontar a lagartada. Nas
meias-finais, iremos defrontar o CRAC, que bateu o Estoril por 2-1 com o Jackson
a conseguir estar em fora-de-jogo em ambos os golos e a ter intervenção neles. São
lances muito à queima, mas ele está
de facto em posição irregular e já se sabe que a regra no futebol português é “em
caso de dúvida, favorece-se o CRAC”.
domingo, janeiro 05, 2014
Assim, sim!
Goleámos o Gil Vicente (5-0) e apurámo-nos para os quartos-de-final da Taça
de Portugal. Foi uma das exibições mais conseguidas da época (o que não quer
dizer muito, infelizmente), embora os gilistas estejam a atravessar uma fase
péssima e tenham sido um muito fraco opositor.
Claro que um golo aos 2’ (boa cabeçada do Rodrigo) e outro aos 16’ (boa
jogada entre o Rodrigo e o Markovic, com concretização deste) tornou tudo muito
mais simples, e o 3-0 aos 38’ num bis
do Rodrigo (bom contra-ataque iniciado no Oblak) selou de vez a nossa passagem.
A 2ª parte foi de uma calmaria total e ainda fizemos mais dois golos através do
Lima, o primeiro num indiscutível penalty do guarda-redes sobre o Maxi Pereira
aos 58’ e o outro já na compensação (92’) a encostar depois de um centro do
uruguaio.
Em termos individuais, destaque para a dupla de avançados, com dois golos
cada, para a subida de forma do Maxi Pereira, para a boa reaparição do Siqueira
na esquerda, e para a maior capacidade de luta e entrega ao jogo do Markovic.
Como o jogo foi muito fácil, ainda deu para o Jesus poupar a dupla Matic – Enzo
Pérez para o clássico do próximo Domingo. Clássico, esse, em que o Jesus se
prepara para entregar a titularidade da baliza ao Artur, que não joga há um
mês, preterindo o Oblak, que ainda não sofreu golos pelo Benfica (em 381’ de
jogo). Alguns dizem que o eslovaco ainda não foi posto à prova, mas se por
acaso ele tivesse defendido aquele remate de meio-campo do Olhanense (que lhes
deu o segundo golo) também se poderia continuar a dizer que ainda não tinha
sido posto à prova, não é…?
Todos nós temos a final do ano passado atravessada na garganta, portanto é
bom que a equipa se mentalize que nos deve uma Taça de Portugal. Para já, vamos
no bom caminho.
P.S. – À mente luminosa que acha muita piada colocar panos enormes
(geralmente publicitários) a tapar um sector inteiro da bancada central, tenho
a dizer o seguinte: entre as equipas entrarem em campo e o começo da partida há
pelo menos cinco minutos em que podem fazer isso à vontade. Se escolhem fazê-lo
mesmo em cima do apito inicial, arriscando a que imensas pessoas não vejam o
princípio do jogo, temos pena, mas por cima de mim não passam. E essa mente
luminosa escusa de protestar com o funcionário que ficou muito ofendido comigo
e me disse que estava a trabalhar, porque a culpa de o pano não esticar
completamente não foi dele, foi minha. Eu quero ver os 90 minutos completos e não os
últimos 89 e 30 segundos.
domingo, novembro 10, 2013
Óscar Tacuara Cardozo
Eliminámos os lagartos da Taça de
Portugal ao derrotá-los por 4-3 após prolongamento. Os três últimos jogos com
eles para esta competição foram absolutamente de loucos, mas felizmente ao
contrário do anterior neste coube-nos sorrir no fim.
A 1ª parte foi muito calculista da nossa parte. Marcámos relativamente cedo
(12’) através do Cardozo (que esteve em dúvida até à hora do jogo, mas ainda
bem que jogou mesmo!) num livre em que fez a bola passar por baixo da barreira,
que saltou em conjunto porque esperava um remate por alto. Demos a iniciativa à
lagartada, que todavia era incapaz de
criar perigo. Excepção feita a um lance aos 37’, em que o Capel surgiu sozinho
na área depois de um centro da direita e atirou sem hipóteses para o Artur. Só
que a nossa resposta foi avassaladora. Perdão, a resposta do melhor avançado
estrangeiro de toda a nossa história: em três minutos (42’ e 45’), o fabuloso
Cardozo fez dois golos correspondendo de cabeça a um centro do Gaitán e depois rematando
à meia-volta depois de uma assistência do Rúben Amorim. Chegávamos ao intervalo
com uma vantagem de dois golos, mas que infelizmente se revelou demasiado curta
nos 90’.
Entrámos bem na 2ª parte, a pressionar a lagartada mais acima e consequentemente a jogar mais no meio-campo
deles. No entanto, não conseguimos dar o golpe
de misericórdia com um quarto golo e a partida voltou a estar aberta com o
3-2 aos 62’ através do Maurício que se antecipou ao Luisão num canto. Na última
meia-hora de jogo, tivemos excelentes ocasiões com uma bola do Markovic
cabeceada ao poste e uma boa defesa do Patrício a outro remate do Cardozo.
Entretanto, o Rúben Amorim lesionou-se e entrou o Ivan Cavaleiro, que teve dois
erros crassos: num contra-ataque a nosso favor tentou fintar para dentro em vez
de ir para a baliza, perdendo naturalmente a bola; pior do que tudo, empurrando
um adversário que estava de costas para a baliza (de costas para a baliza, por
amor de Eusébio!!!) e provocando uma falta muito perigosa contra nós aos 92’.
Centro para a área, o Garay falha o corte e o Slimani faz o 3-3. Era um golpe
de teatro algo injusto, porque nós tivemos mais e melhores oportunidades.
