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segunda-feira, fevereiro 26, 2018

Reviravolta

Vencemos em Paços de Ferreira no sábado por 3-1, mas como o CRAC goleou ontem em Portimão (5-1), mantém-se tudo igual na frente com eles a cinco pontos de nós. Foi um jogo muito difícil, em que estivemos a perder até aos 72’ e só com muito coração e espírito de campeão conseguimos dar a volta.

Ao contrário dos últimos jogos, não entrámos nada bem na partida. Muito apáticos, sem velocidade, foi sem surpresa que o Paços chegou à vantagem aos 9’ pelo Phellype (urge um estudo aprofundado sobre a maneira como os brasileiros escrevem certos nomes...!): perda de bola do Grimaldo no nosso meio-campo (e sem fazer falta depois!), contra-ataque pela direita e remate de primeira do avançado na área, com a bola a entrar entre o Bruno Varela e o poste. A jogada é rápida, mas acho que o nosso guarda-redes deveria ter tido melhores reflexos. Apesar de o golo ter sido bastante cedo, nós não reagimos logo. Pelo contrário, revelámos grandes dificuldades em acercar-nos da grande-área contrária, com o Paços a fazer pressão logo à saída da nossa. E foi o Paços a criar mais perigo com um remate acrobático, em que o Phellype acertou mal na bola e outro lance do Rúben Micael (que continua o mesmo porco de sempre, acrescente-se) com um cruzamento a que felizmente ninguém chegou. Quanto a nós, só aos 35’ demos um ar de nossa graça, com um remate de trivela do Rafa e, em cima do intervalo, a única jogada de jeito do Cervi em todo o jogo culminou num centro teleguiado para o Jonas que, com a baliza escancarada, permitiu que a sua cabeçada fosse cortada por um defesa. Já na compensação (se os jogos se ganhassem pelas perdas de tempo, o Paços seria candidato a vencer a Liga dos Campeões), num canto, o remate do Pizzi foi interceptado por outro defesa.

A 2ª parte começou com outro grande falhanço do Jonas: grande jogada do Rafa na direita, remate defendido pelo guarda-redes com o pé, ressalto e o Jonas na pequena-área(!) acerta mal na bola, que bate num defesa e cai para as mãos do guarda-redes. Inacreditável! Com as dificuldades financeiras que passam quase todas as equipas da Liga, não sei porque é que o Paços não aproveitou para alugar o nosso meio-campo na 2ª parte: praticamente nem o pisou e faria de certeza um dinheirão. Nós pressionámo-los imenso, o que se intensificou com a entrada do Jiménez aos 59’ para o lugar do amarelado Zivkovic. Essa pressão deu frutos finalmente aos 72’ noutra grande jogada do Rafa pela direita, centro para o Jiménez, remate do mexicano que bateu no Jonas, este acabou por ganhar o ressalto e fuzilou o Defendi. O Rui Vitória apostou tudo perto do fim, com a entrada do Seferovic para o lugar do Grimaldo e aos 88’ chegámos finalmente à vantagem mais que merecida: bola bem ganha pelo Jiménez a um defesa, sobra para o Seferovic que centrou rasteiro com intenção (foi quase um passe) para entrada do Jonas e remate deste à meia-volta que surpreendeu o guarda-redes. Foi o delírio na Mata Real! O Sr. Fábio Veríssimo deu sete minutos de compensação, o que teoricamente beneficiaria o infractor de tantas perdas de tempo. O problema para o Paços foi que o Gian pisou o Jonas e viu obviamente o vermelho logo a seguir aos 90’. E aos 95’ o jogo ficou resolvido de vez com o 1-3 para nós: pontapé longo do Varela, o Jiménez desmarca o Rafa de cabeça que, sobre a direita, remata cruzado sem hipóteses para o guarda-redes. Grande golo!

Em termos individuais, temos uma estreia absoluta: Rafa! Foi o melhor em campo e fez de longe a melhor exibição de sempre com a camisola do Benfica (também não era preciso muito...). Comprometimento com o jogo, capacidade de luta, disputa de lances, velocidade e objectividade na altura de libertar a bola, esperemos que seja desta que comece a justificar os 16M€ que gastámos no seu passe. Com um bis, o Jonas também merece destaque, mas ficou a dever-nos um poker, porque falhou os dois golos mais fáceis de toda a carreira. Quanto aos outros, houve muito mais coração do que exibições de encher o olho, mas a 2ª parte avassaladora é mérito colectivo. Boas, e importantes, entradas do Jiménez e Seferovic.

Veremos o que faz a lagartada hoje à noite frente ao Moreirense, mas principalmente na próxima 6ª feira em Mordor. Era fundamental que, quando recebermos o CRAC em meados de Abril, estejamos no máximo à distância de uma vitória de os ultrapassar.

