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quinta-feira, abril 05, 2012
Roubo nojento
O Sr. Damir Skomina da Eslovénia foi determinante para nos derrotar frente ao Chelsea (2-1) e assim eliminar-nos da Liga dos Campeões. Foi das arbitragens mais tendenciosas que me lembro de assistir num jogo de futebol de um artista que não fica nada a dever aos Guímaros, Calheiros e afins desta vida. Já nem me lembrava bem dele, quando li algures na net que tinha sido o árbitro do Marselha – Benfica de há dois anos. E aí fez-se luz. Nessa altura, escrevi: “convém fixar este nome: Damir Skomina da Eslovénia. Que grande ladrão!” Mal sabia eu o quão certo estava nessa altura.
Com condicionantes impensáveis para um jogo como este (os quatro centrais lesionados deve ser caso único no futebol mundial!), entrámos em campo com o Javi García e o Emerson a centrais, o Capdevila na esquerda e o Matic no meio. Logo desde o início mostrámos imensa personalidade e colocámos o Chelsea em sentido. O roubo do Universo ficou muito claro desde muito cedo: o Bruno César é derrubado por trás e nem falta foi, passado pouco tempo o Cardozo faz o mesmo ao David Luiz e leva amarelo! Percebeu-se logo a inclinação do árbitro, que foi confirmada com um penalty contra nós que, se fosse ao contrário, jamais seria marcado. O Javi García deu um encosto ao Ashley Cole, que aproveitou para se deixar cair, e o Lampard converteu com a bola a passar por baixo das mãos do Artur! Assim que marcou o penalty, o Sr. Skomina levou logo a mão ao bolso (vejam na TV) à espera dos jogadores do Benfica que fossem ter com ele. Foram dois: o Bruno César e o Maxi Pereira (que era o capitão). Dois amarelos. Entretanto, o Obi Mikel ia distribuindo pancada a torto e a direito, e amarelos, nada (levou aos 79’…). Jogávamos bem, mas falhávamos na concretização, até o Cardozo rematar e um defesa salvar sobre a linha. Dois jogos contra o Chelsea, dois remates do Cardozo interceptados sobre a linha! Aos 40’, e já depois de amarelar o Aimar também por “protestos”, o Sr. Skomina deu o golpe de misericórdia na eliminatória: segundo amarelo ao Maxi, por ter feito um carrinho ao Obi Mikel. O nosso jogador tenta disputar a bola, encolhe a perna quando toca no adversário e pede-lhe logo desculpa. Sinceramente, eu não mandaria um jogador para a rua por causa disto, especialmente depois daquele primeiro amarelo.
Na 2ª parte, o Jesus reposicionou o Witsel a defesa-direito e não fez logo substituições. Dado que a única opção defensiva no banco era o… André Almeida, acabou por ser uma boa solução. Com mais um jogador, o Chelsea conseguiu criar mais desequilíbrios atacantes e teve uma mão cheia de boas oportunidades para marcar, sendo a do Ramires um falhanço incrível. No entanto, e contra muitas expectativas (entre as quais, as minhas), íamos conseguindo equilibrar o jogo e criar igualmente situações de perigo, sendo um bom remate do Cardozo defendido com dificuldade pelo Cech para canto. A partir dos 57’, o Jesus começou (e bem) a pensar no importantíssimo jogo no WC e foi tirando sucessivamente o Cardozo, Gaitán e Bruno César. Entraram o Nélson Oliveira, Djaló e Rodrigo, e o que é facto é que a qualidade do nosso jogo não diminuiu. Continuávamos a atacar e criámos três excelentes oportunidades pelo Djaló: um remate de golo interceptado por um defesa, um cabeceamento por cima e outro que permitiu uma excelente defesa ao Cech. A 5’ do fim, um canto permitiu ao Javi García empatar a partida, antecipando-se ao guarda-redes. Pouco depois, se o Nélson Oliveira tivesse passado ao Djaló, que estava sozinho na área, em vez de rematar, se calhar estaríamos agora a festejar um apuramento épico. Já nos descontos, e num livre perigoso para os ingleses, o Aimar não só coloca pessimamente a bola na área, como ainda por cima se deixa antecipar pelo porco do Meireles, que conduziu assim um contra-ataque perigosíssimo que acabou ele mesmo por finalizar ainda de fora da área. Estava selada a ENORME injustiça da nossa derrota.
Todos foram grandes heróis numa exibição que entra directamente para as mais inolvidáveis nas competições europeias. Mas vários jogadores merecem destaque: o Matic foi indiscutivelmente dos melhores, assim como o Javi García a jogar fora da sua posição. O Capdevila mostrou mais uma vez que o lugar de defesa-esquerdo deveria ter sido seu desde o início da época, até porque o Emerson mostrou a central não ser a nulidade que é na lateral. O Artur fez um punhado de boas defesas e esteve a poucos centímetros de evitar os dois golos. O Gaitán criou perigo especialmente na 1ª parte e o Cardozo poderia ter tido mais sorte em dois dos seus remates (já para não falar daquele chapéu quase de meio-campo que, a entrar, seria um dos golos do século). O Bruno César ficou muito condicionado pelo amarelo, mas cumpriu, assim como o Witsel que, embora menos exuberante do que na 1ª mão e até porque jogou a 2ª parte a defesa-direito, também não sabe jogar mal. O Maxi acabou por ter um jogo ingrato devido à expulsão. O Nélson Oliveira e o Djaló entraram muito bem e puseram o Chelsea em sentido. Deixo para o fim o Aimar, porque, entre o que valem e o que mostraram, foi o pior do Benfica. Teve três livres perigosíssimos, num atirou contra a barreira, noutro fez um passe ao Cech e no terceiro marcou para um sítio onde só estavam adversários, no lance que deu origem ao 1-2. Vai ficar com esta mancha no currículo, até porque me custou IMENSO perder o jogo daquela forma.
O que poderia ter sido um empate épico e inolvidável transformou-se assim numa “vitória moral”, mas espero que se tenha ganho uma força que nos permita vencer o campeonato. É que uma exibição deste calibre, literalmente contra tudo e contra todos, não pode ser desperdiçada. Julgo que se ganharmos os cinco jogos que faltam até ao fim seremos campeões. E, dado que é o teoricamente mais difícil, é fundamental ir ganhar ao WC na próxima 2ª feira.
VIVA O BENFICA!
Com condicionantes impensáveis para um jogo como este (os quatro centrais lesionados deve ser caso único no futebol mundial!), entrámos em campo com o Javi García e o Emerson a centrais, o Capdevila na esquerda e o Matic no meio. Logo desde o início mostrámos imensa personalidade e colocámos o Chelsea em sentido. O roubo do Universo ficou muito claro desde muito cedo: o Bruno César é derrubado por trás e nem falta foi, passado pouco tempo o Cardozo faz o mesmo ao David Luiz e leva amarelo! Percebeu-se logo a inclinação do árbitro, que foi confirmada com um penalty contra nós que, se fosse ao contrário, jamais seria marcado. O Javi García deu um encosto ao Ashley Cole, que aproveitou para se deixar cair, e o Lampard converteu com a bola a passar por baixo das mãos do Artur! Assim que marcou o penalty, o Sr. Skomina levou logo a mão ao bolso (vejam na TV) à espera dos jogadores do Benfica que fossem ter com ele. Foram dois: o Bruno César e o Maxi Pereira (que era o capitão). Dois amarelos. Entretanto, o Obi Mikel ia distribuindo pancada a torto e a direito, e amarelos, nada (levou aos 79’…). Jogávamos bem, mas falhávamos na concretização, até o Cardozo rematar e um defesa salvar sobre a linha. Dois jogos contra o Chelsea, dois remates do Cardozo interceptados sobre a linha! Aos 40’, e já depois de amarelar o Aimar também por “protestos”, o Sr. Skomina deu o golpe de misericórdia na eliminatória: segundo amarelo ao Maxi, por ter feito um carrinho ao Obi Mikel. O nosso jogador tenta disputar a bola, encolhe a perna quando toca no adversário e pede-lhe logo desculpa. Sinceramente, eu não mandaria um jogador para a rua por causa disto, especialmente depois daquele primeiro amarelo.
Na 2ª parte, o Jesus reposicionou o Witsel a defesa-direito e não fez logo substituições. Dado que a única opção defensiva no banco era o… André Almeida, acabou por ser uma boa solução. Com mais um jogador, o Chelsea conseguiu criar mais desequilíbrios atacantes e teve uma mão cheia de boas oportunidades para marcar, sendo a do Ramires um falhanço incrível. No entanto, e contra muitas expectativas (entre as quais, as minhas), íamos conseguindo equilibrar o jogo e criar igualmente situações de perigo, sendo um bom remate do Cardozo defendido com dificuldade pelo Cech para canto. A partir dos 57’, o Jesus começou (e bem) a pensar no importantíssimo jogo no WC e foi tirando sucessivamente o Cardozo, Gaitán e Bruno César. Entraram o Nélson Oliveira, Djaló e Rodrigo, e o que é facto é que a qualidade do nosso jogo não diminuiu. Continuávamos a atacar e criámos três excelentes oportunidades pelo Djaló: um remate de golo interceptado por um defesa, um cabeceamento por cima e outro que permitiu uma excelente defesa ao Cech. A 5’ do fim, um canto permitiu ao Javi García empatar a partida, antecipando-se ao guarda-redes. Pouco depois, se o Nélson Oliveira tivesse passado ao Djaló, que estava sozinho na área, em vez de rematar, se calhar estaríamos agora a festejar um apuramento épico. Já nos descontos, e num livre perigoso para os ingleses, o Aimar não só coloca pessimamente a bola na área, como ainda por cima se deixa antecipar pelo porco do Meireles, que conduziu assim um contra-ataque perigosíssimo que acabou ele mesmo por finalizar ainda de fora da área. Estava selada a ENORME injustiça da nossa derrota.
Todos foram grandes heróis numa exibição que entra directamente para as mais inolvidáveis nas competições europeias. Mas vários jogadores merecem destaque: o Matic foi indiscutivelmente dos melhores, assim como o Javi García a jogar fora da sua posição. O Capdevila mostrou mais uma vez que o lugar de defesa-esquerdo deveria ter sido seu desde o início da época, até porque o Emerson mostrou a central não ser a nulidade que é na lateral. O Artur fez um punhado de boas defesas e esteve a poucos centímetros de evitar os dois golos. O Gaitán criou perigo especialmente na 1ª parte e o Cardozo poderia ter tido mais sorte em dois dos seus remates (já para não falar daquele chapéu quase de meio-campo que, a entrar, seria um dos golos do século). O Bruno César ficou muito condicionado pelo amarelo, mas cumpriu, assim como o Witsel que, embora menos exuberante do que na 1ª mão e até porque jogou a 2ª parte a defesa-direito, também não sabe jogar mal. O Maxi acabou por ter um jogo ingrato devido à expulsão. O Nélson Oliveira e o Djaló entraram muito bem e puseram o Chelsea em sentido. Deixo para o fim o Aimar, porque, entre o que valem e o que mostraram, foi o pior do Benfica. Teve três livres perigosíssimos, num atirou contra a barreira, noutro fez um passe ao Cech e no terceiro marcou para um sítio onde só estavam adversários, no lance que deu origem ao 1-2. Vai ficar com esta mancha no currículo, até porque me custou IMENSO perder o jogo daquela forma.
O que poderia ter sido um empate épico e inolvidável transformou-se assim numa “vitória moral”, mas espero que se tenha ganho uma força que nos permita vencer o campeonato. É que uma exibição deste calibre, literalmente contra tudo e contra todos, não pode ser desperdiçada. Julgo que se ganharmos os cinco jogos que faltam até ao fim seremos campeões. E, dado que é o teoricamente mais difícil, é fundamental ir ganhar ao WC na próxima 2ª feira.
VIVA O BENFICA!
quarta-feira, março 28, 2012
O possível
Perdemos em casa com o Chelsea (0-1) e temos a nossa vida muito complicada para seguirmos para as meias-finais da Liga dos Campeões. O resultado acaba por não ser muito justo, já que também tivemos oportunidades, mas contou a eficácia dos ingleses.
A 1ª parte foi disputada a um ritmo baixíssimo, com as equipas a mostrar receio mútuo. Caso isto não fosse a Champions até podia parecer que estávamos a poupar os jogadores para o próximo Sábado (assim como se tinham poupado na 6ª feira para hoje…), mas mesmo assim ainda tivemos uma boa oportunidade numa boa rotação do Cardozo, depois de receber a bola no peito, com o remate de primeira a sair ao lado. O Chelsea também só criou uma situação de verdadeiro perigo num remate de longe do Raul Meireles (once a pig, always pig…) que o Artur defendeu bem para canto.
