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domingo, maio 24, 2015
Festa do bicampeonato
Goleámos o Marítimo por 4-1 no último jogo deste campeonato do nosso
contentamento. Foi uma partida muito interessante, em que os insulares deram
excelente réplica especialmente na 1ª parte, mas em que a nossa vitória não
sofre contestação.
Entrámos muito bem em campo e o Lima inaugurou o marcador logo aos 6’. No
entanto, adormecemos com este golo e em grande parte da 1ª parte foi o Marítimo
a melhor equipa em campo. O Júlio César fez uma defesa do outro mundo (festejei
como se fosse um golo nosso!) e teve mais dois ou três lances com algum
trabalho. Foi sem surpresa que o Marítimo empatou aos 32’, num lance algo
caricato em que há um cruzamento para a área, uma tentativa de tocar a bola por
parte de um adversário, que não chega a fazê-lo, mas engana o Júlio César. Como
para mim este jogo estava longe de ser a feijões
(havia uma bola de prata para o Jonas
conquistar e havia que manter a invencibilidade caseira), não queria ver a
reedição de anos anteriores, em que raramente ganhávamos a partida de
consagração. Pouco antes do intervalo, uma boa abertura do Salvio isolou o
Lima, que picou por cima do guarda-redes e o Jonas só teve que encostar.
Faltavam dois golos para o brasileiro ser o melhor marcador do campeonato…
Na 2ª parte, o Jesus colocou o Talisca em vez do Pizzi (que nem estava a
jogar mal) e assim haveria pelo menos um dos três jogadores que ainda não
tinham sido campeões (Paulo Lopes, Sílvio e Mukhtar) a não o ser. A 2ª parte
foi totalmente diferente, com o Benfica a ir para cima do Marítimo e este,
embora tentando sempre, com menos à vontade para desenvolver o seu jogo. O
Jonas teve uma jogada brilhante, que lhe permitiu ficar isolado em frente ao
guarda-redes, mas infelizmente o remate saiu ao lado. Aos 59’, acabou a dúvida
sobre o vencedor do jogo, com um chapéu
do Maxi para a cabeça do Lima. O Jonas revelava algum nervosismo e as coisas
não lhe saíram com a perfeição habitual, mas mesmo assim o fiscal-de-linha
anulou-lhe vergonhosamente um golo por fora-de-jogo, em que não só o Jonas vem
de trás, como a bola também é passada para trás. Que ladrão! A pouco mais de
15’ do final, veio a pior notícia da tarde com a lesão no joelho do Salvio, que
se magoou sozinho num joelho. Com a final da Taça da Liga na próxima 6ª feira,
era o pior que nos podia ter acontecido. O Salvio merece sem dúvida a distinção
de jogador mais azarado do mundo, porque se lesiona sempre na altura das
festas. Outro azarado foi o Paulo Lopes, que estava prestes a entrar, e assim
teve que entrar o Mukhtar. Aos 83’, finalmente o Jonas voltou a marcar, numa
boa jogada do Sílvio, que o assistiu para um remate de pé esquerdo. Tínhamos
pouco mais de 10’ para dar ao nosso jogador o merecido troféu individual. E o
que é certo é que estivemos quase a conseguir, quando o Lima se isolou, mas o
guarda-redes descobriu-lhe as intenções. Toda a equipa jogava para o Jonas e
parecia que estava 0-0. Infelizmente, acabámos por morrer na praia, vítimas principalmente de um autêntico roubo de igreja do fiscal-de-linha.
Em termos individuais, destaque para o Júlio César que fez autênticos golos com as suas defesas e realço
igualmente os pontas-de-lança, com um bis
cada um. Tive imensa pena que o Jonas não tenha inscrito o seu nome naquela
galeria de notáveis… A equipa pareceu um pouco desconcentrada na 1ª parte, mas melhorou
substancialmente na 2ª e o Jardel é o melhor exemplo disso.
Passado que está o 34, já todos pensamos no 35, porque se eu ainda me lembro
do último bi do Eriksson, do último tri, que aconteceu quando eu tinha um ano,
obviamente que não me lembro nada. Todavia, há que fechar bem esta época na
próxima 6ª feira na final da Taça da Liga. Já se percebeu que o Marítimo não
vai ser nada fácil e que sem o Salvio as coisas serão bastante mais
complicadas. No entanto, somos bicampeões e, se mostrarmos em campo esse
estatuto, estaremos no bom caminho.
segunda-feira, maio 18, 2015
BICAMPEÕES NACIONAIS

Tivemos das melhores entradas em campo esta época e aos 13’ já tínhamos
enviado duas bolas aos postes (Jonas e Maxi Pereira) e tido um falhanço
inacreditável com o guarda-redes no chão (ai Lima, Lima…!). Houve igualmente um
par de bolas que foram interceptadas por um defesa quando seguiam o caminho da
baliza (a recarga à bola na barra do Jonas, por exemplo). O V. Guimarães não
criava perigo nenhum e, quando o Jonas falhou incrivelmente um golo feito aos
33’, depois de uma boa iniciativa do Salvio e assistência do Lima, comecei a
acreditar que o c**** do bruxo de Fafe tinha mesmo dado resultado. Sem favor
nenhum, deveria estar 0-4 para nós ao intervalo e um déjà vu deste jogo não parava de correr na minha cabeça…
Na 2ª parte, não criámos tantas situações, porque o V. Guimarães
encaixou-se bem na nossa equipa e, com muita cacetada e antijogo pelo meio, lá
levava a sua avante. Mesmo assim, uma cabeçada do Maxi foi bem defendida pelo
Douglas e foi pena que remates do Lima e Jonas não tivessem a força necessária.
Do lado contrário, só uma cabeçada num livre perto do final é que nos criou
algum perigo. Como a 2ª parte recomeçou cinco minutos depois de Belém, foi o
delírio quando o Tiago Caeiro (obrigado, obrigado!) fez o empate já perto dos
90’. Nunca na vida eu imaginaria que isso fosse possível e foi só o barulho dos
nossos adeptos no estádio que me fez mudar de canal e ver o que se estava a
passar. A partir daí, ficar sentado frente à televisão foi impossível e aqueles
minutos finais demoraram imenso a passar… No final, deu-se a explosão de
alegria e obviamente que não consegui conter as lágrimas. Sim, voltei a chorar
na conquista de um campeonato, porque este, apesar de justíssimo, foi
conseguido num jogo bem sofrido.
Em termos individuais, é difícil destacar alguém, porque só jogámos
verdadeiramente bem naquele primeiro período da 1ª parte. Aí sobressaiu o Jonas
(apesar do incrível falhanço) e as acelerações do Salvio e Gaitán, bem
secundados pelo infatigável Maxi Pereira. No entanto, com o decorrer do jogo, o
Salvio foi complicando cada vez mais (que mania de não jogar simples quando as
coisas não lhe estão a correr bem…!) e o Gaitán percebeu-se que estava longe
das condições ideais, porque se poupava muito em campo para poder durar os 90’
(e durou). Apesar disso, nas duas ou três arrancadas que fez lançou o pânico na
defesa contrária, mas infelizmente sem conseguir que o último passe chegasse em
condições ao destinatário. No meio-campo, o Pizzi não se conseguia libertar da
marcação e o Fejsa ia tendo um falhanço comprometedor que resolveu provocando
um amarelo. Ao Lima devemos muito neste campeonato (só os golos em Mordor já
pagaram a sua contratação), mas aquele falhanço é inacreditável: faz o mais
difícil que é sentar o guarda-redes e depois o chapéu é alto demais…! Nos
últimos minutos, não estava a perceber porque é que não entrava o Ruben Amorim
para segurar o meio-campo, mas o Jesus como é esperto colocou o Derley que
serviu como nosso primeiro defesa, ao não permitir que o V. Guimarães saísse a
jogar a partir da sua área. O André Almeida (o 34! :-) também entrou muito bem
na partida e colocou alguma calma no meio-campo.
Foi muito bom ter resolvido o campeonato já, porque assim todos os
jogadores do plantel terão oportunidade de ser campeões (alguns ainda não
jogaram) e, mais importante do que isso, temos tempo para nos concentrarmos na
final da Taça da Liga daqui a menos de duas semanas. A perda da Taça de
Portugal por causa dos festejos do campeonato na época do Trapattoni estar-me-á
eternamente atravessada e desejo nunca mais ver outra igual. A festa no Marquês
foi enorme, com uma produção mais pensada do que na época passada (perdendo-se
no entanto em improviso…), mas com igual entusiasmo. Só foi pena que alguns
aproveitem estas ocasiões para serem energúmenos e darem azo a que hoje a
comunicação social fale tanto dos 15’ de desacatos quanto das cinco horas de
festa. No entanto, estes (poucos) acéfalos não são nada representativos dos
milhares que celebraram condignamente em todo o mundo esta enorme conquista.
Agora é pensar no 35!
VIVA O GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA! CAMPEÕES, CAMPEÕES, NÓS SOMOS
BICAMPEÕES!
sábado, maio 09, 2015
Tranquilo
Goleámos o Penafiel por 4-0 e estamos a uma vitória de nos sagrarmos
bicampeões nacionais. Até eu, que sou um pessimista por natureza e muito
cauteloso na altura de abordar os jogos, estava relativamente calmo em relação
a este. Não estava a ver como é que o Penafiel nos ia poder roubar pontos e foi
sem surpresa que não nos criou grandes dificuldades.
