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quinta-feira, abril 17, 2008

Do céu ao inferno

Se eu fosse só um adepto de futebol, teria achado este jogo o melhor do ano. Mas não, como é óbvio este jogo foi o pior do ano! Perdemos no WC por 5-3 nas meias-finais da Taça de Portugal e deitámos fora a última possibilidade de ganhar alguma coisa esta época. Foi uma partida tanto mais inacreditável quanto ao intervalo estávamos a ganhar por 2-0 e conseguimos a proeza de sofrer cinco golos dos lagartos nos últimos 23’!

Como é que foi possível nós termos permitido a ressurreição de uma equipa que estava mais que derrotada ao intervalo é algo que eu ainda tento perceber. Ou melhor, até é relativamente fácil, bastava eu aqui copiar o post do jogo anterior. Quando há lugares cativos na equipa, é natural que estas coisas aconteçam. O meio-campo do Benfica deu um estrondo enorme na 2ª parte e do banco não vieram as respostas devidas. A entrada do Binya (para não dizer que deveria ter sido titular) era imprescindível para estancar a pressão dos lagartos, mas infelizmente no banco não se percebeu isto. E como me custa muito dizer mal de jogadores do Benfica que eu aprendi a respeitar e que também não é por causa deste jogo que eu vou achar que têm que ser corridos a pontapé, vou ficar por aqui. Mas lá que um ou dois deles deveriam ter sido substituídos mais cedo, isso é indesmentível.

Como referi várias vezes, era inadmissível o Benfica passar mais uma época sem ganhar nada. E, tal como disse aqui, se por acaso isso acontecesse, o culpado teria um rosto. Espero que ele se assuma e que nos venha pedir desculpas públicas. Sim, porque nós todos, especialmente os 9.000 que fizemos o sacrifício de ir ao WC, não merecíamos isto.

P.S. – Não foi por aí que perdemos, re-pi-to, não foi por aí que perdemos, mas assistimos a mais uma arbitragem habilidosíssima do Sr. Jorge Sousa. O critério dos amarelos é para rir (para lances iguais, se era verde não levava, se era vermelho claro que sim) e muitas vezes o campo parecia inclinado. O lance do Di María é duvidoso (ele já vai a arrastar o pé, quando é efectivamente tocado pelo Rui Patrício), mas de duas coisas tenho a certeza: 1) se fosse ao contrário, era penalty de certeza; 2) foi mais penalty que o lance do Moreira sobre o Silva no 1º derby no novo Estádio da Luz.
E claro que há um agarrão do Tonel ao Luisão na sequência de um canto, quando o resultado ainda estava 0-2. Se fosse ao contrário, eu imagino a choradeira que não haveria!

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Rui Costa

O Rui Costa eliminou hoje o Moreirense (2-0) e colocou o Benfica nas meias-finais da Taça de Portugal. É tão simples quanto isto. Se não fosse ele, provavelmente teríamos de ir aos penalties. Daí que eu volte a perguntar:

O que é que é preciso ele fazer mais para o Benfica (e o seu presidente) se convencer que é IMPRESCINDÍVEL que ele jogue mais uma época? Será que ele teria ganho este jogo se fosse director desportivo?!

A minha vontade de escrever sobre esta partida é nula. O Camacho resolveu poupar quase todos os titulares e fizemos mais uma exibição hedionda, até o Rui Costa entrar na 2ª parte (55') para decidir a partida. Eu desculpo a falta de sorte, desculpo as coisas não saírem bem, mas NÃO DESCULPO a falta de motivação e o desinteresse competitivo que foi o que tiveram a maioria dos jogadores que alinharam hoje, nomeadamente o inenarrável Luís Filipe (é um sério candidato a PIOR jogador da história do clube), Edcarlos, Maxi Pereira e Di María (este tem um grave problema motivacional quando defronta equipas de escalão inferior). Todos eles tiveram exibições abaixo de zero. O Nuno Assis esteve péssimo, o Sepsi abaixo daquilo que já mostrou, o Cardozo completamente desacompanhado na frente e o pobre do Adu (o único que conseguiu fazer “passes de ruptura” – como se diz agora – na 1ª parte) foi inexplicavelmente o premiado com a saída quando entrou o Makukula também aos 55’. E o Di María continuou em campo... Além disso, o Nuno Assis e o argentino iam trocando de posição a jogar atrás do ponta-de-lança, só o Adu não teve essa sorte.

