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terça-feira, dezembro 31, 2013

Estreia vitoriosa

Regressámos das mini-férias do Natal com uma vitória feliz na Madeira (1-0) perante o Nacional para a 1ª jornada da fase de grupos da Taça da Liga. A vitória foi feliz, porque não só não fizemos uma grande exibição (como já vem sendo hábito ultimamente), como ainda o golo surgiu de um cruzamento do Gaitán aos 32’ que foi ligeiramente desviado pela cabeça do Mexer.

Sem o Luisão, Matic e com o Cardozo a demorar a recuperar, jogámos ainda assim com uma equipa de habituais titulares e os primeiros 10’ entusiasmaram-me. Pensei: “queres ver que o Natal nos fez muito bem?”. Mas foi sol de pouca dura, porque o nível foi começando a baixar desde aí. Mesmo assim, a 1ª parte não foi má de todo, já que criámos umas quantas oportunidades para além do golo. Claro que o Nacional também criou perigo um par de vezes.

Infelizmente na 2ª parte parece que ficámos nos balneários. Salvou-se o facto de termos estado bem na defesa, com somente duas ocasiões para o Nacional: boa defesa do Oblak a um remate à entrada da área e uma bola ao poste num lance de ressaltos com alguma sorte. Nós fomos controlando a partida como pudemos, melhorámos imenso nesse aspecto com a entrada do Ruben Amorim aos 76’ (deveria ter entrado mais cedo), mas nunca mostrámos muita vontade de dar a estocada final no jogo.

Em termos individuais, o Gaitán terá sido o melhor, com exibições igualmente positivas do Enzo Pérez e do Jardel, um dos jogadores mais úteis do plantel, porque sem ser brilhante cumpre sempre que é chamado a substituir os titularíssimos Luisão e Garay. Ao invés, o Fejsa tem o terrível hábito de arriscar passes em zonas proibidas e isso ia-nos custando caro nesta partida. O Markovic deu umas quantas corridinhas, esteve menos sofrível do que em jogos anteriores, mas ainda longe da forma do início de época. Quanto ao Oblak, se é certo que não teve grande trabalho, também é bem verdade que ainda não sofreu nenhum golo desde que está na nossa baliza. Por mim, até ver não saía de lá.

Com os dois jogos que faltam em casa, era só o que mais faltava não nos qualificarmos para as meias-finais da Taça da Liga, onde iremos ao WC ou ao antro. Para mim, é sempre um objectivo conquistar este troféu por dois motivos: primeiro, porque isso quererá dizer que nenhum dos outros dois ainda a terá conquistado; segundo, porque sendo a final em Coimbra o leitão na Mealhada é sempre uma paragem obrigatória.

P.S. - A Liga marcou o Benfica - CRAC para as 16h do dia 12 de Janeiro. Jogo grande à tarde! Viva o luxo!

quarta-feira, dezembro 25, 2013

Feliz Natal

Nesta quadra especial, desejo um óptimo Natal a todos os desportistas e, em especial, aos benfiquistas.

sábado, dezembro 21, 2013

Bom resultado, fraquíssima exibição

Vencemos em Setúbal por 2-0 e, no mínimo, vamos manter a distância de dois pontos para o 1º classificado. Quem não tiver visto o jogo, pode ser induzido em erro pelo resultado: se é verdade que a nossa vitória nunca esteve em causa, fizemos um dos piores jogos de que me lembro. Ganhámos (e ainda bem!), mas a jogar desta maneira é impossível irmos muito longe.

Oferecemos a 1ª parte ao adversário ao colocar o Fejsa e o Matic no meio, e o Enzo Pérez desviado para a ala esquerda! Foi de tal forma ridícula, que no final dos primeiros 45’ tínhamos zero remates! Repito: zero remates! Sinceramente, não me lembro de nenhum jogo do Benfica em que não tivéssemos rematado à baliza durante 45’.

Como era impossível fazer pior, lá melhorámos inevitavelmente na 2ª parte. Entrou o Sulejmani para o lugar do inútil Fejsa e marcámos no segundo remate à baliza, através do Rodrigo aos 54’ num bom cabeceamento a um cruzamento do Gaitán (o primeiro remate foi aos 50’!). O Oblak revelava-se seguro na nossa baliza, mas também não teve muito trabalho e nós matámos o jogo aos 69’ através do Lima, num penalty indiscutível por mão na bola. O V. Setúbal foi-se abaixo animicamente e nós também não mostrámos muita vontade de aumentar o marcador. Assim, sendo o jogo arrastou-se penosamente até ao final.

Em termos individuais, não houve grandes exibições. Se na 1ª parte o Maxi Pereira foi dos poucos a mostrar vontade, na 2ª o Gaitán foi importante na assistência para o Rodrigo e o Matic e Enzo Pérez, nas posições em que mais rendem (voilà!), melhoraram bastante. De assinalar igualmente que foi mais outro jogo com os ambos os avançados a marcarem.

Esperemos que esta paragem para o Natal nos faça bem e sirva para recuperar os lesionados (especialmente Cardozo e Salvio) para ver se em 2014 finalmente começamos a jogar um pouco de futebol. É que isto foi mesmo muito fraco e só a pouca qualidade da maioria das equipas do futebol português fez com que não nos fosse difícil ganhar um jogo em que jogámos tão mal.

P.S. – Depois daquela 1ª parte, até fica mal falar disto, mas o Sr. Paulo Baptista conseguiu não expulsar o Nélson Pedroso, que pisou o Gaitán quando este estava no chão, e, apesar de apitar a tudo o que mexia, não assinalou um penalty evidente quando o Luisão foi puxado na área num livre.

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Sorteio da Liga Europa

As bolinhas da sorte ditaram-nos um confronto com os gregos do PAOK nos 16-avos de final da Europa League. Não se pode dizer que não tenha sido um sorteio favorável, sobretudo tendo em conta que nos poderia ter saído Juventus, Lázio ou Ajax, ou então, uma viagem prolongada até ao leste da Europa.

Temos MAIS QUE OBRIGAÇÃO de eliminarmos os gregos e, se assim for, depois defrontaremos o vencedor do Dnipro – Tottenham. Seguindo a lógica serão os ingleses, agora sem serem treinados pelo André Big Bluff Villas-Boas. Como geralmente nos damos bem com equipas inglesas e os londrinos estão bastante pior do que no ano passado, a chegada aos quartos-de-final também não é utópica. Mas isso já é ir um pouco à frente demais nesta altura, aliás, da forma como estamos a jogar agora, iríamos sentir muitas dificuldades. Esperemos que, no final de Fevereiro, as coisas estejam um pouco melhores. Ah, e que não percamos muitos jogadores fundamentais no mercado de Janeiro!

P.S. – O CRAC irá jogar com o Eintracht Frankfurt e, se seguir em frente, o vencedor do Swansea – Nápoles. Óptimo sorteio! Outra coisa que calhou bem é um possível encontro entre Juventus e Fiorentina nos oitavos: é bom que os tubarões se comam uns aos outros.

Espelho da época

Vencemos o Olhanense no Estádio do Algarve (3-2) e mantivemos a distância de dois pontos para o 1º lugar da lagartada. Foi mais uma partida que exemplifica bem o que tem sido a nossa temporada até agora: perante uma equipa notoriamente mais fraca (e que nunca tinha marcado mais de um golo nas 12 jornadas anteriores!), continuamos a fazer ofertas na defesa que nos impedem de ter um jogo descansado até final.

Logo aos 7’ foi o Sílvio a fazer um mau passe que originou a jogada do 1º golo do Olhanense. Reagimos bem e empatámos aos 19’ num bom centro do Gaitán para a cabeça de Lima, que estava ligeiramente adiantado (de referir que aquele mesmo fiscal-de-linha nos invalidou dois lances em que os nossos avançados ficavam isolados por foras-de-jogo inexistentes). Quando se esperava que, depois do susto inicial, pudéssemos ir para a frente do marcador e construir uma vantagem sólida, aconteceu precisamente o contrário: mais um frango do Artur, desta feita a um remate longíssimo da área, coloca os de Olhão mais uma vez na frente aos 31’. O que vale é que nós temos o Matic (por enquanto…) e um petardo dele fora da área voltou a empatar a partida seis minutos depois.

A 2ª parte não poderia ter começado melhor: logo aos 47’, o (entretanto entrado) Sulejmani fez o 2-3 com um remate de trivela depois de uma boa abertura do Gaitán. Novamente pensei que tentássemos construir um resultado mais dilatado, mas a equipa deu quase sempre mostras de estar confortável com a vantagem mínima. Isto irritou-me sobremaneira, porque ficamos sempre sujeitos a uma bola parada. Aos 62’, o Artur lesiona-se e é substituído aos 69’ pelo Oblak (razão pela qual o Sr. Vasco Santos deu 10’ de compensação). Como entretanto também já tinha entrado o Ola John, ficámos sem mais substituições para fazer, o que ainda com algum tempo para jogar não deixa sempre de me criar apreensão. Até final, tivemos mais uma boa oportunidade pelo Garay e efectivamente não deixámos o Olhanense criar lances de perigo.

Pelo golo que marcou e por ter empurrado a equipa para a frente, o destaque via obviamente para o Matic. Boa exibição igualmente do Gaitán e do Garay. O Sulejmani foi decisivo, mas depois de ter marcado o golo não esteve nada feliz no resto do tempo. Não achei que o Ivan Cavaleiro tivesse estado assim tão mal na 1ª parte, bem como o Rodrigo, que foi substituído pouco depois do intervalo. É sempre bom que o Lima vá marcando golos, para ter mais confiança. Quanto à baliza, já chega de frangos do Artur! Espero que se aproveite esta oportunidade para tirarmos dúvidas sobre a real valia do Oblak, mas pareceu-me seguro nas primeiras intervenções.

