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domingo, agosto 29, 2010

Quem diria?!

Vencemos o V. Setúbal (3-0) e alcançámos finalmente a 1ª vitória no campeonato. Foi uma partida cheia de incidências e que acabou por ter no Roberto o herói bastante improvável. Espero que esta vitória, e o modo como foi obtida, signifique um virar de página em relação ao que aconteceu até agora na época.

Entrámos muito bem e logo aos 4’ o Cardozo abriu o marcador de cabeça, depois de um excelente centro do Gaitán. Com um golo tão cedo e porque o Jorge Jesus teve o bom-senso de não colocar o Roberto a titular, antevi uma reedição do resultado do ano passado. A equipa parecia mais tranquila, demonstrámos bastante querer e os jogadores pareciam empenhados em atirar para trás das costas os maus resultados. No entanto, tudo se complicou aos 22’ quando o Maxi Pereira fez um atraso suicida para o Júlio César, que não conseguiu dominar a bola e acabou a fazer penalty sobre o avançado setubalense. A consequente expulsão do nosso guarda-redes fez com que o Roberto voltasse mais cedo do que pensaria à baliza do Benfica, saindo o estreante Salvio. E voltou em grande, já que conseguiu defender o penalty do Hugo Leal. Era disto que nós precisávamos, porque estando a jogar com 10 era muito importante continuarmos em vantagem no marcador. Perto do intervalo, um livre do Cardozo foi defendido para a frente pelo guarda-redes Diego, mas o Maxi Pereira não conseguiu fazer a recarga. Mesmo em cima dos 45’, um canto do Aimar proporcionou ao Luisão o 2-0 de cabeça. Íamos para o intervalo com uma vantagem alargada, o que era fundamental para termos uma boa almofada para a 2ª parte.

O Jorge Jesus mexeu na equipa outra vez ao intervalo e saiu o Saviola para entrar o Rúben Amorim. Esta substituição permitiu-nos acabar com a (pouca) reacção que o V. Setúbal teve a seguir à expulsão e passámos a controlar totalmente a partida. Nem parecia que estávamos em desvantagem numérica. O 3-0 surgiu naturalmente aos 57’ numa excelente combinação entre o Coentrão e o Gaitán finalizada pelo Aimar, de recarga, depois de o guarda-redes ter defendido o centro do Gaitán para a frente. A partir daqui, descansei de vez, porque não era crível que o V. Setúbal nos conseguisse marcar três golos. Até final, ainda tentámos alargar a vantagem, mas sempre sem nos comprometermos defensivamente.

Individualmente, destaco o Gaitán (duas assistências), o Aimar, (o já habitual) Coentrão e o Javi García. O Cardozo lá marcou o golito da ordem, mas continua a parecer-me que ainda não está no melhor a nível físico. O Luisão foi praticamente intransponível e ainda teve tempo para marcar um grande golo de cabeça. Deixo o Roberto para o fim, propositadamente, para dizer que ele foi essencial para esta vitória, já que o penalty, a ser convertido, tornaria a partida muito diferente. No entanto, espero que não seja um penalty defendido que influencie a opinião de quem de direito. Se se chegar à conclusão que é melhor ele ser emprestado, então que se empreste. Se, por outro lado, se decidir que é melhor ficar no plantel, que fique, mas, como eu não sou muito de fezadas, ficaria mais descansado no futuro se o Júlio César (ou o Moreira) fosse o titular. Haverá certamente uma questão de (falta de) confiança para as exibições dele até agora, mas o que é certo é que este jogo não deu para avaliar se isso foi ultrapassado com o penalty defendido, porque o V. Setúbal raramente criou perigo para a nossa baliza. E praticamente não houve cruzamentos.

O campeonato vai parar agora por causa das selecções. Ao menos, uma vez na vida isso é-nos benéfico, não só para melhorar os níveis físicos da equipa, como para dar tempo à integração dos novos reforços. Quando voltar a Liga, iremos a Guimarães, numa deslocação que não se afigura nada fácil. E em que o Júlio César não poderá jogar.