P.S. – Quão energúmeno se pode ser ao atirar tochas para o relvado na altura do golo do empate, fazendo atrasar o reinício do jogo, numa altura em que estávamos a sufocar o Paços?! Verificar que há criaturas que conseguem viver sem cérebro é algo que sempre me fascinou!

terça-feira, fevereiro 20, 2018

VERGONHA INOMINÁVEL!

Gostaria só de deixar registado para memória futura que o dia de ontem, 19 de Fevereiro de 2018, vai ficar na história como o dia em que assistimos a uma das (e estou a medir bem as palavras) MAIORES VERGONHAS de sempre do futebol português. E já vimos muitas (basta rever alguns dos vídeos do “Relembrar” aí na coluna do lado esquerdo).

Aos 90’, está Tondela - 1 – lagartada - 1. O sr. João Capela dá 4 minutos de compensação. Aos 93'40’’, o William Carvalho tem uma entrada muito dura sobre um jogador do Tondela (nem falta foi marcada, mas passemos por cima disso...). O jogador fica no chão e tem que ser assistido. Poucos segundos depois dos 96' recomeça o jogo. Mas não dura só 20’’ ou 1’ no máximo, vá. Dura mais 3'(!!!) até a lagartada marcar em cima dos 99'. Se tiverem vergonha na p*** da cara, não falam mais de arbitragens durante os próximos 4 anos. (Mas não têm, já sei.)

Portanto, a minha pergunta é muito simples: quantos jogos houve na história do futebol em que, com 20 segundos para jogar, se dá uma compensação do tempo de compensação (5’) que é superior a esse mesmo tempo de compensação (4’)? Obrigado por antecipação.

segunda-feira, fevereiro 19, 2018

Goleada

Vencemos no sábado o Boavista por 4-0, mas como o CRAC derrotou o Rio Ave (5-0) a distância mantém-se nos dois pontos (o CRAC joga esta 4ª feira no Estoril a segunda parte do jogo que foi suspenso) e a lagartada só joga hoje em Tondela.

Perante a besta negra das duas últimas épocas, entrámos muito bem na partida, de tal maneira que tivemos um penalty a favor logo aos 14’ por derrube claro ao Cervi. Infelizmente, pela segunda vez consecutiva, o Jonas permitiu a defesa do guarda-redes, mas neste caso, ao contrário de Belém, o penalty nem foi mal marcado. Apesar deste contratempo, continuámos a pressionar o Boavista e chegámos à vantagem aos 18’: canto do Cervi na esquerda (FINALMENTE, seis meses depois do início da época, o Pizzi deixou de ter os exclusivos dos cantos: olha, que coincidência... passaram a ser bem marcados e resultam em golos!) e assistência de cabeça do Jardel para o Rúben Dias, também de cabeça de baixo para cima, bater o Vagner. O Boavista praticamente não passava do meio-campo, mas nós não estávamos felizes na concretização, com a exibição do Jonas a ressentir-se de uma semana complicada (esteve em dúvida desde Portimão e nem treinou). O Pizzi teve uma óptima oportunidade numa belíssima jogada pelo lado esquerdo, mas rematou ao lado já dentro da área. Até que em cima do intervalo (44’), fizemos finalmente o 2-0 em novo canto do Cervi com entrada de rompante de cabeça do Jardel.

A 2ª parte foi menos intensa da nossa parte, com o Boavista a ter mais bola, mas a não conseguir criar grandes situações de perigo. No entanto, já se sabe que bastaria um golo deles para voltar a abrir o jogo e, com o Bruno Varela na baliza, uma pessoa nunca pode estar muito descansada, porque cada cruzamento é um susto. Portanto, era necessário o terceiro golo para nos tranquilizar de vez. O Jonas continuava a tentar, mas a não ter sorte: ou os remates saiam para fora, ou o Vagner defendia-os. Também o Cervi ficou em boa posição num canto, mas o remate de primeira foi ter ao terceiro anel. Até que aos 77’ veio a tranquilidade com um autogolo do Nuno Henrique na sequência de um centro do Grimaldo. Já o Rui Vitória tinha feito entrar o Diogo Gonçalves para o lugar do Rafa e, depois do golo, o Jiménez substituiu o Jonas. E foi mesmo o mexicano a fazer o resultado final aos 90’, numa jogada pela direita com abertura do Diogo Gonçalves para o André Almeida centrar e o Jiménez aparecer muito bem entre dois defesas.

Em termos individuais, o Zivkovic foi dos melhores, cada vez mais adaptado ao lugar de interior esquerdo, com a mais-valia de conseguir transportar jogo em velocidade para a frente. O Cervi continua em grande forma e participou activamente nos dois primeiros golos. Uma palavra, aliás, duas para os centrais, que com um golo cada um foram muito importantes para o desatar do jogo (o Jardel só teve uma falha já na 2ª parte que se pôs a inventar em zona proibida e o Boavista quase marcava...). O Rafa esteve um pouco melhor e pode ser que esta sequência de jogos que vai ter a titular até o Salvio regressar lhe faça bem. Finalmente, de destacar igualmente os dois laterais (André Almeida e Grimaldo) que foram muito importantes para a manobra ofensiva da equipa.