O que vai contar para o futuro (e ainda bem que assim é) é o resultado e, só por isso, este jogo valeu a pena. Mas continuamos a produzir muito pouco e a fazer exibições sofríveis. Desde que vamos ganhando, eu não tenho problemas com isso.

P.S. - Ah, e outra coisa, caso se venda o Matic em Janeiro ficamos seriamente lixados.

quarta-feira, dezembro 11, 2013

Serviços mínimos

Vencemos o PSG (2-1), mas com a vitória esperada do Olympiacos sobre o Anderlecht, fomos relegados para a Liga Europa. Tendo sido nós os cabeças-de-série do grupo é obviamente um revés muito grande esta eliminação da Champions e não vale a pena estar a camuflar isso dizendo que somos favoritos à Liga Europa.

A nossa 1ª parte foi paupérrima mesmo perante um PSG com segundas escolhas (embora com segundas escolhas de 45 M€ - Pastore – e 40 M€ - Lucas – estamos conversados…). Atravessamos uma grande crise de confiança e o que mete mais impressão é a pouca alegria com que jogamos à bola. Ainda assim tivemos boas oportunidades com cabeceamentos do Matic e Luisão, mas foram os franceses a abrir o marcador aos 37’ pelo Cavani na sequência de mais um canto, que para nós esta época estão a ser verdadeiros penalties. Um disparate de um defesa, que atropelou desnecessariamente o Sílvio perto do intervalo, ofereceu-nos um penalty que o Lima converteu muito bem aos 45’. Era essencial não estarmos a perder no descanso se quiséssemos ter veleidades de ganhar o jogo.

Melhorámos na 2ª parte (também melhor fora…) e chegámos à vantagem aos 58’ pelo Gaitán numa boa jogada entre o Maxi e o Enzo Pérez. Já antes, o Lima e o Luisão (novamente com uma cabeçada desastrada quando estava sozinho na área) tinham tido boas oportunidades e até final conseguimos controlar o ataque francês que, verdade seja dita, também nunca se mostrou muito interessado em fazer algo mais pelo jogo. As notícias da Grécia não eram nada famosas (três penalties e três expulsões deram cabo do Anderlecht, mas o resumo da TV revelou que foram todos bem assinalados), mas ao menos ganhámos e amealhámos 1 M€.

Em termos individuais, o Sílvio foi o melhor do Benfica. O Enzo Pérez não sabe jogar mal e o Gaitán, apesar de não lhe sair tudo bem, tentou estar constantemente em jogo. Boa partida igualmente do Maxi Pereira. Ao invés, continuamos a jogar com 10, porque o nosso treinador não consegue meter na cabeça que o Markovic neste momento não conta. Ao menos, nesta partida correu (estar na Champions tem as suas vantagens…), mas não percebo porque é que ele tem sistematicamente mais oportunidades do que os Ivans Cavaleiros e os Andrés Gomes desta vida… Não desejo o mal a ninguém, muito menos a jogadores do Benfica, mas como saiu lesionado pode ser que (finalmente!) não seja titular na próxima partida…

Se quisermos ver isto pelo lado menos negativo, podemos sempre dizer que 85% das equipas da Champions foram apuradas com 10 pontos (como A Bola) e que desde 2007 só quatro foram eliminadas fazendo esta pontuação (como O Jogo), mas o que vai ficar para a história é que em quatro Champions com o Jesus só numa delas nos apurámos para os oitavos-de-final. Claro que se ganharmos a Liga Europa (só ir à final não chega para mim, já lá fomos no ano passado), isto será esquecido, mas da forma que estamos a jogar vai ser muito difícil isto acontecer.

P.S. – O Benfica poderia ter a decência de distribuir este milhão de euros que ganhou neste jogo (descontando-o do ordenado dos jogadores e equipa técnica) pelos 28.848 espectadores que estiveram na Luz na 6ª feira. Isso é que era de valor!

sábado, dezembro 07, 2013

Vergonhoso!

Empatámos em casa frente ao Arouca (2-2), o último classificado que tinha feito dois pontos nos últimos 21 possíveis, e vamos deixar escapar uma oportunidade claríssima de nos distanciarmos dos rivais. Eu vou repetir: e-m-p-a-t-á-m-o-s  e-m  c-a-s-a  f-r-e-n-t-e  a-o  A-r-o-u-c-a…! Algo que só deveria acontecer com a simultaneidade de um azar destes e de um roubo destes. Caso contrário, é imperdoável e deveria cobrir de vergonha todos os jogadores e equipa técnica, e impedi-los de sair à rua durante uns bons tempos. Aliás, já desperdiçámos quatro(!) pontos em casa frente às duas equipas que subiram de divisão esta época. Se queremos muito ser campeões, estamos a disfarçar muito bem…

Poderia ficar por aqui, mas acho que há algumas ilações para o futuro a tirar deste resultado inconcebível:

1) Artur. Eh pá, não dá mais! Ou melhor, não vai dar mais do que aquilo. Parecia que estava melhor esta época, mas o primeiro golo do Arouca, um livre lateral do David Simão, é mais um frango que nos custa pontos. Tem 32 anos e já não vai melhorar. Está na altura de começar em pensar num substituto que, se calhar, já está dentro do plantel…

2) Bruno Cortez. O responsável pela sua contratação das duas, uma: ou é despedido por justa causa ou tem que ir para um centro de reabilitação para deixar a droga. E eu que pensava que depois do Rojas, Escalona, Pesaresi e Emerson já tinha visto tudo…

3) Arranjem lá o dinheiro onde quiserem, vão pedir à troika, assaltem um banco, mas se o Matic sair em Janeiro vai ser uma tragédia. Neste jogo tivemos um cheirinho do que valemos sem ele. O Fejsa, com ele ao lado, ainda disfarça, mas nestes jogos em que é preciso um pouco mais do que destruir, não dá. Por esta altura no ano passado, o André Gomes fez um grande jogo em Barcelona, logo a seguir um ainda melhor no WC e finalmente frente ao Marítimo. Esta época praticamente desapareceu…

4) Por mais golos que marquem, o Lima e Rodrigo nunca conseguirão ser substitutos do Cardozo. Com ele em campo, muito provavelmente teríamos ganho.

5) Markovic. Antes deste jogo, achava que uns tempitos na equipa B far-lhe-iam bem. Mas estava enganado: com 19 anos, se calhar ainda pode jogar nos juniores. Se há coisa que não admito num jogador do Benfica é falta de vontade! E a idade não é desculpa. O Ivan Cavaleiro, em nove minutos em campo, atirou uma bola ao poste e fez um centro que foi meio-golo. Muito mais do que ele em 62’! Zero absoluto. Só me apetece dar-lhe uns tabefes para ver se acorda e não desperdiça um talento daqueles!

6) Terceiro jogo consecutivo do Rodrigo a marcar e a confiança fez-lhe aumentar sobremaneira a produção, mas mesmo assim tivemos um cheirinho de tempos recentes com duas incursões em fintas pela linha de fundo…

7) O Lima não falhou o penalty, mas teve duas ou três bolas em que deveria ter marcado. Assim como o Luisão: aquela cabeçada na pequena-área com a baliza praticamente descarada já na compensação, a um centro magnífico do Ivan Cavaleiro, TEM que entrar na baliza!

8) Sofrer DOIS golos em casa do Arouca que provocam um empate deveria ser motivo para ¼ do ordenado penhorado a todos os jogadores e equipa técnica neste mês. E falando em penhora de ordenado, espero bem que o Jesus não receba este mês. O castigo deveu-se a uma idiotice sua e vê-se bem a falta que faz no banco.

Não se pode, N-Ã-O  S-E  P-O-D-E desperdiçar oportunidades destas de encostar o CRAC ainda mais à parede! Perderam sete pontos nas últimas três jornadas, estão numa espiral descendente e nós damos-lhes benesses destas! É incompreensível…

P.S. – O Arouca começou a fazer antijogo aos 3’ e o Sr. Rui Gomes Costa deu quatro minutos de descontos na 2ª parte! Sem comentários…

segunda-feira, dezembro 02, 2013

Lima e Rodrigo

Vitória importantíssima em Vila do Conde (3-1) que nos permitiu subir à liderança do campeonato ex-aequo com os lagartos e graças à derrota do CRAC em Coimbra. Foi uma partida bem disputada, mas em que a nossa vitória não merece contestação.

A 1ª parte foi paupérrima no que concerne a criar situações de golo, porém chegámos à vantagem aos 38’ através do Rodrigo (que só teve que encostar) depois de um cruzamento do Lima que o guarda-redes não interceptou. Tirando isso foi um deserto, em que ambas as equipas tinham grandes dificuldades em se acercar da baliza com perigo.

A 2ª parte foi bastante melhor de parte a parte, mas um erro clamoroso do André Almeida (falhou um corte de cabeça) permitiu o golo do empate aos 57’ pelo Ukra. Felizmente reagimos muito bem e voltámos a colocar-nos em na frente aos 63’ num magnífico livre directo do Lima. Com a expulsão (justa, por segundo amarelo) de um jogador do Rio Ave, as coisas tornaram-se muito mais fáceis para nós e foi sem surpresa que chegámos ao 1-3 aos 78' num bom remate de primeira do Lima, assistido exemplarmente pelo Rodrigo. Até final, deu sempre a sensação que poderíamos aumentar o score, o que seria talvez um pouco injusto para o Rio Ave.