Na 2ª parte, ambas as equipas lembraram-se que havia uma baliza e que o objectivo do jogo é marcar golos. Fomos mais velozes durante os primeiros 20’ e criámos algumas boas situações, com um remate do Cardozo que o David Luiz defendeu com o peito quase em cima da linha e uma cabeçada do Jardel que o Cech defendeu (é a 4ª vez que o Jardel não consegue marcar um golo de cabeça, quando está quase à-vontade na área – duas vezes ao Zenit, Olhão e esta). Aos 69’, o Jesus resolveu tirar o Aimar e o Bruno César e colocar o Matic e o Rodrigo, e nós acabámos. Não percebi a saída de El Mago… Como está castigado no campeonato, será que foi para poupá-lo para daqui a… uma semana e um dia?! O que é certo é que deixámos de criar perigo a partir das substituições. Aos 75’, o jogo ficou resolvido quando um mau passe do Rodrigo dá azo a um contra-ataque do Chelsea, o Ramires passa pela enésima vez pelo Emerson, o Javi García não consegue cortar a bola, que segue para o Torres, que bate em corrida o Jardel e centra para o Kalou encostar. Até final, ainda tivemos um remate do Nolito que deveria ter tido melhor direcção e outro lance em que o centro do Gaitán não conseguiu chegar ao Cardozo.
Em termos individuais, o Gaitán terá sido o melhor, seguido muito de perto pelo Cardozo. O Witsel e o Javi García fizeram uma boa 1ª parte. Todos os outros estiveram medianos, excepção feita ao inenarrável Emerson que começa a raiar o ridículo. Mas não é ele que pede para jogar… No entanto, ainda se percebe menos os assobios a ele durante o jogo.
A eliminatória está muito complicada e vai ser difícil dar a volta no jogo da 2ª mão. Tal como disse aqui, o fundamental é o campeonato e, dado que vamos receber o Braga e depois vamos ao WC, espero que a equipa não se desconcentre com estes jogos de uma competição em que já atingimos os objectivos propostos para esta época. A partida do próximo Sábado é que é fundamental. Só uma vitória interessa, caso contrário não tiraremos proveito nenhum do jogo entre o CRAC A e o CRAC B na jornada seguinte. É preciso meter uma coisa na cabeça: a época vai decidir-se positiva ou negativamente nos próximos dois jogos para o campeonato, não é na próxima 4ª feira…
P.S. – Nem com o árbitro tivemos grande sorte. O Sr. Paolo Tagliavento conseguiu não ver um penalty do tamanho do mundo por braço do Terry (ainda por cima, na zona do fiscal-de-linha e fiscal-de-baliza, que não quiseram mesmo ver…) e um lance que pode bem ser considerado atraso do Terry para o Cech.
A 1ª parte foi disputada a um ritmo baixíssimo, com as equipas a mostrar receio mútuo. Caso isto não fosse a Champions até podia parecer que estávamos a poupar os jogadores para o próximo Sábado (assim como se tinham poupado na 6ª feira para hoje…), mas mesmo assim ainda tivemos uma boa oportunidade numa boa rotação do Cardozo, depois de receber a bola no peito, com o remate de primeira a sair ao lado. O Chelsea também só criou uma situação de verdadeiro perigo num remate de longe do Raul Meireles (once a pig, always pig…) que o Artur defendeu bem para canto.
Na 2ª parte, ambas as equipas lembraram-se que havia uma baliza e que o objectivo do jogo é marcar golos. Fomos mais velozes durante os primeiros 20’ e criámos algumas boas situações, com um remate do Cardozo que o David Luiz defendeu com o peito quase em cima da linha e uma cabeçada do Jardel que o Cech defendeu (é a 4ª vez que o Jardel não consegue marcar um golo de cabeça, quando está quase à-vontade na área – duas vezes ao Zenit, Olhão e esta). Aos 69’, o Jesus resolveu tirar o Aimar e o Bruno César e colocar o Matic e o Rodrigo, e nós acabámos. Não percebi a saída de El Mago… Como está castigado no campeonato, será que foi para poupá-lo para daqui a… uma semana e um dia?! O que é certo é que deixámos de criar perigo a partir das substituições. Aos 75’, o jogo ficou resolvido quando um mau passe do Rodrigo dá azo a um contra-ataque do Chelsea, o Ramires passa pela enésima vez pelo Emerson, o Javi García não consegue cortar a bola, que segue para o Torres, que bate em corrida o Jardel e centra para o Kalou encostar. Até final, ainda tivemos um remate do Nolito que deveria ter tido melhor direcção e outro lance em que o centro do Gaitán não conseguiu chegar ao Cardozo.
Em termos individuais, o Gaitán terá sido o melhor, seguido muito de perto pelo Cardozo. O Witsel e o Javi García fizeram uma boa 1ª parte. Todos os outros estiveram medianos, excepção feita ao inenarrável Emerson que começa a raiar o ridículo. Mas não é ele que pede para jogar… No entanto, ainda se percebe menos os assobios a ele durante o jogo.
A eliminatória está muito complicada e vai ser difícil dar a volta no jogo da 2ª mão. Tal como disse aqui, o fundamental é o campeonato e, dado que vamos receber o Braga e depois vamos ao WC, espero que a equipa não se desconcentre com estes jogos de uma competição em que já atingimos os objectivos propostos para esta época. A partida do próximo Sábado é que é fundamental. Só uma vitória interessa, caso contrário não tiraremos proveito nenhum do jogo entre o CRAC A e o CRAC B na jornada seguinte. É preciso meter uma coisa na cabeça: a época vai decidir-se positiva ou negativamente nos próximos dois jogos para o campeonato, não é na próxima 4ª feira…
P.S. – Nem com o árbitro tivemos grande sorte. O Sr. Paolo Tagliavento conseguiu não ver um penalty do tamanho do mundo por braço do Terry (ainda por cima, na zona do fiscal-de-linha e fiscal-de-baliza, que não quiseram mesmo ver…) e um lance que pode bem ser considerado atraso do Terry para o Cech.
quarta-feira, março 07, 2012
Personalidade
Uma exibição com grande cabecinha permitiu-nos derrotar o Zenit por 2-0 e atingir pela primeira vez em seis anos os quartos-de-final da Liga dos Campeões. Depois do descalabro das duas últimas semanas, escolhemos o jogo certo para dar a volta por cima. A equipa esteve muito concentrada durante os 90’ e os russos praticamente não tiveram oportunidades de golo. A justiça do desfecho da eliminatória é incontestável.
Sem o Aimar e o Garay, a tarefa não se adivinhava fácil, porque o Zenit é treinado por um italiano e lá especialista no catenaccio são eles. Entrámos no jogo conscientes de que um golo era suficiente e portanto sem grandes precipitações. O que é de louvar, especialmente se nos lembrarmos dos primeiros 20’ de 6ª feira passada. Os russos defendiam bem, mas mesmo assim o Bruno César e o Maxi Pereira tiveram boas chances de marcar. O Artur era mais um dos espectadores, mas uma desconcentração entre ele e o Luisão ia saindo-nos cara. No período de compensação da 1ª parte, fizemos o 1-0 pelo Maxi Pereira depois de uma boa combinação entre o Bruno César e o Witsel, com este a rematar para defesa do Malafeev, e depois a assistir uruguaio de calcanhar. Marcávamos num momento crucial e obrigávamos os russos a mudar a estratégia para a 2ª parte.
Devo dizer que gostei bastante do nosso 2º tempo. Logo eu, que por norma detesto o “controlar o jogo” especialmente só com um golo de vantagem. No entanto, dado o passado recente, é natural que a equipa não estivesse tão confiante para atacar e, verdade seja dita, que o adversário raramente mostrou arte para chegar à nossa baliza. Mas o que mais me satisfez foi que, apesar de termos adoptado uma velocidade menor (como seria de esperar), nunca deixámos de pensar na baliza contrária e as únicas oportunidades foram nossas. O Witsel continuava a grande exibição da 1ª parte e era um monstro a comandar o nosso jogo nas transições atacantes. Tivemos algumas boas oportunidades com duas cabeçadas do Jardel depois de cantos, mas especialmente com um grande falhanço do Cardozo só com o guarda-redes pela frente. Igualmente no período de compensação, acabámos com as (poucas) dúvidas no desfecho da eliminatória e novamente com o Witsel e Bruno César na jogada, este assiste o Nélson Oliveira (entretanto entrado para o lugar do Cardozo) para ele se estrear a marcar na Champions. Logo a seguir, a partida terminou e estou desconfiado que todos os adeptos correram tanto como os jogadores. Foi um apoio tremendo e confesso que fiquei de rastos fisicamente.
O melhor em campo foi, sem sombra de dúvida, o Witsel. A continuar assim, não vamos conseguir segurá-lo por muito tempo. A ajudar o Javi García a defender, a coordenar todo o nosso jogo atacante (na ausência do Aimar era fundamental que alguém o fizesse) e fazer assistências, fez um jogo completo. Igualmente muito bem (embora não tenha tido uma entrada auspiciosa no encontro) esteve o Bruno César, que teve papel determinante nos dois golos. O Gaitán melhorou um bocadinho em relação ao passado recente e o Cardozo fez um jogo de grande sacrifício, mas deveria ter concretizado aquela flagrante oportunidade. O Rodrigo ainda não recuperou a forma que tinha antes de o animal o atingir. Na defesa, estiveram todos muito bem, com destaque natural para o Luisão e menção para a partida muito concentrada do Jardel. Uma última palavra para o Maxi que, com dois golos, foi essencial no desfecho da eliminatória, além de que tem pilhas que não acabam. Quanto aos substitutos, o Nélson Oliveira marcou um bom golo, mas quando meter na cabeça que há alturas em que deve soltar a bola para um colega, em vez de rematar à baliza, vai ser um jogador extraordinário. O Matic também entrou muito bem para dar equilíbrio ao meio-campo e permitir que o Witsel se soltasse para o ataque. Finalmente, o Nolito veio agitar a partida e dar-nos profundidade atacante.
Foi um triunfo justíssimo perante uma equipa de quem eu sinceramente esperava mais. Por isso, é que eu não gosto de treinadores italianos. Veio para defender o 0-0 e, quando foi preciso ir buscar o resultado, a equipa já não sabia o que fazer. Vamos saborear esta vitória e esperava que ela catapulte a equipa para os patamares exibicionais que teve há não muito pouco tempo. Quanto ao adversário dos quartos-de-final, logo veremos quais as outras equipas qualificadas e o que nos reservará o sorteio da próxima semana. Mas com um bocadinho de sorte neste, pode ser que esta não seja a nossa última etapa…
Sem o Aimar e o Garay, a tarefa não se adivinhava fácil, porque o Zenit é treinado por um italiano e lá especialista no catenaccio são eles. Entrámos no jogo conscientes de que um golo era suficiente e portanto sem grandes precipitações. O que é de louvar, especialmente se nos lembrarmos dos primeiros 20’ de 6ª feira passada. Os russos defendiam bem, mas mesmo assim o Bruno César e o Maxi Pereira tiveram boas chances de marcar. O Artur era mais um dos espectadores, mas uma desconcentração entre ele e o Luisão ia saindo-nos cara. No período de compensação da 1ª parte, fizemos o 1-0 pelo Maxi Pereira depois de uma boa combinação entre o Bruno César e o Witsel, com este a rematar para defesa do Malafeev, e depois a assistir uruguaio de calcanhar. Marcávamos num momento crucial e obrigávamos os russos a mudar a estratégia para a 2ª parte.
Devo dizer que gostei bastante do nosso 2º tempo. Logo eu, que por norma detesto o “controlar o jogo” especialmente só com um golo de vantagem. No entanto, dado o passado recente, é natural que a equipa não estivesse tão confiante para atacar e, verdade seja dita, que o adversário raramente mostrou arte para chegar à nossa baliza. Mas o que mais me satisfez foi que, apesar de termos adoptado uma velocidade menor (como seria de esperar), nunca deixámos de pensar na baliza contrária e as únicas oportunidades foram nossas. O Witsel continuava a grande exibição da 1ª parte e era um monstro a comandar o nosso jogo nas transições atacantes. Tivemos algumas boas oportunidades com duas cabeçadas do Jardel depois de cantos, mas especialmente com um grande falhanço do Cardozo só com o guarda-redes pela frente. Igualmente no período de compensação, acabámos com as (poucas) dúvidas no desfecho da eliminatória e novamente com o Witsel e Bruno César na jogada, este assiste o Nélson Oliveira (entretanto entrado para o lugar do Cardozo) para ele se estrear a marcar na Champions. Logo a seguir, a partida terminou e estou desconfiado que todos os adeptos correram tanto como os jogadores. Foi um apoio tremendo e confesso que fiquei de rastos fisicamente.
O melhor em campo foi, sem sombra de dúvida, o Witsel. A continuar assim, não vamos conseguir segurá-lo por muito tempo. A ajudar o Javi García a defender, a coordenar todo o nosso jogo atacante (na ausência do Aimar era fundamental que alguém o fizesse) e fazer assistências, fez um jogo completo. Igualmente muito bem (embora não tenha tido uma entrada auspiciosa no encontro) esteve o Bruno César, que teve papel determinante nos dois golos. O Gaitán melhorou um bocadinho em relação ao passado recente e o Cardozo fez um jogo de grande sacrifício, mas deveria ter concretizado aquela flagrante oportunidade. O Rodrigo ainda não recuperou a forma que tinha antes de o animal o atingir. Na defesa, estiveram todos muito bem, com destaque natural para o Luisão e menção para a partida muito concentrada do Jardel. Uma última palavra para o Maxi que, com dois golos, foi essencial no desfecho da eliminatória, além de que tem pilhas que não acabam. Quanto aos substitutos, o Nélson Oliveira marcou um bom golo, mas quando meter na cabeça que há alturas em que deve soltar a bola para um colega, em vez de rematar à baliza, vai ser um jogador extraordinário. O Matic também entrou muito bem para dar equilíbrio ao meio-campo e permitir que o Witsel se soltasse para o ataque. Finalmente, o Nolito veio agitar a partida e dar-nos profundidade atacante.