Os golos do maestro e do Makukula (este depois de uma boa intervenção do Mantorras, outro que não se percebe porque é que não joga mais minutos...) fizeram-nos seguir em frente, mas a jogar desta maneira tenho sérias dúvidas que cheguemos mais longe. Com os lagartos, o clube regional e o V. Setúbal também em prova, era bom que tivéssemos sorte no sorteio e pelo menos jogássemos em casa.

P.S. – A cada partida do Benfica eu tenho esperança que as coisas melhorem em termos exibicionais, mas sinceramente começo a ficar cansado de sair dos jogos chateado.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Nos quartos-de-final

Na competição que temos mais hipóteses de ganhar, seguimos em frente depois de derrotarmos o Paços de Ferreira por 4-1. No entanto, o resultado é um pouco enganador, já que estivemos longe de fazer uma boa exibição. Mas vá lá que conseguimos o essencial, que era seguir em frente, já que uma eliminação em plena Luz e perante um adversário que está em penúltimo lugar no campeonato seria um rombo difícil de suportar.

Entrámos pessimamente no jogo e logo aos 2’ sofremos um golo, cortesia a meias entre o Edcarlos e o Nélson. A alinhar no habitual esquema dos dois trincos (Katsouranis e Maxi Pereira), três médios (Assis, Rui Costa e C. Rodríguez) e com o estreante Makukula sozinho na frente, fomos pouco mais que inofensivos durante grande parte da 1ª parte. O único jogador que sabe transportar a bola, obviamente o maestro, tinha que recuar muito para a receber, o que fazia com que depois faltassem homens na frente. Bastou que o Camacho fizesse uma substituição aos 30’ para que as coisas mudassem radicalmente. A entrada do Cardozo para a saída do inenarrável Edcarlos (hoje estive pertíssimo de assobiar um jogador do Benfica pela 1ª vez na vida...) provocou o recuo do Katsouranis para central, do Rui Costa para o meio-campo e alterou completamente a nossa maneira de jogar. Aliás, se o Camacho gosta assim tanto de dois trincos, não percebo porque é que não joga com o Rui Costa ali, permitindo a entrada de outro avançado, já que a diferença de produção é abissal e contra a maioria das equipas do nosso campeonato não há necessidade nenhuma de ter dois jogadores defensivos no meio-campo. Após alguns remates com relativo perigo da nossa parte, aos 40’ o Sr. Augusto Duarte assinalou um indiscutível penalty a nosso favor por falta sobre o C. Rodríguez, depois de uma óptima assistência com o peito do Makukula. É inequívoco que o jogador do Paços impede o uruguaio de rematar, colocando o seu pé à frente do do nosso jogador. O Cardozo lá enviou um dos seus balázios habituais nestes casos e chegámos ao intervalo com a partida igualada.

A 2ª parte começou tal como acabou a 1ª, com outro penalty claríssimo a nosso favor e feito pelo mesmo jogador. Logo aos 50’, o Tiago Valente quis levar a camisola do Makukula para casa e esteve quase a consegui-lo, mas acabou por ter que ir para a rua sem a desejada prenda. O Sr. Augusto Duarte estava perto do lance, mas teve que ser o fiscal-de-linha a assinalá-lo. É a chamada competência... O Cardozo repetiu a dose e colocávamo-nos em vantagem no marcador e no número de jogadores em campo. Com mais espaço construímos algumas jogadas interessantes, que só não deram golo por falta de pontaria do Makukula e porque o guarda-redes resolveu fazer uma grande defesa depois de um cabeceamento do Katsouranis ao primeiro poste na sequência de um canto. É uma jogada que durante a época passada nos deu vários golos, mas que demorámos seis meses a repeti-la este ano. Incompreensível... O Paços de Ferreira só criava perigo através de bolas paradas e o Sr. Augusto Duarte, naturalmente para compensar os dois penalties marcados, começou a distribuir amarelos para os nossos jogadores e a arranjar faltas contra nós. Mas aos 78’ as dúvidas acabaram. Um bom cruzamento do Cardozo permitiu ao Assis fazer pontaria para fora, só que felizmente a bola ressaltou num adversário e sobrou para o Rui Costa que a colocou no sítio certo. Não contente com isto, o maestro ainda deu oportunidade ao Assis de se redimir ao oferecer-lhe o 4º golo mesmo no último minuto, num bom remate de primeira de fora da área. De seguida saiu para a standing ovation e pouco depois o jogo acabou.

