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domingo, março 22, 2009

Ganhar à CRAC

Vencemos os lagartos nos penalties (3-2) na final da Taça da Liga depois de um empate (1-1) no fim dos 90’. Conquistámos o primeiro (e infelizmente calculo que seja o único) troféu da época, o que é sempre bom para o nosso palmarés, mesmo que seja a competição com menos tradição no nosso futebol, mas não posso dizer que esteja orgulhoso com a forma como essa vitória aconteceu (já lá vamos).

O Quique surpreendeu ao colocar o Nuno Gomes ao lado do Suazo e estando igualmente o Aimar em campo, mas não se desviou um milímetro do seu mui querido 4-4-2 clássico. Ou seja, em vez de colocar o Aimar atrás dos avançados, colocou-o na esquerda, com o Reyes na direita e o Katsouranis e o Ruben Amorim no meio. Garantiu mais presença na área, é certo, mas o nosso futebol continua muito longe de entusiasmar. No entanto, poderíamos (e deveríamos) ter marcado logo aos 3’, quando na sequência de um contra-ataque o Nuno Gomes isolado permitiu a defesa ao Tiago. Ainda pensei que fosse o prenúncio de uma boa exibição, mas com excepção de um ou outro lance mais fortuito nunca conseguimos criar tanto perigo como nessa jogada. Os lagartos também só tiveram uma boa oportunidade na 1ª parte, com o David Luiz a salvar sobre a linha um remate do inevitável Liedson. O jogo estava a ser muito disputado, mas a qualidade do futebol era mediana.

Na 2ª parte, e para não variar nos jogos mais recentes, entrámos muito mal e sofremos o golo logo aos 48’. O Reyes não acompanhou o Caneira num ataque pela esquerda, este centrou à vontade, o Liedson atirou ao poste e na recarga o Pereirinha não falhou, apesar de a bola ainda ter tocado no poste. Temia-se o pior e os minutos seguintes confirmaram-no. A nossa equipa tem grandes problemas quando sofre um golo e houve uma desconcentração geral no período a seguir. Os lagartos pressionaram, criaram algumas oportunidades, embora não muito flagrantes, mas felizmente não conseguiram marcar. Por seu turno, nós só conseguíamos criar perigo de bola parada. Atirámos assim uma bola à barra pelo Miguel Vítor, mas uma jogada de ataque com pés e cabeça nem vê-la. O Di María entrou para o lugar do Nuno Gomes (continuando o inenarrável Suazo em campo) e esteve no lance muito polémico que deu origem ao penalty a nosso favor. Devo dizer duas coisas: no 2º anel do estádio, e estando de frente para a jogada, estranhei logo que o Sr. Lucílio Baptista tivesse assinalado penalty, porque me pareceu que a bola tinha batido no peito; na TSF, o repórter de campo disse que não tinha dúvidas nenhumas que a bola tinha batido no braço do Pedro Silva (e algumas horas depois quando revi o lance na televisão, o repórter de campo da SIC disse em directo EXACTAMENTE a mesma coisa). Dito isto, é ÓBVIO que não é penalty nenhum. Foi uma decisão incompreensível do Sr. Lucílio Baptista, que, dado o seu historial em jogos do Benfica, só pode ter sido um enorme equívoco. Aferir daqui outras intenções é de quem tem memória MUITO curta e não se lembra do que este senhor já nos fez no passado. O Reyes marcou muito bem o penalty e empatámos a partida. Na sequência do lance, o Pedro Silva levou o segundo amarelo e deu uma peitada ao árbitro. Sempre quero ver se tem a benevolência deste ou não. Estando a jogar contra 10 no último quarto-de-hora, devo dizer que infelizmente não se notou nada. Não se percebe como é que o Benfica, com os jogadores que tem, não consegue tornar evidente no campo a superioridade numérica. Eu faço ideia se fosse ao contrário... Como o jogo se aproximava do fim, aguardava-se a entrada do Cardozo para os penalties, o que veio a acontecer, mas para espanto de todos, quando era o Suazo a pedir a substituição, quem saiu foi o Reyes (que tinha marcado bem o penalty...). Resultado: no lance a seguir, o Suazo lesionou-se e jogámos os últimos minutos em igualdade numérica. Incompreensível esta decisão do Quique... Nos penalties fomos mais felizes e contámos com um super-Quim que defendeu três!