Se vimos o Salvio a regressar, confirmou-se a ausência do Gaitán, pelo que foi
novamente o Sulejmani a substituir um dos argentinos. A 1ª parte fica marcada
pela nossa eficácia. Logo aos 8’ inaugurámos o marcador através de um bom
cabeceamento do Lima a coroar uma magnífica combinação atacante entre Salvio,
Jonas e Maxi, com este a cruzar de forma teleguiada. Foi o nosso primeiro
remate à baliza! O Penafiel nem tinha entrado mal, mas nós respondemos de
maneira letal. Pouco depois, foi um defesa que impediu a bola de chegar ao
Lima, mas aos 30’ uma bem-sucedida transição atacante culminou no segundo golo,
obra do Jonas, que tirou um adversário do caminho e atirou para a gaveta depois
de uma assistência do Salvio. O encontro ficava praticamente decidido, mas até
ao intervalo o guarda-redes Haghighi não permitiu que o Jonas bisasse e o Lima
atirou de cabeça ao poste.
Na 2ª parte, as coisas mantiveram-se parecidas, connosco a perceber que não
era preciso forçar muito para controlar a partida. O Jesus fez entrar o Ola
John antes da hora de jogo e aos 61’ o Lima assistiu o Pizzi para o 3-0 num
remate já muito perto da área que saiu rasteiro, mas em que achei que o
guarda-redes poderia ter feito melhor. No minuto seguinte, um disparate enorme
de um duriense (queria atrasar para o guarda-redes) isolou o Lima, que só teve
que contornar o Haghighi e fazer o resultado final. Aos 64’, o Jesus tirou o
Salvio para colocar o Talisca, mas quatro minutos depois veio o aspecto
negativo do jogo, que me tirou do sério: numa discussão com o parvalhão do
Vítor Bruno, que andou a provocar os nossos jogadores durante o jogo todo, o Samaris
levou um amarelo que o vai impedir de jogar em Guimarães. Acho isto
inadmissível da parte do Jesus: quer dizer, acha-se que um jogo em Belém dá
para limpar os amarelos ao Maxi, mas
num jogo em casa frente ao último não era de limpar o trinco, arriscando-se a perdê-lo para Guimarães (como
infelizmente veio a acontecer). Com os 5-0 em Barcelos, como disse no post anterior, é óbvio que o amarelo ao
Samaris deveria ter sido provocado. Agora, vamos a Guimarães sem ele… Incrível!
Até final, praticamente não se jogou mais, mas ainda deu para o Jardel defender
com a cabeça(!) uma bola que ia para a nossa baliza e para o Jonas fazer uma
finta deliciosa que foi pena não ter dado golo.
À semelhança do Jesus, também destaco os dois avançados, Lima e Jonas, que
só foi pena que não tenham marcado mais golos. Bom regresso do Salvio a dar
muita dinâmica ao flanco, o Pizzi melhorou em relação a Barcelos e o Maxi não
olha ao nome do adversário e de certeza que andou a treinar centros, porque
esta época está muito melhor do que nas passadas. O Sulejmani passou ao lado da
partida, mas também acho que se sente mais à vontade na direita do que na
esquerda. No entanto, com o Salvio em campo, ou joga ali ou não joga.
Como o CRAC vai obviamente ganhar ao Gil Vicente em casa amanhã, a partida
em Guimarães é um dos dois match points
que temos. Por todas as razões, seria bom decidir tudo na cidade-berço, mas
iremos jogar desfalcados por culpa própria. Espero que o Samaris, que é um dos
jogadores em melhor forma, não faça falta, porque este amarelo vai custar-me muito a engolir. Fomos burros sem necessidade
nenhuma.
Falta uma vitória…
domingo, maio 03, 2015
Demolidor
Goleámos o Gil Vicente em Barcelos (5-0) e demos um passo muitíssimo
importante para a conquista do tão desejado bicampeonato. Estamos a duas
vitórias de o conseguir, o que quer dizer que basta fazer o que temos feito até agora nos jogos em casa: tirando
a lagartada e os assumidamente corruptos, ganhámos todos.
Confesso que estava com bastante receio desta partida por vários motivos: o
Salvio ainda não tinha recuperado; o Gil Vicente tinha ganho em Coimbra na
semana passada e relançado a sua luta pela permanência; e principalmente,
porque os nossos jogos fora nesta 2ª volta têm sido todos bastante sofríveis.
Em conjunto com tudo isto, o nosso histórico em Barcelos está longe de ser famoso
(até hoje, uma vitória em três jogos na era Jesus), as notícias durante a
semana de campo alagado e em mau estado (afinal, só se confirmou a enorme
altura da relva, obrigado chuva pela ausência!), os supostos incentivos
financeiros aos jogadores adversários, e o facto de toda a gente saber que este
jogo era fundamental para eliminar a margem de erro antes da ida a Guimarães.
Afinal, e felizmente, tudo correu bem e até tivemos direito ao regresso da nota
artística!
Depois das últimas exibições do Ola John e do Talisca, o Jesus lá se
convenceu a dar a titularidade ao Sulejmani (a primeira desde a final de Turim!)
e esta decisão não poderia ter sido mais acertada: o sérvio, mesmo a meio-gás,
tem mais futebol e inteligência nas pernas do que aqueles dois juntos. Como tem
sido habitual nos jogos fora, marcámos relativamente cedo (15’): boa combinação
atacante entre o Lima e o Sulejmani, com uma óptima desmarcação deste que, à
saída do Adriano, coloca a bola no meio para o Maxi só ter que encostar. Mas a
experiência também nos diz que a começar em vantagem não é sinónimo de acalmia
e o Gil Vicente teve uma boa resposta, mas encontrou um Júlio César
intransponível. Num contra-ataque aos 22’, muito bem conduzido pelo Gaitán, este
levou a bola à linha, centrou e o Jonas marcou um golão de primeira já dentro
da área. Fazíamos dois golos nas duas primeiras oportunidades que tivemos. No
entanto, até ao intervalo, levámos com a pressão do Gil, cujos jogadores, se de
facto lhes foi prometido um prémio, bem fizeram para o merecer. Num lance
atabalhoado na área, poderiam ter igualado, mas a pior notícia foi mesmo a
saída do Gaitán por problemas musculares. Vamos lá a ver se não foi o último
jogo dele com a camisola do Benfica vestida…
A 2ª parte não poderia ter começado melhor: aos 46’, canto e cabeçada do
Luisão lá para dentro. Foi a estocada final na resistência do adversário que,
quaisquer que fossem os intentos para a 2ª parte, foram todos por água abaixo.
Até final, a história resume-se aos golos que marcámos e aos que falhámos.
Tivemos o mérito de nunca tirar o pé do acelerador e aos 59’ fizemos o 0-4 de
cabeça pelo Lima, depois de óptima desmarcação e centro do Jonas. Logo a
seguir, aconteceu a única oportunidade do adversário com uma cabeceamento do
Simy a rasar o nosso poste. Aos 69’, fizemos o resultado final, depois de outra
boa jogada atacante, com um remate algo denunciado do Lima, defesa do
guarda-redes e recarga do Maxi para o seu bis.
Até final, o Jonas também poderia ter marcado o seu segundo golo, mas chegou
atrasado a um centro do Lima (atraso esse que se deveu a um toque do adversário
para o desequlibrar…)
Em termos individuais, o destaque vai para o Maxi, porque dois golos de um
defesa não é para todos. Já para não falar da entrega e rotações habituais.
Gostei do Sulejmani que, se as lesões o abandonarem, poderá ser uma opção muito
válida no futuro. O Lima e o Jonas juntaram à sua já habitual capacidade de
luta um golito cada um. Nova exibição irrepreensível do Luisão e Jardel, com
este a ter levado apenas o segundo amarelo em toda a prova! Só acho é que o
Samaris deveria ter provocado o amarelo, para limpar frente ao Penafiel em casa. É muito importante que esteja em
Guimarães e frente ao Marítimo, e pode falhar escusadamente um deles. Toda a
equipa se exibiu em bom plano e as notas negativas são para a lesão do Gaitán e
o péssimo jogo do Pizzi.
Num partida em que muito se criticou a
priori o sr. João Capela, este fez uma arbitragem sem casos, mas que não me
agradou nada, porque estava sempre a interromper o jogo com faltas e os nossos
nem se poderiam aproximar do adversário. Objectivo cumprido, agora é pensar no
Penafiel e recuperar pelo menos o Salvio. É que fazer os jogos que faltam sem
os alas argentinos nem nos meus piores pesadelos. E não convém facilitar em
nenhum dos jogos! Isto está muito perto, mas ainda não está!
P.S. – Apreciei o facto de o estádio não ter esgotado. Com bilhetes a 40€ e
60€, é bem feito!
segunda-feira, abril 27, 2015
Pragmatismo (que pode valer campeonatos)
Empatámos com o CRAC 0-0 na Luz e mantivemos a distância de três pontos com
quatro jornadas por disputar. O que quer dizer que, como temos vantagem no
confronto directo, bastam-nos três
vitórias para sermos campeões. Muita cabeça fria para os próximos jogos e
manter a concentração é que se pede e se espera a partir de agora. Já demos
abébias que cheguem e falharmos em duas destas quatro partidas seria
imperdoável.
Quando vi que o Salvio não ia jogar, fiquei logo de pé atrás. Entrou o
Talisca, porque o Ola John no Restelo foi uma miséria e as melhorias foram
nulas. Mas entre um e outro, que venha o Diabo e escolha! O que me tranquilizou um
pouco foi que o Flopetegui, num jogo em que tinha absolutamente que ganhar,
jogou com dois trincos (Casemiro e Ruben Neves), dois médios-centro (Oliver e
Evandro), um extremo (Brahimi) e um ponta-de-lança (Jackson)! Ou seja, para
quem precisava desesperadamente da vitória, estamos conversados acerca do sinal
que deu para dentro do campo. Foi sem surpresa que na 1ª parte as equipas
tivessem entrado com bastante medo uma da outra e praticamente não tivesse
havido oportunidades. A excepção foi um ressalto na área em que o Jackson
aproveitou para mostrar os seus dotes no râguebi. Felizmente.