Os jogadores que mais sobressaíam foram o Cardozo, cuja entrada foi essencial para outra movimentação da equipa e pelos golos que marcou (já lá vão 15), o Rui Costa, que curiosamente fez uma má 1ª parte e depois foi o que se viu, e o Nuno Assis, que na fase do desacerto foi dos que mais lutou e tentou imprimir alguma velocidade ao nosso jogo. O Katsouranis melhorou imenso quando recuou para central, o Maxi Pereira continua a passar pelos jogos sem fazer nada de relevante, o Nélson esteve incrivelmente desconcentrado (ele que até vinha subindo de forma), o Leó e o Rodríguez subiram imenso na 2ª parte, e o Edcarlos fez a pior meia-hora que eu vi a um jogador do Benfica em muito tempo.

Espero que este resultado sirva, quanto mais não seja, para elevar um pouco o moral e a confiança da equipa. Temos um jogo muito importante na 5ª feira e se jogarmos como na primeira meia-hora não se augura nada de bom. Ah, e já agora que o Camacho se convença de vez que temos que alinhar com dois avançados.


P.S. - Como as coisas estão e como os quartos-de-final serão três ou quatro dias antes de irmos ao WC, era bom que, não podendo ser o isento, nos calhasse o Moreirense em casa.

sábado, janeiro 19, 2008

Lisonjeiro

Vencemos o Feirense por 1-0 e apurámo-nos para os oitavos-de-final da Taça de Portugal. Mas continuamos a exibir-nos a um nível muito baixo. E, tal como sucedeu com o Leixões no passado sábado, na 2ª parte, apesar de o Cardozo (que disparate foi aquele de oferecer a camisola a um adepto?!) ter marcado o nosso golo logo aos 49’, poderíamos perfeitamente ter sofrido pelo menos um. Eles tiveram mesmo uma oportunidade flagrante a 10’ do fim, numa das muitas ofertas do Butt. Em relação à nossa exibição, voltou a acontecer o habitual, uma das partes (1ª) foi melhor que a outra (2ª), sendo que nenhuma delas fosse alguma coisa de jeito.

Estamos muito nervosos e as coisas não saem bem. Não quero estar sempre a bater na mesma tecla, mas há uns quantos jogadores que não se percebe o que estão a fazer na equipa. Acima de todos, o Maxi Pereira que é de uma nulidade atroz. O Luís Filipe também se voltou a exibir ao seu nível habitual. O Di María precisa de ser menos intermitente e mais objectivo. Mas o que mais me espantou foi o facto de não termos alinhado com dois avançados de início. Caramba, estávamos a jogar contra o Feirense! Só o Rui Costa fazia qualquer coisa de jeito e na 1ª parte todo o nosso jogo passou por ele. Atirámos uma bola ao poste pelo regressado Katsouranis e, mesmo não jogando bem, merecíamos ter chegado ao intervalo a ganhar. O grego e o Nuno Assis também estiveram uns furos acima dos restantes companheiros.

Na 2ª parte, entraram logo de início o Adu e o Cardozo e saíram o Maxi Pereira (ena, ena!) e o Di María. Marcámos muito cedo, mas isso não serviu para nos acalmar e melhorar a exibição. Ao invés, foi o Feirense que começou a atacar e a criar oportunidades. Temos um grave problema: o nosso guarda-redes suplente (que se diz custar 100.000€/mês) faz o Moretto parecer o melhor do mundo! Não sei como é que vamos descalçar esta bota, já que dificilmente o conseguiremos colocar nalgum clube. É uma das várias incongruências que temos no plantel (juntando o seu ordenado com o do Zoro e oferecendo-o ao Simão, aposto que ele teria ficado). A sua exibição de hoje roçou o ridículo com três erros graves que nos poderiam ter custado outros tantos golos. Então aquela a 10’ do fim, depois de outro erro do Luís Filipe, foi de bradar aos céus. Nós não conseguimos matar o jogo e tivemos alguma sorte em não sofrer nenhum golo, já que houve uma bola que embateu na nossa barra (num dos erros do Butt). Na 2ª parte, o Feirense jogou de igual para igual em relação a nós.

Principalmente nesta altura o que mais interessava era ganhar e seguir em frente. Isso foi conseguido, mas estou a ver o panorama muito negro. Alguns jogadores fundamentais estão em má forma (Luisão), ou lesionados ou ambas as coisas (Petit) e não estou a ver como é que poderemos ganhar em Guimarães. Ainda por cima, os minhotos têm jogado sistematicamente com 14 durante muitos jogos (Setúbal – casa e fora - e frente ao Braga em casa, só para referir dois casos). Vamos esperar para ver, mas os tempos são tristes.