quinta-feira, agosto 26, 2010

Sorteio da Liga dos Campeões

Lyon
BENFICA
Schalke 04
Hapoel Tel-Aviv


Se, por um lado, nos calhou a equipa menos credenciada do pote 1, o que nos permite sonhar com o 1º lugar do grupo, por outro, vamos defrontar uma das mais fortes do pote 3 (ainda por cima, alemã) e a com o melhor ranking do pote 4. Não é um grupo fácil e é possível que o Lyon perca pontos com todas as outras equipas, tornando a classificação do grupo uma incógnita. Tal como disse aqui, o mínimo exigível para nós é o 3º lugar e, consequentemente, a passagem para a Liga Europa, mas se jogarmos como no ano passado, teremos fortes hipóteses de terminar em 1º. Que nos dará a vantagem de jogar a 2ª mão dos oitavos-de-final em casa e, mais importante do que isso, de possivelmente evitar os grandes tubarões europeus. A ordem dos jogos também será importante e, para começar bem e com uma vitória, queria o Hapoel em casa. Por outro lado, também será bom ir a Gelsenkirchen para limpar um dos momentos mais tristes, para quem gosta de um futebol honesto e justo, que aconteceu naquele estádio há uns anitos.

Mas que esta presença na Champions não desvie a atenção da equipa do que é prioritário este ano: tornarmo-nos bicampeões nacionais.

* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.

domingo, agosto 22, 2010

Insustentável

Perdemos frente ao Nacional (1-2) e, como se fartaram de dizer na TVI, há 58 anos que não tínhamos duas derrotas no início do campeonato. Fizemos uma 1ª parte razoável, com duas boas oportunidades, mas na 2ª foi um descalabro.

Começo logo pela figura do jogo: arrisco-me a dizer que, com qualquer um dos guarda-redes da I Liga, tínhamos ganho este jogo (ou, pelo menos, empatado). Não dá para “dourar mais a pílula”. Com o Roberto na baliza, arriscamo-nos a não ganhar nenhum jogo. Por duas razões: porque estamos sempre na iminência de sofrer um golo numa bola bombeada para a baliza e porque a equipa, não tendo confiança nenhuma no guarda-redes, sente, e de que maneira, cada golo sofrido. A forma como (não) reagimos ao 0-1 foi elucidativa do estado de espírito da equipa. Não me vou repetir ao que já disse aqui, mas só há uma solução para isto: tirar o Roberto da equipa.

Claro está que temos uma boa parte dos jogadores em má forma. Cardozo, Amorim e Aimar, por exemplo, são sombras do que vimos no passado. Esperemos que seja uma fase passageira e que recuperem rapidamente. Também não ajuda falhar golos de baliza aberta como o Gaitán na 1ª parte, mas hoje até entrámos bem na partida. Para além desse lance, uma cabeçada do Saviola proporcionou ao Bracalli uma grande defesa ainda nesse período. Ao invés, o único perigo que o Nacional criou foi uma bola bombeada (claro...) para a área que passou por cima do Roberto, sem que este a defendesse. O que nos valeu foi que foi ao lado.

Na 2ª parte, quando se esperava que intensificássemos a pressão, uma falta desnecessária aos 50’ originou um chamado canto curto. É certo que a defesa estava a dormir, mas um cruzamento para a pequena-área T-E-M que ser do guarda-redes. O Roberto deixou que o adversário se antecipasse e fizesse golo. A partir daqui, a equipa desuniu-se completamente. Aos 66’, dá-se o lance mais ridículo da partida (para não dizer do campeonato...), quando na sequência de um canto e de uma cabeçada em balão para a baliza, o Roberto resolve agarrar-se à barra em vez de atirar a bola para canto. A bola bate na barra e ressalta para um jogador do Nacional cabecear à vontade para a baliza. Um frango descomunal! Até final, melhorámos com a entrada do Carlos Martins e acabou por ser ele a impedir de ficarmos em branco com um bom remate fora da área já em cima dos 90’.

Numa partida destas torna-se difícil eleger o melhor. Talvez o Saviola, que foi sempre bastante batalhador, mas a terrível 2ª parte acabou por apagar o que de bom tínhamos feito na 1ª. Há mais um jogo antes da paragem do campeonato para as selecções. Temos que reflectir e muito. Arriscamo-nos a ficar a seis pontos do 1º logo na 2ª jornada. Por muito que se possa pôr em risco um elevado investimento, parece-me que o Benfica é mais importante do que isso. O Roberto não pode continuar a titular. Pior do que cometer um erro é insistir nele.

P.S. – A má 2ª parte e os frangos do Roberto não invalidam que, mais uma vez, tenhamos sido roubados em dois penalties (derrube ao Coentrão e braço na área) pelo Sr. Pedro Proença. O costume.

segunda-feira, agosto 16, 2010

Reforços, já!