Na 2ª parte, as equipas arriscaram um pouco, mas não muito mais. O
Flopetegui lá colocou o Quaresma e o Hernâni, mas não houve grande melhorias. O
Talisca, que tinha sido uma nulidade absoluta na 1ª parte, teve uma cabeçada
perigosa num livre logo de início, mas a grande oportunidade surgiu
praticamente no fim, quando o Fejsa, entretanto entrado, quase do mesmo sítio resolveu imitar o
Jackson. Infelizmente. O CRAC praticamente não criou perigo, mas foi com alívio
que vi o Sr. Jorge Sousa apitar para o final, porque nunca na vida me
esquecerei do minuto 92. E ele deu três de compensação…
Num jogo tão pobre em termos atacantes, foram os jogadores mais defensivos
que sobressaíram. Especialmente o Samaris, que tem amortizado a passos largos a
fortuna que custou. Grande jogo igualmente do Luisão e, principalmente, do
Jardel, que revela uma confiança e uma autoridade que eu nunca imaginei. Ainda
por cima, enfrentando como adversário o melhor ponta-de-lança do campeonato.
Grande Jardel! Teremos um grande problema até o Salvio voltar, porque o Talisca
fez uma 1ª parte hedionda: apático, sem reacção, a perder todos os lances e sem
capacidade de luta. Um desastre. O Gaitán lá teve um ou outro toque de classe,
mas não muito mais, e o Jonas e o Lima destacaram-se pelo poder de luta, mas
sem criarem desequilíbrios.
Fica uma última palavra para os meus caros consócios que criticam a nossa
exibição neste jogo. Vamos lá reavivar a memória: esta foi a equipa que há
pouco mais de um ano derrotou o CRAC na Luz para o campeonato.
(Imagem roubada por aí na net)
Elucidados? E poderia acrescentar que também saíram o Cardozo e o André
Gomes, que o Fejsa e o Ruben Amorim estiveram ¾ da temporada lesionados e que o
Salvio também não jogou. Volto a perguntar: está tudo esclarecido?
Já tive a minha conta de campeonatos em que fomos claramente a equipa com
melhor nota artística, mas o título
não ficou na Luz. Sim, estou a falar dos dois do Vítor Pereira. Já chega, ok? É
que poderíamos estar hoje a lutar pelo tetra
e o quinto título em seis anos, em vez de ser pelo bicampeonato. E o que nos
faltou nessas duas épocas foi também algum do pragmatismo que mostrámos nesta
partida. É óbvio e notório que este ano o CRAC tem melhor plantel do que nós, e
só temos que dar muitas graças a quem teve a brilhante ideia de contratar o
Flopetegui. Que se mantenha lá por muitos e bons anos, é o que desejo! Ou
alguém tem dúvidas que bastaria trocar os treinadores para recebermos o CRAC já
campeão nesta jornada? É que eu não tenho nenhumas! Portanto e concluindo, o
Jorge Jesus fez muitíssimo bem em ter montado a equipa desta forma! Mostrou que
aprendeu com os erros passados e isso é sempre de realçar (hoje possivelmente já
não faria entrar o Rodrigo para o lugar do lesionado Aimar, quando tinha o
Matic no banco, estando nós a ganhar 2-1 ao CRAC na 2ª parte, dando azo a um
golo sofrido de contra-ataque(!) e à proençada
perto do fim na época de 2011/12). Foi calculista, resultadista e pragmático? Sim e por mim está óptimo assim!
Eu também teria gostado de uma vitória robusta em que reduzíssemos aqueles
seres reles à sua real insignificância, mas gosto ainda mais de ser campeão. E
muito mais ainda de ser bicampeão. Sim, foi pena termos quebrado a série de
mais de seis anos(!) a marcar consecutivamente em casa em jogos para o
campeonato, mas foi por causa de um bem maior, que há mais de 30 anos que não
conquistamos. Não perder era fundamental! Conseguimos isso e estamos de
parabéns. Agora, é pensar na final de Barcelos.
P.S. – Aquela cena no final, a ser verdade, em que o Flopetegui simula estar a
cumprimentar o Jesus e lhe diz que lhe dará um murro se ele voltar a trocar o
seu nome, define-o como homem: reles, sem carácter, vil e
nojento. E que não sabe perder (se fosse homenzinho, poderia perfeitamente
ter-lhe dito isso no cumprimento inicial). Está perfeito no clube onde que
está.
domingo, abril 19, 2015
São Jonas
Vencemos em Belém por 2-0 e, a uma semana do clássico com os assumidamente
corruptos, mantivemos a distância de três pontos. Esta segunda volta tem sido
uma constante: grandes exibições em casa e performances muito sofríveis (e
sofridas) fora. Mas o mais importante, a vitória, foi conseguido e, portanto,
desta vez não nos podemos queixar muito.
Estava com bastante receio desta partida por vários motivos: o Belenenses
está a fazer um campeonato bem melhor do que os últimos; nos jogos fora, nós temos
estado muito abaixo do que fazemos na Luz e o resultado é sempre imprevisível;
Jonas e Gaitán estiveram em dúvida durante a semana toda. Afinal, quem nem
sequer foi para o banco foi o Salvio (lesão muscular), motivo para mais um
stress extra mesmo antes de entrar para a bancada. À semelhança de Vila do
Conde, marcámos muito cedo (6’) através do inevitável Jonas, a aproveitar muito
bem o ressalto decorrente de uma mau atrasado de um adversário. No entanto, em
vez de ter o condão de nos tranquilizar e fazer partir para uma exibição
convincente e segura (como acontecia no ano passado), este golo foi um oásis em
toda a 1ª parte (fotocópia completa de Vila do Conde). O Belenenses reagiu
muitíssimo bem, criou-nos alguns calafrios (nomeadamente um livre directo do
Carlos Martins – que era só o que mais faltava, depois de nos ter roubado o campeonato de há dois anos,
vir agora tramar-nos este…!), sempre a bombear bolas para a áreas nas faltas e
só nos derradeiros 10’ da 1ª parte é que nos voltámos a lembrar que existia uma
baliza do outro lado do campo.
Como temos sempre sofrido golos nos últimos jogos, eu estava nervosíssimo,
porque com o empate sempre ali à espreita não estava a ver maneira de voltarmos
a marcar. Felizmente, o intervalo fez-nos bem e regressámos mais tranquilos
para a 2ª parte. Aos 60’, o Gaitán resolve fazer um dos seus centros/passes
cortados, a bola chega ao Jonas, que mata no peito e fuzila o Ventura. Grande
golo e um enorme suspiro de alívio! Suspiro esse que quase engoli, quando pouco
depois o Pizzi inventou no meio-campo e o Carlos Martins rematou mesmo a rasar
o poste. O que valeu foi que o Luisão pôs as orelhas do Pizzi a arder e ele não
voltou a repetir a graça. Até final, ainda deu para apanhar um susto num atraso
de cabeça do Jardel que o Júlio César agarrou com dificuldade e irritar-me com
o Jesus que arriscou demasiado ao manter o Samaris em campo (se levasse amarelo
não jogava frente ao CRAC) durante mais 22’(!) a seguir ao nosso segundo golo.
Acho que não havia necessidade nenhuma, correu bem, é verdade, mas poderia não
ter corrido. Já nos descontos, o Júlio César fez uma fabulosa defesa por
instinto a um remate na pequena-área!
Em termos individuais, óbvio destaque para o Jonas, que está com 16 golos e
a apenas um do Jackson Martínez na tabela dos melhores marcadores. Grande
jogador, enorme inteligência a jogar futebol e ainda por cima goleador. Um
regalo à vista e um privilégio tê-lo no nosso clube! Menção também para o
Gaitán que, mesmo sem estar a 100%, é absolutamente essencial no nosso jogo,
para o Jardel, que se fartou de cortar bolas, e para o Samaris, que se
conseguiu conter e ainda saiu com a bola dominada um bom par de vezes. Pela
negativa, novamente o Ola John, que teima em não aproveitar estas
oportunidades, ao não aplicar a sua velocidade e a adornar os lances, mesmo
quando o jogo não lhe está a correr bem (coisa que me tira completamente do
sério, então aquela bola no final da 1ª parte quando resolveu dar um toque de
calcanhar numa jogada de perigo…!). O Pizzi praticamente não esteve em campo na
1ª parte, mas à semelhança de jogos passados subiu de rendimento na 2ª.
Temos agora uma semana para descansar e pensar no clássico. É essencial
conseguir recuperar o Salvio, porque já se viu que não há mesmo alternativas
válidas. Temos dois resultados que são bons para nós, sendo que uma vitória
praticamente acaba com o campeonato. Já o poderíamos ter feito em Paços de
Ferreira, pelo que espero que agora, com o estádio cheio a apoiar a equipa, não
deixemos passar esta oportunidade.
domingo, abril 12, 2015
Onda vermelha
Goleámos a Académica por 5-1 e mantivemos a distância para o CRAC. Foi mais
uma excelente tarde, com uma exibição de encher o olho e uma vitória
incontestável e justa. Que só pecou por não ter sido mais volumosa.
Tal como se disse no resumo da BTV, quem não sabia o que eram os “15
minutos à Benfica”, pôde tirar as dúvidas neste sábado. Entrámos a todo o gás e
inaugurámos o marcador aos 8’ pelo Jardel depois de um centro bem executado
pelo Pizzi na sequência de um canto. Aos 11’, alargámos a vantagem noutro bom
centro, desta feita do André Almeida, para uma cabeçada plena de poder do
Jonas. A Académica mal podia respirar e aos 19’ o jogo ficou resolvido de vez
com o 3-0 através de um penalty bem marcado pelo Lima, depois de uma falta
também sobre ele próprio. Com a vitória praticamente garantida aos 20’,
desacelerámos o que é perfeitamente normal. Até ao intervalo, é de salientar um
remate de muito longe do Samaris, que o guarda-redes não defendeu à primeira, e
uma grande jogada atacante, com o Gaitán a isolar magistralmente o Maxi, mas o
Cristiano a fazer bem a mancha.