P.S. – Já agora, era bom que o sorteio da Taça de Portugal na próxima 3ª feira nos fosse simpático. O Atlético de Valdevez em casa, por exemplo.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Inútil sofrimento

Um golo do Luisão e o segundo bis consecutivo do Cardozo permitiram-nos derrotar a Académica (3-1) e seguir em frente na competição em que temos a obrigação de chegar à final. A Taça de Portugal é realisticamente o troféu mais ao nosso alcance e um clube como o Benfica não pode estar mais um ano sem nada ganhar. Chegámos ao intervalo a ganhar por 2-0, mas o Butt resolveu dar um pouco de emoção ao jogo ao conceder um frango descomunal aos 53’, que o Sr. Carlos Xistra aproveitou (e de que maneira!) para inclinar o campo a favor da nossa baliza. No entanto, nem com meia-dúzia de livres inventados, a Académica foi capaz de igualar. Paciência, Sr. Xistra, para a próxima tem que ser mais eficiente. Experimente um penaltizinho, que é mais fácil! Foi inacreditável a mudança da arbitragem da 1ª para a 2ª parte.

O Camacho aproveitou para fazer algumas alterações na equipa e saíram o Quim, David Luís, Katsouranis, Maxi Pereira e Rui Costa, entrando o Butt, Edcarlos, Binya, Nuno Assis e Nuno Gomes em relação ao último jogo. A 1ª parte foi muito lenta, mas mesmo assim poderíamos ter marcado antes dos 40’. O Edcarlos atirou ao poste logo aos 7’ e o Cardozo também teve uma boa oportunidade, mas rematou por cima. A Académica era inofensiva e o golo do Luisão veio dar justiça ao marcador. Cinco minutos depois, uma excelente jogada do Léo, pontuada com uma óptima tabelinha do Nuno Gomes, isolou o Cardozo que só com o Pedro Roma pela frente fez o que se pede a um matador. Pensava eu que íamos assistir a uma 2ª parte bem calma, mas pelos motivos acima referidos isso não se passou. Para além desses, também estivemos estranhamente nervosos e não criámos nem de perto nem de longe tantas oportunidades como no 1º tempo. O Léo lesionou-se num choque de cabeças logo aos 48’ e isso foi determinante para a viragem da partida, porque entrou o Luís Filipe para defesa-esquerdo e a Académica naturalmente aproveitou para fazer o seu ataque todo por esse lado. A 15 minutos do fim, lá entrou o Adu que, para não variar, ia metendo um golo na primeira vez que tocou na bola. E para manter a tradição, lá marcámos um golo nos últimos cinco minutos com ele em campo. Foi um belo cruzamento do Nuno Gomes, a que o Cardozo correspondeu com uma óptima cabeçada. Acho impossível que o paraguaio não ande a treinar este tipo de lances, já que é o segundo jogo consecutivo em que um excelente cabeceamento resulta em golo.

Em termos individuais, o Cardozo merece novamente destaque. Mais dois golos para a conta pessoal e um nunca desistir de lutar pela bola. O que a confiança faz, parece outro jogador. Gostei igualmente do Nuno Gomes (participou activamente em dois golos), mas mantém o terrível hábito de ter medo de rematar à baliza. No entanto, continuo a achar que na maioria dos jogos só temos a lucrar em jogar com dois avançados, até porque quando partimos para contra-ataque (e isso foi muito visível nesta partida) faz imensa diferença ter dois homens na frente em vez de um só. O resto da equipa esteve a um nível regular. O Nélson precisa de mais alguns jogos para atingir o seu nível, mas é infinitamente melhor que o Luís Filipe. O Petit e o Binya falharam muitos passes no meio-campo e a equipa ressentiu-se disso, em especial na 2ª parte. O Di María, apesar de não ter estado mal, continua a ter mais minutos que o Adu, o que é algo que não percebo. Por fim, se dúvidas houvesse em relação à titularidade na baliza, ficaram de vez dissipadas.

Numa partida em que tive a agradável companhia do JAS, do Jota e, ao intervalo, da Magnolia Azul, alcançámos o objectivo estar na próxima eliminatória da Taça de Portugal. Não fomos brilhantes, mas fomos eficazes. E isso é muito mais importante.