Perdemos com a Académica na 1ª jornada (1-2) e começámos da pior maneira a defesa do título. Não demos continuação às boas exibições que já fizemos na pré-época e averbámos a terceira derrota consecutiva. Não se trata de pôr tudo em causa, obviamente, mas deveremos reflectir e agir rapidamente, já que o fecho das inscrições é daqui por 15 dias e é mais que visível que precisamos de reforços.

A 1ª parte foi muito fraca e inédita desde que o Jesus é treinador do Benfica. Apresentámo-nos muito lentos, sem imaginação e criámos muito poucas situações de golo. Aquela intensidade que era uma imagem de marca do ano passado foi apenas uma miragem. O maior problema foi a falta de velocidade no último terço do campo e, se é certo que é difícil substituir o Di María e o Ramires, não é obviamente com o César Peixoto a extremo que vamos lá. Bem vistas as coisas, jogámos com quatro potenciais laterais (Maxi, Amorim, Coentrão e Peixoto) nas alas, o que diz bem da necessidade de reforços que temos. A Académica marcou aos 26’ num inacreditável erro de marcação do Sidnei num livre para a área e em que o Roberto ficou a meio da viagem: nem saiu, nem ficou entre os postes e sofreu o golo de pé. Até ao intervalo, não conseguimos fazer nada de relevante.

Na 2ª parte, voltámos a jogar com 11, já que o César Peixoto deu o lugar ao Jara e melhorámos um pouco. Com mais querer e vontade do que discernimento, mas conseguimos aumentar a pressão sobre o adversário, beneficiando igualmente da expulsão (justa) por dois amarelos do Addy (coitado, certamente julgava que ainda estava no CRAC e podia dar duas pantufadas sem ver os respectivos amarelos). Conseguimos o empate numa boa assistência do Coentrão para o Jara aos 62’ e sinceramente julguei que a vitória não nos escaparia, já que ainda faltavam quase 30’ para o fim do jogo. No entanto, e ao contrário do que esperava, não conseguimos criar assim tantas oportunidades de golo e o tempo ia passando, sem que nós nos colocássemos em vantagem. Já no tempo de compensação, aconteceu o impensável: um golo quase de meio-campo da Académica, num lance em que o Laionel tomou partido do adiantamento do Roberto. Parecia mentira, mas passado mais de um ano voltávamos a perder em casa para o campeonato e com o mesmo adversário da última vez.

Individualmente, os menos maus foram o Fábio Coentrão e o Maxi Pereira. A entrada do Jara na 2ª parte foi importante, porque mexeu com a equipa. Dos restantes, mais ninguém se destacou pela positiva, sendo que o César Peixoto fez a pior exibição individual de um jogador que me lembro de ver em muito tempo. O Roberto continua a não me convencer nada e, lamento muito ter que dizer isto, mas não está isento de culpas nos golos: no primeiro, a maior responsabilidade é do Sidnei, mas ele não pode ficar a meio da viagem e, no segundo, um remate daquela distância só pode ser vitorioso se o guarda-redes não estiver entre os postes. Falando no Sidnei, voltou a estar ligado a um golo sofrido por nós e só espero que o Luisão já esteja disponível para a semana.

Quando se substitui dois jogadores que foram vendidos por outros dois que já estavam no plantel, é lógico concluir que a equipa ficou mais fraca. É U-R-G-E-N-T-E arranjar alguém para o lugar do Di María e do Ramires. Precisamos de velocidade nas alas para criar desequilíbrios principalmente perante equipas mais fechadas e cada vez percebo menos a dispensa do Urreta. Não me venham dizer que o César Peixoto é melhor que ele… Veremos o que nos trará o mercado até fechar, mas espero que esta derrota consciencialize de vez os responsáveis do Benfica que é mesmo necessário reforçar a equipa com mais dois jogadores. Senão, ou muito me engano, ou não teremos muitas alegrias este ano.

domingo, agosto 08, 2010

Descer à terra

Perdemos a Supertaça com o CRAC (0-2) e deixámos escapar a possibilidade de conquistar o primeiro troféu oficial desta época. Foi uma derrota justa, mas que me custou bastante, porque não estava mesmo nada à espera dela. Estivemos a léguas do que já mostrámos nesta pré-época e espero que se tirem as ilações devidas deste desaire. O que de muito bom fizemos na temporada transacta é uma boa meta para ter em vista, mas neste momento é passado. Temos tudo para conquistar de novo agora. E é importantíssimo que ajudemos a matar o polvo conquistando mais um campeonato.