Foi um triunfo justíssimo perante uma equipa de quem eu sinceramente esperava mais. Por isso, é que eu não gosto de treinadores italianos. Veio para defender o 0-0 e, quando foi preciso ir buscar o resultado, a equipa já não sabia o que fazer. Vamos saborear esta vitória e esperava que ela catapulte a equipa para os patamares exibicionais que teve há não muito pouco tempo. Quanto ao adversário dos quartos-de-final, logo veremos quais as outras equipas qualificadas e o que nos reservará o sorteio da próxima semana. Mas com um bocadinho de sorte neste, pode ser que esta não seja a nossa última etapa…
quinta-feira, fevereiro 16, 2012
Cão imundo
Perdemos ingloriamente em São Petersburgo com o Zenit por 3-2 e estamos em desvantagem nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Foi uma derrota muito amarga, já que empatámos o jogo aos 87’ e um erro incrível do Maxi Pereira, que estava a ser o melhor em campo, um minuto(!) depois deu novo golo ao adversário. Saio desta partida com uma sensação de frustração enorme e algo apreensivo (já explico melhor porquê) quanto ao desfecho da eliminatória, apesar de obviamente tudo continuar em aberto.
O título deste post deve-se ao momento do jogo: aos 17’, esse animal hediondo que eu me recuso a nomear agrediu o Rodrigo, num lance parecido com este. Felizmente não partiu a perna ao nosso jogador, mas provocou-lhe uma lesão que certamente o vai impedir de jogar nos próximos jogos. É o que se chama uma entrada “para memória futura”, já que se avizinha o jogo com os assumidamente corruptos (e a 2ª mão) e nada melhor do que pôr fora de jogo o jogador do Benfica em melhor forma. Começava mal a partida jogada nuns inacreditáveis -13ºC(!) e com o relvado naturalmente em péssimo estado. A jogar momentaneamente com 10, marcámos um golo pouco depois. Aos 20’, o Cardozo bate um livre, o guarda-redes defende para a frente e o Maxi Pereira recarga para o 0-1. O Rodrigo ainda voltou a entrar, mas apenas para dar tempo ao Aimar para aquecer e a substituição deu-se aos 27’. A partir do nosso golo, o Zenit acordou e passou a jogar à bola. Aumentou o ritmo e conseguiu empatar aos 27’, já depois de o Artur ter feito uma boa defesa, por parte do Shirokov, num lance em que se sentiu a falta do Javi García, já que o adversário apareceu sem marcação à entrada da área, com o Matic (que até fez um jogo razoável) nas covas. Até ao intervalo, poderia ter havido mais golos quer numa quer noutra baliza, mas a falta de pontaria imperou. Para além disso, alguns passes mal feitos impediram-nos de dar a melhor sequência a contra-ataques que poderiam ter sido perigosos.
A 2ª parte iniciou-se do mesmo modo que a 1ª,com as equipas num ritmo baixo e sem querer arriscar muito. O Gaitán de ângulo quase impossível e principalmente o Cardozo, numa boa jogada do Emerson, poderiam ter marcado, embora os russos também tenham tido uma boa oportunidade num remate por cima. Mas uma desatenção do Emerson, que não acompanhou o jogador que subiu no seu flanco depois de um toque de calcanhar do Kerzhakov, provocou o 2-1 marcado com outro toque de calcanhar(!) pelo Semak aos 71’. Ao contrário da 1ª parte, o Zenit não estava a justificar estar em vantagem no marcador, facto que aconteceu nos 10’ seguintes em que passámos um mau bocado. Cheguei a desejar que a partida terminasse aos 80’, porque estava mesmo a ver um terceiro golo. Mas nos últimos 10’ recompusemo-nos e acabámos por fazer o empate aos 87’ pelo Cardozo, depois de um remate atabalhoado do Gaitán que o guarda-redes defendeu para a frente, o que permitiu ao Tacuara marcar em 10 dos últimos 11 jogos em que participou (não fossem aqueles 5’ frente ao Marítimo na Taça da Liga e onde já ia o recorde do Eusébio…). Gritei o golo como há algum tempo não o fazia, mas o balde de água gélida veio logo no minuto seguinte quando o Maxi Pereira assistiu o Shirokov para o 3-2. Até final, o Nolito ainda teve um bom remate, mas o resultado manteve-se.
Em termos individuais, o Maxi Pereira e o Emerson (sim, o Emerson!) estavam os nossos melhores jogadores, mas cada um deles borrou a pintura ao estar ligado a um golo do Zenit. Assim como o Matic, que fez uma exibição muito personalizada, com excepção do esquecimento do 1-1. O Artur acabou por só fazer uma defesa e sofrer três golos sem culpa nenhuma. Os centrais não estiveram mal e o Garay livrou-se do amarelo que o impediria de jogar na 2ª mão, algo que INFELIZMENTE não aconteceu com o Aimar, que foi vítima de um critério incrível do Sr. Jonas Eriksson, árbitro sueco, que o admoestou num lance de disputa de bola (depois de só ter mostrado amarelo ao cão imundo no lance com o Rodrigo!). O Gaitán e o Witsel ganhariam muito se libertassem mais a bola e não se pusessem a fintar à saída(!) da nossa área, e não estiveram tão bem como em partidas anteriores (em especial, o belga). O Bruno César, que jogou em vez do Nolito, cumpriu, mas o espanhol mexeu com as coisas quando entrou. O Cardozo lá somou mais um golo e participou activamente no outro, mas teve mais ocasiões em que poderia ter rematado melhor do que fez. O Rodrigo poderia ter sido decisivo, mas o animal assassino não o permitiu.
Fiquei apreensivo para o jogo da 2ª mão, quando vi na flash interview a expressão do Jesus quando lamentou o facto de o Aimar não poder jogar. Iria ser muito importante para descobrir espaços na presumível muralha russa. Por outro lado, vamos ver como evolui o Rodrigo, porque sem nenhum deles o panorama torna-se mais negro. Além disso, estamos em desvantagem e eu bem vi como os russos se defenderam na pocilga, com o catenaccio do Spalletti a funcionar na perfeição. A juntar a isto, estarão com mais três semanas de treinos e, se já neste jogo não se notou a diferença de ritmo entre as equipas, ainda será pior na 2ª mão. Era bom que o Malafeev, o guarda-redes titular, continuasse de fora. Conforta-me saber que estamos há não-sei-quantos jogos a marcar consecutivamente e basta 1-0 para passarmos, mas todo o cuidado será pouco numa semana terrível, pois será apenas quatro dias depois de termos recebido os assumidamente corruptos.
P.S. – Espero bem que isto se verifique.
O título deste post deve-se ao momento do jogo: aos 17’, esse animal hediondo que eu me recuso a nomear agrediu o Rodrigo, num lance parecido com este. Felizmente não partiu a perna ao nosso jogador, mas provocou-lhe uma lesão que certamente o vai impedir de jogar nos próximos jogos. É o que se chama uma entrada “para memória futura”, já que se avizinha o jogo com os assumidamente corruptos (e a 2ª mão) e nada melhor do que pôr fora de jogo o jogador do Benfica em melhor forma. Começava mal a partida jogada nuns inacreditáveis -13ºC(!) e com o relvado naturalmente em péssimo estado. A jogar momentaneamente com 10, marcámos um golo pouco depois. Aos 20’, o Cardozo bate um livre, o guarda-redes defende para a frente e o Maxi Pereira recarga para o 0-1. O Rodrigo ainda voltou a entrar, mas apenas para dar tempo ao Aimar para aquecer e a substituição deu-se aos 27’. A partir do nosso golo, o Zenit acordou e passou a jogar à bola. Aumentou o ritmo e conseguiu empatar aos 27’, já depois de o Artur ter feito uma boa defesa, por parte do Shirokov, num lance em que se sentiu a falta do Javi García, já que o adversário apareceu sem marcação à entrada da área, com o Matic (que até fez um jogo razoável) nas covas. Até ao intervalo, poderia ter havido mais golos quer numa quer noutra baliza, mas a falta de pontaria imperou. Para além disso, alguns passes mal feitos impediram-nos de dar a melhor sequência a contra-ataques que poderiam ter sido perigosos.
A 2ª parte iniciou-se do mesmo modo que a 1ª,com as equipas num ritmo baixo e sem querer arriscar muito. O Gaitán de ângulo quase impossível e principalmente o Cardozo, numa boa jogada do Emerson, poderiam ter marcado, embora os russos também tenham tido uma boa oportunidade num remate por cima. Mas uma desatenção do Emerson, que não acompanhou o jogador que subiu no seu flanco depois de um toque de calcanhar do Kerzhakov, provocou o 2-1 marcado com outro toque de calcanhar(!) pelo Semak aos 71’. Ao contrário da 1ª parte, o Zenit não estava a justificar estar em vantagem no marcador, facto que aconteceu nos 10’ seguintes em que passámos um mau bocado. Cheguei a desejar que a partida terminasse aos 80’, porque estava mesmo a ver um terceiro golo. Mas nos últimos 10’ recompusemo-nos e acabámos por fazer o empate aos 87’ pelo Cardozo, depois de um remate atabalhoado do Gaitán que o guarda-redes defendeu para a frente, o que permitiu ao Tacuara marcar em 10 dos últimos 11 jogos em que participou (não fossem aqueles 5’ frente ao Marítimo na Taça da Liga e onde já ia o recorde do Eusébio…). Gritei o golo como há algum tempo não o fazia, mas o balde de água gélida veio logo no minuto seguinte quando o Maxi Pereira assistiu o Shirokov para o 3-2. Até final, o Nolito ainda teve um bom remate, mas o resultado manteve-se.
Em termos individuais, o Maxi Pereira e o Emerson (sim, o Emerson!) estavam os nossos melhores jogadores, mas cada um deles borrou a pintura ao estar ligado a um golo do Zenit. Assim como o Matic, que fez uma exibição muito personalizada, com excepção do esquecimento do 1-1. O Artur acabou por só fazer uma defesa e sofrer três golos sem culpa nenhuma. Os centrais não estiveram mal e o Garay livrou-se do amarelo que o impediria de jogar na 2ª mão, algo que INFELIZMENTE não aconteceu com o Aimar, que foi vítima de um critério incrível do Sr. Jonas Eriksson, árbitro sueco, que o admoestou num lance de disputa de bola (depois de só ter mostrado amarelo ao cão imundo no lance com o Rodrigo!). O Gaitán e o Witsel ganhariam muito se libertassem mais a bola e não se pusessem a fintar à saída(!) da nossa área, e não estiveram tão bem como em partidas anteriores (em especial, o belga). O Bruno César, que jogou em vez do Nolito, cumpriu, mas o espanhol mexeu com as coisas quando entrou. O Cardozo lá somou mais um golo e participou activamente no outro, mas teve mais ocasiões em que poderia ter rematado melhor do que fez. O Rodrigo poderia ter sido decisivo, mas o animal assassino não o permitiu.
Fiquei apreensivo para o jogo da 2ª mão, quando vi na flash interview a expressão do Jesus quando lamentou o facto de o Aimar não poder jogar. Iria ser muito importante para descobrir espaços na presumível muralha russa. Por outro lado, vamos ver como evolui o Rodrigo, porque sem nenhum deles o panorama torna-se mais negro. Além disso, estamos em desvantagem e eu bem vi como os russos se defenderam na pocilga, com o catenaccio do Spalletti a funcionar na perfeição. A juntar a isto, estarão com mais três semanas de treinos e, se já neste jogo não se notou a diferença de ritmo entre as equipas, ainda será pior na 2ª mão. Era bom que o Malafeev, o guarda-redes titular, continuasse de fora. Conforta-me saber que estamos há não-sei-quantos jogos a marcar consecutivamente e basta 1-0 para passarmos, mas todo o cuidado será pouco numa semana terrível, pois será apenas quatro dias depois de termos recebido os assumidamente corruptos.
P.S. – Espero bem que isto se verifique.
quinta-feira, dezembro 08, 2011
Lentidão exasperante
Vencemos o Otelul Galati por 1-0 e conseguimos o primeiro lugar no grupo da Champions. É um feito de realçar e é isto que irá ser lembrado no futuro quando falarmos deste jogo. E ainda bem que assim é, porque é sinal que o conseguimos. Só que da mesma maneira que uma derrota após uma boa exibição não é o fim do mundo, uma vitória com uma exibição miserável deve ser motivo de reflexão.
O mais importante (a qualificação para os oitavos-de-final) estava já conseguido, mas jogando contra o último classificado (com zero pontos!) em casa seria péssimo que desperdiçássemos esta oportunidade de ouro de evitar os tubarões no sorteio. Com um golo do Cardozo logo aos 7’ depois de uma assistência do Gaitán, pensei que finalmente iríamos assistir a uma partida calma. Pura ilusão. O Otelul Galati veio à Luz com dois camiões-tir, claramente para perder por poucos, e era raro passar de meio-campo. Por tudo isto, não se compreende que nós tivéssemos produzido uma tão má exibição. Tenham lá paciência, mas se nós marcássemos um golo ao Paços de Ferreira no início da partida e depois ficássemos a “controlar o jogo” até final, o Estádio da Luz viria abaixo com protestos. Com o devido respeito, defrontámos o Paços de Ferreira da Liga dos Campeões e foi precisamente isso que fizemos. Eu ainda perceberia que realizássemos este tipo de jogo perante o Manchester United ou o Basileia, mas contra o Otelul?! Poupem-me!
