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quinta-feira, maio 19, 2011

Motivação… ou falta dela

Empatámos no passado Sábado com a U. Leiria (3-3) e despedimo-nos da época sem uma vitória. Acaba por ser um final que se coaduna com uma temporada para esquecer… ou relembrar, para não voltar a fazer o mesmo.

Foi uma partida típica de fim de festa, jogada a um ritmo baixo e em que os ataques se superiorizaram às defesas. Não estivemos mal a construir jogadas ofensivas, é certo, mas as desconcentrações defensivas de que resultaram dois dos três golos do Leiria indiciaram que a maioria dos jogadores já estava a pensar em férias.

O Cardozo abriu o marcador na 1ª parte (39’), através de um livre, mas o Leiria empatou numa inacreditável desatenção do Javi García e do Júlio César que demoraram muito tempo a reagir a um atraso do Luisão (43’). Na 2ª parte, o espanhol redimiu-se ao fazer o 2-1 num canto (58’) e, pouco depois, pareceu que a partida ficou resolvida com o tento de belo efeito do Jara (64’), acrescente-se. Só que o Leiria voltou ao jogo com o 3-2 num grande remate fora da área (76’), em que me pareceu que o Júlio César se acaba por lançar tarde e fez a igualmente já mesmo no final num frango do nosso guarda-redes que falhou completamente a saída a um cruzamento (88’). Entre os dois golos, ainda houve tempo para o segundo amarelo ao Luisão (80’) que nos criou bastantes dificuldades. O Jesus esteve bem, na minha opinião, de manter a entrada do Nuno Gomes, e deixando o García a central, porque o capitão merecia a presença em campo no último jogo da época. ESPERO BEM é que não seja o seu último jogo pelo Benfica…

Não vou destacar ninguém individualmente, já que todos os jogadores não ultrapassaram a bitola da mediania. Quem estava em má forma (caso óbvio do Saviola), continuou em má forma, e quem não sabe jogar mal (Coentrão) foi igual a ele próprio.

Há que reflectir (e muito) sobre todas as vicissitudes desta época, em que obtivemos alguns resultados que ficam para a história em termos negativos, e tirar as ilações devidas para a próxima. Mas isto é tema para um futuro post.

segunda-feira, maio 09, 2011

Sem pressão

Dois golos do Cardozo deram-nos a vitória em Vila do Conde, mas ainda não foi desta que voltámos a não sofrer golos, porque o Rio Ave marcou o tento de honra perto do final da partida. É o 18º jogo consecutivo em que isso acontece e o falhanço desta época também passa muito por aqui!

A partida não teve grandes motivos de interesse e foi típica de final de temporada. Entrámos bem e marcámos na primeira oportunidade aos 7’ numa recarga do Cardozo a um remate do Carlos Martins. Fizemos o 2º golo numa bomba do Tacuara fora da área aos 27’. Tivemos outras oportunidades para marcar, especialmente pelo Cardozo, mas não conseguimos aumentar o placard.

Na 2ª parte, o Jesus mostrou que o mais importante era não sofrer golos e por isso não fomos tão incisivos no ataque. Entrou logo de reinício o Airton para o lugar do Jara, como que a provar isto mesmo. O jogo esteve controlado pela nossa parte e o Moreira foi praticamente um espectador. Isto até aos 88’ quando o Airton fez uma falta disparatada à entrada da área e o jogador Braga aproveitou para marcar de livre com um remate que passou pelo meio da nossa barreira!

Com dois golos, o Cardozo é o destaque do jogo. O Fábio Coentrão é o destaque da época e até num jogo a feijões como este imprime um ritmo fabuloso. A jogar a extremo-esquerdo esteve tão bem como costuma estar a lateral. O Luisão também fez um jogo razoável, mas o Sidnei provou por que é que o Jardel é titular. O Carole continua a sua progressão de jogo para jogo e podemos ter ali um jogador muito interessante.

Foi bom termos regressado às vitórias, mas é um final de época triste o que estamos a ter. E tínhamos tudo para ainda conquistar algo…

sexta-feira, maio 06, 2011

Indesculpável

Ao fim de 29 jogos consecutivos e seis meses depois, escolhemos o pior jogo possível para voltarmos a não fazer golos frente a equipas nacionais: perdemos 0-1 em Braga e fomos eliminados na meia-final da Liga Europa. Independentemente das vicissitudes que cada jogo tem, é uma VERGONHA que o Benfica seja eliminado em dois jogos por uma equipa como o Braga e que deixe escapar desta maneira a ida a uma final europeia, onde já não mete os pés há 21 anos.

Com um árbitro estrangeiro, que amarelou o Sílvio logo aos 2’, custa a acreditar que não tenhamos tido equipa para ultrapassar o Braga. Sofremos o golo aos 18’, num canto em que o Jardel vê o Custódio a saltar à sua frente sem reagir. Erro crasso e muito difícil de entender. Mas isto foi aos 18’! Ou seja, tínhamos 72’ para marcar um golo! E o que revelámos foi uma inoperância total, uma tristeza a jogar à bola, uma incapacidade de lutar contra a adversidade que só nos pode envergonhar como benfiquistas. Sim, lutámos, mas não o suficiente. Sim, atirámos uma bola ao poste e criámos outras situações que o guarda-redes adversário, Artur, defendeu e bem. Mas nunca demos a sensação que íamos comer a relva, se necessário fosse (e era!), para atingir a final. E isso não se compreende. Era a porra de uma final europeia!