Individualmente gostei do Miguel Vítor e pouco mais. O Quim não esteve muito seguro durante a partida, mas compensou e de que maneira nos penalties. O David Luiz viu os lagartos utilizarem quase em exclusivo o seu flanco para atacar e muitas vezes não tinha a ajuda necessária do Aimar. O Reyes passou muito ao lado do jogo e só se fez notar nas bolas paradas. Talvez por ter vindo de lesão, o Ruben Amorim não esteve tão bem como em encontros anteriores. O Katouranis fez um jogo regular e foi dos melhorzinhos, mas aquele penalty foi marcado de forma muito desconcentrada. O Nuno Gomes não pode falhar golos daqueles, mas farta-se de lutar em campo. O Suazo foi um zero absoluto. Provavelmente por ter vindo de lesão e não estar nas melhores condições físicas, mas se é assim mais vale não jogar! Agora, fazer figura de corpo presente, tirando uma ou outra arrancada mas sem dar seguimento ao lance, é que não é nada.

Tive a experiência do que é ganhar um título com intervenção externa, tal como o CRAC tem vindo a fazer nos últimos 30 anos, e sinceramente AINDA BEM que não sou um adepto deles. Eu não sou hipócrita, sem escrúpulos e defensor de que os fins justificam os meios e, por isso, isto assim não tem o mesmo sabor. No entanto, tem que ser referido que as nossas contas com o Sr. Lucílio Baptista NÃO estão DE FORMA ALGUMA saldadas. A Taça da Liga é uma competição menor e este jogo dele na época passada (imagens aqui), que ajudou a que ficássemos fora da Champions, só para dar o exemplo mais recente, ainda me está muito entalado na garganta. Vamos é ver se esta partida não vai ter como consequência ficarmos fora da Liga do Campeões, por causa de arbitragens na senda das que temos tido no campeonato (e que já nos custaram diversos pontos)... É que já se percebeu que, para os lagartos o Apito Dourado não tem importância nenhuma. O grande escândalo do futebol português dos últimos 30 anos foi este jogo. Tristes...

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Na final

Vencemos o V. Guimarães (2-1) e estamos na final da Taça da Liga, onde iremos defrontar os lagartos. A exibição, à semelhança de há alguns jogos para cá, esteve longe de ser brilhante, mas o principal objectivo foi cumprido. E, aparentemente, também não se magoou ninguém para o importante jogo do próximo domingo em casa do CRAC, o que é sempre de saudar quando do outro lado joga o Flávio Meireles.

Não entrámos nada bem na partida, mas o V. Guimarães esteve muito longe de incomodar a nossa baliza. Tivemos uma boa atitude em campo, se bem que por vezes não introduzíssemos a velocidade necessária para criar desequilíbrios. O Cardozo continua com a malapata dos postes (hoje foi mais uma bola), mas não pode falhar um golo como aquele na pequena-área. Não precisa de tentar sempre furar as redes quando remata e, naquele caso, um pequeno desvio do guarda-redes era mais que suficiente. Para além disso, ainda teve outros dois remates perigosos (um defendido pelo guarda-redes e outro ao lado).

Na 2ª parte, voltámos a não entrar bem e o tempo ia passando sem grandes ocasiões de golo e pouca réplica do adversário, que parecia mais interessado em esperar pelos penalties. Até que se deu um momento quase único na minha história de benfiquismo, em que tive que me manifestar veementemente contra a substituição que o Quique operou: tirou o Cardozo e colocou o Di María. Quer dizer, tirou o único ponta-de-lança em campo, dos poucos jogadores do plantel que sabe rematar à baliza, quando o resultado ainda estava 0-0 e o V. Guimarães não dava mostrar de subir muito a defesa (suponho que a entrada do Di María fosse para aproveitar a sua velocidade, mas para isso era preciso ter espaço). Só que para grande sorte nossa, dois minutos depois desta inexplicável substituição, aos 69’, abrimos o marcador com um autogolo do Gregory na sequência de um canto. A partir daí, a substituição deu frutos, já que o adversário teve que subir no terreno e naturalmente houve espaços nas costas dos defesas. Mas nem quero pensar no que teria sido se o resultado se mantivesse 0-0... É que, ainda por cima, o Cardozo é exímio a marcar penalties. Na parte final, o jogo voltou a aquecer, pois marcámos o 2-0 pelo Aimar (até que enfim, um golo!) aos 87’, depois de um grande passe do Katsouranis, o Di María teve uma péssima decisão ao não passar ao isolado Reyes e preferir o remate à baliza (logo ele, que é um grande especialista...), V. Guimarães reduziu em cima dos 90’ e ainda deu para falharmos outro golo (Reyes) e vermos o Carlitos atirar para as nuvens quando só tinha o Quim pela frente. Este lance surgiu depois de uma grande falha do David Luiz, que fora isto até esteve bem, mas aquela intervenção ia estragando tudo.