Voltámos a fazer uma exibição bem agradável, o que se deveu em grande parte à subida de rendimento do Zivkovic. Veremos se isto se confirma para os próximos jogos, mas o caminho para o penta ainda vai ser muito longo.

P.S. – A arbitragem do Sr. Tiago Martins foi das mais manhosas que tenho visto nos últimos tempos. Durante toda a 1ª parte, esteve a ver se desconcentrava o Benfica com decisões sempre em nosso desfavor (o amarelo ao Jardel foi disso exemplo). Com o segundo golo, percebeu que o seu esforço estava a ser inglório e passou mais despercebido na 2ª parte.

segunda-feira, fevereiro 12, 2018

Cervi

Vencemos no sábado em Portimão por 3-1, mas como os outros dois também ganharam (o CRAC 4-0 em Chaves e a lagartada 2-0 no WC ao Feirense) mantém-se tudo igual na frente com o CRAC dois pontos (e menos metade de um jogo) à nossa frente e dos outros. Foi uma vitória tão importante quanto difícil perante um adversário que é treinado pelo Vítor Oliveira, o treinador que colecionou mais subidas à I Liga.

Com o Rafa no lugar do lesionado Salvio, entrámos muitíssimo bem na partida, com o Cervi a inaugurar o marcador logo aos 6’ num remate forte do lado esquerdo, depois de uma boa jogada por aquele lado em que o Zivkovic desmarcou o Rafa, que rodou sobre si próprio em movimento, mas o defesa cortou, sobrando a bola para o argentino fuzilar. A 1ª parte foi o nosso melhor período, já que praticamente não deixámos o Portimonense tocar na bola. No entanto, não conseguimos materializar essa evidente superioridade em golos, nomeadamente num remate do Cervi que saiu fraco e à figura, e noutros dois lances do Jonas, que no primeiro poderia ter dado para a entrada do Pizzi, que ficaria isolado, em vez de ter rematado (o remate foi interceptado por um defesa), e no segundo falhou o domínio da bola depois de uma óptima jogada do André Almeida na direita, com o Zivkovic na recarga a ver a bola ser cortada por um defesa quando se encaminhava para a baliza. Do lado contrário, só em cima do intervalo, o Bruno Varela foi chamado a intervir, num remate que ainda desviou no Jardel.

A 2ª parte foi totalmente diferente com o Portimonense a subir exponencialmente de rendimento e logo no recomeço poderia ter igualado num canto, com o André Almeida a ser batido nas alturas e a bola a rasar o nosso poste. O mesmo André Almeida rematou muito por cima numa boa jogada pela direita depois de assistência do Rafa, quando estava em óptima posição. Aos 64’, as coisas começaram a ficar feias para nós com a lesão do Jonas no joelho, que teve que ser substituído pelo Jiménez (tudo indica que não será grave, mas veremos se vai falhar algum jogo…). Para tornar tudo ainda pior, no minuto seguinte o Portimonense empatou numa cabeçada do Felipe Macedo num canto (disse o central no final do jogo que foi o primeiro golo da carreira dele quase a chegar aos 100 jogos! Que sorte a nossa…!). Tivemos uma boa reacção e voltámos a ir para cima do adversário. O André Almeida teve nova flagrante oportunidade num lance que ele próprio iniciou, abrindo no Cervi na esquerda e depois, assistido por este, rematando já na área em excelente posição, mas à figura. Pouco depois, foi o Rafa na direita a rematar cruzado ao lado, mas na jogada seguinte foi um jogador do Portimonense que, em boa posição, não acertou bem na bola. Até que aos 78’, conseguimos finalmente o golo, aliás, um golão do Cervi num livre direto ainda longe da baliza, com um remate muito colocado que ainda bateu no poste. O Rui Vitória resolveu, e bem, reforçar o meio-campo com a entrada do Samaris para o lugar do Rafa e o Portimonense ainda nos empurrou para a nossa área nos minutos finais. Já na compensação, o Diogo Gonçalves substituiu o Pizzi, o sr. Carlos Xistra deu quatro minutos, mas não acabou o jogo ao fim desse tempo e ainda bem, porque assim o Diogo Gonçalves ainda assistiu o Zivkovic para o 3-1 aos 95’: o sérvio iniciou a jogada, abriu na direita e o jovem português devolveu-lhe a bola para o Zivkovic rematar contra um defesa, mas ficar com o ressalto e depois enganar muito bem esse defesa e o próprio guarda-redes. Parecia um penalty.