Em termos individuais, destaque óbvio para o Lima e Rodrigo. Costuma dizer-se que os avançados vivem de golos e estes dois estavam há demasiado tempo sem marcar. Assim que o fizeram, viu-se logo como o seu nível exibicional e a sua confiança aumentaram. Aliás esta é bem capaz de ser a melhor exibição do Rodrigo desde que o Assassino Alves quase lhe ia acabando com a carreira. O Matic está a subir de forma a olhos vistos e é imprescindível para empurrar a equipa para a frente. A defesa não esteve mal com excepção da oferta do André Almeida. O Enzo Pérez e o Gaitán estiveram a um nível inferior do que em encontros anteriores, o Fejsa precisa de aumentar o ritmo.

Por ter melhor diferença de golos, a lagartada está à nossa frente (o que deixa os seus adeptos em delírio…), mas quem diria que em três jornadas o CRAC desbaratasse uma vantagem de 5 pontos…?! Há que dizer, a bem da verdade, que andam com azar: o Sr. João Capela fez tudo o que pode (não assinalou um penaly evidente a favor da Briosa e inventou outro para o CRAC a cinco minutos do fim). Foi, de longe, o melhor em campo, inacreditavelmente o resto da equipa do CRAC não o secundou.

quinta-feira, novembro 28, 2013

O fascínio pela complicação

Vencemos o Anderlecht em Bruxelas (3-2) e adiámos para a última jornada a decisão sobre a inevitável ida para a Liga Europa, porque é pouquíssimo provável que os belgas consigam ir à Grécia roubar pontos ao Olympiacos.

Esta partida foi uma amostra do que tem sido a nossa temporada até agora: a dificuldade imensa em dar a estocada final ao adversário quando estamos por cima e depois o sofrimento desnecessário. Entrámos bem e os primeiros 10 minutos foram bons, mas o Anderlecht chegou à vantagem pelo Mbemba aos 18’ através de um canto em que tivemos azar no ressalto e ele ficou só com o Artur pela frente. Com o displicente Markovic e o desastrado Lima na frente, jogávamos praticamente com nove, mas mesmo assim conseguimos chegar à igualdade aos 34’ pelo Matic de cabeça na sequência de um livre do Enzo Pérez. Até final da 1ª parte, ainda voltamos a ter calafrios em dois cantos.

A 2ª parte começou com o 1-2: grande arrancada do Gaitán, a bola sobra para o Enzo Pérez que a devolve ao compatriota, que já dentro da área faz uma rotação extraordinária, rematando à meia-volta e fazendo a bola tabelar no Mbemba, e entrar na baliza. Todo o mérito para o Gaitán, mas ainda bem que foi autogolo, porque o Lima que se preparava para empurrar a bola estava fora-de-jogo. O jogo partiu-se a partir daqui, com os belgas a virem para a frente e a deixarem o seu meio-campo com mais buracos do que um terreno minado. Só que lá veio o eterno problema: deixámos de ser tão pressionantes e tentámos desacelerar o ritmo, em vez de tentar marcar mais um e selar de vez a vitória. Aos 72’, o Jesus fez uma substituição incompreensível ao tirar o Gaitán que estava a ser dos melhores e colocar o Sulejmani. Os belgas entusiasmaram-se e eu estava mesmo a ver o filme de um canto ou livre nos últimos minutos para nos lixar. Mas não foi preciso esperar tanto, porque cinco minutos depois da substituição empataram mesmo pelo Massimo Bruno, num lance em que o André Almeida falhou a intercepção e o Garay não cobriu bem o adversário. Como em Paris o Olympiacos tinha acabado de empatar, a nossa ida para Liga Europa estava já a ser marcada, quando aos 90’ num contra-ataque o Sulejmani isolou bem para o Rodrigo (entretanto entrado) que, finalmente(!), voltou a ser decisivo num jogo e rematou por baixo das pernas do guarda-redes. Uns minutos antes num livre, já o Luisão tinha cabeceado mal em vez de dominar de peito e rematar, mas depois do nosso golo ainda vimos a bola rondar a nossa área um par de vezes e sofremos um livre directo mesmo à entrada dela. Mas desta vez os deuses resolveram estar connosco e acabámos mesmo por vencer.

Em termos individuais, não houve exibições de encher o olho, mas gostei do Maxi Pereira, do Matic e do Gaitán. O Enzo Pérez não sabe jogar em baixa rotação e devia dar um workshop a alguns dos sérivos (nomeadamente ao Markovic e Djuricic). Continuamos muito permeáveis na defesa e o Garay demora a voltar à sua melhor forma. O Jesus veio defender o Markovic no final e faz o seu papel, mas parece-me que está na altura de o tirar da equipa durante uns tempitos para ele perceber que está no Benfica e que tem, no mínimo, que suar a camisola durante os jogos (ou seja, correr atrás dos adversário e defender) se porventura as coisas não lhe estiverem a sair bem em termos atacantes (e não estão há uma série de tempo). Quanto ao Lima, parece que fez uma lobotomia no início desta época: não acerta uma tabelinha e são n as jogadas perdidas por maus passes dele. Muito gostava eu de saber onde estão aqueles que no início da época diziam que o Cardozo podia ir embora à vontade, porque tínhamos o Lima…

Acabámos por fazer história ao triunfar pela 1ª vez em Bruxelas e, com o golo do PSG perto do fim, igualámos o Olympicos com 7 pontos. Veremos o que acontecerá quando recebermos os franceses, mas pelo menos a Liga Europa já está garantida. E, se se confirmar a ida, a presença em Turim terá de ser um objectivo.

domingo, novembro 24, 2013

Lisonjeiro

Um golo solitário do Matic aos 73’ permitiu-nos derrotar o Braga na Luz (1-0) e somar três pontos muito importantes, porque o Nacional fez o grande favor de empatar em casa do CRAC (1-1) e assim estamos agora a apenas um ponto do clube que envergonha o desporto.

Com o Jorge Jesus a iniciar a suspensão de 30 dias pelo tremendo disparate que fez em Guimarães, tivemos outra baixa de peso, porque o enorme Tacuara também não jogou devido a uma lombalgia. Seja por um motivo ou por outro, o que é certo é que a nossa exibição deixou muito a desejar. Pouca velocidade, transições demasiado lentas, falta de esclarecimento nas jogadas atacantes e jogadores em baixa de forma constituíram uma mescla difícil de ultrapassar. Não foi de espantar, portanto, as raras oportunidades que tivemos na 1ª parte (só um remate do Matic ao lado quando estava em boa posição) e ainda vimos o Éder atirar uma bola ao nosso poste.

Na 2ª parte, tivemos inevitavelmente que melhorar e a velocidade já foi superior, mas tornou a ser o Braga a criar outra vez grande perigo com novo remate à barra do Rafa (está ali um jogador muitíssimo interessante, que se calhar devêssemos manter debaixo de olho) e o Alan a obrigar o Artur a uma grande defesa. Quanto a nós, só o Ivan Cavaleiro proporcionou ao Eduardo uma defesa mais difícil. Até que aos 73’, as suas pernas longuíssimas permitiram ao Matic roubar uma bola ao médio-defensivo do Braga no seu meio-campo e o sérvio rematou depois na passada à entrada da área fazendo o único golo do encontro. Estava a ver o caso muito complicado e este golo caiu-nos do céu. Até final, conseguimos controlar o adversário e defender bem a nossa baliza (ao menos uma vez na vida!).

Em termos individuais, destaque óbvio para o Matic pelo grande golo e por ter conseguido empurrar a equipa para a frente na 2ª parte. O Enzo Pérez também não consegue jogar a baixa rotação e o Gaitán só se mostrou na 2ª parte. Alguém explique, por favor, ao Djuricic e Markovic que isto no Benfica é para dar os 100% qualquer que seja o adversário! Porque não interessa o adversário, interessa é que eles estão a vestir a camisola do Glorioso! Para (não) mostrar esta vontade, mais valia colocar os jovens da equipa B. E só mais uma coisa: espero que depois de quatro(!) centros para a linha lateral do lado contrário, alguém coloque o Sílvio uma hora depois de cada treino a fazer centros para dentro da área… Obrigado.

Não tenho problemas nenhuns em admitir que não só o resultado foi muito melhor do que a exibição, como até foi lisonjeiro para nós, porque feitas as contas o Braga criou mais perigo no jogo. Mas, paciência, como se diz “o futebol é assim mesmo” e, como já aqui referi várias vezes, farto de fazer exibições magníficas sem ganhar nada no final (como no ano passado) estou eu! Confesso que já dava este campeonato como perdido, mas voltou tudo à estaca zero com o segundo empate consecutivo do CRAC. É obviamente imperioso que cheguemos à última jornada na pocilga já campeões (senão, um qualquer Proença ou Kelvin desequilibram a balança), pelo que ainda estamos a haver cinco pontos.

quarta-feira, novembro 20, 2013

Estratosférico

Voltámos a vencer a Suécia, desta feita em Estocolmo por 3-2, e estamos qualificados para o Mundial 2014 no Brasil. Aliás, o resultado deste play off bem podia ser Ibrahimovic – 2 – C. Ronaldo – 4, já que foram as duas grandes figuras das respectivas equipas a marcar os golos da eliminatória.