Entrámos pessimamente na partida e aos 3’ já perdíamos por 1-0. Erro clamoroso de marcação num canto e o Rolando cabeceou à vontade. Só demos um ar da nossa graça dos 30’ até ao intervalo, mas sem criar uma clara ocasião de golo. Na 2ª parte, voltámos a entrar mal e, o que é pior ainda, com alguns jogadores de cabeça perdida (David Luiz e Carlos Martins, por exemplo, poderiam ter sido expulsos). O CRAC chegou ao 2-0 na sequência de uma bola nossa perdida a meio-campo, que originou um contra-ataque vitorioso. Até final, tivemos a nossa melhor oportunidade, mas o Saviola isolado falhou o que seria o nosso golo de honra.

Individualmente, apesar do falhanço, o Saviola foi o melhor do Benfica. Ou, talvez seja correcto dizer, o menos mau. O Coentrão, a jogar a extremo-esquerdo, esteve razoável e não percebi a sua substituição. O David Luiz acaba por não estar isento de culpas nos golos, mas as suas subidas provocaram desequilíbrios que infelizmente não foram aproveitados pela equipa. No pólo negativo, sobressaem dois nomes: César Peixoto e Carlos Martins. Exibições pavorosas e não percebi porque é que não foram substituídos. A dúvida entre Airton e Javi García, pelo menos nos tempos mais próximos, ficou desfeita com esta partida. Claramente, o espanhol terá de ser titular. E, lamento imenso ter que dizer isto, mas o Roberto está a um pequeníssimo passo de ser o maior bluff da nossa história. Continua a não dar a mínima confiança à equipa, sai pessimamente aos cruzamentos e um guarda-redes que custa aquele preço tem que defender a bola do primeiro golo. Eu sei que o cabeceamento é muito à queima, mas foi precisamente para defender bolas daquelas que ele foi contratado. Acho que está na altura de assumir o erro (paciência, toda a gente tem direito a errar) e colocar rapidamente um dos outros dois na baliza antes que isto nos custe vitórias no campeonato. (Virei aqui de muito bom grado no final da época fazer o mea culpa, caso esteja, como desejo e muito, redondamente enganado.)

Esta partida deve fazer-nos pensar seriamente. Continuamos a ser o mais forte candidato ao título, não tenho a menor dúvida disso, mas precisamos urgentemente de dois extremos. Um para cada lado. Cada vez compreendo menos a decisão do empréstimo do Urreta. Era, de longe, o único cuja velocidade se assemelhava ao Di María e também não é nada mau tecnicamente. Por outro lado, a venda do Ramires foi boa em termos financeiros, mas não vai ser nada fácil substituí-lo no campo. E é imperativo fazê-lo, já que o Carlos Martins não pode jogar no lado direito, porque não defende nada e deixa o lateral completamente abandonado.

Errar é humano e o Jorge Jesus também não esteve bem neste jogo. Se ainda posso entender a táctica inicial de 4-1-3-2, que tão bons resultados deu na temporada anterior (é pertinente o reparo de “então, porque é que andou a treinar o 4-3-3 nos últimos jogos?”, mas esperava que, como todos os jogadores de campo já cá estavam no ano passado, ainda se lembrassem dos automatismos, o que infelizmente não aconteceu), já não compreendi a leitura que ele fez do jogo, especialmente nas substituições: deixar as nulidades do Peixoto e Martins em campo e tirar o Aimar e Coentrão esteve longe de ser uma boa decisão. Outro aspecto a rever é a atitude de alguns jogadores dentro do campo. Podemos agradecer ao Sr. João Ferreira o facto de termos terminado o jogo com 11 jogadores. Não posso compreender, nem admitir, a cabeça perdida que alguns revelaram.

Um último aspecto relevante que me relembrou, e bem, o meu amigo Leão Eça Cana: fazer três jogos em 96 horas e só ter quatro dias de descanso para a primeira partida oficial (ou seja, quatro jogos em oito dias), frente a um rival directo e portanto importantíssima de ser ganha, é algo que não se percebe. Recordo que no ano passado tivemos uma semana de descanso antes da primeira partida oficial. Isto terá de ser obrigatoriamente revisto na próxima pré-temporada. Esta má planificação poder-nos-á ter custado a vitória nesta Supertaça, já que foi visível que fisicamente não estivemos ao melhor nível.

quarta-feira, agosto 04, 2010

Derrota na Eusébio Cup

Perdemos com o Tottenham (0-1) e deixámos escapar a oportunidade de fazer o pleno nos troféus de pré-época. Foi uma partida perante o 4º classificado do campeonato inglês e em que acusámos o esforço de ter que fazer três jogos em cinco dias. Não apresentámos a velocidade dos encontros anteriores, embora tenhamos sido a equipa que mais oportunidades criou.

