domingo, maio 24, 2009
Despedida
No último jogo da época vencemos o Belenenses por 3-1 e contribuímos para que esta equipa, cujo speaker do estádio pede salvas de palmas ao presidente do CRAC por “ter ajudado muito o clube” (whatever that means), fosse despromovida à II Liga. Eu até tinha alguma simpatia por eles, principalmente por serem um clube de Lisboa e eu gostar de ir ao Restelo ver o Benfica, mas depois daquela cena, é para o lado que eu durmo melhor.
Fizemos um jogo q.b., já que a réplica também não foi grande coisa. Entrámos praticamente a perder, com um golo do Silas aos 3’. Como nos anteriores 43 jogos oficiais só por uma vez tínhamos conseguido dar a volta ao marcador, havia 2,32% de possibilidades de ganharmos esta partida, mas felizmente foi desta vez que contrariámos a estatística. Empatámos aos 20’ no 17º golo para o campeonato daquele avançado paraguaio “tosco e lento” que nós temos, mas que (olhem lá a chatice!) se farta de marcar golos. Este foi de cabeça depois de um magnífico centro do Maxi Pereira. Tivesse o Cardozo sido opção para titular desde o início da época e seria certamente o melhor marcador do campeonato. Até final da 1ª parte pouco mais se passou, com excepção do hara-kiri de um jogador do Belenenses (Saulo) que resolveu pontapear o Di María no chão perto do intervalo e ser obviamente expulso. Muito gostaria eu de saber o que é que passa pela cabeça de um profissional de futebol para fazer uma coisa destas num jogo de vida ou de morte para a sua equipa.
Na 2ª parte, com menos um, o Belenenses poucas vezes passou de meio-campo e nós lá fizemos a obrigação de tentar chegar à vitória, mas sem aplicar uma velocidade por aí além, com excepção do Urreta. Foi um improvável Fellipe Bastos, que tinha entrado na 1ª parte para o lugar do abúlico Carlos Martins (o Quique não tem pejo em tirar os jogadores de campo, seja em que altura for, se estes não estiverem a cumprir), a desempatar a partida num grande pontapé de fora da área. Percebeu-se logo ali que a partida estava ganha, mas mesmo assim ainda deu para, já nos descontos, o Mantorras contribuir para a sua estatística pessoal de marcar um golo a cada duas horas desde que teve a grave lesão (é inacreditável este número!). Tive pena que o Quique não tenha tirado o Katsouranis antes dos 90’ para lhe permitir que se despedisse de nós de uma maneira mais relevante.
Individualmente o destaque vai inteirinho para o Urreta. Como diria alguém que eu espero sinceramente que não seja o nosso próximo treinador, que “granda” jogo! Rapidez, jogar a bola sempre para a frente, generosidade em ajudar a defesa, bons centros, óptimos passes a desmarcar os colegas foi um autêntico festival. Afinal, não tínhamos que ter procurado muito para descobrir um extremo-direito... Também gostei do Maxi Pereira que foi, provavelmente, o jogador mais regular durante a época toda. E faltam palavras para o Cardozo, de longe o nosso melhor ponta-de-lança da última década (no mínimo). O resto da equipa esteve num plano aceitável.
Para as expectativas que tínhamos no início da temporada, nomeadamente depois das contratações, esta foi uma desilusão completa. Ganhámos a Taça da Liga, mas tínhamos obrigação de fazer muito mais nas outras competições, especialmente no campeonato. O balanço far-se-á nos próximos dias.
P.S. - O Domingos Soares Oliveira já veio dizer que, sem Champions, é inevitável que vendamos jogadores, mas acho que devemos ter muito cuidado com o que iremos fazer. Terei muita pena se sair o Luisão (essencial no balneário e a voz de comando na defesa), mas a forma como ele se despediu dos adeptos indiciou isso mesmo. É um dos poucos sobreviventes da equipa que foi campeã e o único que é titular indiscutível. No entanto, tendo ele já 28 anos se calhar quererá fazer o contrato da sua vida. Além disso, há neste plantel alternativas credíveis para o substituir, se o negócio se proporcionar (mas por menos de 10 milhões de euros nem pensar!). Numa posição onde não há alternativas credíveis no plantel e será impossível arranjar tanta qualidade no mercado a preços acessíveis é a de ponta-de-lança. Seria um ERRO HISTÓRICO deixar sair o Cardozo, o que espero que nem sequer passe pela cabeça dos nossos responsáveis.