Portugal voltou a entrar muito concentrado, à semelhança do jogo na Luz, e controlou completamente a partida na 1ª parte. O Hugo Almeida conseguiu a proeza de falhar um golo de cabeça com a baliza aberta e o C. Ronaldo teve dois remates perigosos que poderiam ter tido melhor direcção. O nulo ao intervalo era de certo modo lisonjeiro para os suecos. A 2ª parte foi um hino ao futebol: marcaram-se os cinco golos, houve cambalhotas no marcador e emoção a rodos. Uma óptima abertura do João Moutinho desmarcou o C. Ronaldo, que com um remate potente de pé esquerdo fez o 0-1 aos 50’. Alguns pensaram que a eliminatória estava decidida (eu, pessimista por natureza, claro que não), mas o Ibrahimovic fez dois golos em quatro minutos (68’ e 72’) e lançou a incerteza no play off (no segundo, pareceu-me que o Rui Patrício poderia ter feito melhor). Só que o C. Ronaldo resolveu dissipar todas as dúvidas com golos aos 77’ e 79’, depois de boas aberturas do Hugo Almeida e João Moutinho, respectivamente. E, até final, ainda poderia ter feito o seu quarto golo, mas atirou ao lado numa bola bastante mais fácil do que qualquer outro dos três golos que marcou.

Não há volta a dar: o homem pode ser (e é ou, pelo menos, é a imagem pública que transparece) um vaidoso e presunçoso do pior (o “eu estou aqui” depois dos golos é sintoma disso mesmo), mas é um jogador de outro planeta e ainda bem que faz parte da nossa selecção. Não são só os números (à vista de todos) que lhe certificam já um lugar no Olimpo do futebol, é principalmente o facto de se superar nestes jogos em que tem os olhos do mundo todos postos nele. Atinge verdadeiramente outra dimensão quanto mais pressionado está e isso não é definitivamente para todos. Independentemente da sua maneira de ser (que eu não gosto mesmo nada, faz-me sempre muita impressão a falta de humildade, mesmo de quem tem todas as razões para não a ter), é um enorme privilégio poder tê-lo visto (e continuar a vê-lo) jogar à bola. Outro que esteve em grande plano foi naturalmente o João Moutinho, com duas brilhantes assistências e centenas de quilómetros percorridos. Mas, em geral, todos os jogadores estiveram muito concentrados e a exibição da selecção foi muito boa.

Mérito total para o Paulo Bento (que, volto a dizer, espero ver no banco do Glorioso um destes dia), que conseguiu novamente colocar uma selecção com um jogador de dimensão planetária, mais um ou outro de expressão mundial, mas a maioria apenas com um nível médio numa grande competição. Uma vez chegados ao Brasil, veremos até onde poderemos chegar. Em primeiro lugar, a fase de grupos, em que, se seguirmos a lógica das últimas competições em que estivemos presentes, seria bom que nos calhasse um sorteio difícil. Não vamos embandeirar em arco com este jogo épico (a Suécia mostrou que é o Ibrahimovic e pouco mais) e achar que de repente seremos candidatos ao título mundial, mas citando o único seleccionador que nos últimos 18 anos conseguiu falhar uma qualificação para uma grande competição, julgo que poderemos fazer “coisas bonitas”.

Parabéns, Portugal!

sábado, novembro 16, 2013

Importante vantagem

Um bonito golo do Cristiano Ronaldo de cabeça aos 83' permitiu-nos fazer história e derrotar a Suécia (1-0) pela primeira vez em nossa casa. Colocou-nos igualmente em vantagem no play off de acesso ao Mundial de 2014, que espero seja confirmada na próxima 3ª feira em Estocolmo.

A 1ª parte foi equilibrada com duas boas oportunidades (uma para cada lado), mas o João Moutinho atirou ao lado depois de contornar o guarda-redes e o Rui Patrício fez uma boa defesa a um remate perigoso. No 2º tempo, o jogo foi totalmente nosso: tivemos alguns lances que nos poderiam ter dado a vantagem e os suecos mal passaram do meio-campo. A justiça fez-se já próximo do final e ainda poderíamos ter alargado a vantagem com um cabeceamento do C. Ronaldo ao poste.

A Suécia só mostrou alguma coisita na 1ª parte, mas a partida de lá avizinha-se bastante difícil. Já disse por várias vezes que gosto do Paulo Bento e, mesmo apesar de alguma corja que circunda à volta da Federação, é óbvio que prefiro um Mundial com Portugal. Vamos lá tratar disso na próxima semana, sff!

domingo, novembro 10, 2013

Óscar Tacuara Cardozo

Eliminámos os lagartos da Taça de Portugal ao derrotá-los por 4-3 após prolongamento. Os três últimos jogos com eles para esta competição foram absolutamente de loucos, mas felizmente ao contrário do anterior neste coube-nos sorrir no fim.

A 1ª parte foi muito calculista da nossa parte. Marcámos relativamente cedo (12’) através do Cardozo (que esteve em dúvida até à hora do jogo, mas ainda bem que jogou mesmo!) num livre em que fez a bola passar por baixo da barreira, que saltou em conjunto porque esperava um remate por alto. Demos a iniciativa à lagartada, que todavia era incapaz de criar perigo. Excepção feita a um lance aos 37’, em que o Capel surgiu sozinho na área depois de um centro da direita e atirou sem hipóteses para o Artur. Só que a nossa resposta foi avassaladora. Perdão, a resposta do melhor avançado estrangeiro de toda a nossa história: em três minutos (42’ e 45’), o fabuloso Cardozo fez dois golos correspondendo de cabeça a um centro do Gaitán e depois rematando à meia-volta depois de uma assistência do Rúben Amorim. Chegávamos ao intervalo com uma vantagem de dois golos, mas que infelizmente se revelou demasiado curta nos 90’.

Entrámos bem na 2ª parte, a pressionar a lagartada mais acima e consequentemente a jogar mais no meio-campo deles. No entanto, não conseguimos dar o golpe de misericórdia com um quarto golo e a partida voltou a estar aberta com o 3-2 aos 62’ através do Maurício que se antecipou ao Luisão num canto. Na última meia-hora de jogo, tivemos excelentes ocasiões com uma bola do Markovic cabeceada ao poste e uma boa defesa do Patrício a outro remate do Cardozo. Entretanto, o Rúben Amorim lesionou-se e entrou o Ivan Cavaleiro, que teve dois erros crassos: num contra-ataque a nosso favor tentou fintar para dentro em vez de ir para a baliza, perdendo naturalmente a bola; pior do que tudo, empurrando um adversário que estava de costas para a baliza (de costas para a baliza, por amor de Eusébio!!!) e provocando uma falta muito perigosa contra nós aos 92’. Centro para a área, o Garay falha o corte e o Slimani faz o 3-3. Era um golpe de teatro algo injusto, porque nós tivemos mais e melhores oportunidades.

Tenho que admitir que fui para o prolongamento muito pessimista, porque não só o ânimo estava do lado da lagartada, como em termos físicos era suposto estarem melhores já que estiveram isentos das provas europeias esta semana. Aos 98’, o Duarte Gomes não viu um penalty evidente sobre o Luisão (foi mais que agarrado e puxado na área!), que mesmo assim conseguiu cabecear para a baliza, com o Patrício a dar um frango inacreditável ao deixar a bola passar por entre as pernas. Confesso que foi a primeira vez na vida que eu não festejei logo um golo do Benfica, até porque nem vi a bola entrar na baliza: vejo o penalty sobre o Luisão, ia tendo um AVC quando percebo que o árbitro não o marcou logo e ia falecendo quando o vejo apontar para o lado contrário da baliza, porque estava a achar inacreditável que ele transformasse um penalty a nosso favor em falta atacante! Afinal, estava a apontar para o meio-campo a dar a sinalética de golo… Foi um festejo quase em diferido! Até final do prolongamento, a lagartada só teve mais uma oportunidade com um cabeceamento do Slimani a rasar o poste, enquanto nós voltámos a atirar outra bola ao poste pelo André Gomes (na sequência de um lance em que o Patrício faz bem a mancha ao Ivan Cavaleiro, que estava sozinho perante ele). O Rojo ainda levou um segundo amarelo e, como é costume contra nós, a lagartada queixa-se de não-sei-quantos penalties a favor deles.

Em termos individuais, os três primeiros destaques são inevitavelmente para o Óscar, para o Tacuara e para o Cardozo! Mais três golos à lagartada e já são 13 em 18 partidas! Não só é o melhor avançado estrangeiro da nossa história, como é o melhor avançado que tivemos nos últimos 30 anos. De longe! É um enorme privilégio tê-lo na nossa equipa e é preciso ser-se desprovido de uma himalaica dose de inteligência para não se gostar dele. Ou disso ou de uma cegueira profunda ainda não diagnosticada. Pessoalmente, já desisti de argumentar com pessoas que não gostam dele: é inútil tentar discutir com quem acha que 2+2 não são quatro! Grande jogo igualmente do Gaitán e do Enzo Pérez, que saiu completamente roto. Infelizmente, o Ruben Amorim lesionou-se, porque estava também a ser dos melhores e o nosso meio-campo a três nestes jogos mais complicados será uma tendência a seguir para o futuro. Pela negativa, o facto de termos sofrido três, t-r-ê-s(!) golos iguais, em lances de bola paradas em apenas quatro dias. Cada canto ou livre contra nós é quase um penalty nos dias que correm… Sinceramente, não sei o que se passa, mas parece-me que o nítido abaixamento de forma do Garay está relacionado com isto (na Grécia e no 3º golo de hoje, a culpa é claramente dele). Uma última coisa: eu acho que o Ivan Cavaleiro tem muito potencial e sinceramente até gosto dele, mas alguém o avise, por favor, que um adversário de costas para a baliza não pode criar perigo?! E que, portanto, é de uma estupidez atroz empurrá-lo e fazer uma falta perigosa. Ainda por cima, no último minuto de jogo…! Muito obrigado.