A 2ª parte principiou-se praticamente com o 4-0, num bis do Jonas, depois de uma combinação atacante do brasileiro com o
André Almeida. A partir daqui, assistimos a mais umas quantas oportunidades por
parte da nossa equipa: o Jonas falhou aquele que seria o seu golo mais fácil, o
Salvio e o Lima também não conseguiram marcar, ao contrário da Académica, que
fez o chamado “golo de honra” aos 80’ no único lance de perigo criado em todo o
jogo. Confesso que este golo me chateou sobremaneira, porque o CRAC já estava a
ganhar em Vila do Conde e assim os nossos quatro golos positivos ficariam
reduzidos a dois. No entanto, quatro minutos depois aconteceu um dos momentos
altos da partida, com o Fejsa, regressado ao fim de um ano(!) de paragem, a
fazer o 5-1 num remate colocadíssimo já dentro da área. Curiosamente, foi o seu
primeiro golo com a gloriosa camisola. Pouco depois, deu-se a estreia do
Jonathan Rodriguez, mas o uruguaio mal teve tempo para tocar na bola.
Destaque óbvio para o Jonas, pelo bis
(que deveria ter sido hat-trick…!),
pelo Gaitán, por ser quem faz a equipa toda mexer, para o Samaris, que está
numa forma impressionante (mas terá de ter MUITO cuidado no Restelo por causa
dos amarelos). Amarelo esse que o Maxi provocou para limpar frente ao
Belenenses, algo que era importantíssimo com vista ao jogo contra o CRAC. O
André Almeida substitui o castigado Eliseu e deu boa conta do recado. O Pizzi
foi outro que esteve muitíssimo bem e cuidado com os seus passes longos…!
Para a semana teremos um desafio que não se afigura nada fácil, mas espero
que o mini-Estádio da Lux que será o Restelo possa ajudar a equipa a conseguir
a desejada vitória. Aliás, jogando nós praticamente em casa na esmagadora
maioria dos campos, não se percebe esta disparidade tão grande entre as nossas
exibições dentro e fora da Luz. Está na altura de nivelar por cima as duas.
domingo, abril 05, 2015
Fortaleza
Vencemos o Nacional por 3-1 e, no mínimo, iremos manter a vantagem de três
pontos sobre o CRAC. Regresso ao Estádio da Luz, regresso das exibições de
gala, com o pequeno contra de termos sofrido o primeiro golo para o campeonato
desde… 21 de Setembro! Foram quase sete meses sem termos visto a nossa baliza violada na Luz.
Numa tarde de bastante calor, a nossa equipa não entrou tão rápida quanto é
habitual, mas mesmo assim fomos criando situações de golo, com um remate do
Gaitán ao lado, uma cabeçada do Jonas para uma boa defesa do Gottardi e outra
do Lisandro ao lado num canto. O Nacional mal passava do meio-campo e foi com
naturalidade que chegámos à vantagem quando começámos a acelerar o jogo: grande
jogada pela direita entre o Maxi e o Salvio, e centro deste para o Jonas
facturar. Foi aos 21’ e dez minutos depois alargámos o marcador num cruzamento
milimétrico do Gaitán para o Lima cabecear para dentro da baliza. Atacámos, ao
contrário do que é habitual para a baliza sul na 1ª parte, mas esta esperteza
do Nacional na moeda ao ar não lhes serviu de nada, porque, para além dos
golos, até ao intervalo tivemos mais umas quantas belas combinações atacantes,
com o Jonas a finalizar duas delas para as mãos do Gottardi, que, se entrassem,
seriam golos magníficos.
Apesar das duas substituições do Nacional ao intervalo, a 2ª parte
iniciou-se da mesma maneira, ou seja, connosco a tentar o terceiro para acabar
de vez com o jogo. Continuámos ter oportunidades, com destaque para um
cabeceamento do Salvio à vontade, na sequência de um centro magistral do
Gaitán, que deveria ter tido melhor destino. Aos 59’, lá fizemos finalmente o
terceiro, num golão do Jonas de fora da área depois de um passe da direita do
Salvio. A partir daqui, fomos baixando gradualmente o ritmo e o Nacional
reduziu aos 74’ pelo Tiago Rodrigues (que felizmente recuperou da
‘gastroenterite’, perdão, gastroenterite que o impediu de defrontar o seu clube
de origem há duas semanas…) num remate bem colocado de fora da área, depois de
uma perda de bola do Eliseu em zona defensiva. A equipa intranquilizou-se um
pouco, algum público (inexplicavelmente) assobiou e o Nacional teve outro
remate perigoso ao lado logo a seguir. O Jesus já tinha feito entrar o Talisca
para o lugar do Jonas e foi aquele que, com um remate para defesa do Gottardi,
teve o condão de fazer renascer o nosso espírito atacante e consequentemente o
controlo do jogo. Tivemos mais oportunidades pelo Jardel e Lisandro no mesmo
lance, um livre para a área, e uma finta magistral do Salvio foi pena ter sido
defendida pelo guarda-redes, caso contrário seria um golo que percorreria todas
as estações de televisão. Nota negativa apenas para a lesão na mão do Talisca
que o obrigou a sair mais cedo.
Em termos individuais, óbvio destaque para o Jonas pelo bis (e novo domínio de bola magistral,
ainda na 1ª parte, em que a recebe pelas costas!) e para o Salvio, que me parece
em melhor forma, mais solto e menos complicativo (e aquela finta final também
paga um red pass). O regresso do
Gaitán é fundamental, porque não só joga como faz todos os outros subirem o seu
nível exibicional. O Pizzi teve uma 1ª parte muito discreta, mas subiu bastante
na 2ª. O Lisandro substituiu sem problemas o castigado Luisão e o Eliseu,
depois de tantas tentativas, lá conseguiu levar o amarelo para limpar frente à
Académica. Não sei se o Maxi também não deveria ter feito o mesmo, porque daqui
a três jogos recebemos o CRAC e, se vamos a Belém com ele tapado, temo muito
que não alinhe nessa partida fundamental. E, teoricamente, o encontro frente à
Briosa será mais acessível do que frente ao Belenenses. Em princípio, o Salvio
e o Jonas poderão defender-se melhor quanto aos amarelos nesses dois jogos.
É abissal a diferente da nossa equipa nos jogos em casa e fora, o que
também não deixa de ser preocupante. Como bem referiu o JG, basta ganharmos as partidas todas em
Lisboa até final da época para sermos campeões. Claro que isso implica ir
ganhar a Belém e vencer o CRAC, mas para isso é imperioso que nesses encontros
bastantes difíceis nos mantenhamos com a concentração que temos demonstrado na
Luz. No entanto, vamos com calma, porque abébias como a de Paços e de Vila do
Conde, não se podem voltar a repetir.
domingo, março 22, 2015
Inadmissível
Perdemos em Vila do Conde (1-2) e as coisas só não ficaram terrivelmente
complicadas, porque duas horas depois o Nacional empatou com o CRAC (1-1) na
Choupana. Assim sendo, vimos a diferença reduzir para apenas três de vantagem,
o que parece uma enormidade a comparar com um único ponto com que muitos de nós
contávamos assim que terminou o jogo contra o Rio Ave.
O fato de o Gaitán ter levado uma amarelo idiota frente ao Braga deixou-me
logo de pé atrás. Esta saída era bem complicada e nós sem o argentino somos
outra equipa. No entanto, as coisas não poderiam começar melhor, porque logo
aos 5’ uma abertura fabulosa do Pizzi isolou o Salvio que desviou com sucesso
do guarda-redes. Pensei eu que o mais difícil estava feito e ainda por cima na
1ª parte o Rio Ave ficou sem dois dos seus melhores jogadores por se terem
magoado sozinhos (Marcelo e Hassan). O Talisca, que substituiu o Gaitán, esteve
ligeiramente melhor do que em outros jogos a extremo, mas o que é facto é que
não conseguíamos criar situações claras de golo.
Esperava eu que na 2ª parte aumentássemos um pouco o ritmo para dar a estocada final, mas nada disso
aconteceu. De certo modo, fomos deixando o jogo correr, sempre a atacar, mas
sem grande velocidade. Aos 60’, o Pedro Martins colocou o Diego Lopes e o jogo
mudou: foi ele mesmo a dar o aviso, atirando à trave aos 63’. Até que aos 72’,
o Samaris meteu o braço à bola na sequência de um livre lateral. Temos o
primeiro prémio indiscutível da estupidez do ano! Como geralmente acontece
nestas ocasiões, lá tivemos um ex-CRAC a marcar o penalty, Ukra, e não falhou.
O golo abananou-nos um bocado, mas
mesmo assim aos 82’ tivemos uma fantástica oportunidade, numa boa jogada do
entretanto entrado Ola John, que centrou para o Lima, só com o Ederson pela
frente, conseguiu não acertar na
baliza. É uma das perdidas do ano! A seguir, deixámos o Tiago Pinto seguir à
vontade e teve que ser o Luisão a derrubá-lo à entrada da área. Resultado: viu
naturalmente o vermelho directo. A partir daqui, pensei sinceramente que a
equipa tivesse aprendido com o que se passou em Paços. Não estou a dizer para
abdicarmos do ataque (obviamente!), mas para fazê-lo só em segurança. É que,
como dizia muitas vezes a velha raposa Trapattoni, “se não podes ganhar, ao
menos não percas.” E foi isso que mais uma vez não conseguimos fazer e, de modo
incrível, consentimos o golo da derrota nos descontos na sequência de um
lançamento lateral a nosso favor! O Maxi lançou mal, houve o contra-ataque e
bola no fundo das redes. É difícil de acreditar. O jogo terminaria pouco
depois.
Em termos individuais, há muitos mais destaques pela negativa do que pela
positiva. O único a estar num nível alto foi o Salvio, que melhorou inclusive
em relação a partidas passadas, mais objectivo e menos complicativo. Também o
passe do Pizzi merece destaque, mas pouco mais fez até ser substituído. O Jonas
teve um choque de cabeças logo no início e pareceu que nunca mais se recompôs.