Individualmente, é difícil destacar alguém quando a mediania foi quase geral. Mesmo assim, acho que o Luisão foi dos melhores, tal como o Katsouranis. O Carlos Martins também não fez um mau jogo e o Reyes provou mais uma vez que é muito mais influente a dormir do que o Di María acordado. O Aimar marcou um belo golo, mas não esteve feliz durante a maior parte do jogo. No entanto, espera-se que, com a melhoria física, se torne o jogador que todos nós conhecemos. Quanto ao Cardozo, volto a afirmar que ele tem que ser titular do Benfica. São raros os remates dele que não criam perigo e isso é priceless.

Como é óbvio, espero que vençamos este troféu, porque não podemos passar mais um ano sem nenhum título. Por outro lado, claro que, para termos o troféu mais apetecível de todos, o jogo do próximo domingo é fundamental. Se tudo correr dentro da normalidade e não do que é normal em casa do CRAC, acho que teremos hipóteses, porque este ano temo-nos superado nos jogos mais difíceis. De qualquer maneira, qualquer que seja o resultado, continuamos na luta, mas sem dúvida que uma vitória iria aumentar imenso a nossa confiança.

domingo, janeiro 18, 2009

Na meia-final

Vencemos o Belenenses (1-0), fizemos o pleno nos três jogos e estamos na meia-final da Taça da Liga, em que iremos ter a vantagem de jogar em casa. Foi o regresso dos jogos às 16h no nosso estádio e estiveram 35.022 pessoas, muitas delas famílias inteiras. Todos já tínhamos saudades de uma partida a esta hora e só foi pena é que não tenhamos realizado uma grande exibição para comemorar.

Foi um jogo calmo da nossa parte, já que o empate servia-nos para mantermos o 1º lugar. Diria até que foi demasiado calmo, sem grandes oportunidades de golo quer na 1ª, quer na 2ª parte. Estamos num ciclo de quatro vitórias consecutivas, mas o nosso futebol está longe de ser entusiasmante. O lance mais perigoso do 1º tempo resultou no único golo do encontro, por sinal a jogada mais bonita do mesmo. Começou e acabou no Katsouranis, que, através de uma óptima cabeçada, finalizou um bom cruzamento do Di María. Na 2ª parte controlámos sempre bem a partida, mas poderíamos e deveríamos ter sido mais incisivos no ataque, até porque estávamos a alinhar com bastantes titulares. No entanto, o Belenenses não teria sido capaz de nos assustar na defesa, se não fossem as habituais ofertas do Moretto: defendeu uma bola para a frente num remate fora da área (tal como no lance de que resultou o golo do Olhanense) e no último minuto cometeu uma fífia descomunal, ao não agarrar uma bola na pequena-área e permitir que um avançado contrário a cabeceasse para a baliza. Como se faz em 99% destes casos, o árbitro, o Sr. Bruno Paixão, assinalou falta sobre o guarda-redes. Lá virão novamente as virgens ofendidas manifestar a sua indignação.