Isto não quer dizer que tivéssemos que ir à maluca para cima deles, mas bastava que fizéssemos as transições um pouco mais rápido e certamente o marcador seria outro. Jogámos devagar ou parados, o que perante a muralha defensiva dos romenos tornou muito difícil a criação de desequilíbrios. O Artur ainda se viu e bem, quando defendeu dois golos certos na mesma jogada, a única de verdadeiro perigo criada pelo adversário. No entanto, custa-me imenso a perceber como é que o Benfica dá o flanco desta maneira e se torna vulnerável a um qualquer lance fortuito que nos poderia lançar para, por exemplo, Camp Nou! Seria quase uma derrota se isso acontecesse e, depois da eliminação da Taça de Portugal, o mínimo que se pedia era uma exibição que nos orgulhasse. Não aconteceu.
Perante uma pobreza franciscana tão generalizada, é difícil eleger alguém, mas como o Cardozo marcou o golo (foi só encostar) e o Artur fez duas defesas muito importantes merecem destaque. O Nolito veio mexer um pouco com o jogo na 2ª parte e o Gaitán também apareceu a espaços.
Quanto ao sorteio, desde que evitemos o Milan, acho que nos podemos ter boas hipóteses com os outros adversários possíveis (Marselha, Lyon, Zenit, Nápoles, CSKA Moscovo e Bayer Leverkusen). E há um jogo que eu não me importaria nada que acontecesse nos oitavos: Apoel – Basileia. Se já houve outros que jogaram meias-finais da Champions com o Corunha e finais com o Mónaco, acho que está na altura de nós também termos um pouco de sorte nos sorteios.
A má notícia da noite foi a lesão do Gaitán, que não deverá recuperar a tempo para o Marítimo. Espero que o nosso nível exibicional suba, pois caso contrário será difícil ganhar lá.
O mais importante (a qualificação para os oitavos-de-final) estava já conseguido, mas jogando contra o último classificado (com zero pontos!) em casa seria péssimo que desperdiçássemos esta oportunidade de ouro de evitar os tubarões no sorteio. Com um golo do Cardozo logo aos 7’ depois de uma assistência do Gaitán, pensei que finalmente iríamos assistir a uma partida calma. Pura ilusão. O Otelul Galati veio à Luz com dois camiões-tir, claramente para perder por poucos, e era raro passar de meio-campo. Por tudo isto, não se compreende que nós tivéssemos produzido uma tão má exibição. Tenham lá paciência, mas se nós marcássemos um golo ao Paços de Ferreira no início da partida e depois ficássemos a “controlar o jogo” até final, o Estádio da Luz viria abaixo com protestos. Com o devido respeito, defrontámos o Paços de Ferreira da Liga dos Campeões e foi precisamente isso que fizemos. Eu ainda perceberia que realizássemos este tipo de jogo perante o Manchester United ou o Basileia, mas contra o Otelul?! Poupem-me!
Isto não quer dizer que tivéssemos que ir à maluca para cima deles, mas bastava que fizéssemos as transições um pouco mais rápido e certamente o marcador seria outro. Jogámos devagar ou parados, o que perante a muralha defensiva dos romenos tornou muito difícil a criação de desequilíbrios. O Artur ainda se viu e bem, quando defendeu dois golos certos na mesma jogada, a única de verdadeiro perigo criada pelo adversário. No entanto, custa-me imenso a perceber como é que o Benfica dá o flanco desta maneira e se torna vulnerável a um qualquer lance fortuito que nos poderia lançar para, por exemplo, Camp Nou! Seria quase uma derrota se isso acontecesse e, depois da eliminação da Taça de Portugal, o mínimo que se pedia era uma exibição que nos orgulhasse. Não aconteceu.
Perante uma pobreza franciscana tão generalizada, é difícil eleger alguém, mas como o Cardozo marcou o golo (foi só encostar) e o Artur fez duas defesas muito importantes merecem destaque. O Nolito veio mexer um pouco com o jogo na 2ª parte e o Gaitán também apareceu a espaços.
Quanto ao sorteio, desde que evitemos o Milan, acho que nos podemos ter boas hipóteses com os outros adversários possíveis (Marselha, Lyon, Zenit, Nápoles, CSKA Moscovo e Bayer Leverkusen). E há um jogo que eu não me importaria nada que acontecesse nos oitavos: Apoel – Basileia. Se já houve outros que jogaram meias-finais da Champions com o Corunha e finais com o Mónaco, acho que está na altura de nós também termos um pouco de sorte nos sorteios.
A má notícia da noite foi a lesão do Gaitán, que não deverá recuperar a tempo para o Marítimo. Espero que o nosso nível exibicional suba, pois caso contrário será difícil ganhar lá.
quarta-feira, novembro 23, 2011
Histórico
Um inédito empate em Old Trafford (2-2) permitiu o nosso apuramento para os oitavos-de-final da Champions. E digo já que será uma enorme desilusão se deixarmos passar a oportunidade de ouro ficar em 1º lugar no grupo, porque para isso bastará uma vitória perante o Otelul Galati, o último classificado com zero pontos. Em termos teóricos, isso permitirá safar-nos dos grandes tubarões que vencerão os outros grupos, o que pode fazer toda a diferença quanto a pensar nuns possíveis quartos-de-final.
Entrámos muitíssimo bem no jogo e logo aos 3’ colocámo-nos em vantagem com um autogolo do Phil Jones (quem?!), claramente o elo mais fraco da defesa do Manchester, depois de uma boa jogada de combinação entre o Witsel, Maxi Pereira e Gaitán. Durante os primeiros 15’, o jogo foi todo nosso, mas por uma ou duas vezes faltou o último passe para construir oportunidades de golo. Depois, o Manchester subiu de produção, mas só conseguiu chegar ao empate com um golo fora-de-jogo do Berbatov aos 30’. A partida entrou então numa fase louca, com parada e resposta, o Artur fez uma óptima defesa que impediu o golo a um adversário isolado e o Aimar teve um bom remate cruzado defendido pelo De Gea.
Na 2ª parte, sofremos um bom bocado nos primeiros 20’. O Manchester United veio para cima de nós, o Artur voltou a ser brilhante, mas nada pôde fazer aos 59’ com o golo do Fletcher, que contou com alguma sorte no ressalto. Respondemos de forma fantástica ao igualar novamente a partida aos 61’ pelo Aimar, que aproveitou uma boa jogada do Bruno César após um mau alívio do De Gea. Os ingleses sentiram muito este golo e nunca mais foram a equipa pressionante do início da 2ª parte. Entretanto, já tinha acontecido a pior notícia da noite que foi a saída do Luisão, lesionado. Até final da partida, qualquer uma das equipas poderia ter ganho, mas o Artur esteve gigante na baliza e o Rodrigo teve uma óptima jogada já perto dos 90’ que só por pouco não deu golo.
Em termos individuais, o melhor foi o Witsel, muito bem secundado pelo Artur. O belga é um jogador de jogos grandes, está visto, e voltou às grandes exibições do início da época. O Artur transmite uma calma olímpica que contagia toda a equipa. O Gaitán fez uns primeiros minutos muito bons, mas depois foi-se apagando ao longo da partida, enquanto o Bruno César fez uma exibição muito consistente tanto a defender como a atacar. O resto da equipa esteve excelente em termos de entrega e luta, e só há que lamentar a lesão do Luisão, embora o Miguel Vítor o tenha substituído muito bem. Espero que esta opção seja para continuar no futuro, caso se confirme a indisponibilidade do capitão, porque o Miguel Vítor é muitíssimo melhor que o Jardel.
Foi uma exibição de nos encher a alma, já que chegámos ao campo do vice-campeão europeu e jogámos de igual por igual. Empatámos, qualificámo-nos e continuamos invictos na época até agora. O apoio dos adeptos que estiveram no estádio foi extraordinário e durante a maior parte do jogo só se ouviu a sua voz. Mas, como o mundo não pára, temos que nos preparar bem para o derby de sábado. A lagartada teve a semana toda para pensar no jogo, enquanto nós temos que gerir os índices físicos com cuidado. Há que nos refocar e pensar que o grande objectivo é o campeonato. Além disso, está na altura de acabar com a euforia da lagartada, que se se deixar em rédea solta pode tornar-se perigosa.
P.S. – Que raio de sorte tivemos no sorteio da Taça de Portugal! Vamos ao Marítimo e, se ganharmos, depois iremos ao WC (ou a Belém)… Ou seja, iremos defrontar as (teoricamente) equipas mais fortes no terreno delas. Lá terá de deixar de haver poupanças na Taça.
Entrámos muitíssimo bem no jogo e logo aos 3’ colocámo-nos em vantagem com um autogolo do Phil Jones (quem?!), claramente o elo mais fraco da defesa do Manchester, depois de uma boa jogada de combinação entre o Witsel, Maxi Pereira e Gaitán. Durante os primeiros 15’, o jogo foi todo nosso, mas por uma ou duas vezes faltou o último passe para construir oportunidades de golo. Depois, o Manchester subiu de produção, mas só conseguiu chegar ao empate com um golo fora-de-jogo do Berbatov aos 30’. A partida entrou então numa fase louca, com parada e resposta, o Artur fez uma óptima defesa que impediu o golo a um adversário isolado e o Aimar teve um bom remate cruzado defendido pelo De Gea.
Na 2ª parte, sofremos um bom bocado nos primeiros 20’. O Manchester United veio para cima de nós, o Artur voltou a ser brilhante, mas nada pôde fazer aos 59’ com o golo do Fletcher, que contou com alguma sorte no ressalto. Respondemos de forma fantástica ao igualar novamente a partida aos 61’ pelo Aimar, que aproveitou uma boa jogada do Bruno César após um mau alívio do De Gea. Os ingleses sentiram muito este golo e nunca mais foram a equipa pressionante do início da 2ª parte. Entretanto, já tinha acontecido a pior notícia da noite que foi a saída do Luisão, lesionado. Até final da partida, qualquer uma das equipas poderia ter ganho, mas o Artur esteve gigante na baliza e o Rodrigo teve uma óptima jogada já perto dos 90’ que só por pouco não deu golo.
Em termos individuais, o melhor foi o Witsel, muito bem secundado pelo Artur. O belga é um jogador de jogos grandes, está visto, e voltou às grandes exibições do início da época. O Artur transmite uma calma olímpica que contagia toda a equipa. O Gaitán fez uns primeiros minutos muito bons, mas depois foi-se apagando ao longo da partida, enquanto o Bruno César fez uma exibição muito consistente tanto a defender como a atacar. O resto da equipa esteve excelente em termos de entrega e luta, e só há que lamentar a lesão do Luisão, embora o Miguel Vítor o tenha substituído muito bem. Espero que esta opção seja para continuar no futuro, caso se confirme a indisponibilidade do capitão, porque o Miguel Vítor é muitíssimo melhor que o Jardel.
Foi uma exibição de nos encher a alma, já que chegámos ao campo do vice-campeão europeu e jogámos de igual por igual. Empatámos, qualificámo-nos e continuamos invictos na época até agora. O apoio dos adeptos que estiveram no estádio foi extraordinário e durante a maior parte do jogo só se ouviu a sua voz. Mas, como o mundo não pára, temos que nos preparar bem para o derby de sábado. A lagartada teve a semana toda para pensar no jogo, enquanto nós temos que gerir os índices físicos com cuidado. Há que nos refocar e pensar que o grande objectivo é o campeonato. Além disso, está na altura de acabar com a euforia da lagartada, que se se deixar em rédea solta pode tornar-se perigosa.
P.S. – Que raio de sorte tivemos no sorteio da Taça de Portugal! Vamos ao Marítimo e, se ganharmos, depois iremos ao WC (ou a Belém)… Ou seja, iremos defrontar as (teoricamente) equipas mais fortes no terreno delas. Lá terá de deixar de haver poupanças na Taça.
quinta-feira, novembro 03, 2011
Desperdício
Empatámos na Luz com o Basileia (1-1) e perdemos uma oportunidade de entrar para a história ao não conseguirmos o triunfo, o que nos daria uma inédita qualificação logo na 4ª jornada da fase de grupos. Ainda por cima, voltou a ficar evidente que temos melhor equipa que eles e que, portanto, bastaria uma ou outra aceleraçãozita para marcarmos mais golos.
Com a novidade da estreia absoluta do Luís Martins no lugar do castigado Emerson, voltámos a entrar muito fortes na partida. Logo no 1’, o Rodrigo atirou uma bola ao poste, desviada pelo guarda-redes. Desta vez, demorou um pouco mais do que no jogo frente ao Olhanense, mas aos 4’ atirou uma bomba lá para dentro, num golo brilhante e de difícil execução técnica. Duas cabeçadas perigosas (Rodrigo e Garay) e um penalty escamoteado por um inútil árbitro de baliza foram a nossa melhor produção na 1ª parte. O Basileia praticamente não criou perigo.