Quando ao Lima, desde Mordor que já tem o seu lugar no Olimpo, mas o que é facto
é que o penalty falhado em Paços e esta perdida inacreditável nos colocariam
agora com nove pontos de vantagem… E o Samaris NÃO pode voltar a fazer aquilo!
É completamente injustificável e custou-nos muito caro.
Confesso que, quando acabou o jogo, pensei “lá se foi o campeonato”. O momentum estava todo do lado do CRAC,
que poderia ter estado a nove pontos e agora estaria teoricamente só a um.
Nunca pensei que não ganhassem na Madeira, mas felizmente temos um grande
aliado em Mordor: o fantástico Lopetegui!
Um mestre no comportamento canino de seguir a voz do dono, mas que quanto a
treinador deixa muito a desejar. Mesmo assim, é bom que o Lucas João não me
apareça à frente nos próximos jogos (aquele falhanço na pequena área é
inacreditável…!). Os estragos foram reduzidos em relação ao que se esperava,
mas temos que ver o que é que se passa nos jogos fora, em que as dificuldades
são enormes e nada habituais. Isto vai ser um campeonato muito coladinho com
cuspo.
P.S. – Oh Jorge Jesus, deixe lá isso, homem! É mais do que justa a expulsão
do Luisão e não há interferência nenhuma do adversário perante o Júlio César no
lance do segundo golo. Desta vez, o Sr. Marco Ferreira até esteve bem.
domingo, março 15, 2015
Sem mácula
Vemos o Braga por 2-0 e, na pior das hipóteses, vamos manter a distância
pontual para o CRAC. Era um jogo que nos preocupava (pelo histórico negro desta
época) e nos quais os anti tinham
grandes esperanças, mas felizmente tudo foi diferente desta vez. Entrámos bem,
dominámos completamente, o Braga foi inofensivo e a vitória foi justíssima.
Depois de duas derrotas era expectável que tivéssemos estudado melhor o
adversário e assim aconteceu. Começámos a todo o gás e o Jardel teve um
cabeceamento num livre que poderia ter tido melhor sorte. Continuámos a
pressionar e aos 21’ inaugurámos o marcador através de um excelente remate fora
da área, muito colocado, do Jonas depois de uma fantástica triangulação entre o
Lima, Gaitán e ele próprio. Os 60.222 rejubilaram com o 90º(!) jogo seguido do
Benfica para o campeonato a marcar na Luz. Até ao intervalo poderíamos ter
aumentado o marcador, noutro óptimo lance atacante com o Pizzi a isolar-se, a
desviar bem do Matheus, mas o defesa Santos a tirar quase sob a linha de golo.
Em termos atacantes, o Braga não criou perigo nenhum para a nossa baliza.
A 2ª parte principiou de maneira diferente, connosco a baixar o ritmo e o
Braga a jogar mais no nosso meio-campo, mas sem conseguir entrar na área.
Pareceu ser estratégia do Benfica, mas durou pouco menos de 10’, porque depois
voltámos a ser mais incisivos na procura do golo que selasse a vitória. Aos
59’, o Tiago Gomes rasteira o Salvio na direita e leva naturalmente o segundo
amarelo. Haverá certamente alguns acéfalos que virão ladrar contra mais uma
expulsão de um nosso adversário, mas enquanto não se criar uma nova lei no
futebol que dirá que contra o Benfica ninguém pode ser expulso, não se pode
fazer nada… No livre que resultou desta jogada, o Lima teve uma grande
oportunidade, mas o Matheus fez bem a mancha
e o Jonas desviou a recarga posterior ligeiramente ao lado. À semelhança da
semana passada, desconcentrámo-nos um pouco a jogar contra dez. A equipa
pareceu que ficou naquele limbo entre “temos que marcar mais um” e “é
inadmissível que soframos um golo a jogar contra dez”, e durante um período
deixou de atacar como estava a fazer. Claro que o facto de o Braga se ter
fechado a sete chaves também ajudou a que não se encontrassem os espaços
necessários. O Eliseu já tinha ensaiado antes, mas o guarda-redes defendeu, no
entanto, aos 76’ o jogo terminou com um grande remate do defesa-esquerdo depois
de uma boa abertura do Samaris e com o Gaitán a inteligentemente deixar passar
a bola. Colocámo-nos a salvo de qualquer eventualidade a até final o Braga teve
a única oportunidade, numa recarga que passou ligeiramente ao lado.
Em termos individuais, destaque para o Jonas pelo golo e pelo que fez
jogar. Além disso, aquele domínio na 1ª parte, com a bola a cair a pique, pagou
por si só o preço do red pass! Também gostei bastante do meio-campo com o
Samaris e o Pizzi, e da segurança do Jardel na defesa, à qual acrescentou um
par de iniciativas atacantes bem conseguidas (sabe centrar e tudo!). O Salvio
esteve esforçado, mas o Gaitán passou um pouco ao lado do jogo com a agravante
de ter simulado um penalty e ter levado um amarelo que o vai tirar de Vila do
Conde. Foi a nota negativa do jogo. Menção igualmente para os 40.000 minutos(!)
do Luisão com a águia ao peito.
Numa partida de elevado grau de dificuldade, passámos com nota mais do que
positiva. Temos pena, cambada de aziados que pululam por aí! Segue-se a ida ao
Rio Ave, na qual é preciso concentração máxima, porque temos tido muitos mais
problemas fora de casa. E é obrigatório não perdermos pontos até à visita do
CRAC.
domingo, março 08, 2015
Sofrimento
Vencemos em Arouca
(3-1) e mantivemos a distância de quatro pontos para o CRAC que venceu no amigável em Braga por 1-0. A diferença
de dois golos não deixa transparecer o quão complicado foi este jogo, em que
pela quarta vez consecutiva fora de casa sofremos um golo primeiro e em que, à
semelhança de Moreira de Cónegos, chegámos ao intervalo a perder.
Fico sempre nervoso
quando joga o Benfica, mas principalmente neste dia, especial para mim
(refiro-me obviamente ao facto de fazer nove anos desde que conseguimos um dos
nossos melhores resultados europeus… :-), ainda estava mais. Confesso que não
gosto nada de fazer anos em dias em que joga o Benfica, porque como sou
pessimista tenho sempre medo que corra mal e me estrague o dia. E a 1ª parte de
ontem ia-me deixando à beira de um ataque de nervos. Entrámos pessimamente e o
Arouca marcou logo aos 7’ num grande golo do Iuri Medeiros, cedido pela lagartada, mas em que o Eliseu andou completamente aos papéis. Até aos 15’ estivemos a vê-las passar, mas depois lá
estabilizámos e demos um arzinho da
nossa graça, mas sempre perante uma oposição muito forte, que parecia que
estava a jogar a final da Champions. O
empenho e a vontade era tão grande quanto a do Braga frente ao CRAC… Já sabemos
o que a casa gasta e só é pena que estas equipas não sejam sempre assim nos
jogos contra um determinado adversário, e que não haja um crescimento súbito da
relva e tempestades de areia sobre o
terreno de jogo nessas alturas… Apesar de termos melhorado, ainda estávamos
muito longe do exigível, mas mesmo assim o Salvio teve duas boas hipóteses para
marcar, entre as quais a habitual bola à barra, o Lima também, mas o intervalo
lá chegou e o meu nível de ansiedade a bater no vermelho.
Na 2ª parte, o
Jesus colocou o Talisca, mas em vez do Pizzi (uma nulidade na 1ª parte) tirou o
Samaris. O brasileiro entrou bem na partida, começámos a pressionar mais o
adversário e aproveitámos da melhor maneira um erro num pontapé para a frente
do guarda-redes Goicoechea,
que atirou a bola contra o Lima, sobrando esta para o Jonas ainda de fora da
área ter feito um remate muito colocado para dentro da baliza. Estávamos no minuto
51’ e deu logo a sensação que o Arouca dificilmente nos poderia conter. E assim
aconteceu logo quatro minutos depois, com um centro em esforço do Gaitán, um
bom lance do Jonas a tirar um adversário do caminho e quase sem ângulo a
proporcionar uma boa defesa ao guarda-redes, com a bola a sobrar para o Lima
praticamente em cima da linha rematar para um defesa em carrinho desviar para o poste e a bola ressaltar já para dentro da
baliza! O guarda-redes ainda a agarrou, mas a bola claramente transpôs a linha.
Foi um golo demasiado confuso para o que deveria ter sido, porque o Lima estava
de facto muito perto da baliza e tinha obrigação de fazer a bola entrar directamente
(aliás, logo a seguir ao primeiro golo, o Lima em excelente posição atirou por
cima da barra, quando só tinha o guarda-redes pela frente). O que interessa é
que entrou mesmo e pouco depois o Sr. Vasco Santos não assinalou um penalty
clamoroso por braço de um defesa depois de uma finta do Jonas (logo no início
da 2ª parte, ainda com 0-0, julgo que há falta sobre o Gaitán na área, porque o
defesa se atirou completamente para cima dele e não para jogar a bola). Aos
62’, o Lima fez a bola passar por cima de um defesa e ia isolar-se quando foi
agarrado. Só gente profundamente desonesta em termos intelectuais é que pode
achar que não era lance para expulsão. Parecia que o jogo se poderia tornar
mais fácil, mas era imperativo não abrandar o ritmo para nos colocarmos a salvo
de qualquer lance fortuito, até porque o Arouca era perigoso nas bolas paradas.
E foi só quando o Lima bisou aos 75’, depois de uma boa desmarcação do
entretanto entrado Ola John, que pudemos finalmente descansar. Até final,
referência para uma cabeçada por cima do Lima, que lhe poderia ter dado o hat-trick, e para o amarelo (algo forçado)
ao Talisca que o vai tirar do difícil jogo frente ao Braga.