Tenho que admitir que fui para o prolongamento muito pessimista, porque não
só o ânimo estava do lado da lagartada,
como em termos físicos era suposto estarem melhores já que estiveram isentos das provas europeias esta
semana. Aos 98’, o Duarte Gomes não viu um penalty evidente sobre o Luisão (foi
mais que agarrado e puxado na área!), que mesmo assim conseguiu cabecear para a
baliza, com o Patrício a dar um frango
inacreditável ao deixar a bola passar por entre as pernas. Confesso que foi a
primeira vez na vida que eu não festejei logo um golo do Benfica, até porque
nem vi a bola entrar na baliza: vejo o penalty sobre o Luisão, ia tendo um AVC
quando percebo que o árbitro não o marcou logo e ia falecendo quando o vejo
apontar para o lado contrário da baliza, porque estava a achar inacreditável
que ele transformasse um penalty a nosso favor em falta atacante! Afinal,
estava a apontar para o meio-campo a dar a sinalética de golo… Foi um festejo
quase em diferido! Até final do prolongamento, a lagartada só teve mais uma oportunidade com um cabeceamento do
Slimani a rasar o poste, enquanto nós voltámos a atirar outra bola ao poste
pelo André Gomes (na sequência de um lance em que o Patrício faz bem a mancha ao Ivan Cavaleiro, que estava
sozinho perante ele). O Rojo ainda levou um segundo amarelo e, como é costume
contra nós, a lagartada queixa-se de
não-sei-quantos penalties a favor deles.
Em termos individuais, os três primeiros destaques são inevitavelmente para
o Óscar, para o Tacuara e para o
Cardozo! Mais três golos à lagartada e
já são 13 em 18 partidas! Não só é o melhor avançado estrangeiro da nossa
história, como é o melhor avançado que tivemos nos últimos 30 anos. De longe! É
um enorme privilégio tê-lo na nossa equipa e é preciso ser-se desprovido de uma
himalaica dose de inteligência para não se gostar dele. Ou disso ou de uma
cegueira profunda ainda não diagnosticada. Pessoalmente, já desisti de
argumentar com pessoas que não gostam dele: é inútil tentar discutir com quem
acha que 2+2 não são quatro! Grande jogo igualmente do Gaitán e do Enzo Pérez,
que saiu completamente roto. Infelizmente, o Ruben Amorim lesionou-se, porque
estava também a ser dos melhores e o nosso meio-campo a três nestes jogos mais
complicados será uma tendência a seguir para o futuro. Pela negativa, o facto
de termos sofrido três, t-r-ê-s(!) golos iguais, em lances de bola paradas em
apenas quatro dias. Cada canto ou livre contra nós é quase um penalty nos dias
que correm… Sinceramente, não sei o que se passa, mas parece-me que o nítido
abaixamento de forma do Garay está relacionado com isto (na Grécia e no 3º golo
de hoje, a culpa é claramente dele). Uma última coisa: eu acho que o Ivan
Cavaleiro tem muito potencial e sinceramente até gosto dele, mas alguém o
avise, por favor, que um adversário de costas para a baliza não pode criar
perigo?! E que, portanto, é de uma estupidez atroz empurrá-lo e fazer uma falta
perigosa. Ainda por cima, no último minuto de jogo…! Muito obrigado.
Esta vitória coloca-nos nos oitavos-de-final da Taça e terminar a época com
uma conquista no Jamor tem que ser um objectivo primordial (até porque todos nós
temos a final do ano passado atravessada na garganta!). As competições
nacionais vão parar agora para o play-off
da selecção e espero que esta paragem nos possa ser benéfica para que a equipa
se apresenta mais fresca nos próximos compormissos.
sábado, outubro 19, 2013
Cinfães
Um misto de segundas linhas reforçadas com elementos da equipa B derrotou os
amadores do Cinfães por 1-0 na 3ª eliminatória da Taça de Portugal. O Ola John
marcou o golo aos 52’ depois de um bom cruzamento do Ivan Cavaleiro. Tirando o
resultado, não há muito mais de positivo a tirar deste jogo.
O Sr. Rui Gomes Costa ainda conseguiu anular um golo ao Steven Vitória na
1ª parte, por pretensa falta sobre um defesa na sequência de um canto. Curiosamente, o mesmo Sr. Rui Gomes
Costa que não viu um empurrão descarado do Jackson Martinez no lance que deu o
golo da vitória do CRAC frente ao Paços de Ferreira. Não se pode dizer que o critério não seja uniforme. E não estou a ser irónico.
Estes jogos dão sempre para ver qual é o verdadeiro grau de motivação dos
jogadores e não se pode dizer que a maioria tenha passado com distinção. Foi
pena que o Ivan Cavaleiro não tenha conseguido marcar nas duas vezes em que
esteve isolado frente ao guarda-redes, mas o miúdo não engana: temos ali
jogador. À semelhança do Jesus, também não desgostei do Funes Mori, embora
tenha falhado duas ou três bolas daquelas “só de encostar” (daquelas que,
quando é o Cardozo a marcar, muita gente desvaloriza por ser fácil demais…) e o
Oblak pareceu-me seguro. O Ola John marcou o golo, mas esteve muito irregular.
O Djuricic, Cortez e Sílvio (este vindo de lesão) fizeram um jogo horrível e o
Ruben Amorim também não esteve nada bem.
É bom que a conquista da Taça de Portugal seja um objectivo para esta
época, porque o que aconteceu no ano passado ainda está fresco demais na nossa
memória e precisa de ser apagado rapidamente.
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