Em termos individuais, destaque óbvio para o Cervi pelos seus dois golos. O argentino continua a abrir o livro e neste momento é um indiscutível na equipa. Aliás, gostei também na flash interview de ele ter dito que aquele lance no Restelo ainda lhe está atravessado. É bom que isso lhe sirva de motivação para melhorar. O Zivkovic também está a subir de rendimento na posição do Krovinovic e participou directamente em dois dos três golos. O Rafa continua a não me convencer, embora não tenha estado tão horrível quanto em jogos passados. Parece-me um caso de falta de confiança, o que não se percebe num jogador com a categoria dele. Na defesa, falhámos alguns lances aéreos ao longo do jogo (nomeadamente o Rúben Dias) e o Bruno Varela está com um medo terrível de sair aos cruzamentos (resquícios de certeza do golo em Braga). É bom que melhore rapidamente!

Não ganhámos pontos aos rivais nesta jornada, mas a caminhada continua. Receberemos o Boavista no próximo sábado e todo o cuidado é pouco. Convém relembrar que a nossa única derrota do campeonato é perante eles e não lhes ganhámos nos últimos três jogos.

segunda-feira, fevereiro 05, 2018

Da noite para o dia

Goleámos o Rio Ave por 5-1 e estamos agora no segundo lugar por causa da magnífica vitória do Estoril (2-0) frente à lagartada. Temos os mesmo 50 pontos do que eles, mas melhor diferença de golos, com o CRAC a dois de distância (3-1 em casa ao Braga), mas com a tal meia parte com o Estoril ainda por jogar. Quem olhe só para o resultado pode pensar que o jogo foi um passeio, mas tal não foi de todo o caso, até porque chegámos ao intervalo a perder.

Desta feita, o Rui Vitória apostou no Zivkovic em vez do João Carvalho para o lugar do Krovinovic, mas a 1ª parte foi quase toda do Rio Ave. Marcaram logo aos 9’ de cabeça pelo Guedes depois de uma grande jogada do Francisco Geraldes, num lance em que me pareceu que o Bruno Varela poderia ter sido mais rápido a atacar a bola, e logo a seguir o João Novais atirou ao poste. Nós ficámos um pouco atarantados e nunca nos recompusemos durante o primeiro tempo. Só tivemos duas oportunidades de golo, com o Cássio a fazer bem a mancha ao Zivkovic depois de um mau atraso de cabeça e já sob o intervalo, em que numa boa combinação pela esquerda ninguém conseguiu rematar convenientemente. Os vilacondenses também tiveram uma situação de perigo em que o Rúben Dias corta de forma excelente a bola, quando um adversário se preparava para ficar isolado.

A 2ª parte foi completamente diferente. Para isso, muito contribuiu o facto de termos conseguido o empate logo aos 49’ numa cabeçada do Jardel na sequência de um canto do Cervi. Pouco depois, o mesmo Cervi viu o seu remate interceptado por um defesa uma boa combinação atacante, mas aos 63’ passávamos finalmente para a frente do marcador através do Pizzi num remate que acabou por enganar o guarda-redes, depois de uma assistência do Jonas na esquerda. O Rio Ave desmoronou-se por completo e nós fomos aumentando a vantagem. Fizemos o 3-1 no golito da ordem do Jonas (já vai com 25 golos em 21 jornadas!), novamente num canto do Cervi, com o Jardel a cabecear e o avançado brasileiro a desviar do Cássio. Pouco depois, foi pena o Jonas não ter bisado numa boa combinação com o Grimaldo, com a bola a sair rente ao poste já com o guarda-redes batido. No entanto, aos 83’ chegámos mesmo ao 4-1 na estreia do Rúben Dias a marcar pela equipa principal, de cabeça novamente na sequência de um canto, desta feita apontado pelo Pizzi. A três minutos dos 90’, boa jogada do Rafa na direita (tinha substituído o Salvio lesionado ainda na 1ª parte) e centro para o Jiménez (entrado para o lugar do Jonas pouco antes) fazer o 5-1. Foi um resultado muito pesado para o Rio Ave, mas como diria o outro: “é a vida”.

Só se pode fazer os destaques individuais com base na 2ª parte: o Cervi marcou os cantos de dois golos, o Jardel foi muito importante por ter empatado bastante cedo e o Grimaldo esteve em grande rotação. O Rúben Dias foi outro que sobressaiu, principalmente em termos defensivos (apesar de ter marcado pela primeira vez), porque aquele corte na 1ª parte foi providencial. O Bruno Varela revelou alguma insegurança nas saídas, fruto quiçá de ter percebido que poderia ter feito mais no golo do adversário.

Para a semana, teremos uma deslocação muito complicada a Portimão. Depois de termos conseguido anular a desvantagem para a lagartada, há que continuar a manter pressão sobre os rivais.