Em termos
individuais, realce óbvio para o Lima: dois golos, intervenção decisiva no
primeiro e a expulsão provocada fazem dele o homem do jogo. O Jonas também
esteve bem, principalmente na 2ª parte. O Gaitán, mesmo ainda longe dos 100%,
continua a ser o nosso jogador mais decisivo. Em menor destaque, estivram o
Salvio, que passou ao lado do jogo apesar da bola ao poste e o Pizzi, que
baixou imenso em relação à partida anterior. O Júlio César voltou à baliza, mas
praticamente não tocou na bola.
Já se percebeu que
isto vai ser assim até ao fim: contra nós, é como se a vida deles dependesse
disso, atitude que não se reflecte quando defrontam outra equipa. Aliás, vai
ser curioso observar no próximo fim-de-semana como é que o Braga e o Arouca vão
jogar. Aposto que vão inverter posições! Temos que nos manter muito
concentrados até final e não podemos de todo perder pontos antes do CRAC nos
visitar.
domingo, março 01, 2015
De gala
Os melhores 45’ da época ajudaram-nos a golear o Estoril por 6-0 e
conseguir o resultado mais desnivelado do campeonato até agora. No dia do seu
111º aniversário, o Benfica resolveu brindar os seus sócios com a melhor prenda
possível, porque não foram só os golos, mas também a elevada nota artística que
nos entusiasmou todos.
Treinada pelo lagarto Couceiro,
não é de espantar que o Estoril não tenha respeitado o acordo tácito que existe
entre as equipas de deixar a equipa da casa escolher o lado do campo para onde
vai atacar. Só que essa esperteza saloia saiu-lhes mal e foi na baliza talismã
da Luz que lhes enfiámos quatro batatas na 1ª parte. As coisas começaram com um
habitué que é a nossa bola ao poste,
novamente pelo Jonas (tal como em Moreira de Cónegos). Com o Gaitán de regresso
à equipa, o Benfica parecia outro em relação à má exibição da jornada passada.
É que não é só o que o argentino joga, é o que os companheiros se motivam por vê-lo
em campo, elevando igualmente os seus níveis exibicionais. Com os dois centrais
titulares castigados, o Estoril abria brechas por tudo o que era lado e sofreu
o primeiro golo aos 17’ pelo Luisão numa cabeçada na sequência de um canto. Aos
26’, foi a vez do Salvio aumentar o marcador, depois de um centro do Lima,
invertendo os papéis habituais. Aos 33’, um golão do Pizzi de fora da área
punha-nos a salvo de qualquer eventualidade. E dois minutos depois, uma das
melhores jogadas do campeonato, com tabelinhas e primeiros toques entre vários
jogadores, culminou no quarto golo do Jonas. Até ao intervalo, poderíamos ter
aumentado o score através do Gaitán,
depois de uma abertura magnífica do Samaris que o isolou, mas a bola saiu ao
lado.
Na 2ª parte, diminuímos um bocado o ritmo, mas ainda fizemos mais dois
golos, através de um penalty do Lima aos 56’, a castigar uma falta sobre o
Jonas, e com este a bisar aos 86’ na recarga a um remate do Ola John. Como
disse (e bem) o Jesus, a parte menos boa foi o amarelo escusado ao Gaitán que o
deixa com quatro e à beira da suspensão quando se aproximam jogos com o Braga e
CRAC… O Estoril só teve uma verdadeira oportunidade de golo, mas o Artur
conseguiu desviar a bola para o poste perante um adversário isolado. Referência
obrigatória para a arbitragem do Sr. João Capela. Foi das piores que tenho
visto! Aliás, quem se lembra do modo de ele apitar (critério muito largo, a
deixar jogar), pôde constatar que o condicionamento de que foi alvo modificou-o
completamente. Lei da vantagem era mentira, qualquer toque (especialmente da
nossa parte) era falta, enfim um sem-número de interrupções completamente
escusadas. O penalty é indiscutível, mas foi a primeira vez que vi um árbitro
esperar por uma substituição para mostrar um amarelo (que, por acaso, foi o
segundo, o que torna tudo ainda mais caricato, porque houve espectadores que não
se aperceberam do que se passou). Ridículo!
Em termos individuais, como referiu o JJ, é de facto difícil destacar
alguém. A equipa esteve toda muito bem, com o Pizzi a movimentar-se cada vez
melhor (só lhe falta ser agressivo a defender), o Samaris a confirmar o bom
momento de forma, o Jonas com um veia goleadora de registar, o Salvio menos
trapalhão e individualista, e o Gaitán a tornar tudo mais fácil. E foi bonito
ser o capitão a abrir o marcador em dia de festa.
Infelizmente, a lagartada
confirmou hoje a sua inutilidade ao ir perder a Mordor por 3-0, quando confesso
que estava com alguma esperança que pudesse sacar pelo menos um empatezito. Por
isso, mantemos os quatro pontos de vantagem perante as forças do Mal, vendo
agora os lagartos a 12 pontos. Será
sem dúvida uma corrida a dois, em que o nosso calendário é teoricamente mais
favorável. Se as lesões tiverem acabado de vez e mantendo este nível
exibicional, poderemos ser muito felizes em Maio.
domingo, fevereiro 22, 2015
Sabor diferente
Vencemos em Moreira de Cónegos por 3-1 e, na pior das hipóteses, iremos
manter os quatro pontos de avanço, mas aguardemos pelo que o CRAC irá fazer no
Bessa. Numa partida com várias vicissitudes e em que a expulsão de um
adversário foi decisiva, acabou por ser uma vitória justa, apesar de o
resultado poder esconder as dificuldades que tivemos.
Com o Samaris castigado e o Gaitán ainda lesionado (entrou o André Almeida
para o meio-campo e manteve-se o Ola John no onze), nós até entrámos razoavelmente
no jogo e atirámos a habitual bola ao poste logo aos 13’ pelo Jonas, num lance
em que me pareceu que ele não tocou bem na bola, caso contrário teria feito
golo. Criámos outras situações de perigo com um remate rasteiro do Lima
ligeiramente ao lado e um grande lance do Pizzi a fazer passar a bola por cima
de um defesa e rematar de pé esquerdo sem a deixar cair no chão, mas um pouco
por cima. Além disso, íamos acumulando cantos, alguns deles com perigo, mas sem
obrigarmos o Marafona a grandes defesas. No início do jogo, o Moreirense teve
um remate cruzado perigoso, mas quando nada o faria prever adiantou-se no
marcador aos 35’, numa perda de bola infantil do Salvio e o Pizzi a ver de cadeirinha o João Pedro rematar à
vontade. Pouco depois, chegou o intervalo e na cabeça de muitos de nós terá
pairado o fantasma de Paços…
Entrámos com mais vontade na 2ª parte e chegámos à igualdade aos 58’
através do Luisão, de cabeça, depois de um canto bem marcado pelo Pizzi. O
lance que dá origem ao canto é uma simulação do Salvio, que até foi o último a
tocar na bola. Sim, era pontapé de baliza, mas considerar um engano destes do
fiscal-de-linha um crime lesa-pátria é ridículo. O mais difícil estava feito e
tínhamos mais de meia-hora para marcar mais um. No entanto, aos 60’ o jogo
ficou estragado com o sr. Jorge Ferreira a expulsar o André Simões por
palavras. Os dois treinadores entraram em campo e acabaram também por ser os
dois expulsos. Com mais um em campo, pusemo-nos em vantagem aos 66’ pelo
Eliseu, num remate fora da área de pé direito, em que o guarda-redes foi mal
batido. A partida ficou praticamente decidida, mas selámo-la em definitivo com
o terceiro golo da autoria do Jonas, a dar a melhor sequência a um centro do
Maxi. Até final, destaque para um remate de longe do recém-entrado Talisca com
a bola a passar muito perto do poste.
Em termos individuais, não houve ninguém que se destacasse por aí além.
Menção para o Luisão pela importância do primeiro golo e para o Pizzi,
especialmente na 1ª parte, em que procurou sempre colocar a bola jogável nos
companheiros. A ala esquerda (Eliseu e Ola John) esteve muito longe do que é exigível
e na direita o Salvio continua a sua preocupante tendência para a complicação.
O André Almeida cumpre, mas não é o Samaris.
Vamos lá falar do que interessa: vai contestar-se a decisão do canto em vez
de pontapé de baliza, mas isso só é notícia porque… resultou em golo. São erros
que acontecem frequentemente no futebol e portanto não me lixem! Quanto à
expulsão, que obviamente nos facilitou a vida, há que relembrar que ela
aconteceu já com 1-1 no marcador. No entanto, eu não gosto nada de estar no
futebol sem perceber o que se passa. O que é o caso da expulsão por palavras em
que nós, adeptos, nunca sabemos bem a razão. Acho que tudo deveria mais
transparente, porque esta história de ficar ao critério do árbitro tem muito
que se lhe diga: alguns são surdos e outros quase que exigem mais boas maneiras
do que a Paula Bobone. O Miguel Leal, treinador do Moreirense, acabou por dizer
que compreendia a expulsão, mas eu acho que seria muito mais fácil se se
decidisse das duas uma: ou bocas ao
árbitro são sempre amarelo e nunca vermelho; ou então, nos casos de expulsão,
seriam tornadas públicas as palavras que levaram a tal. Facilita muito as coisas
e acabaria com muita suspeição que inevitavelmente surge.
Como eu não tenho (felizmente) a falta de vergonha na cara dos adeptos do
CRAC, não tenho problema nenhum em dizer que não gosto de ganhar desta
maneira. Não sabendo o que levou à expulsão do jogador do Moreirense, não sei
se foi justa ou não e portanto ter o critério do árbitro a nosso (aparente)
favor é algo que me deixa desconfortável. Razão pela qual não festejei esta
vitória com a exuberância que ela merecia. Mas ganhámos e isso é o mais
importante de tudo nesta fase, para podermos recuperar a confiança nos jogos
fora, depois duas saídas consecutivas em que não vencemos.
segunda-feira, fevereiro 16, 2015
Fácil
Vencemos o V. Setúbal novamente por 3-0 e, mantendo a distância de quatro
pontos para os assumidamente corruptos, alargámos para nove em relação à lagartada, que foi empatar ao Restelo
com um golo aos… 94’ (espero que não tenham festejado, já que nos recriminaram
tanto por o termos feito na semana passada).