No 2º tempo, entrámos novamente fortes, mas não se pode dizer que tivéssemos grandes oportunidades. As melhores foram novamente do Rodrigo, com uma cabeçada e um remate ao lado (de ângulo difícil) depois de contornar o guarda-redes. Entretanto, já o Basileia tinha empatado aos 64’ num lance em que o Maxi falhou a intercepção e o Miguel Vítor (que tinha entrado um minuto antes para o lugar do Luís Martins) chegou atrasado. Ainda faltava um bom bocado para o final da partida, mas para além do tal remate do Rodrigo não conseguimos criar mais nenhuma oportunidade.
Em termos individuais, voltei a gostar do Rodrigo, que não engana mesmo, e do Matic, que está a subir de forma e mostra-se mais confiante. O resto da equipa não mostrou a dinâmica habitual e ter marcado um golo muito cedo acabou por nos relaxar mais do que deveríamos. O Luís Martins mostrou potencial, mas precisa naturalmente de ter mais ritmo e mais jogos. Também a tarefa não era fácil, porque o adversário directo era o Shaqiri, o melhor jogador do Basileia.
Fiquei com uma sensação muito amarga neste jogo. Diga-se o que se disser, o Basileia é mais fraco que nós e tínhamos obrigação de ganhar jogando em casa. Ainda por cima, marcámos primeiro, o que torna as coisas ainda mais frustrantes. Por outro lado, para além de termos perdido uma oportunidade óptima de ficar já com a qualificação resolvida, deixámos de ter vantagem pontual em relação ao Manchester United (mesmos oito pontos, mas mais um golo para eles). Utilizando uma analogia, parecemos alguém a quem é oferecido uma faustosa refeição de sushi, mas dizemos “não, obrigado, fico aqui com este hamburger do McDonalds”. A diferença entre ficar em primeiro e segundo no grupo é abissal, e não percebo como é que pudemos negligenciar o facto de termos esta grande vantagem. Agora, só uma vitória ou um empate por dois ou mais golos em Old Trafford nos voltará a dar vantagem sobre os ingleses.
Enfim, deitámos 400.000€ e pontos para o ranking pela janela, e não conseguimos fazer história. Espero que no Domingo em Braga corrijamos este resultado insatisfatório e quebremos a malapata que nos tem perseguido naquele estádio.
P.S. - Este Sr. Carlos Velasco Carballo não fica nada a dever aos nossos árbitros. Transformou cantos em pontapés de baliza e vice-versa, sempre contra o Benfica, roubou-nos um penalty e transformou uma escorregadela evidente em falta contra nós. Que péssima e irritante arbitragem!
Com a novidade da estreia absoluta do Luís Martins no lugar do castigado Emerson, voltámos a entrar muito fortes na partida. Logo no 1’, o Rodrigo atirou uma bola ao poste, desviada pelo guarda-redes. Desta vez, demorou um pouco mais do que no jogo frente ao Olhanense, mas aos 4’ atirou uma bomba lá para dentro, num golo brilhante e de difícil execução técnica. Duas cabeçadas perigosas (Rodrigo e Garay) e um penalty escamoteado por um inútil árbitro de baliza foram a nossa melhor produção na 1ª parte. O Basileia praticamente não criou perigo.
No 2º tempo, entrámos novamente fortes, mas não se pode dizer que tivéssemos grandes oportunidades. As melhores foram novamente do Rodrigo, com uma cabeçada e um remate ao lado (de ângulo difícil) depois de contornar o guarda-redes. Entretanto, já o Basileia tinha empatado aos 64’ num lance em que o Maxi falhou a intercepção e o Miguel Vítor (que tinha entrado um minuto antes para o lugar do Luís Martins) chegou atrasado. Ainda faltava um bom bocado para o final da partida, mas para além do tal remate do Rodrigo não conseguimos criar mais nenhuma oportunidade.
Em termos individuais, voltei a gostar do Rodrigo, que não engana mesmo, e do Matic, que está a subir de forma e mostra-se mais confiante. O resto da equipa não mostrou a dinâmica habitual e ter marcado um golo muito cedo acabou por nos relaxar mais do que deveríamos. O Luís Martins mostrou potencial, mas precisa naturalmente de ter mais ritmo e mais jogos. Também a tarefa não era fácil, porque o adversário directo era o Shaqiri, o melhor jogador do Basileia.
Fiquei com uma sensação muito amarga neste jogo. Diga-se o que se disser, o Basileia é mais fraco que nós e tínhamos obrigação de ganhar jogando em casa. Ainda por cima, marcámos primeiro, o que torna as coisas ainda mais frustrantes. Por outro lado, para além de termos perdido uma oportunidade óptima de ficar já com a qualificação resolvida, deixámos de ter vantagem pontual em relação ao Manchester United (mesmos oito pontos, mas mais um golo para eles). Utilizando uma analogia, parecemos alguém a quem é oferecido uma faustosa refeição de sushi, mas dizemos “não, obrigado, fico aqui com este hamburger do McDonalds”. A diferença entre ficar em primeiro e segundo no grupo é abissal, e não percebo como é que pudemos negligenciar o facto de termos esta grande vantagem. Agora, só uma vitória ou um empate por dois ou mais golos em Old Trafford nos voltará a dar vantagem sobre os ingleses.
Enfim, deitámos 400.000€ e pontos para o ranking pela janela, e não conseguimos fazer história. Espero que no Domingo em Braga corrijamos este resultado insatisfatório e quebremos a malapata que nos tem perseguido naquele estádio.
P.S. - Este Sr. Carlos Velasco Carballo não fica nada a dever aos nossos árbitros. Transformou cantos em pontapés de baliza e vice-versa, sempre contra o Benfica, roubou-nos um penalty e transformou uma escorregadela evidente em falta contra nós. Que péssima e irritante arbitragem!
quarta-feira, outubro 19, 2011
Personalidade
Uma categórica exibição fez-nos derrotar o Basileia na Suíça (2-0) e conseguir uma importante vantagem na corrida para a qualificação para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Qualquer semelhança com a equipa que no ano passado perdeu os três jogos fora de casa e teve 0-7 em golos é pura coincidência. Agora sabemos controlar os diferentes ritmos do jogo, impor ou tirar velocidade quando é preciso, enfim, estamos adultos esta época.
O Jorge Jesus reservou uma enorme surpresa que foi a inclusão do Rodrigo e a colocação do Cardozo no banco. Fiquei muito céptico com esta opção, mas embora o Rodrigo não tenha estado mal (até teve participação directa no 1º golo), o Tacuara quando entrou marcou logo. Conseguimos controlar bem o jogo e na 1ª parte foram nossas as melhores situações de golo. Marcámos relativamente cedo, aos 20’, numa óptima jogada colectiva concretizada pelo Bruno César, que raramente falha quando está frente-a-frente com o guarda-redes. Na defesa, o Artur fez duas ou três intervenções que seguraram o resultado e os centrais estiveram imperiais. Até poderíamos ter chegado ao intervalo com uma vantagem maior, mas o Gaitán não conseguiu concretizar em dois lances em que poderia ter feito melhor.
Na 2ª parte, o Basileia ainda criou menos perigo do que na 1ª. Claro que uma vantagem mínima é sempre perigosa e foi com satisfação que vi o Benfica a tentar aumentá-la. Depois de o Artur ter feito uma mancha fundamental que evitou o empate, o Cardozo que entretanto tinha entrado aproveitou um livre perto da área aos 75’ para dar a machadada final na partida. Grande golo do tal que não presta, porque “é lento”…! Até final, aconteceram duas coisas muito dispensáveis: o 2º amarelo ao Emerson (cá está a razão pela qual deixar o Capdevila fora da lista foi um erro logo no início) e a expulsão do Jesus por protestos. Aliás, o húngaro Viktor Kassai esteve bastante caseiro e não gostei nada da arbitragem. Outras duas coisas que espero não tenham repercussões no futuro são as lesões do Maxi Pereira (teve que ser substituído pelo Miguel Vítor) e a do Gaitán, que acabou o jogo de rastos.
Em termos individuais, o Bruno César merece destaque por ter marcado mais um golo, o Gaitán enquanto teve pernas foi dos mais desequilibradores, o Luisão e Garay estiveram irrepreensíveis, o Artur é um rei e o Witsel tem classe que não acaba. Em geral, toda a equipa esteve bastante bem, inclusive o Emerson que, se tivesse evitado a expulsão, teria sido igualmente dos melhores. Ah, e o Cardozo é o maior!
Com dois jogos em casa na 2ª volta, seria um escândalo se não nos apurássemos para a fase seguinte. Concentremo-nos na recepção ao Basileia, mas acho que temos que nos capacitar que podemos lutar pelo 1º lugar do grupo. Estamos dois pontos à frente do Manchester United e, se tudo correr normalmente, um empate em Old Trafford bastará para conseguir esse desiderato. É que ficar em 1º ou 2º pode significar a diferença entre o CSKA Moscovo ou o Barcelona…
O Jorge Jesus reservou uma enorme surpresa que foi a inclusão do Rodrigo e a colocação do Cardozo no banco. Fiquei muito céptico com esta opção, mas embora o Rodrigo não tenha estado mal (até teve participação directa no 1º golo), o Tacuara quando entrou marcou logo. Conseguimos controlar bem o jogo e na 1ª parte foram nossas as melhores situações de golo. Marcámos relativamente cedo, aos 20’, numa óptima jogada colectiva concretizada pelo Bruno César, que raramente falha quando está frente-a-frente com o guarda-redes. Na defesa, o Artur fez duas ou três intervenções que seguraram o resultado e os centrais estiveram imperiais. Até poderíamos ter chegado ao intervalo com uma vantagem maior, mas o Gaitán não conseguiu concretizar em dois lances em que poderia ter feito melhor.
Na 2ª parte, o Basileia ainda criou menos perigo do que na 1ª. Claro que uma vantagem mínima é sempre perigosa e foi com satisfação que vi o Benfica a tentar aumentá-la. Depois de o Artur ter feito uma mancha fundamental que evitou o empate, o Cardozo que entretanto tinha entrado aproveitou um livre perto da área aos 75’ para dar a machadada final na partida. Grande golo do tal que não presta, porque “é lento”…! Até final, aconteceram duas coisas muito dispensáveis: o 2º amarelo ao Emerson (cá está a razão pela qual deixar o Capdevila fora da lista foi um erro logo no início) e a expulsão do Jesus por protestos. Aliás, o húngaro Viktor Kassai esteve bastante caseiro e não gostei nada da arbitragem. Outras duas coisas que espero não tenham repercussões no futuro são as lesões do Maxi Pereira (teve que ser substituído pelo Miguel Vítor) e a do Gaitán, que acabou o jogo de rastos.
Em termos individuais, o Bruno César merece destaque por ter marcado mais um golo, o Gaitán enquanto teve pernas foi dos mais desequilibradores, o Luisão e Garay estiveram irrepreensíveis, o Artur é um rei e o Witsel tem classe que não acaba. Em geral, toda a equipa esteve bastante bem, inclusive o Emerson que, se tivesse evitado a expulsão, teria sido igualmente dos melhores. Ah, e o Cardozo é o maior!
Com dois jogos em casa na 2ª volta, seria um escândalo se não nos apurássemos para a fase seguinte. Concentremo-nos na recepção ao Basileia, mas acho que temos que nos capacitar que podemos lutar pelo 1º lugar do grupo. Estamos dois pontos à frente do Manchester United e, se tudo correr normalmente, um empate em Old Trafford bastará para conseguir esse desiderato. É que ficar em 1º ou 2º pode significar a diferença entre o CSKA Moscovo ou o Barcelona…
quarta-feira, setembro 28, 2011
Serviços mínimos
Um golo do Bruno César permitiu-nos derrotar o Otelul Galati e conseguir uma infelizmente pouco habitual vitória fora na fase de grupos da Liga dos Campeões. A nossa superioridade foi evidente durante todo o jogo e o resultado peca por muito escasso.
Desde o início da partida que tomámos conta da mesma. Sejamos honestos, pelo que mostrou hoje, o Otelul Galati está ao nível de um V. Setúbal (sem ofensa). Por isso mesmo, o empate seria sempre um mau resultado, tal como o é no Bonfim. Contra as equipas teoricamente mais fracas dos grupos (vindas do pote 4), o objectivo tem que ser sempre conquistar seis pontos (a não ser que haja excepções tipo o Dortmund ou o Nápoles) para ter meio caminho andado para a qualificação. Entrámos com essa mentalidade e ainda bem, só que fomos demasiado perdulários e nem sempre estivemos eficazes no último passe. Remates do Witsel, Bruno César e Saviola criaram perigo, antes de o Gaitán abrir o livro com uma abertura fenomenal para o Bruno César fazer o resultado da partida aos 40’. Era importante ir para o intervalo a vencer, esperar que o Otelul Galati abrisse um bocado a muralha defensiva na 2ª parte e tentar aumentar a vantagem com mais espaços.
Só que infelizmente isso não aconteceu. Continuámos donos e senhores da partida, os romenos raramente conseguiram criar perigo, mas não demos o golpe de misericórdia. E, já se sabe, que quando isso não acontece estamos sujeitos a algum dissabor num lance fortuito. Por isso, é que eu detesto este tipo de jogos em que maioritariamente “controlamos a partida”. “Controlar”, sim, mas com pelo menos dois golos de vantagem, sff! São já muitos anos a ver bola e lembro-me bem de “n” jogos que empatámos assim, depois de sermos superiores durante quase toda a partida. E não havia mesmo necessidade de sofrermos um bocado durante os minutos finais. Um pouco mais de concentração no último passe ou na finalização e teríamos ganho nas calmas. Assim, teve que ser o Artur a safar-nos no último minuto e termos tido a sorte de a recarga ter saído ao lado. Teria sido um péssimo resultado, ainda para mais com o empate do Basileia em Manchester.