A equipa não superou o facto de estar em desvantagem e custa a acreditar como não estava mentalmente (e fisicamente) preparada para isso. Andamos a poupar jogadores no campeonato há quase um mês para a equipa apresentar estes paupérrimos índices físicos?! Aqui está outra coisa que eu gostaria muito de ver explicada...

Em termos individuais, o Coentrão e o Luisão foram dos poucos que lutaram contra a adversidade. Também não desgostei do Cardozo, que ganhou bolas de cabeça, lutou, mas acabou por não ter nenhuma oportunidade de rematar com perigo à baliza (excepção ao livre muito por cima). Claro que o Aimar fez imensa falta, já que o Carlos Martins não tem estofo para saber o que deve fazer à bola nas diferentes situações de jogo. Confesso que, a partir do amarelo ao Maxi aos 59' que o tiraria da final, perdi logo aí as esperanças de uma possível conquista da Liga Europa, porque não nos estava a ver ganhar ao CRAC com o Luís Filipe ou Airton a lateral-direito. E esse amarelo, perfeitamente escusado, denuncia muito do estado de espírito dos jogadores do Benfica. Um grande incapacidade de inverter o rumo negativo das coisas e a consequente perda da cabeça.

A época foi negra, a conquista da Taça da Liga não mascara absolutamente nada e a frustração de termos perdido o acesso a duas finais da maneira que perdemos é algo que nunca mais me vou esquecer. Um verdadeiro pesadelo!

segunda-feira, maio 02, 2011

Mais do mesmo

Outra vez a equipa B em campo, outro resultado negativo. Empatámos em Olhão (1-1) e ainda não foi desta que os habituais suplentes ganharam um jogo fora de casa. No entanto, há que dizer que esta terá sido a menos má das exibições e que poderíamos ter ganho o jogo tranquilamente, se tivéssemos concretizado uma das n oportunidades que tivemos e não nos lembrássemos de sofrer o golo do empate nos descontos.

Entrámos muito bem na partida e logo aos 4’ chegámos à vantagem num óptimo passe do Gaitán a desmarcar o Jara. O avançado argentino teve sorte no ressalto da bola, mas também tem mérito na desmarcação. O Gaitán é um jogador de eleição e no meio daquele marasmo de Felipes Menezes e Kardecs ainda sobressai mais. Foram dele as nossas melhoras jogadas, mas ainda na 1ª parte começou o desperdício de golos. O Olhanense pouco perigo criava, apesar da insistência no nosso flanco direito na tentativa de aproveitar a menor rotina do Airton a lateral.

Na 2ª parte, entrámos igualmente bem e tivemos três claríssimas oportunidades, mas o Gaitán atirou ao poste, o Kardec conseguiu atirar de cabeça por cima quando só tinha o guarda-redes pela frente e o Jardel fez o mesmo com o pé num remate quase na pequena-área. Como não marcámos, o Sr. Vasco Santos resolveu começar a reequilibrar o jogo e expulsou o Jardel por duplo amarelo aos 68’. O Fernández, que entretanto tinha entrado, ainda rematou por cima pouco depois, mas a partir daí acabámos ofensivamente. A pouca inteligência a defender fez com que provocássemos faltas à entrada na área e nas zonas laterais, algumas delas escusadas, quando os adversários estavam de costas(!) para a baliza, e o Olhanense começou a criar situações de perigo. Foi num canto já nos descontos que se deu o empate. O Airton deixou passar a bola por cima da sua cabeça e o Djalmir antecipou-se ao Roberto na pequena-área. Ou seja, erro grave de dois dos mais utilizados naquele onze. O Jorge Jesus também não fica isento de culpas, porque preferiu colocar o Carlos Martins em vez do Javi García numa altura em que já jogávamos com 10 jogadores. E o Javi teria sido importante naqueles minutos finais...

Individualmente, gostei do Gaitán, enquanto teve pernas, e do Jara, sempre muito batalhador e a nunca dar um lance como perdido. O Roderick a trinco também não esteve mal, mas todos os outros não saíram da mediania. Destaque negativo para o Felipe Menezes (um zero absoluto!), Kardec (continua em péssima forma) e o Roberto, que voltou a sofrer um golo em que tem culpas.

Temos o jogo mais importante da época na próxima 5ª feira. Não vai ser nada fácil eliminarmos o Braga, mas somos superiores a eles. É essencial termos igualmente cuidado com os amarelos, em especial o Maxi Pereira que é insubstituível no plantel. Ir a uma final sem ele, ainda por cima supostamente contra o CRAC, quase me atrevo a dizer que não vale a pena. Espero que este descanso dos titulares lhes tenha feito bem, porque vamos precisar de muito coração e muitas pernas na pedreira.