Quando o jogador do momento – o grande Jardel – inaugurou de cabeça o
marcador aos 9’ na sequência de um canto bem marcado pelo Pizzi, fiquei logo
mais descansado. Pelo que se viu na 4ª feira, o V. Setúbal muito dificilmente
teria capacidade para nos criar problemas estando nós em vantagem. E só o fez
por uma única vez, num livre para a área, quando um avançado deles com a mão(!)
proporcionou ao Artur uma intervenção de recurso. Ainda sem o Gaitán, mas desta
vez com o Ola John em melhor plano, fomos criando algumas oportunidades pelo
Salvio (de cabeça), pelo Maxi (que embateu no peito de um defesa sobre a linha)
e pelo Luisão (também de cabeça). Aos 40’, praticamente sentenciámos a partida
ao fazer o 2-0 pelo Lima, num bom remate de primeira de pé esquerdo, depois de
uma assistência do Ola John na esquerda. Os jogadores adversários protestaram
empurrão do Ola John na jogada, mas, apesar de ele colocar o braço para ganhar
o lance, é a velha questão da intensidade. Acho que o defesa, se quisesse,
poderia não ter caído e, além disso, ele nem vai logo reclamar com o árbitro.
Se na 1ª parte o V. Setúbal ainda teve uns quantos remates fora da área
para testar o Artur, que os defendeu a todos sem dificuldades de maior, na 2ª
praticamente não existiu em termos atacantes. Quanto a nós, o Lima foi tentando
o bis por algumas vezes, o Luisão
teve um chapéu que saiu ligeiramente por cima e o Jonas estava em dia não no
capítulo de rematar à baliza. Faltava um golo para a tranquilidade absoluta e
ele surgiu aos 71’ num roubo de bola do Salvio para assistir o Lima de cabeça.
Boa rotação de cabeça do brasileiro a fazer lembrar o Rui Águas e o João V.
Pinto. Estava tudo decidido e o Jesus resolveu dar minutos ao Gonçalo Guedes e
ao Ruben Amorim. Até final, o guardião adversário, Ricardo Baptista, fez uma
defesa incrível com o pé a um remate do Jonas que tinha sido desviado por um
defesa.
Em termos individuais, destaque óbvio para o Lima com dois golos e também
para o Pizzi. Gostei bastante dele, com muita qualidade no passe e boas
desmarcações para os companheiros, o que é especialmente importante nesta
altura, em que o Talisca começa a acusar o facto de estar há um ano consecutivo
a jogar. O Salvio na direita melhorou em relação a jogos anteriores, assim como
o Ola John na esquerda, que parece inclusive mais magro. Outro que está em
nítida subida de forma é o Samaris, mas levou um amarelo e não vai jogar em
Moreira de Cónegos. Palavra igualmente para o Jardel, que atravesse
indubitavelmente o melhor período desde que chegou ao Benfica.
Esta exibição do V. Setúbal, à semelhança da do Boavista há duas semanas,
por exemplo, prova que há equipas a mais na I Liga. E falo destas duas para nem
referir o Penafiel, Gil Vicente e Académica, que estão em posição de descida. Dão
pouca réplica e assim que sofrem um golo o jogo poderia acabar logo aí.
Como infelizmente vamos ver a Europa do sofá durante esta semana, resta-nos
esperar que esses jogos façam mossa nos nossos adversários. É que era muito bom
podermos voltar a ter a margem de distância que já tivemos.
segunda-feira, fevereiro 09, 2015
Motivador

Empatámos no WC
(1-1) e mantivemos a distância para a lagartada
(sete pontos), enquanto temos agora o CRAC a quatro pontos de distância (que
deveriam ser sete, mas enfim…). O empate na casa de um concorrente directo para
o título não é a priori um mau
resultado, mas o modo como este foi obtido (aos 94’ depois de sofrer o golo aos
87’) pode dar-nos a motivação extra que necessitamos para conseguir gerir esta
diferença pontual até ao fim do campeonato. Devido a estas circunstâncias,
aquele golo do Jardel foi um dos que melhor me soube festejar no WC.
Já se sabia que não
tínhamos Júlio César e acabámos por não ter igualmente o Gaitán, pelo que não
ia nada confiante para o jogo. O Jesus resolveu (e muito bem) colocar o André
Almeida a meio-campo (ele que já aí tinha jogado na 1ª volta) em detrimento do
Talisca e revelámos uma segurança defensiva de assinalar. Aliás, à semelhança
da segurança da defesa da lagartada,
o que fez com que o jogo, apesar de bem disputado, não tivesse sido nada de
especial, com poucas situações de perigo. Entrámos melhor na 1ª parte, com uns
bons 20’, mas sem criar verdadeiras oportunidades, e a lagartada esteve melhor na 2ª, mas o Artur só fez uma defesa
difícil num cabeceamento do Carrillo. Antes disso, o André Almeida tinha
isolado o Jonas, mas esteve preferiu passar ao Lima (que acabou desarmado) em
vez de rematar, quando só tinha o Rui Patrício pela frente. Uma péssima
intervenção do Samaris isolou o João Mário, que proporcionou uma boa defesa ao
Artur, mas na recarga o Jefferson atirou em arco e bateu o nosso guarda-redes.
Estávamos no minuto 87 e era um balde de água fria enorme, porque nenhuma
equipa estava a merecer ganhar este jogo. O sr. Jorge Sousa (não esteve mal,
mas o critério das faltas na 2ª parte fê-lo inclinar um pouco o campo; e não
foi a nosso favor, mas pronto…) deu quatro minutos de compensação e foi no
último desses minutos que, numa jogada de insistência depois de um lançamento
lateral, o Pizzi fez um balão para a área, o Jonas dominou bem a bola, mas o Jefferson
ao cortá-la assistiu primorosamente o
Jardel, que rematou de primeira, rasteiro, fazendo um grande golo (com um golo
e uma assistência, o Jefferson foi o
melhor em campo…! :-). Foi o delírio no nosso sector! Como já disse, foi dos
golos que mais celebrei no WC. Por tudo o que ele representa: não só fez com
que se tivesse que alagar as portas do estádio, para os melões em que se
transformaram instantaneamente as cabeças dos lagartos passarem, como principalmente porque lhes torna a vida
muito complicada no que toca ao título e nos faz ainda ter a margem de
segurança de uma derrota ou dois empates em relação ao CRAC. Veremos no final,
mas se formos campeões este pontinho será um dos momentos-chave na época.
Destaque individual
ÓBVIO para o Jardel! Golo importantíssimo, mas não só. Esteve irrepreensível a
defender, sempre muito concentrado, e na 1ª parte pareceu-me que deslocou o
polegar, a equipa médica entrou, o Eliseu pediu a substituição, mas o homem
levantou-se pouco depois e quis continuar a jogar. Que raça! Por mim, pode
fazer o resto da carreira toda no Benfica, porque compensa com querer e vontade
as limitações que tem. Está sempre disponível, nunca faz grandes ondas e
globalmente cumpre sempre que entra. O mesmo é válido para o André Almeida. Jogo
também muito bom naquela missão sempre difícil que é correr atrás dos
adversários. É importante que estas segundas linhas (jogadores que sabem que
nunca serão titulares indiscutíveis) do plantel tenham este tipo de atitude e
sintam a camisola. E, quantos mais anos de Glorioso, melhor. O Samaris estava a
ser provavelmente o melhor do Benfica, mas aquele atraso (ou lá o que foi
aquilo…) aos 87’ não lembra ao diabo! O Maxi meteu literalmente o Nani no bolso
e, citando o João Bizarro, pode renovar até 2045 com mais um ano de opção. O Jonas fez
uma 1ª parte tecnicamente muito boa, teve acção preponderante no golo, só foi
pena não ter acertado com a baliza nos dois remates de fora da área que fez.
Ah, e ter resolvido passar ao Lima, quando deveria ter rematado naquele lance… Luisão
imperial, como habitualmente, nos grande jogos e uma palavra para o Artur, que
não comprometeu. O que já me satisfaz plenamente. Pela negativa, acima de todos
os outros, o Ola John. Meu rico Gaitán! Com ele em campo, duvido que não
tivéssemos ganho. Houve pelo menos uns três lances de um para um na 1ª parte em
que o holandês não conseguiu passar por um lagarto
e o argentino chamar-lhes-ia um figo. Já se sabe: se as primeiras duas ou três
intervenções não lhe saem bem, nunca mais faz nada o jogo inteiro. Outro que
esteve muito sofrível foi o Eliseu. Aliás, a nossa ala esquerda… valha-me
Eusébio!
O post já vai longo, pelo que as
considerações acerca de todo o circo
que se montou principalmente depois do jogo ficam para um próximo texto. Onde também
será abordada a questão de este clube pequenino estar cada vez mais ridículo,
triste e patético. Quanto a nós, concentração para as próximas jornadas é tudo
o que se pede. Faltam 14 jogos com oito em casa e seis fora. Teoricamente, as
saídas que nos restam (Moreirense, Arouca, Rio Ave, Belenenses, Gil Vicente e
Guimarães) não são muito complicadas, exceptuando talvez Guimarães, mas que é
só na penúltima jornada. Temos tudo a nosso favor. Saibamo-lo aproveitar.
domingo, fevereiro 01, 2015
Agridoce
Vencemos tranquilamente o Boavista por 3-0, mas o jogo fica marcado pela
lesão muscular do Júlio César que o vai certamente afastar dos relvados durante
umas semanas, impedindo-o assim de ir ao WC para a semana. Por isso, saí da Luz
quase tão chateado como se não tivéssemos ganho (eu disse “quase”…!).