Destaque individual para o Bruno César, pelo golo que marcou, para o Gaitán, pela abertura e toques de classe durante quase toda a partida, para o Luisão, por ter sido mais uma vez o patrão da defesa e se ter tornado no jogador do Benfica com mais presenças na Europa, e para o Cardozo, por se ter farto de ganhar bolas nas alturas e ter feito três ou quatro passes de ruptura a desmarcar os colegas. Boa 1ª parte do Witsel e muita atenção do Artur nas poucas vezes em que foi solicitado.
Estamos em 1º lugar no nosso grupo em igualdade pontual com o Basileia. O Jesus disse que preferia uma vitória do Manchester, mas este resultado dá-nos algumas hipóteses de lutar pelo 1º lugar. Se, por acaso, ganharmos os dois jogos aos suíços, iremos de certeza a Old Trafford à frente do grupo e, se não perdermos aí, teremos grandes possibilidades de terminar na frente. Mas não nos adiantemos ao calendário: para já, iremos ter um duplo confronto com o Basileia, em que quatro pontos praticamente nos darão a qualificação. No entanto, e para já, pensemos é em ganhar ao Paços de Ferreira no próximo Sábado.
Desde o início da partida que tomámos conta da mesma. Sejamos honestos, pelo que mostrou hoje, o Otelul Galati está ao nível de um V. Setúbal (sem ofensa). Por isso mesmo, o empate seria sempre um mau resultado, tal como o é no Bonfim. Contra as equipas teoricamente mais fracas dos grupos (vindas do pote 4), o objectivo tem que ser sempre conquistar seis pontos (a não ser que haja excepções tipo o Dortmund ou o Nápoles) para ter meio caminho andado para a qualificação. Entrámos com essa mentalidade e ainda bem, só que fomos demasiado perdulários e nem sempre estivemos eficazes no último passe. Remates do Witsel, Bruno César e Saviola criaram perigo, antes de o Gaitán abrir o livro com uma abertura fenomenal para o Bruno César fazer o resultado da partida aos 40’. Era importante ir para o intervalo a vencer, esperar que o Otelul Galati abrisse um bocado a muralha defensiva na 2ª parte e tentar aumentar a vantagem com mais espaços.
Só que infelizmente isso não aconteceu. Continuámos donos e senhores da partida, os romenos raramente conseguiram criar perigo, mas não demos o golpe de misericórdia. E, já se sabe, que quando isso não acontece estamos sujeitos a algum dissabor num lance fortuito. Por isso, é que eu detesto este tipo de jogos em que maioritariamente “controlamos a partida”. “Controlar”, sim, mas com pelo menos dois golos de vantagem, sff! São já muitos anos a ver bola e lembro-me bem de “n” jogos que empatámos assim, depois de sermos superiores durante quase toda a partida. E não havia mesmo necessidade de sofrermos um bocado durante os minutos finais. Um pouco mais de concentração no último passe ou na finalização e teríamos ganho nas calmas. Assim, teve que ser o Artur a safar-nos no último minuto e termos tido a sorte de a recarga ter saído ao lado. Teria sido um péssimo resultado, ainda para mais com o empate do Basileia em Manchester.
Destaque individual para o Bruno César, pelo golo que marcou, para o Gaitán, pela abertura e toques de classe durante quase toda a partida, para o Luisão, por ter sido mais uma vez o patrão da defesa e se ter tornado no jogador do Benfica com mais presenças na Europa, e para o Cardozo, por se ter farto de ganhar bolas nas alturas e ter feito três ou quatro passes de ruptura a desmarcar os colegas. Boa 1ª parte do Witsel e muita atenção do Artur nas poucas vezes em que foi solicitado.
Estamos em 1º lugar no nosso grupo em igualdade pontual com o Basileia. O Jesus disse que preferia uma vitória do Manchester, mas este resultado dá-nos algumas hipóteses de lutar pelo 1º lugar. Se, por acaso, ganharmos os dois jogos aos suíços, iremos de certeza a Old Trafford à frente do grupo e, se não perdermos aí, teremos grandes possibilidades de terminar na frente. Mas não nos adiantemos ao calendário: para já, iremos ter um duplo confronto com o Basileia, em que quatro pontos praticamente nos darão a qualificação. No entanto, e para já, pensemos é em ganhar ao Paços de Ferreira no próximo Sábado.
quinta-feira, setembro 15, 2011
Bom resultado
No 200º jogo oficial na Nova Luz, empatámos com o Manchester United na 1ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Foi uma partida que fez jus à competição, com uma intensidade muito pouco vista no campeonato português e que agradou certamente aos 63.822 espectadores. Os ingleses têm uma equipa fabulosa, só de olhar para o banco deles dava medo (Nani, Hernández, Berbatov, Anderson, Owen), mas batemo-nos muito bem e até poderíamos, com um pouco mais de sorte, ter ganho o jogo.
O Jorge Jesus assumiu naturais cautelas e colocou o Rúben Amorim a titular em detrimento do Nolito. De resto, o esperado 4-2-3-1 com o Witsel ao lado do Javi García. A 1ª parte foi muito disputada, mas sem grandes ocasiões de golo. Houve um bom remate rasteiro do Cardozo (com o pé direito) para defesa do guarda-redes e outro do Gaitán ao lado, antes de estes mesmos dois jogadores fabricarem o 1-0. Foi aos 24’ num passe de trivela do argentino e um domínio no peito, seguido de rotação, do paraguaio a marcar um grande golo com o pé direito! Até ao intervalo, poderíamos ter feito o 2-0 num contra-ataque que o Javi García desperdiçou ao não rematar à baliza e preferir fazer um passe para o Gaitán, que acabou por ser interceptado por um defesa. Só que aos 41’ apareceu o velhote Ryan Giggs a aproveitar uma desconcentração da nossa defesa e meio-campo, que o deixaram seguir à vontade para um remate de fora da área sem hipóteses para o Artur. Um remate, um golo, é assim a eficácia das grandes equipas. Com espaço à entrada da área, não há cá remates ao lado.
Nos primeiros minutos da 2ª parte, deu a ideia que não íamos aguentar o ritmo do “Naite” (como diz o Jesus, uma variação interessante do “Manster” do Fernando Santos) que nos começou a empurrar para a nossa área. Um disparate do Emerson poderia ter dado mau resultado, mas começámos a equilibrar novamente com a entrada do Nolito para o lugar do Amorim. E foram mesmo do espanhol as duas grandes oportunidades de golo, num remate muito bem defendido pelo suplente Lindegaard (que foi titular em vez do De Gea e eles não ficaram nada a perder) e noutro lance já muito perto do final em que rematou ao lado, quando só tinha o guarda-redes pela frente. Guarda-redes esse, que fez uma óptima defesa num pontapé que é a imagem de marca do Gaitán (em arco sob a direita para o ângulo oposto da baliza). Quanto ao Naite, uma arrancada do Giggs que passou por metade da nossa defesa e só esbarrou no Artur foi praticamente o único lance de iminente golo que criaram no segundo tempo.
Em termos individuais, destaco o Cardozo, Gaitán e Luisão. O paraguaio lá continua a marcar golos “só de encostar” a “equipas fraquinhas” e o que importante é que é “muito lento e não presta”. É uma pena, de facto, que não o tenhamos trocado pelo Hugo Almeida…! O argentino irá ser a próxima grande venda do Benfica (podem escrever) e sabe bem em que jogos é que se tem que mostrar. Parece por vezes alheado da partida, mas a arrancada que fez para assistir o Nolito diz tudo. O Luisão é, naturalmente, o maior (em todos os sentidos)! O resto da equipa esteve bem e muito concentrada, merecendo também referência o Javi García e o Maxi Pereira. Apesar de não terem jogado mal, esperava que o Aimar e o Witsel tivessem sobressaído mais. Ao invés, um dos fe(Ma)tiche do Jesus continua a não me convencer nada. É bom para segurar bolas nas partes finais do jogo, mas falhou dois ou três passes que até um iniciado faria.
Conseguir um ponto perante uma equipa que esteve presente em três das últimas quatro finais da Champions é um bom resultado sob qualquer ponto de vista. Só o Giggs deve ter mais jogos na Liga dos Campeões que o nosso plantel todo somado. Foi pena que na outra partida não tivesse havido também um empate, mas o Jesus que não se ponha com histórias: sim, vão ser três equipas a lutar pelo apuramento com o Naite, mas era só o que mais faltava que não nos qualificássemos para os oitavos! Com o devido respeito, estamos a falar do Basileia e do Otelul Galati! Basta que entremos em campo com humildade e concentração, que a nossa maior valia virá inevitavelmente ao de cima. Não é preciso passar do “vamos lutar pela Champions” do ano passado para o “vamos lutar pela qualificação com o Basileia e o Otelul”. Nem 80 nem oito!
O Jorge Jesus assumiu naturais cautelas e colocou o Rúben Amorim a titular em detrimento do Nolito. De resto, o esperado 4-2-3-1 com o Witsel ao lado do Javi García. A 1ª parte foi muito disputada, mas sem grandes ocasiões de golo. Houve um bom remate rasteiro do Cardozo (com o pé direito) para defesa do guarda-redes e outro do Gaitán ao lado, antes de estes mesmos dois jogadores fabricarem o 1-0. Foi aos 24’ num passe de trivela do argentino e um domínio no peito, seguido de rotação, do paraguaio a marcar um grande golo com o pé direito! Até ao intervalo, poderíamos ter feito o 2-0 num contra-ataque que o Javi García desperdiçou ao não rematar à baliza e preferir fazer um passe para o Gaitán, que acabou por ser interceptado por um defesa. Só que aos 41’ apareceu o velhote Ryan Giggs a aproveitar uma desconcentração da nossa defesa e meio-campo, que o deixaram seguir à vontade para um remate de fora da área sem hipóteses para o Artur. Um remate, um golo, é assim a eficácia das grandes equipas. Com espaço à entrada da área, não há cá remates ao lado.
Nos primeiros minutos da 2ª parte, deu a ideia que não íamos aguentar o ritmo do “Naite” (como diz o Jesus, uma variação interessante do “Manster” do Fernando Santos) que nos começou a empurrar para a nossa área. Um disparate do Emerson poderia ter dado mau resultado, mas começámos a equilibrar novamente com a entrada do Nolito para o lugar do Amorim. E foram mesmo do espanhol as duas grandes oportunidades de golo, num remate muito bem defendido pelo suplente Lindegaard (que foi titular em vez do De Gea e eles não ficaram nada a perder) e noutro lance já muito perto do final em que rematou ao lado, quando só tinha o guarda-redes pela frente. Guarda-redes esse, que fez uma óptima defesa num pontapé que é a imagem de marca do Gaitán (em arco sob a direita para o ângulo oposto da baliza). Quanto ao Naite, uma arrancada do Giggs que passou por metade da nossa defesa e só esbarrou no Artur foi praticamente o único lance de iminente golo que criaram no segundo tempo.
Em termos individuais, destaco o Cardozo, Gaitán e Luisão. O paraguaio lá continua a marcar golos “só de encostar” a “equipas fraquinhas” e o que importante é que é “muito lento e não presta”. É uma pena, de facto, que não o tenhamos trocado pelo Hugo Almeida…! O argentino irá ser a próxima grande venda do Benfica (podem escrever) e sabe bem em que jogos é que se tem que mostrar. Parece por vezes alheado da partida, mas a arrancada que fez para assistir o Nolito diz tudo. O Luisão é, naturalmente, o maior (em todos os sentidos)! O resto da equipa esteve bem e muito concentrada, merecendo também referência o Javi García e o Maxi Pereira. Apesar de não terem jogado mal, esperava que o Aimar e o Witsel tivessem sobressaído mais. Ao invés, um dos fe(Ma)tiche do Jesus continua a não me convencer nada. É bom para segurar bolas nas partes finais do jogo, mas falhou dois ou três passes que até um iniciado faria.
Conseguir um ponto perante uma equipa que esteve presente em três das últimas quatro finais da Champions é um bom resultado sob qualquer ponto de vista. Só o Giggs deve ter mais jogos na Liga dos Campeões que o nosso plantel todo somado. Foi pena que na outra partida não tivesse havido também um empate, mas o Jesus que não se ponha com histórias: sim, vão ser três equipas a lutar pelo apuramento com o Naite, mas era só o que mais faltava que não nos qualificássemos para os oitavos! Com o devido respeito, estamos a falar do Basileia e do Otelul Galati! Basta que entremos em campo com humildade e concentração, que a nossa maior valia virá inevitavelmente ao de cima. Não é preciso passar do “vamos lutar pela Champions” do ano passado para o “vamos lutar pela qualificação com o Basileia e o Otelul”. Nem 80 nem oito!
quinta-feira, agosto 25, 2011
Show de bola
Uma exibição fantástica, a fazer lembrar as noites europeias da velha Luz, ajudou-nos a ganhar ao Twente (3-1) e a qualificarmo-nos para a Liga dos Campeões. Foi uma vitória justíssima que teve o senão de pecar por (muito) defeito, já que pelas oportunidades criadas deveríamos ter saído da Luz com uma goleada histórica.