Voltámos a apresentar a tal espécie de 4-3-3, com o Saviola, Cardozo e Jara no ataque, e na 1ª parte conseguimos algumas (poucas) boas combinações atacantes, mas infelizmente a pontaria não esteve afinada. O Carlos Martins destacou-se nos remates que fez, mas o guarda-redes contrário também se opôs bem a alguns deles. Na 2ª parte, sofremos o golo bastante cedo (55’) e depois com as substituições que fizeram com que entrassem todos os jogadores do plantel que estavam disponíveis, a nossa qualidade de jogo diminui naturalmente. Mesmo assim, num ou noutro lance poderíamos ter empatado e levado a decisão da Eusébio Cup para os penalties, como nas duas primeiras edições. Assim não aconteceu e acabámos por sofrer uma derrota no nosso Estádio, o que é sempre de lamentar mesmo em jogos particulares.

Individualmente é difícil destacar um jogador, porque houve 22 que entraram em campo, mas posso dizer que continuo a gostar da capacidade de luta do Jara, da dinâmica do Coentrão e David Luiz, e da visão de jogo do Aimar. O Kardec voltou a entrar bem na equipa. No entanto, foi um Benfica menos forte que vimos nesta partida, o que fez com que as individualidades também não sobressaíssem como de costume.

No próximo Sábado, teremos um jogo muito importante para que iniciemos a época oficial com uma conquista. Será fundamental ganhar ao CRAC para que esta cultura de vitórias seja cada vez mais apreendida pelos jogadores. E para demonstramos mais uma vez a toda a gente que somos a melhor equipa portuguesa.

segunda-feira, agosto 02, 2010

Soma e segue

Uns magníficos 60’ garantiram-nos mais uma goleada (4-1) perante o Aston Villa, 6º classificado do último campeonato inglês. Conquistámos assim pela 4ª vez o Torneio do Guadiana.

Tal como disse o Jorge Jesus no final, foi a melhor exibição do Benfica na pré-época. Futebol bastante dinâmico desde o início, óptimas movimentações e objectividade na procura da baliza reduziram o Aston Villa a uma equipa vulgar. Alinhámos com três avançados (Cardozo, Saviola e Jara) na tal variante do 4-4-2 do ano passado, mas que o Jesus não quer baptizar... :-) Marcámos três golos na 1ª parte (David Luiz, Saviola e o inevitável Cardozo) e outro logo no início da 2ª (bis do Saviola) que nos garantiram um jogo descansado, em que o maior ponto de interesse era ver quantos mais golos seríamos capazes de marcar. Com as substituições do Aimar, Saviola e Cardozo e o resultado feito, a equipa baixou naturalmente de rendimento e ainda sofremos um golo numa desatenção defensiva que não belisca minimamente a nossa exibição.

Individualmente, há que destacar o Jara. Teve participação directa em três dos quatro golos, raramente dá um lance por perdido, farta-se de pressionar os defesas contrários, é rápido a executar e remata bem. Ou muito me engano, ou temos ali jogador. O Saviola, apesar de um começo de partida menos bom (alguns passes e recepções falhadas), estava no sítio certo quando se tratou de meter a bola lá dentro. E só o poste o impediu de um hat-trick. O Cardozo lá meteu mais um golão na sequência de um livre indirecto, em que o facto de haver dois jogadores a simular (Aimar e Carlos Martins) confundiu os ingleses. E, a propósito de Carlos Martins, é dos jogadores em melhor forma neste início de época. Joga sempre para a frente e está mais objectivo. Quanto ao Coentrão e David Luiz, continuam os mesmos: excelentes!

Mais uma ponte do Guadiana para o nosso museu e agora temos de ganhar a Eusébio Cup no nosso estádio para fazermos o pleno dos troféus de pré-temporada. Mas o mais importante é que conquistemos o primeiro troféu oficial, a Supertaça, daqui a menos de uma semana frente ao CRAC.