Com o Talisca (em risco por causa dos amarelos) no banco e o Gaitán a
recuperar para a lagartada, assim que
a partida se iniciou percebeu-se logo o que iria acontecer: o Boavista
concentrava os seus 11 jogadores a meio do seu meio-campo. É que nem era na
linha divisória! Ficou muito claro que a grande questão seria conseguir furar
aquela dupla muralha e marcar o primeiro golo. Algo que estivemos por duas
vezes muito perto de conseguir, mas o Ola John e o Salvio, ambos só com o guarda-redes
pela frente(!), não acertaram na baliza. Apesar da concentração na zona
defensiva, conseguíamos encontrar espaços e criar perigo, e foi com
naturalidade que aos 23’ inaugurámos o marcador numa excelente assistência em
chapéu do Maxi para o Lima de cabeça fazer também um chapéu por cima do Mika.
Dez minutos depois, tudo ficou praticamente decidido com o 2-0 através do Maxi
na sequência de um canto: remate com o pé esquerdo, que ainda fez a bola
desviar num defesa. Até ao intervalo, ficámos a dever-nos mais dois golos, com
o Salvio, novamente isolado(!), a atirar ao lado e um centro da esquerda do Ola
John que o Lima não conseguiu desviar.
Na 2ª parte, não baixámos o ritmo até marcar o terceiro e acabar com
imponderáveis, que às vezes surgem aos pares. O Luisão teve uma boa chance, mas
o Mika defendeu e aos 55’ o Samaris teve uma iniciativa a lembrar o Enzo: foi
rompendo pelo meio de vários adversários até ser derrubado à entrada da área. O
sr. Hugo Miguel, mal, assinalou penalty. Mas antes que as virgens ofendidas venham dizer alguma coisa, há que referir que
este mesmo sr. Hugo Miguel já não tinha assinalado um empurrão ao Lima dentro
da área antes deste lance, como também não sancionou na parte final uma clara
rasteira ao mesmo Lima. Entre o deve e o haver dos penalties, perdemos por 2-1.
O Jonas pegou na bola e atirou rasteiro para o lado contrário do guarda-redes.
Até final, tivemos mais uma série de ocasiões para dilatar o marcador e o jogo
poderia ter terminado com números históricos. Na nossa baliza, só uma cabeçada
num livre fez com que o Júlio César brilhasse. O Jesus fez entrar o Talisca
(achei um disparate arriscar, mas pronto) e aproveitou para dar mais minutos ao
Gonçalo Guedes, que se revelou menos nervoso do que das outras duas vezes e
teve um par de intervenções interessantes. Mas a pior notícia da noite (e das
próxima semanas) surgiu a pouco mais de 10’ do fim, quando o Júlio César fez um
sprint para impedir um inexistente
canto (era pontapé de baliza) e ficou agarrado à coxa de tal maneira que teve
que vir o carro-maca para o tirar de campo. Fiquei pior que estragado e perdi
(quase) toda a satisfação que estava a ter pelo resultado! Vai ser uma baixa
muito importante para ir à lagartada
e nenhum de nós se esqueceu ainda do jogo da 1ª volta, pois não? Felizmente que
o Jesus ainda não tinha feito as três substituições e pode entrar o Artur.
Em termos individuais, destaque óbvio para o Maxi: uma assistência, um golo
e a entrega habitual. Aguarda-se com ansiedade a notícia da sua renovação o
mais breve possível. O Salvio criou muito jogo, mas esteve desastrado na
finalização. Também gostei do Pizzi, com pormenores interessantes. E o Ola
John, com confiança, parece logo outro jogador.
Lamento ter que dizer isto, até porque gosto muito do Petit, mas não
percebo o que é que equipas como o Boavista estão a fazer na I Liga. Mal passam
do meio-campo, limitam-se a defender e demonstram falhas incríveis em lances
básicos, como passes laterais. E o mais preocupante é que nem está em posição
de descida. Quiseram passar uma esponja no “Apito Dourado” e fazê-lo subir de
novo, tudo bem (tudo mal, mas enfim…), mas na época seguinte deveriam
obviamente descer quatro equipas para voltarmos a ter um campeonato com 16. É
que até deveriam ser menos clubes. Jogos como o de ontem são pouco mais que treinos.
segunda-feira, janeiro 26, 2015
Desperdício de ouro
Perdemos em Paços de Ferreira (0-1) e não conseguimos aproveitar a vitória
do Marítimo ontem frente ao CRAC. Mais: perdemos uma oportunidade soberba de
possivelmente dar o xeque-mate ao campeonato, porque nove pontos de vantagem só
muito dificilmente seriam ultrapassáveis. Quando nada levava a crer, escolhemos o pior timing possível para fazer uma exibição
muito distante das que vínhamos fazendo e para quebrar a nossa série de jogos sempre a marcar para o campeonato. Foi uma
machadada muito grande na nossa moral.
É por estas e por outras que eu prefiro jogar primeiro que os rivais: já
não é a primeira vez que desperdiçamos maus resultados alheios. Parece que os
jogadores acusam a pressão e se desconcentram quando têm hipóteses de alargar
distâncias. Até entrámos bem na partida, com uma soberana oportunidade do Jonas
logo a abrir. Praticamente não deixávamos o Paços respirar e aos 18’ o sr.
Bruno Paixão apitou penalty a nosso favor por pretensa mão na bola na área. A
minha opinião é muito simples: eu não marcaria penalty, mas já vi lances ainda
menos evidentes que este serem considerados falta. Depende muito do critério do
árbitro, mas para mim não é penalty. Infelizmente, o Lima atirou ao poste e
desperdiçou uma chance óptima de nos colocar em vantagem. Pior do que isso, a
equipa desconcentrou-se e a partir daqui nunca mais foi a mesma. Pouco depois,
uma boa combinação atacante fez o Salvio atirar ao poste, numa bola ainda
desviada por um defesa, mas foi o nosso canto do cisne em termos de jogadas bem
conseguidas. O Paços galvanizou-se com o falhanço do penalty e começou a
criar-nos perigo através principalmente de bolas paradas.
Ao intervalo, em trocas de mensagens com alguns benfiquistas, a apreensão não
era um exclusivo meu. Infelizmente, a 2ª parte veio dar-nos razão: fomos uma
sombra do que temos sido até aqui. O Paços fechou-se muito bem e nós não
tínhamos ninguém para furar, porque o Salvio esteve abaixo do que é habitual e
é nestas alturas em que mais se sente a falta de um Gaitán (e de um Enzo, já
agora). O Jonas bem tentava, mas poucas coisas lhe saíam bem, o Talisca mal de
viu e o Lima é como se nem estivesse em campo. O Ola John, que nem estava a ser
dos piores na 1ª parte, baixou na 2ª e foi o primeiro a ser substituído (eu não
o teria tirado, porque a entrada do Pizzi implicou o desvio do Talisca para o
flanco, lugar em que manifestamente não rende). Mesmo estando a léguas do que
já mostrámos neste Janeiro, ainda atirámos mais uma bola ao poste pelo Lima, o
Derley, entretanto entrado, falhou uma recarga facílima depois de uma defesa do
guarda-redes e com este batido (daquelas que o Tacuara metia nas calmas e depois muita gente dizia “ah ok, mas era
só encostar”… Pois era!), e o Talisca demonstrou que em termos cerebrais lhe
falta também qualquer peça, porque estando em excelente posição para dominar a
bola e rematar, quando só tinha o guarda-redes pela frente, resolveu rematar de
primeira, falhando completamente a bola. No último minuto, aconteceu o
impensável: o idiota do Eliseu não acompanhou o movimento do adversário e
resolveu fazer um carrinho. Claro que tocou nele e foi penalty. O Sérgio
Oliveira não fez como o Lima e marcou. Com a assistência ao guarda-redes adversário
por duas vezes, o sr. Bruno Paixão deu oito minutos de compensação e ainda
tivemos uma óptima ocasião, em que o Salvio isolado sobre a direita depois de
um livre, centrou para a área, mas ninguém chegou a tempo do desvio. Pareceu-me
que o argentino poderia ter tentado o remate directo.
Em termos individuais, não vou destacar ninguém. A equipa esteve
inexplicavelmente muitos furos abaixo do habitual e sinceramente não entendi o
porquê daquela desconcentração com o penalty falhado. Deu a impressão que nos esquecemos
de como jogar à bola e mostrávamos uma exasperante lentidão de processos,
tornando tudo mais fácil para quem defendia.
Tínhamos tudo a nosso favor: o Paços não ganhava há uma série de jogos,
tinha os dois centrais lesionados, o estádio estava lotado e jogávamos
praticamente em casa, e o CRAC tinha perdido. NÃO SE PODE desperdiçar
oportunidades destas! NÃO SE PODE! Se não formos campeões, este jogo será a
razão principal desse fracasso. Demos um balão de oxigénio a quem já estava
praticamente morto e deixámos escapar a oportunidade de poder perder no WC daqui
a duas jornadas e mesmo assim ficar com a concorrência a seis pontos. Depois da
eliminação na Taça de Portugal em casa frente ao Braga, esta é a segunda grande
desilusão da época (ok, há a Europa, mas essa doeu menos e foi muito sui generis). É bom que não tenhamos
muitas mais até final da época. (Nove pontos, PORRA! Seriam nove pontos de
distância!!!)
P.S. – O Jesus veio dizer no final, à
la Trapattoni, que “se não ganhas, não podes perder”. É bom que diga isso
ao idiota do Eliseu que NÃO pode disputar um lance daquela maneira quando está
na nossa área. Se falha a bola, é imediatamente penalty. Já não é a primeira
vez que faz isto. Duvido que o André Almeida fizesse o mesmo.
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