Com o Witsel no meio-campo e o Aimar a apoiar directamente o Cardozo, entrámos a todo o gás na partida e a 1ª parte foi um festival de oportunidades falhadas. Fizemos imensos remates, só acertámos dois ou três na baliza, mas mesmo assim a eliminatória já deveria estar decidida ao intervalo. Nolito, Gaitán, Cardozo, todos tiveram oportunidades de marcar, mas parecia que a bola não queria entrar. O Twente só teve um remate perigoso, pelo habitué do Bryan Ruiz, que saiu ao lado da baliza do Artur.
Confesso que ao intervalo tive um mau pressentimento, porque, com tantas oportunidades falhadas, ainda nos sujeitávamos a um daqueles lances em que o futebol é fértil e teríamos a maior injustiça desportiva da história. Felizmente nada disto aconteceu, já que logo aos 46’ o Witsel fez o 1-0 num meio pontapé de bicicleta depois de um desvio de cabeça do Luisão na sequência de um livre do Gaitán. O Twente abanou ainda mais com o golo (na verdade, estava a abanar durante o jogo todo) e fizemos o 2-0 aos 59’ pelo Luisão, que correspondeu muito bem de cabeça a um canto do Aimar. A eliminatória pendia definitivamente para o nosso lado, mas logo a seguir entrou o extremo-esquerdo Ola John que deu tanto cabo da cabeça do Maxi na 1ª mão e o Twente começou a chegar à nossa baliza (antes disso, nem sequer pisavam a nossa área). Mas nós fizemos o 3-0 aos 66’, numa assistência primorosa do Cardozo que isolou o Witsel para este bisar. A partir daqui descansei, porque apesar de no ano passado ter visto o Lyon a marcar três golos nos últimos 15’, o Twente não é propriamente igual aos franceses e este ano temos um guarda-redes na baliza. Guarda-redes esse que, passados 15 anos, voltou a reeditar o espírito do grande Michel Preud’homme ao fazer uma defesa do outro mundo a um cabeceamento do Ruiz. Festejei como se fosse um golo do Benfica! No entanto, e confirmando aquilo que tem que ser resolvido rapidamente, o adversário não precisa de criar muitas oportunidades para nós não acabarmos o jogo a zero e lá sofremos o golito da ordem aos 85’ pelo inevitável Ruiz. Foi uma pequena mancha evitável numa grande exibição.
Individualmente, o melhor em campo foi o Witsel. Marcou dois golos e esteve fantástico de princípio até (quase) ao fim (depois de passar para a direita, apagou-se um bocado e também já estava desgastado fisicamente). Joga bem e joga simples, os dois atributos que mais aprecio num jogador. O Aimar… bem, começam a faltar palavras para ele. É a pura classe em movimento. O Luisão esteve imperial na defesa e participou directamente em dois dos nossos golos e o Cardozo, o tal que “não joga nada”, fez uma partida de enorme sacrifício, fartou-se de rematar (nem sempre bem, é certo) e culminou na assistência preciosa para o 3-0. Cada vez gosto mais do Artur, que dá uma segurança na baliza que há muitos anos não tínhamos. E aquela defesa…! O Emerson foi outro a fazer um jogão e parece mais confiante. Menos bem, continua a estar o Gaitán, que da a sensação de se alhear do jogo durante vários períodos. Tive pena que o Jesus não tivesse deixado o Nolito até ao fim, porque teria tido a oportunidade de bater o recorde de golos consecutivos do rei Eusébio. Mas, enfim, não se pode ter sensibilidade para tudo.
Este jogo deixou-me com água na boca para o resto da época, mas também um pouco apreensivo. Se formos jogar a Champions desta maneira, arriscamo-nos a ter dissabores: não se podem falhar tantos golos. Temos de ser mais eficazes e talvez deixar a nota artística de lado quando estamos perto da baliza. Vamos ver o que o sorteio nos reserva mais logo, sendo que o grande objectivo da época é o campeonato, portanto só temos a ganhar com esta participação.
P.S. - Os desejos para o sorteio de logo estão aqui.
Com o Witsel no meio-campo e o Aimar a apoiar directamente o Cardozo, entrámos a todo o gás na partida e a 1ª parte foi um festival de oportunidades falhadas. Fizemos imensos remates, só acertámos dois ou três na baliza, mas mesmo assim a eliminatória já deveria estar decidida ao intervalo. Nolito, Gaitán, Cardozo, todos tiveram oportunidades de marcar, mas parecia que a bola não queria entrar. O Twente só teve um remate perigoso, pelo habitué do Bryan Ruiz, que saiu ao lado da baliza do Artur.
Confesso que ao intervalo tive um mau pressentimento, porque, com tantas oportunidades falhadas, ainda nos sujeitávamos a um daqueles lances em que o futebol é fértil e teríamos a maior injustiça desportiva da história. Felizmente nada disto aconteceu, já que logo aos 46’ o Witsel fez o 1-0 num meio pontapé de bicicleta depois de um desvio de cabeça do Luisão na sequência de um livre do Gaitán. O Twente abanou ainda mais com o golo (na verdade, estava a abanar durante o jogo todo) e fizemos o 2-0 aos 59’ pelo Luisão, que correspondeu muito bem de cabeça a um canto do Aimar. A eliminatória pendia definitivamente para o nosso lado, mas logo a seguir entrou o extremo-esquerdo Ola John que deu tanto cabo da cabeça do Maxi na 1ª mão e o Twente começou a chegar à nossa baliza (antes disso, nem sequer pisavam a nossa área). Mas nós fizemos o 3-0 aos 66’, numa assistência primorosa do Cardozo que isolou o Witsel para este bisar. A partir daqui descansei, porque apesar de no ano passado ter visto o Lyon a marcar três golos nos últimos 15’, o Twente não é propriamente igual aos franceses e este ano temos um guarda-redes na baliza. Guarda-redes esse que, passados 15 anos, voltou a reeditar o espírito do grande Michel Preud’homme ao fazer uma defesa do outro mundo a um cabeceamento do Ruiz. Festejei como se fosse um golo do Benfica! No entanto, e confirmando aquilo que tem que ser resolvido rapidamente, o adversário não precisa de criar muitas oportunidades para nós não acabarmos o jogo a zero e lá sofremos o golito da ordem aos 85’ pelo inevitável Ruiz. Foi uma pequena mancha evitável numa grande exibição.
Individualmente, o melhor em campo foi o Witsel. Marcou dois golos e esteve fantástico de princípio até (quase) ao fim (depois de passar para a direita, apagou-se um bocado e também já estava desgastado fisicamente). Joga bem e joga simples, os dois atributos que mais aprecio num jogador. O Aimar… bem, começam a faltar palavras para ele. É a pura classe em movimento. O Luisão esteve imperial na defesa e participou directamente em dois dos nossos golos e o Cardozo, o tal que “não joga nada”, fez uma partida de enorme sacrifício, fartou-se de rematar (nem sempre bem, é certo) e culminou na assistência preciosa para o 3-0. Cada vez gosto mais do Artur, que dá uma segurança na baliza que há muitos anos não tínhamos. E aquela defesa…! O Emerson foi outro a fazer um jogão e parece mais confiante. Menos bem, continua a estar o Gaitán, que da a sensação de se alhear do jogo durante vários períodos. Tive pena que o Jesus não tivesse deixado o Nolito até ao fim, porque teria tido a oportunidade de bater o recorde de golos consecutivos do rei Eusébio. Mas, enfim, não se pode ter sensibilidade para tudo.
Este jogo deixou-me com água na boca para o resto da época, mas também um pouco apreensivo. Se formos jogar a Champions desta maneira, arriscamo-nos a ter dissabores: não se podem falhar tantos golos. Temos de ser mais eficazes e talvez deixar a nota artística de lado quando estamos perto da baliza. Vamos ver o que o sorteio nos reserva mais logo, sendo que o grande objectivo da época é o campeonato, portanto só temos a ganhar com esta participação.
P.S. - Os desejos para o sorteio de logo estão aqui.
quarta-feira, agosto 17, 2011
Em vantagem
Empatámos na casa do Twente por 2-2 e temos boas perspectivas de chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões. Foi uma partida bastante difícil, em que tivemos que sofrer um bom bocado, mas fico com a sensação que a poderíamos ter ganho, apesar de o Artur Moraes ter sido o melhor em campo.
Uma jogada de insistência do Gaitán criou a primeira sensação de perigo, mas foram os holandeses a inaugurar o marcador pelo De Jong logo aos 6’ num remate fora da área. Acusámos um bocado o golo e estava difícil conseguir fazer uma jogada de jeito, quando o Aimar rouba a bola no meio-campo e o Cardozo faz um golaço num remate a 25m da baliza. Nada mau para quem “não joga nada”… Era o minuto 21e aos 35’ colocámo-nos na frente numa óptima combinação atacante, em que participaram Cardozo, Gaitán, Witsel e Nolito, que marcou pelo 5º jogo consecutivo. Até final da 1ª parte, o Artur começou o seu show particular ao defender dois remates de golo.
Na 2ª parte, os holandeses entraram muito fortes e criaram várias situações de perigo. A primeira das quais na única falha do Artur, ao não socar bem uma bola na pequena-área. Mas depois o guarda-redes brasileiro esteve fenomenal ao defender dois remates à queima-roupa em lances de golo iminente. Só não conseguiu suster aos 80’ uma cabeçada desse jogador “fantástico, fantástico”, como diria o grande Futre, chamado Bryan Ruiz, que no entanto fez falta descarada sobre o Emerson, ao saltar para a bola. No ataque, estivemos mais discretos, mas mesmo assim, com um pouco mais de concentração no último passe, poderíamos ter colocado alguns jogadores isolados frente ao guarda-redes. O Nolito teve uma oportunidade dessas já muito perto do final, mas o Mihaylov defendeu com a cabeça!
Em termos individuais, é óbvio que o destaque tem que ir para o Artur, que fez uma exibição do outro mundo. Também gostei bastante do Cardozo, que continua só a saber marcar golos, mas eu desejo que o continue a fazer no Benfica até acabar a carreira. Pelo mesmo preço, não arranjamos outro tão bom como ele. O Nolito foi outro a fazer um jogão, com o condão de ter durado os 90’ desta vez. O Aimar e Witsel também estiveram muito bem, assim como os centrais e o Javi Garcia. Muito longe da sua bitola habitual está o Maxi Pereira, facto a que não deve ser alheio a sua falta de férias.
Daqui a uma semana, temos a 2ª mão na Luz e esperava-se uma vitória para carimbar definitvamente a presença na fase de grupos da Champions. Aliás, isso só não acontecerá com um resultado negativo, o que seria uma surpresa, já que demonstrámos ter melhor equipa que os holandeses. Mas toda a concentração é pouca, porque para desleixos internacionais já nos bastou a Champions do ano passado.
Uma jogada de insistência do Gaitán criou a primeira sensação de perigo, mas foram os holandeses a inaugurar o marcador pelo De Jong logo aos 6’ num remate fora da área. Acusámos um bocado o golo e estava difícil conseguir fazer uma jogada de jeito, quando o Aimar rouba a bola no meio-campo e o Cardozo faz um golaço num remate a 25m da baliza. Nada mau para quem “não joga nada”… Era o minuto 21e aos 35’ colocámo-nos na frente numa óptima combinação atacante, em que participaram Cardozo, Gaitán, Witsel e Nolito, que marcou pelo 5º jogo consecutivo. Até final da 1ª parte, o Artur começou o seu show particular ao defender dois remates de golo.
Na 2ª parte, os holandeses entraram muito fortes e criaram várias situações de perigo. A primeira das quais na única falha do Artur, ao não socar bem uma bola na pequena-área. Mas depois o guarda-redes brasileiro esteve fenomenal ao defender dois remates à queima-roupa em lances de golo iminente. Só não conseguiu suster aos 80’ uma cabeçada desse jogador “fantástico, fantástico”, como diria o grande Futre, chamado Bryan Ruiz, que no entanto fez falta descarada sobre o Emerson, ao saltar para a bola. No ataque, estivemos mais discretos, mas mesmo assim, com um pouco mais de concentração no último passe, poderíamos ter colocado alguns jogadores isolados frente ao guarda-redes. O Nolito teve uma oportunidade dessas já muito perto do final, mas o Mihaylov defendeu com a cabeça!
Em termos individuais, é óbvio que o destaque tem que ir para o Artur, que fez uma exibição do outro mundo. Também gostei bastante do Cardozo, que continua só a saber marcar golos, mas eu desejo que o continue a fazer no Benfica até acabar a carreira. Pelo mesmo preço, não arranjamos outro tão bom como ele. O Nolito foi outro a fazer um jogão, com o condão de ter durado os 90’ desta vez. O Aimar e Witsel também estiveram muito bem, assim como os centrais e o Javi Garcia. Muito longe da sua bitola habitual está o Maxi Pereira, facto a que não deve ser alheio a sua falta de férias.