Esta vitória coloca-nos nos oitavos-de-final da Taça e terminar a época com uma conquista no Jamor tem que ser um objectivo primordial (até porque todos nós temos a final do ano passado atravessada na garganta!). As competições nacionais vão parar agora para o play-off da selecção e espero que esta paragem nos possa ser benéfica para que a equipa se apresenta mais fresca nos próximos compormissos.

quarta-feira, novembro 06, 2013

Inglório

Perdemos em Atenas frente ao Olympiacos (0-1) e vamos dizer adeus à Liga dos Campeões. Uma inacreditável falha defensiva (especialmente do Garay) num canto e seis(!) defesas de golo do Roberto explicam que a melhor exibição da época tenha resultado numa derrota.

Não há muito mais que se possa dizer num jogo que só me fez lembrar este, embora com a diferença que não atirámos nenhuma bola ao poste. Entrámos bem com óptimas oportunidades do Cardozo e Markovic, este isolado, mas foram os gregos a fazerem o golo solitário aos 13’ na primeira das duas oportunidades que tiveram. Abanámos um pouco até ao intervalo, mas mesmo assim o Matic teve uma desconcentração imperdoável num canto a nosso favor (julgou que estava fora-de-jogo) e atirou de calcanhar quando tinha só o Roberto pela frente.

A 2ª parte foi igual à 1ª e vimos o Roberto salvar golos certos do Markovic (novamente), Sílvio e duas vezes ao Djuricic. E ainda defendeu um bom remate do Enzo Pérez! Foi uma exibição inacreditável que não via um guarda-redes fazer há já muito tempo. Mas, da mesma maneira que o Beto não se tornou um jogador bestial quando marcou ao Manchester United, eu não me esqueço das frangalhadas que o Roberto nos presenteou enquanto esteve cá: que continue pela Grécia ou por Madrid, mas longe de nós, de preferência. A segunda oportunidade do Olympiacos resultou de um contra-ataque já muito perto dos 90’, que felizmente foi conduzido pelo Salino e que foi bem contrariado pelo Maxi. Para piorar tudo, ainda vimos o Cardozo se lesionar e vamos lá a ver quando tempo é que vamos ficar sem ele.

Em termos individuais, gostei muito do Ruben Amorim (no tridente do meio-campo com o Matic e Enzo Pérez) e do Gaitán (já se sabe que nos jogos da Champions a motivação é outra…). O Sílvio fez a estreia num jogo a sério, a lateral-esquerdo, e o melhor que se pode dizer é que não destoou. A defesa não foi grandemente posta à prova e o Artur não fez uma única defesa.

Sejamos realistas: é praticamente impossível o Olympicos não ganhar em casa ao Anderlecht na última jornada, quando disso depende a sua qualificação. E basta-lhe três pontos para se apurar para a próxima fase. Quanto a nós, é ganharmos em Bruxelas na próxima jornada para selarmos o 3º lugar e começarmos a pensar em ir a Turim lá para Maio. É obviamente uma desilusão não nos apurarmos para a fase seguinte da Liga dos Campeões, ainda por cima estando no pote 1, mas eu já disse várias vezes que oitavos e quartos da Champions não são títulos e eu prefiro mil vezes ir a uma final (e ganhá-la, já agora!) da Liga Europa. A final da Champions é na nossa casa, mas no estado actual do futebol europeu sempre foi uma utopia irrealista pensar em lá chegar. Concentremo-nos é no campeonato e deixemo-nos de sonhos desfasados da realidade.

sábado, novembro 02, 2013

Antes assim

Vencemos categoricamente em Coimbra (3-0) numa partida em que o resultado foi melhor do que a exibição. No entanto, depois de duas épocas em que apresentámos indiscutivelmente o melhor futebol, mas que terminaram da maneira que terminaram, se esta nossa pouca exuberância não equivaler a resultados menos conseguidos ficarei obviamente satisfeito na mesma.

Entrámos bem na partida, mas foi sol de pouca dura. Não chegámos a criar oportunidades flagrantes de golo, até que o Cardozo resolveu atirar uma bomba de fora da área aos 34’ e desatou um nó que ameaçava tornar-se complicado. Ainda por cima, porque três minutos depois o mesmo Cardozo foi ensanduichado na área depois de um centro do Gaitán, mas a bola bateu na cabeça de um defesa e entrou na baliza. Ou seja, roubaram-nos um golo ao Cardozo de penalty! Até ao intervalo, a Académica ainda fez um remate perigoso, mas o Artur confirmou a sua subida de forma com uma boa defesa.

A 2ª parte foi o que se esperava: nós não acelerámos quase nada (já em pensar no Olympiacos) e o adversário também não mostrou argumentos para nos criar problemas. Mesmo assim, uma diferença de dois golos preocupa-me sempre, porque basta um lance fortuito para colocar em dúvida um jogo que devia estar ganho. Felizmente isso não aconteceu e, de facto, parece que estamos a melhorar em termos defensivos. O Jesus lançou o Markovic a meia-hora do fim e o sérvio deu uma pincelada de classe aos 87’ num magnífico chapéu, depois de uma abertura fantástica do Ruben Amorim. Um golo fabuloso!

Em termos individuais, inevitável novo destaque para o Cardozo: sexto golo nos últimos sete jogos (é pena só marcar um por jogo…) e está possivelmente na melhor forma de sempre desde que chegou ao Benfica (eu sei que não é fácil). É que não são só os golos, são as tabelinhas que lhe saem invariavelmente bem e as bolas ganhas de cabeça que se transformam em passes para os colegas. Proponho que doravante empurre sempre o treinador no final de cada época! :-) O Enzo Pérez continua sempre em alta e os centrais, particularmente o Luisão, estiveram igualmente bem. Ao invés, o Lima permanece irreconhecível.

Três pontos importantes num terreno onde não ganhávamos há três anos (com duas das maiores roubalheiras que me lembro nos últimos tempos) e agora resta-nos esperar pelo que irão fazer os rivais. Este mês de Novembro vai ser de loucos (Olympiacos, lagartada, Braga e Anderlecht) e vai definir alguma coisa do que será a nossa época.

P.S. – Já imaginaram o que estaria a ser a nossa época se tivéssemos cometido o enorme disparate de deixar sair o Tacuara…?!

segunda-feira, outubro 28, 2013

Tranquilo

Vencemos o Nacional por 2-0 numa partida que contrastou com as anteriores, precisamente por não termos visto a nossa vantagem ser colocada em causa. Esperemos que ela signifique um regresso às vitórias sem grandes stresses perante adversários teoricamente mais acessíveis, que têm sido habituais em grande parte dos nossos jogos nas últimas épocas.

Marcámos relativamente cedo (15’), quando o Cardozo isolou o Siqueira que não tremeu só com o guarda-redes pela frente. Mas a nossa 1ª parte foi sofrível, já que só tivemos mais uma boa ocasião com o Cardozo a rematar fraco de pé direito quando estava em boa posição. A senda das lesões musculares parece não ter fim e o Siqueira teve que ser substituído pelo André Almeida por volta da meia-hora.

A 2ª parte foi bastante melhor e começou logo com um remate muito perigoso do Gaitán ao lado. Claro que o 2-0 aos 49’ pelo Cardozo, depois de uma óptima abertura do mesmo Gaitán, muito contribuiu para a elevação do nosso nível exibicional, porque a equipa se sentiu mais confiante. O jogo entrou numa fase mais interessante com o Nacional a tentar marcar e nós a responder em contra-ataque. Todavia, começava a notar-se algum cansaço da nossa parte e o Jesus esteve bem ao reforçar o meio-campo com o Ruben Amorim no lugar do (novamente infeliz) Rodrigo a cerca de 25’ do fim. A partir daí, não mais o Nacional conseguiu circular a bola à vontade no nosso meio-campo, enquanto nós poderíamos ter aumentado a vantagem com boas oportunidades do Ivan Cavaleiro e do Cardozo, com um remate de pé direito em arco de fora da área(!) mesmo perto do final.

Destaque inevitável para o grande Tacuara: uma assistência e um golo, que lhe permitiu igualar o Nuno Gomes como 9º melhor marcador do Benfica em jogos oficiais ( 165 em pouco mais de seis épocas… coisa pouca). Para além disso, fartou-se de ganhar bolas de cabeça e as tabelinhas saíram quase todas bem (como é habitual, acrescente-se). Enfim, foi um show e eu nem quero imaginar como estaria a ser a nossa época se o tivéssemos deixado ir embora… Destaque também para o Ivan Cavaleiro, que mostra velocidade, vontade e técnica, e as duas primeiras permitem-no ter vantagem neste momento perante o Ola John na luta pela titularidade. O Gaitán deve ter feito uma lobotomia ao intervalo, porque subiu imenso de produção. Em termos defensivos estivemos bem e o Nacional, apesar de trocar bem a bola, não criou grandes situações de perigo.

Com a vitória do CRAC perante a lagartada, igualámos os répteis no 2º lugar, mas ainda estamos a cinco pontos dos assumidamente corruptos. Isto não vai ser nada fácil, mas se voltarmos a jogar decentemente será bem mais interessante.

quinta-feira, outubro 24, 2013

Obrigado, Roberto!

Empatámos em casa frente ao Olympiacos (1-1) e o meu sentimento é igual ao da ida ao WC: se me dissessem antes do jogo, consideraria um mau resultado; com as condicionantes que ele teve, acabou por não ser nada mau.