O melhor em campo foi, de longe, o Katsouranis, e não só por ter marcado o golo da vitória. O grego é absolutamente fundamental no meio-campo e só é pena não ter a melhor companhia, já que o Yebda está em baixo de forma. Gostei novamente do Miguel Vítor e mantenho a minha opinião de que neste momento é o melhor central para acompanhar o Luisão. Na esquerda, o David Luiz, apesar de adaptado, dá muito mais garantias que o nº 25. O Di María voltou a ser titular, até fez uma assistência para golo, mas continua muito inconsequente. Talvez lhe tenha faltado o Maradona na bancada... Outro também que está a 50% do seu real valor é o Aimar, que pelas suas características provavelmente deveria jogar mais recuado. O problema é que neste caso teríamos de mudar a táctica para o losango, para o colocar atrás dos pontas-de-lança e, com as suas constantes lesões, suponho que não tenha havido tempo para a treinar. O Cardozo esteve esforçado, mas não está feliz na hora de rematar à baliza. Assim como o Suazo que o substituiu e que deveria treinar mais os remates de cabeça...

Na próxima 6ª feira há nova partida com o Belenenses, mas em Belém. E é bem mais importante que esta, já que defenderemos o 1º lugar na Liga. Ainda por cima, os nossos rivais terão saídas teoricamente difíceis (CRAC em Braga e lagartos no Nacional), pelo que se ganharmos colocar-lhes-emos pressão em cima. Se tudo correr bem, irei a Belém gritar pelo nosso clube.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Natural

Ganhámos ao Olhanense (4-1) e estamos muito bem colocados para atingir as meias-finais da Taça da Liga. Foi um triunfo justo, embora a equipa de Olhão tenha mostrado bom futebol, especialmente na 1ª parte. Só que, quando a nossa equipa entra concentrada e com ambição, mesmo que não jogue bem, é muito difícil de batê-la.

O ritmo da partida foi bastante agradável, especialmente no 1º tempo e, depois de duas boas oportunidades da nossa parte (Cardozo e Katsouranis), deixámos o adversário colocar-se na frente aos 13’. Um frango do Moretto, que defendeu para a frente uma bola rematada a 30m da baliza, permitiu ao ponta-de-lança fazer uma recarga fácil. Pouco depois, as coisas poder-se-iam ter complicado bastante, quando esse mesmo jogador (Djalmir) teve uma grande chance de fazer o 0-2, ao cabecear ao lado quando estava praticamente sozinho na grande-área. No entanto, em três minutos (25’ e 28’) virámos o marcador através do Nuno Gomes (boa abertura do Carlos Martins) e do nº 25 (foi impressão minha, ou ele insurgiu-se novamente contra os adeptos do Benfica, que o assobiaram quando começou a fazer asneiras, nos festejos?). Até final da 1ª parte, o Olhanense poderia ter empatado depois de uma boa assistência do nosso nº...25.

Na 2ª parte, acabou-se o gás à equipa algarvia e foi com naturalidade que fizemos o 3-1 através do Sidnei aos 61’. Antes disso, uma óptima jogada do Reyes merecia ter tido outro fim que não a bola empate no poste. O Maradona veio cá ver o Di María, mas o Quique (e muito bem) não se afastou do que tinha previsto para esta partida e o argentino iniciou-a no banco. E, se calhar, até foi melhor para ele, já que as últimas exibições não têm sido nada famosas. Só que há pessoas que foram abençoadas pelos deuses e o Di María, que entrou a 30’ do fim, possivelmente inspirado pela presença do astro, marcou um golão de chapéu já muito perto do fim. Foi o 1º golo dele no Estádio da Luz e espero que não seja necessário um regresso do Maradona para ele elevar os níveis das suas exibições daqui para a frente.

Em termos individuais, o Reyes foi dos melhores em campo. O Benfica fica logo com outra cara com ele em campo. Também gostei do Katsouranis (embora aquele falhanço não lembre o diabo...) e dos pontas-de-lança (Cardozo e Nuno Gomes). A defesa, nomeadamente os centrais e exceptuando o Miguel Vítor, pareceu estranhamente insegura na 1ª parte, mas depois lá se recompôs.

Basta-nos empatar com o Belenenses no sábado para atingirmos as meias-finais, mas obviamente que não espero outra coisa senão a vitória. Até para saudar o regresso dos jogos às 16h00 no nosso estádio.

P.S. – Os lagartos ganharam em Vila do Conde aos 88’ com um golo inacreditavelmente em fora-de-jogo. Pela boca morre o peixe! Depois do escarcéu que fizeram a propósito do Benfica-Braga, foi muito bem feito! Será que também vão pedir um inquérito?