Daqui a uma semana, temos a 2ª mão na Luz e esperava-se uma vitória para carimbar definitvamente a presença na fase de grupos da Champions. Aliás, isso só não acontecerá com um resultado negativo, o que seria uma surpresa, já que demonstrámos ter melhor equipa que os holandeses. Mas toda a concentração é pouca, porque para desleixos internacionais já nos bastou a Champions do ano passado.
quinta-feira, agosto 04, 2011
Era para ganhar…
Empatámos (1-1) frente ao Trabzonspor e qualificámo-nos para o play-off de acesso à Liga dos Campeões. O mais importante foi conseguido e o facto de marcarmos primeiro, logo aos 19’, serviu para nos (me) tranquilizar. No entanto, este jogo esteve longe de me satisfazer.
A nossa supremacia foi notória e foi com agrado que vi o Benfica tentar marcar um golo logo desde o início. O que acabámos por conseguir pelo Nolito, que dominou mal a bola e fez um remate enrolado, mas o importante foi conseguido. A eliminatória ficou praticamente resolvida, mas um erro defensivo permitiu o empate aos 32’. Até final da 1ª parte e durante toda a 2ª, os turcos quase não criaram oportunidades ao passo que nós falhámos alguns golos de maneira incrível. Tudo ficou mais fácil a partir dos 60’ com a expulsão de um adversário, mas nem assim conseguimos chegar à vitória.
Questão prévia: se me tivessem proposto este resultado antes do início da partida, assinava logo. Só que depois de ver o que se passou e as vicissitudes do jogo, acabei por ficar chateado no fim. O conceito de “controlar o jogo” é algo que, quem me lê há algum tempo já sabe, me irrita. Idealmente o futebol é para marcar golos, quer estejamos a ganhar por um, quer por cinco (e isto até é um dos grande méritos do Jesus no Benfica, querer sempre mais golos). Ora bem, nas competições europeias há que ter um pouco mais de cuidado e não ir para cima deles à maluca. Portanto, “controla-se mais o jogo”. Mas é suposto “controlá-lo” quando estamos a ganhar! Não quando estamos empatados! Ainda por cima, com a eliminatória praticamente resolvida aos 19’ e a jogar com mais um a partir dos 60’, acho inacreditável que o Benfica não tenha feito tudo para o ganhar. Sim, criámos oportunidades, mas abusámos da lentidão e dos passes laterais, quando tínhamos todas as condições para forçar um pouco mais e conseguir a vitória. Não só nos dava moral para o futuro, como era bom para o nosso ranking na Uefa. Empatar quando não se faz tudo para ganhar é algo que me chateia profundamente.
Individualmente, destaco o Witsel que esteve em todo o lado, a 1ª parte do Nolito (embora seja um pouco trapalhão às vezes) e a segurança que o Artur empresta a toda a equipa. O resto da equipa esteve razoável, mas nota-se que ainda há muita margem de progressão. Se o Saviola fizesse umas horinhas extras de domínio de bola, não lhe faria mal nenhum… Parece que desaprendeu. Nota negativa igualmente para a quantidade de amarelos que levámos, alguns deles bem estúpidos, que nos poderão sair caro no futuro. Espero que o facto de o Cardozo ter sido suplente não tenha tido nada a ver com o grande disparate de que se fala, ou seja uma possível troca dele pelo Hugo Almeida…
No sorteio de 6ª feira, era bom que não nos calhassem nem os italianos da Udinese, nem os russos do Rubin Kazan. Quanto aos restantes (Odense, Zurique e Twente), talvez os holandeses sejam os mais complicados, mas qualquer um destes cinco temos obrigação de passar.
A nossa supremacia foi notória e foi com agrado que vi o Benfica tentar marcar um golo logo desde o início. O que acabámos por conseguir pelo Nolito, que dominou mal a bola e fez um remate enrolado, mas o importante foi conseguido. A eliminatória ficou praticamente resolvida, mas um erro defensivo permitiu o empate aos 32’. Até final da 1ª parte e durante toda a 2ª, os turcos quase não criaram oportunidades ao passo que nós falhámos alguns golos de maneira incrível. Tudo ficou mais fácil a partir dos 60’ com a expulsão de um adversário, mas nem assim conseguimos chegar à vitória.
Questão prévia: se me tivessem proposto este resultado antes do início da partida, assinava logo. Só que depois de ver o que se passou e as vicissitudes do jogo, acabei por ficar chateado no fim. O conceito de “controlar o jogo” é algo que, quem me lê há algum tempo já sabe, me irrita. Idealmente o futebol é para marcar golos, quer estejamos a ganhar por um, quer por cinco (e isto até é um dos grande méritos do Jesus no Benfica, querer sempre mais golos). Ora bem, nas competições europeias há que ter um pouco mais de cuidado e não ir para cima deles à maluca. Portanto, “controla-se mais o jogo”. Mas é suposto “controlá-lo” quando estamos a ganhar! Não quando estamos empatados! Ainda por cima, com a eliminatória praticamente resolvida aos 19’ e a jogar com mais um a partir dos 60’, acho inacreditável que o Benfica não tenha feito tudo para o ganhar. Sim, criámos oportunidades, mas abusámos da lentidão e dos passes laterais, quando tínhamos todas as condições para forçar um pouco mais e conseguir a vitória. Não só nos dava moral para o futuro, como era bom para o nosso ranking na Uefa. Empatar quando não se faz tudo para ganhar é algo que me chateia profundamente.
Individualmente, destaco o Witsel que esteve em todo o lado, a 1ª parte do Nolito (embora seja um pouco trapalhão às vezes) e a segurança que o Artur empresta a toda a equipa. O resto da equipa esteve razoável, mas nota-se que ainda há muita margem de progressão. Se o Saviola fizesse umas horinhas extras de domínio de bola, não lhe faria mal nenhum… Parece que desaprendeu. Nota negativa igualmente para a quantidade de amarelos que levámos, alguns deles bem estúpidos, que nos poderão sair caro no futuro. Espero que o facto de o Cardozo ter sido suplente não tenha tido nada a ver com o grande disparate de que se fala, ou seja uma possível troca dele pelo Hugo Almeida…
No sorteio de 6ª feira, era bom que não nos calhassem nem os italianos da Udinese, nem os russos do Rubin Kazan. Quanto aos restantes (Odense, Zurique e Twente), talvez os holandeses sejam os mais complicados, mas qualquer um destes cinco temos obrigação de passar.
quinta-feira, julho 28, 2011
Excelente resultado
Vencemos o Trabzonspor (2-0) na 1ª mão da 3ª pré-eliminatória e demos um passo de gigante para nos qualificarmos para o play-off de acesso à Liga dos Campeões. Foi um resultado bastante melhor que a exibição, embora o Sr. Stephan Studer vindo da Suiça não fique a dever nada aos Olegários desta vida e nos tenha escamoteado um penalty do tamanho do mundo por mão na área (já para não falar de outro lance na 1ª parte, em que um turco se encavalita no Cardozo), que nos poderia ter dado três golos de vantagem.
Entrámos bem na partida e fizemos uns bons primeiros 20’, mas não criámos grandes oportunidades de golo, excepção feita a um grande balão do Gaitán logo no início. Defensivamente estivemos muito sólidos, facto a que não é alheio o regresso do Luisão e a grande categoria do Garay. Os turcos mal passavam do meio-campo, embora tenham visto um golo anulado no limite do fora-de-jogo.
Na 2ª parte, aconteceu o contrário: entrámos mal e melhorámos a partir dos 15’, beneficiando da entrada do Nolito aos 54’. Aumentámos a velocidade e o Saviola atirou uma bola ao poste, antes de o Nolito inaugurar o marcador aos 71’, depois de uma abertura extraordinária do Aimar. Pouco depois, o tal lance da mão na área que inacreditavelmente não foi marcada pelo Sr. Studer. Os turcos tentaram ripostar, mas este ano temos um guarda-redes que não fica pregado aos postes e consegue ficar com as bolas lançadas em profundidade para os avançados adversários. O Cardozo desmarcou-se bem, correspondendo a um belo passe do Nolito, mas a perna do guarda-redes evitou o 2º golo. Que acabou por acontecer aos 88’, numa recuperação do Witsel que assistiu o Gaitán para um golo fabuloso ao ângulo da baliza adversária. Até final, ainda deu para o Artur brilhar ao revelar muita segurança num atraso in extremis do Luisão, que o fez atirar a bola de calcanhar para canto, e ao defender um remate cruzado já na área.
Em termos individuais, o Nolito foi decisivo para o resultado ao imprimir velocidade à equipa e este ano temos um agradável problema com tanta qualidade nos extremos. O Enzo Pérez esteve mais discreto, mas levou uma pantufada na 1ª parte que o pode ter inibido. O Garay foi outro que me encheu as medidas, tanto em termos defensivos como especialmente nos passes em profundidade. O Artur é indiscutível e dá enorme segurança à equipa. O Emerson é muito certinho, mas não podemos estar à espera de ter ali outro Coentrão. O Witsel continua a deixar bons pormenores e também foi muito importante para o reequilíbrio da equipa. Quanto aos velhos, o Luisão pode dizer os disparates todos que quiser, mas é absolutamente fundamental para a equipa e fez um jogo enorme. O Rúben Amorim voltou a jogar passado sete meses e, enquanto teve pernas, cumpriu. Além disso, o Maxi Pereira mostrou que ainda estava com jet lag… O Aimar não está nas melhores das formas, mas a abertura para o 1º golo é incrível. Assim como o Gaitán, que marca um golo fantástico e tem aquele balão na 1ª parte que ia levantando o estádio. O Saviola continua muito trapalhão, mas atirou uma bola ao poste, e o Cardozo também não teve o melhor dos jogos. O Javi García foi o pêndulo do costume.
Foi uma exibição suficiente, em que é de realçar especialmente a segurança defensiva. Depois de não-sei-quantos jogos a sofrer golos, já é o 2º consecutivo que ficamos a zeros. Bom sinal! Só uma catástrofe nos afastará do play-off, mas é bom que metamos na cabeça que temos que marcar na Turquia e preferencialmente antes de sofrermos qualquer golo. Só para acabar de vez com quaisquer veleidades turcas. Sim, porque ainda me lembro bem daquela 1ª parte em Eindhoven…
Entrámos bem na partida e fizemos uns bons primeiros 20’, mas não criámos grandes oportunidades de golo, excepção feita a um grande balão do Gaitán logo no início. Defensivamente estivemos muito sólidos, facto a que não é alheio o regresso do Luisão e a grande categoria do Garay. Os turcos mal passavam do meio-campo, embora tenham visto um golo anulado no limite do fora-de-jogo.
Na 2ª parte, aconteceu o contrário: entrámos mal e melhorámos a partir dos 15’, beneficiando da entrada do Nolito aos 54’. Aumentámos a velocidade e o Saviola atirou uma bola ao poste, antes de o Nolito inaugurar o marcador aos 71’, depois de uma abertura extraordinária do Aimar. Pouco depois, o tal lance da mão na área que inacreditavelmente não foi marcada pelo Sr. Studer. Os turcos tentaram ripostar, mas este ano temos um guarda-redes que não fica pregado aos postes e consegue ficar com as bolas lançadas em profundidade para os avançados adversários. O Cardozo desmarcou-se bem, correspondendo a um belo passe do Nolito, mas a perna do guarda-redes evitou o 2º golo. Que acabou por acontecer aos 88’, numa recuperação do Witsel que assistiu o Gaitán para um golo fabuloso ao ângulo da baliza adversária. Até final, ainda deu para o Artur brilhar ao revelar muita segurança num atraso in extremis do Luisão, que o fez atirar a bola de calcanhar para canto, e ao defender um remate cruzado já na área.
Em termos individuais, o Nolito foi decisivo para o resultado ao imprimir velocidade à equipa e este ano temos um agradável problema com tanta qualidade nos extremos. O Enzo Pérez esteve mais discreto, mas levou uma pantufada na 1ª parte que o pode ter inibido. O Garay foi outro que me encheu as medidas, tanto em termos defensivos como especialmente nos passes em profundidade. O Artur é indiscutível e dá enorme segurança à equipa. O Emerson é muito certinho, mas não podemos estar à espera de ter ali outro Coentrão. O Witsel continua a deixar bons pormenores e também foi muito importante para o reequilíbrio da equipa. Quanto aos velhos, o Luisão pode dizer os disparates todos que quiser, mas é absolutamente fundamental para a equipa e fez um jogo enorme. O Rúben Amorim voltou a jogar passado sete meses e, enquanto teve pernas, cumpriu. Além disso, o Maxi Pereira mostrou que ainda estava com jet lag… O Aimar não está nas melhores das formas, mas a abertura para o 1º golo é incrível. Assim como o Gaitán, que marca um golo fantástico e tem aquele balão na 1ª parte que ia levantando o estádio. O Saviola continua muito trapalhão, mas atirou uma bola ao poste, e o Cardozo também não teve o melhor dos jogos. O Javi García foi o pêndulo do costume.
Foi uma exibição suficiente, em que é de realçar especialmente a segurança defensiva. Depois de não-sei-quantos jogos a sofrer golos, já é o 2º consecutivo que ficamos a zeros. Bom sinal! Só uma catástrofe nos afastará do play-off, mas é bom que metamos na cabeça que temos que marcar na Turquia e preferencialmente antes de sofrermos qualquer golo. Só para acabar de vez com quaisquer veleidades turcas. Sim, porque ainda me lembro bem daquela 1ª parte em Eindhoven…
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