Eu não sei onde é que o Jesus viu uma 1ª parte em que nós pressionámos o adversário e estivemos bem… Tirando o livre do Cardozo logo no início, bem defendido pelo Roberto, e uma cabeçada do Luisão, não fizemos rigorosamente mais nada. Ainda por cima, uma perda de bola do Matic a meio-campo deu origem ao golo deles aos 29’. A partir daí, começou a chover a cântaros (intervalo incluído) e eu comecei a ver a nossa vida andar para trás.

O início da 2ª parte mostrou um campo alagado, onde a bola rolava com dificuldade. Lutámos, demonstrámos carácter, mas as coisas estavam muito complicadas, até porque o Sr. Alberto Undiano Mallenco só assinalava as nossas faltas e não as dos gregos (parece-me que há um penalty claro sobre o Siqueira). Era difícil criar grandes oportunidades e acabámos por chegar à igualdade aos 83’ graças a uma saída em falso do Roberto num canto (que, a bem da verdade, não o era), deixando a bola sobrevoar a pequena-área para o Luisão assistir o Cardozo, que só teve que encostar. Eu nunca tive dúvidas acerca das capacidades do Roberto e finalmente ele conseguiu dar-me uma alegria! Aliás, saídas em falso a cruzamentos foram duas ou três (numa delas, o Matic falhou inacreditavelmente o cabeceamento) e bolas bombeadas para a frente, em que ele ficou preso aos postes, contei pelo menos duas. Ainda bem que ele pode ir mostrando a sua qualidade em Atenas e não cá…!

Em termos individuais, é difícil destacar alguém. Na 1ª parte, o único que esteve ao seu nível foi o Enzo Pérez, que depois muito naturalmente rebentou a meio dos segundos 45’. Na 2ª, toda a equipa lutou muito, o Lima subiu um pouco de produção (também pior do que na 1ª era difícil…) e o Cardozo lá continua a sua senda de jogos a marcar. Destaque para a estreia do Ivan Cavaleiro no Estádio da Luz, substituindo ao intervalo o Ola John, mas não era jogo para grandes proezas técnicas.

É imperioso não perder em Atenas, se quisermos ter veleidades de nos qualificarmos. Com o 1º lugar entregue ao PSG, temos a vantagem de os recebermos na Luz, enquanto os gregos terão de ir a Paris. Em teoria, será melhor para nós. Mas cada coisa a seu tempo e a ver se daqui a duas semanas na Grécia conseguimos jogar um bocadinho melhor do que hoje…

P.S. – Para além de ter estragado grandes períodos do jogo, a chuvada de hoje muito possivelmente impediu-nos de voltarmos a ver o Saviola a pisar o relvado da Luz. Foi pena, porque gostaria de o ter ovacionado.

quarta-feira, outubro 23, 2013

Gracias!

CRAC - 0 - Zenit - 1.

É mais correcto os agradecimentos serem em castelhano do que em russo: o Herrera (que custou 8 milhões de euros, saliente-se) conseguiu a proeza de ver dois amarelos (ambos merecidíssimos) nos primeiros seis minutos de jogo! Foi fantástico! Neste caso, pode dizer-se com legitimidade que quem vê caras, vê o resto…

sábado, outubro 19, 2013

Cinfães

Um misto de segundas linhas reforçadas com elementos da equipa B derrotou os amadores do Cinfães por 1-0 na 3ª eliminatória da Taça de Portugal. O Ola John marcou o golo aos 52’ depois de um bom cruzamento do Ivan Cavaleiro. Tirando o resultado, não há muito mais de positivo a tirar deste jogo.

O Sr. Rui Gomes Costa ainda conseguiu anular um golo ao Steven Vitória na 1ª parte, por pretensa falta sobre um defesa na sequência de um canto. Curiosamente, o mesmo Sr. Rui Gomes Costa que não viu um empurrão descarado do Jackson Martinez no lance que deu o golo da vitória do CRAC frente ao Paços de Ferreira. Não se pode dizer que o critério não seja uniforme. E não estou a ser irónico.

Estes jogos dão sempre para ver qual é o verdadeiro grau de motivação dos jogadores e não se pode dizer que a maioria tenha passado com distinção. Foi pena que o Ivan Cavaleiro não tenha conseguido marcar nas duas vezes em que esteve isolado frente ao guarda-redes, mas o miúdo não engana: temos ali jogador. À semelhança do Jesus, também não desgostei do Funes Mori, embora tenha falhado duas ou três bolas daquelas “só de encostar” (daquelas que, quando é o Cardozo a marcar, muita gente desvaloriza por ser fácil demais…) e o Oblak pareceu-me seguro. O Ola John marcou o golo, mas esteve muito irregular. O Djuricic, Cortez e Sílvio (este vindo de lesão) fizeram um jogo horrível e o Ruben Amorim também não esteve nada bem.

É bom que a conquista da Taça de Portugal seja um objectivo para esta época, porque o que aconteceu no ano passado ainda está fresco demais na nossa memória e precisa de ser apagado rapidamente.

terça-feira, outubro 15, 2013

Portugal – 3 – Luxemburgo – 0

Nova exibição a roçar o medíocre, mas perante uma selecção muito fraca (e a jogar merecidamente com 10 a partir dos 29') era difícil não ganhar. Curiosamente foram dois dos piores jogadores até àquele momento a marcar os primeiros golos: Varela (30') e Nani (37'). A vitória ficou logo garantida e da 2ª parte destaca-se o golo do Postiga (79'), e dois falhanços inacreditáveis do Hugo Almeida. No Azerbaijão, a Rússia esteve a ganhar até praticamente aos 90', mas o Azerbaijão empatou, o que nos leva a pensar que, se o Rui Patrício não tivesse dado aquele frango descomunal frente a Israel, talvez pudéssemos ter conseguido a qualificação directa. Nunca saberemos.

Desta vez, não teremos uma Bósnia-Herzegovina no caminho. Os possíveis adversários são França, Suécia, Roménia ou Islândia. Tirando esta última, os outros são bem complicados e teremos de elevar muito o nosso nível exibicional para os batermos. Claro que do mal, o menos e todos menos a França, por favor!

Por todas as razões, gostava muito que a selecção conseguisse ir ao Mundial, até porque, como já o disse várias vezes, gosto do Paulo Bento. E cada vez tenho mais razões para tal.

sábado, outubro 12, 2013

Portugal – 1 – Israel – 1

Um erro clamoroso do Rui Patrício impediu que Portugal vencesse Israel, apesar de ter feito uma exibição muito medíocre. Aconteceu aos 85’, quando o guarda-redes falhou um pontapé e ofereceu a bola a um adversário. As esperanças de conseguir o 1º lugar do grupo já eram escassas, mas agora foram totalmente por água abaixo: a Rússia teria de perder no Azerbaijão e nós ganharmos por pelo menos seis golos ao Luxemburgo.

A falta de cinco titulares ajuda a explicar um pouco tão pobre exibição, juntamente com o facto de o C. Ronaldo e o Nani estarem muito ausentes do jogo. Colocámo-nos em vantagem aos 27’ através do Ricardo Costa, depois de uma assistência do Pepe e tivemos outras (poucas) oportunidades de dilatar o marcador. Muita inépcia impediu que o conseguíssemos e depois veio o balde de água fria no final.

Recebemos o Luxemburgo na última jornada e uma vitória garantir-nos-á a qualificação para o play off. Onde os adversários que se perspectivam (França, por exemplo) provavelmente farão com que não seja um passeio tão grande quanto os play offs anteriores.

segunda-feira, outubro 07, 2013

Suado

Regressámos às vitórias na Amoreira (2-1) frente a uma excelente equipa do Estoril. Foi uma partida muito complicada, em que a vitória acaba por ser justa e onde a exibição melhorou ligeiramente face a jogos anteriores (o que, convenhamos, também não era nada difícil…).

Entrámos praticamente a ganhar com um excelente cruzamento do Gaitán e uma cabeçada do Lima só com o guarda-redes pela frente logo aos 10’. O Estoril reagiu e nós tivemos que cerrar linhas na defesa, não criando muitas mais oportunidades até ao intervalo. Um livre perigoso do Rodrigo (a única coisa de jeito que fez no jogo todo) ainda deu a sensação de golo e mesmo em cima dos 45’ o árbitro, Sr. Manuel Mota, assinalou penalty a nosso favor por mão na área. No estádio, viu-se perfeitamente a bola, cabeceada por um defesa do Estoril, a bater na mão de um colega, mas não deu para perceber se tinha sido casual ou não. Revisto o lance na TV, não acho que tenha sido penalty, porque o lance foi à queima e o jogador que toca na bola com a mão está igualmente a saltar (tal como o colega) e até de olhos fechados. Mas, com a quantidade enorme (pelo menos, quatro!) penalties que já nos foram escamoteados este ano, serve como parca compensação. Quer dizer, não serviu de nada, porque o Lima permitiu a defesa do guarda-redes…

As características do jogo não se alteraram no início da 2ª parte, até que o Jesus lá resolveu que chegava de jogar com 10 e fez entrar o Cardozo para o lugar do Rodrigo. Uns minutos antes, tínhamos ficado a alinhar em superioridade numérica, porque o árbitro recheou as duas equipas de amarelos e a consequência era previsível. O Enzo Pérez falhou o remate numa boa jogada e, logo a seguir, aos 71’, aquele jogador que “é lento, não corre, só tem pé esquerdo e só sabe marcar golos” marcou o melhor golo do campeonato até agora, num remate de primeira (com o pé direito!) depois de um cruzamento do Maxi Pereira e sem deixar a bola cair no chão! F.a.b.u.l.o.s.o! Infelizmente logo na jogada a seguir, o Luisão ficou a dormir num canto e o Balboa reduziu para 1-2. Mas o Cardozo não desarmava e assistiu o Lima na perfeição (quando até poderia ter tentado o remate), só que este, apenas com o guarda-redes pela frente, conseguiu tentar desviar tanto a bola que ela acabou por sair ao lado! Falhanço inacreditável! Até final, ainda deu para o Maxi levar também o segundo amarelo (claro!) e para uma grande oportunidade do Estoril já na compensação, em que o Ruben Amorim fez um corte providencial e a recarga acabou nas malhas superiores.