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Boa resposta

Vencemos em Guimarães (2-0) para a Taça da Liga e estamos na frente do nosso grupo. Como os dois próximos encontros vão ser em casa (Olhanense e Belenenses), temos obrigação de ficar em 1º lugar e assim ter uma boa possibilidade de jogarmos em casa na meia-final (o maior número de pontos e o goal-average vai determinar isso em relação aos vencedores dos outros grupos). Esta partida nada teve a ver com a da Trofa e, se lá tivéssemos mostrado ¼ desta ambição e deste querer, teríamos certamente ganho.

Para a subida de produção da equipa muito contribuiu o regresso do Katsouranis. O grego é hoje em dia dos jogadores mais fundamentais do Glorioso e é com muita preocupação que leio algumas das suas declarações a dizer que se quer ir mesmo embora no final da época por causa das 10h que demora uma viagem entre Lisboa e Atenas. Não seria mais barato alugar um avião que semanalmente fizesse essa ligação directa do que tentar encontrar um jogador com a mesma categoria do Katsouranis por um preço compatível com o nosso orçamento? Creio bem que sim. Outra novidade em relação à Trofa foi a entrada do David Luiz para a lateral-esquerda e é indesmentível que ele esteve muito bem nesta partida. Não é a posição em que gosto mais de o ver, mas neste momento não tem lugar a central, já que o Luisão é intocável, o Sidnei é a revelação do campeonato e o Miguel Vítor é uma muita válida opção.

Não poderíamos ter tido melhor entrada na partida já que aos 9’ colocámo-nos na frente na sequência de um canto em que o Katsouranis surgiu muito bem ao primeiro poste e marcou. É pena que tenhamos deixado de explorar este filão, já que na sua primeira época no Benfica o grego marcou muitos golos desta maneira. Pode ser que, depois disto, as coisas voltem a ser o que eram. Este canto surgiu depois de uma óptima jogada atacante, em que o Aimar cabeceou, o Nilson defendeu à queima-roupa e, na recarga, o Di María rematou para uma nova intervenção do guarda-redes. Estando na frente do marcador, controlámos perfeitamente a partida e até ao intervalo ainda pudemos ver o fora-de-jogo mais mal assinalado da história do futebol mundial. Eram quatro, q-u-a-t-r-o(!), jogadores a colocarem o Di María em jogo, mas o fiscal-de-linha (Valter Oliveira ou Luís Marcelino, não sei qual deles) como viu que ele e o Suazo ficariam isolados frente ao guarda-redes, resolveu cortar a jogada. E, claro que apesar de o Gregory ter arrancado o Suazo pela raiz, o primeiro cartão amarelo teria de ser para um jogador do Glorioso, neste caso, o Yebda.

Na 2ª parte a tendência do jogo alterou-se um pouco, já que o V. Guimarães teve mais preponderância na posse de bola, mas não criou uma única real oportunidade de golo. A partida manteve-se numa ritmo relativamente baixo, que nos convinha na perfeição, até que aos 81’ demos a estocada final com um bom pontapé do Carlos Martins depois de um centro do Ruben Amorim, na sequência de um contra-ataque bem delineado. Pode ser que este golo o motive a voltar às boas exibições de início de época.

Para além do Katsouranis e David Luiz, também gostei do Aimar (espero que este jogo marque o início da sua subida de produção), do Suazo (é um autêntico bulldozer), do Miguel Vítor (um corte defeituoso não mancha uma exibição cheia de personalidade) e do Luisão (mas este é já um habitué
). O Yebda esteve igualmente uns furos acima do que fez nos últimos jogos, assim como o Ruben Amorim que entrou ainda na 1ª parte para substituir o Balboa (que, se continua assim, duvido que jogue mais no Benfica). O Moretto mostrou-se seguro, mas eu não sou nada fã daquelas fintas aos atacantes...

Vejamos se esta vitória tem desenvolvimento nos próximos jogos, mas devo dizer que é com bastante pena que não joguemos mais em Guimarães este ano. Três jogos, três vitórias e três exibições muito personalizadas foram o saldo desta época. Nada mau.