Apesar de ter jogado só 30’, o nosso melhor jogador foi o Cardozo. Ponto Final. Não só pelo golo que marcou, como pela assistência ao Lima e pela sua entrada ter permitido que passássemos a conseguir segurar a bola no ataque, e a ganhar lances de cabeça. Foi absolutamente decisivo e já vai na terceira jornada seguida a marcar. É o maior! Bom jogo igualmente do Enzo Pérez e, a espaços, do Gaitán. O Lima continua fora de forma: é certo que marcou, mas falhou um penalty e o outro lance que ainda foi pior. O Rodrigo, esse, continua fora de forma desde Fevereiro de 2011… O Matic precisava de rever alguns jogos do ano passado, para se lembrar de como jogava.

Não foi uma exibição brilhante (longe disso!), mas também não acho que estivéssemos tão mal quanto alguns comentários que ouvi. Há que não esquecer que o Estoril é uma das melhores equipas do campeonato e, por alguma razão, já não perdia em casa há bastantes meses. Vamos agora descansar para as selecções e ver se recuperamos algumas das lesões musculares (neste jogo foi o Markovic e o Sulejmani, que nem chegou a ser convocado).

quinta-feira, outubro 03, 2013

Descer à terra

Quando se sente alívio assim que o árbitro termina um jogo em que perdemos por 0-3, isso diz muita coisa acerca da nossa exibição. Trinta minutos iniciais de pesadelo foi quanto bastou ao Paris Saint-Germain para (espero eu) fazer ver aos responsáveis do nosso clube que os sonhos megalómanos de chegar a uma final da Champions estão tão desajustados da realidade quanto acreditar que é apenas um erro aquilo que o Proença fez na passada 6ª feira.

O jogo não teve história, porque o PSG marcou logo aos 5’ e cada vez que ia à nossa baliza era cada tiro, cada melro. Felizmente, resolveram abrandar o ritmo quando chegaram aos três, porque sinceramente o fantasma de Vigo pairou durante largos momentos. O Jesus resolveu colocar-nos de início apenas com 10, porque o Djuricic fez (mais uma vez) figura de corpo presente: nem ajudava no meio-campo, contribuindo para um inferioridade numérica naquela zona que nos foi fatal, nem segurava nenhuma bola no ataque. Para jogar assim perto do Cardozo, mais valia ter alinhado logo o Markovic. Ou claro fazer como se fez na 2ª parte, em que o Jesus emendou a mão, colocando o Enzo Pérez, o Matic e o entrado André Gomes (lesão do Fejsa), e as coisas melhoraram. Fruto igualmente do abaixamento de ritmo do PSG, mas o mal maior já estava feito.

Não é tanto a derrota que custa, é mais a forma como a equipa (não) actuou. Falta garra, falta vontade, falta dinâmica e, principalmente, falta alegria a jogar à bola (algo que nunca faltou nos quatro anos anteriores do Jesus). É a ausência deste último factor que me preocupa mais: a equipa parece amorfa e não sabe reagir às dificuldades que o jogo coloca (um óptimo exemplo passou-se frente ao Belenenses). Relembro que fizemos uma óptima exibição em Stamford Bridge há dois anos, roubados desde o minuto 40’, a jogar na 2ª parte com Witsel a defesa-direito, Javi García e Emerson a centrais, e na frente com o Djaló e o Nélson Oliveira na última meia-hora… E poderíamos ter ganho a eliminatória! Compare-se esta equipa com a que jogou ontem e ainda se torna mais injustificável o que se passou. Como não se percebe aquelas declarações do Jesus no final da partida, quase assumindo que estava à espera de perder por poucos. Ou, se calhar, pensando na nossa exibição, percebe-se melhor…

O que se passou ontem deu a ideia de ser o Jesus a querer mostrar que não temos equipa para a final da Champions. Pois claro que não temos! Qualquer pessoa com os pés assentes na terra sabe isto muito bem! Era bom que se pusessem de acordo na SAD acerca do principal objectivo. Que, com a brincadeira que foi o final da época passada e o início desta, já está a cinco pontos de distância… E vamos lá a ver se não estará a mais depois da visita à Amoreira no próximo Domingo…

quarta-feira, outubro 02, 2013

O roubo do século

Isto já aconteceu na passada 6ª feira, mas não queria deixar de colocar aqui para ficar registado. Ganharam por 1-0 ao V. Guimarães com este lance. Cujo grau de desfaçatez está ao nível deste nos saudosos anos 90. Em qualquer país civilizado, este senhor estaria com termo de identidade e residência. E não estou a ser metafórico.

 

P.S. - Não concordo absolutamente nada quando se diz que isto é um “erro”. Não, este senhor não se enganou. Isso acontece quando fazemos algo que não queríamos e de que nos arrependemos a posteriori. Não é manifestamente este o caso: a sua coerência de há longo tempo demonstram-no à saciedade.

terça-feira, outubro 01, 2013

Gracias!


Quando as forças do Mal são derrotadas, o mundo torna-se um sítio mais aprazível.

domingo, setembro 29, 2013

Péssimo

Empatámos em casa com o Belenenses (1-1) e voltámos a deixar alargar a diferença para o 1º classificado para cinco pontos. Fizemos uma exibição muito má, o que não deixou de me espantar já que parecia que vínhamos a subir de forma nos últimos jogos. Esta oscilação exibicional, que se reflecte nos resultados, é algo que nos deve preocupar e muito.

Curiosamente até entrámos bem e colocámo-nos em vantagem aos 17’ num cabeceamento do Cardozo a centro do Lima. Mas infelizmente, em vez de nos estimular, o golo parece que nos fez adormecer e fomos deixando correr o marfim até que o Belenenses empatou aos 30’ num canto. No estádio era impossível ter-me apercebido, mas visto na TV é incompreensível como é que o fiscal-de-linha não assinala fora-de-jogo ao jogador do Belenenses que se abaixa frente ao Artur permitindo que a bola passe. É indiscutível a sua interferência na jogada.

Na 2ª parte, esperava-se que o Benfica aumentasse o ritmo e começasse a criar mais oportunidades de golo do que na 1ª, porém isso não aconteceu. Jogámos sempre muito devagar, ao contrário do que é habitual, e de forma bastante previsível. O Markovic saiu ao intervalo, mas não ganhámos nada com a entrada do Gaitán e o Matic levou um amarelo idiota por pontapear a bola para longe, o que fez com o Jesus o tivesse que sacrificar (e bem) em vez do Fejsa quando lançou o Sulejmani. A desinspiração era um mal que afectava praticamente toda a equipa e desta vez não houve milagre como frente ao Gil Vicente.

Um dos nossos grandes problemas é que há muitos jogadores fora de forma. A excepção é o Enzo Pérez e poucos mais sobram. O Matic continua uma sombra do ano passado. O Markovic nunca mais fez nada de especial desde a jogada de génio na lagartada. O Lima é outro que deixou de ser decisivo. O Salvio faz muita falta e o Gaitán voltou agora de lesão. O Cardozo lá molhou o bico outra vez e foi dos menos maus. O Jesus resolveu dar descanso ao Siqueira, mas o Cortez… valha-me Eusébio!

Na próxima 4ª feira, vamos a Paris, mas não estou NADA de acordo que só o Jesus assuma que o objectivo principal é o campeonato. No estado actual do futebol europeu, é uma utopia pensar em algo mais que quartos-de-final (na melhor das hipóteses) na Champions. Temos uma hegemonia no futebol português para recuperar antes de podermos pensar em voos mais altos.

P.S. – Não foi só o lance do inacreditável fora-de-jogo: há um agarrão CLARO ao braço do Cardozo na 2ª parte que o Sr. Jorge Tavares (quem?!) não assinalou. Conjugado com a pornografia que o Sr. Pedro Proença fez no estádio do CRAC na passada 6ª feira, é demasiado evidente que este campeonato já está mais que decidido. E assim se continua a assobiar para o ar há mais de 30 anos…

segunda-feira, setembro 23, 2013

Precioso

Conseguimos um triunfo muito importante em Guimarães (1-0) que, juntamente com o empate do CRAC no Estoril, fez com que reduzíssemos a diferença para o 1º classificado para três pontos. Foi uma partida bastante complicada, em que a nossa vitória é justa e da qual nos lembraremos como um dos marcos incontornáveis se estivermos todos contentes em Maio.

O Jesus repetiu a equipa que alinhou frente ao Anderlecht, mas perante a agressividade dos vimaranenses (a roçar a violência especialmente no início da partida) ela revelou-se um pouco macia demais: o Djuricic e o Markovic passaram ao lado do jogo, o Matic está longe da melhor forma e o Enzo Pérez não consegue fazer tudo sozinho. A 1ª parte foi disputadíssima, mas sem grandes ocasiões de golo. De notar dois foras-de-jogo mal assinalados ao Enzo Pérez, que ficava praticamente isolado em ambos os lances.

Viemos com outra atitude para o 2º tempo e aos 61’ ficámos a jogar com mais um, porque o defesa-esquerdo do V. Guimarães parou um contra-ataque nosso e viu o segundo amarelo. Quatro minutos depois entrou o Lima e o jogo passou a desenrolar-se quase exclusivamente no meio-campo adversário. Os fiscais-de-linha continuavam em realce pela negativa, porque, pouco depois de ter entrado, o Lima é completamente abalroado na área adversária e o Sr. Bruno Esteves ficou a olhar para o seu fiscal, que viu o lance de frente, mas não quis dar a indicação de penalty. Até que aos 73’ marcámos finalmente através do Cardozo, num canto rasteiro e atrasado do Enzo Pérez. A bola ainda foi desviada por um jogador do V. Guimarães, traindo o guarda-redes. Até final, um pouco de forma inexplicável começámos a recuar no terreno e não se notou que estivéssemos a jogar com mais um. O V. Guimarães não teve nenhuma ocasião clara de golo, mas a bola passou mais vezes pela nossa área do que seria desejável. Eu sei que o objectivo era defender bem, mas eu prefiro que isso seja feito mantendo a posse de bola e temos jogadores mais que suficientes no plantel que conseguem fazer isso.

Em termos individuais, destaque óbvio para o Cardozo principalmente pelo golo, mas também por um ou outro passe a rasgar que desmarcou os colegas. O Fejsa é um pêndulo e, quando o Matic voltar ao seu nível, teremos um meio-campo temível. O Enzo Pérez é outro que luta até à exaustão e um indiscutível na equipa. Os sérvios (Djuricic e Markovic) precisam de aumentar a intensidade do seu jogo. Na defesa estivemos mais consistentes, mas o Siqueira deverá ter mais cuidado no futuro, especialmente quando já tiver cartão amarelo. Se o árbitro fosse o Sr. Pedro Proença, não teria deixado escapar a oportunidade para lhe mostrar o segundo, mesmo que isso tivesse sido muito forçado.

Ganhámos pontos ao CRAC e à lagartada (1-1 em casa frente ao Rio Ave), num fim-de-semana em que ambos se queixaram muito das arbitragens. O Sr. Carlos Xistra, de facto, não viu uma mão descarada no WC, mas com o registo de golos em fora-de-jogo que a lagartada tem este ano teria sido melhor ficar calada. Quanto ao CRAC, percebe-se a indignação: desde o célebre jogo em Campomaior em 2000, que não havia um lance tão evidente decidido contra eles (a mão do Otamendi, que já não deveria estar em campo por esta altura por ter derrubado um adversário isolado, é claramente fora da área e o Sr. Rui Dias assinalou penalty). É falta de hábito.

P.S. – Era escusado no final do jogo o Jorge Jesus se ter envolvido na defesa do adepto do Benfica como se envolveu. Eu sei que, estando ele numa posição fragilizada desde o final da época passada, estas atitudes caem bem junto dos sócios, mas ainda nos pode ficar a custar caro se ele tiver algum tipo de sanção no futuro que o impeça de estar no banco. Treinador é para treinar, não é guarda-costas.

quarta-feira, setembro 18, 2013

Entrar a ganhar

Quando se defronta em casa na 1ª jornada da Champions uma equipa do pote 4, era fundamental começar com uma vitória. Assim o fizemos (2-0) num jogo que controlámos muito bem e em que finalmente(!) conseguimos manter a nossa baliza intacta.

À semelhança de Sábado passado, marcámos muito cedo (4’) numa recarga do Djuricic a um remate do Enzo Pérez, que o guarda-redes adversário defendeu para a frente. A 1ª parte foi bem conseguida da nossa parte e fizemos o 2-0 aos 30’ num bom movimento do Luisão, que na sequência de um canto parou a bola no peito e fuzilou o guarda-redes. Até ao intervalo, foi pena que o Cardozo não tenha conseguido cabecear uma bola centrada pelo Markovic.

Na 2ª parte, não criámos tantas oportunidades e dedicámo-nos mais a tentar que o Anderlecht não criasse perigo na nossa baliza. O que efectivamente conseguimos. O Cardozo voltou a ter uma óptima oportunidade a um centro do Siqueira, mas rematou ao lado. Os belgas ainda marcaram um golo num livre, mas foi invalidado por fora-de-jogo já que felizmente os fiscais-de-linha do Pedro Proença não podem estar nos nossos jogos na Champions.

Em termos individuais, voltei a gostar imenso do Fejsa. Não larga os adversários e faz tudo sempre com muito critério. O Enzo Pérez voltou a estar bem, embora menos exuberante do que no Sábado. Só foi pena o Cardozo não ter marcado, porque teve uns quantos pormenores de muita classe, nomeadamente a fintar os adversários. Ao Djuricic, apesar do golo, continua a faltar-lhe alguma agressividade e mais empenho na disputa da bola. Quanto ao Markovic, quando está sob as linhas rende menos do que no meio.

Sem uma vitória nesta partida, as nossas hipóteses de qualificação reduzir-se-iam significativamente. Felizmente isso não aconteceu, embora com a vitória do PSG no Olympiacos (4-1) estejamos atrás deles na diferença de golos. A próxima jornada levar-nos-á a Paris e aí iremos ter um teste bastante mais difícil.

segunda-feira, setembro 16, 2013

Normalidade

Vencemos no passado Sábado o Paços de Ferreira por 3-1 numa partida que, espero, seja o espelho da época daqui para a frente: calma e com o resultado a definir-se bem cedo.

Não poderíamos ter tido melhor começo, porque logo aos 4’ o Enzo Pérez fez o 1-0. E aos 24’, numa óptima combinação num livre (até qu’enfim!), o Garay fez o segundo. Quando assim é, a equipa tranquiliza-se e, mesmo que não tenha pressionado muito, a exibição foi agradável. Até ao intervalo, o Cardozo isolou muito bem o Lima, mas o guarda-redes fez uma boa defesa que impediu que o vencedor ficasse logo definido ao intervalo.

Sim, porque os dois golos de vantagem transformaram-se num só aos 50’, quando o Artur hesitou em sair da baliza e permitiu que o jogador do Paços marcasse isolado. O que se perspectivava ser uma 2ª parte sem grandes sobressaltos podê-lo-ia não ter sido, não fosse o caso de o Garay ter vestido a pele de matador e feito o 3-1 de cabeça, na sequência de um canto muito bem marcado pelo Enzo Pérez dois minutos depois do golo sofrido. O Paços ainda reagiu, mas o Jesus esteve bem ao colocar o Ola John no lugar do Cardozo, recuando o Enzo Pérez da direita para o meio-campo e equilibrando-o com três jogadores. A partir daí, o Paços deixou de jogar no nosso meio-campo e nós também não forçámos muito, porque alguns jogadores vieram das selecções e amanhã há Liga dos Campeões.

Será provavelmente a primeira vez na história do Benfica que fazemos cinco(!) substituições seguidas por lesão. Depois das três no WC, neste jogo foram o Ruben Amorim e o estreante Siqueira a saírem lesionados. Estamos com uma malapata de todo o tamanho! Estreou-se o Fejsa e entrou o André Almeida para a esquerda. O sérvio deu muito nas vistas e gostei bastante dele. É uma carraça, não larga os adversários e parece não emperrar o nosso jogo atacante. Mas o melhor em campo foi o Enzo Pérez, que fez um jogão na direita do ataque. O Garay também merece destaque pelos dois golos e o Maxi apresentou-se melhor do que nos jogos anteriores. O Markovic desta vez passou ao lado da partida (quiçá resquícios dos jogos pela selecção). Gosto que joguemos com Lima e Cardozo na frente, se bem que nesta partida nenhum tenha marcado.

Com o fecho do mercado e o plantel definido, parece que finalmente estabilizámos. O pior é que já estamos cinco pontos atrás dos assumidamente corruptos. Que continuam com aquela sorte de defrontarem adversários que na jornada anterior vêem dois jogadores seus expulsos: este fim-de-semana, foi o Gil Vicente e para a semana é o Estoril. Ele há cá com cada coincidência

segunda-feira, setembro 09, 2013

Irlanda do Norte – 2 – Portugal – 4

Quando aos 52’ a Irlanda do Norte deu a volta ao jogo e colocou-se em vantagem, connosco a jogar com 10 desde o final da 1ª parte, pensei: “pronto, lá vamos nós voltar a ver um Mundial pela televisão”. Felizmente, o Cristiano Ronaldo armou-se em Cardozo e, “não estando a jogar nada” até então, limitou-se a marcar três golos. Foi uma vitória importantíssima em Belfast, onde só por uma vez tínhamos ganho e que, com o empate de Israel em casa frente ao Azerbaijão, praticamente nos coloca com (pelo menos) o play-off garantido.

Em muitos aspectos, o jogo foi parecido com o efectuado em Israel: apanhámo-nos na frente relativamente cedo (golo do Bruno Alves aos 21’), adormecemos e deixámos o adversário virar o marcador, ajudando ainda com a expulsão (pareceu-me exagerada) do Postiga. Felizmente, uma relativa inocência adversária resultou na igualdade numérica em campo a partir dos 62’ e aí fomos para cima da Irlanda do Norte, com o C. Ronaldo a tornar-se a grande figura do jogo. Já ultrapassou o grande Eusébio nos melhores marcadores e é só uma questão de tempo até chegar ao Pauleta.

Com um bocado de sorte (leia-se um empate de Israel na Rússia), ainda podemos chegar ao primeiro lugar do grupo, mas de qualquer maneira estamos numa posição muito mais confortável do que anteriormente.