Fizemos um jogo q.b., já que a réplica também não foi grande coisa. Entrámos praticamente a perder, com um golo do Silas aos 3’. Como nos anteriores 43 jogos oficiais só por uma vez tínhamos conseguido dar a volta ao marcador, havia 2,32% de possibilidades de ganharmos esta partida, mas felizmente foi desta vez que contrariámos a estatística. Empatámos aos 20’ no 17º golo para o campeonato daquele avançado paraguaio “tosco e lento” que nós temos, mas que (olhem lá a chatice!) se farta de marcar golos. Este foi de cabeça depois de um magnífico centro do Maxi Pereira. Tivesse o Cardozo sido opção para titular desde o início da época e seria certamente o melhor marcador do campeonato. Até final da 1ª parte pouco mais se passou, com excepção do hara-kiri de um jogador do Belenenses (Saulo) que resolveu pontapear o Di María no chão perto do intervalo e ser obviamente expulso. Muito gostaria eu de saber o que é que passa pela cabeça de um profissional de futebol para fazer uma coisa destas num jogo de vida ou de morte para a sua equipa.
Na 2ª parte, com menos um, o Belenenses poucas vezes passou de meio-campo e nós lá fizemos a obrigação de tentar chegar à vitória, mas sem aplicar uma velocidade por aí além, com excepção do Urreta. Foi um improvável Fellipe Bastos, que tinha entrado na 1ª parte para o lugar do abúlico Carlos Martins (o Quique não tem pejo em tirar os jogadores de campo, seja em que altura for, se estes não estiverem a cumprir), a desempatar a partida num grande pontapé de fora da área. Percebeu-se logo ali que a partida estava ganha, mas mesmo assim ainda deu para, já nos descontos, o Mantorras contribuir para a sua estatística pessoal de marcar um golo a cada duas horas desde que teve a grave lesão (é inacreditável este número!). Tive pena que o Quique não tenha tirado o Katsouranis antes dos 90’ para lhe permitir que se despedisse de nós de uma maneira mais relevante.
Individualmente o destaque vai inteirinho para o Urreta. Como diria alguém que eu espero sinceramente que não seja o nosso próximo treinador, que “granda” jogo! Rapidez, jogar a bola sempre para a frente, generosidade em ajudar a defesa, bons centros, óptimos passes a desmarcar os colegas foi um autêntico festival. Afinal, não tínhamos que ter procurado muito para descobrir um extremo-direito... Também gostei do Maxi Pereira que foi, provavelmente, o jogador mais regular durante a época toda. E faltam palavras para o Cardozo, de longe o nosso melhor ponta-de-lança da última década (no mínimo). O resto da equipa esteve num plano aceitável.
Para as expectativas que tínhamos no início da temporada, nomeadamente depois das contratações, esta foi uma desilusão completa. Ganhámos a Taça da Liga, mas tínhamos obrigação de fazer muito mais nas outras competições, especialmente no campeonato. O balanço far-se-á nos próximos dias.
P.S. - O Domingos Soares Oliveira já veio dizer que, sem Champions, é inevitável que vendamos jogadores, mas acho que devemos ter muito cuidado com o que iremos fazer. Terei muita pena se sair o Luisão (essencial no balneário e a voz de comando na defesa), mas a forma como ele se despediu dos adeptos indiciou isso mesmo. É um dos poucos sobreviventes da equipa que foi campeã e o único que é titular indiscutível. No entanto, tendo ele já 28 anos se calhar quererá fazer o contrato da sua vida. Além disso, há neste plantel alternativas credíveis para o substituir, se o negócio se proporcionar (mas por menos de 10 milhões de euros nem pensar!). Numa posição onde não há alternativas credíveis no plantel e será impossível arranjar tanta qualidade no mercado a preços acessíveis é a de ponta-de-lança. Seria um ERRO HISTÓRICO deixar sair o Cardozo, o que espero que nem sequer passe pela cabeça dos nossos responsáveis.
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7 comentários:
temos alternativas para o luisao, mas nem uma delas pode ser o lider de uma defesa...
É triste chegar a última jornada e ver sempre a mesma coisa, ou é a despedida do treinador, ou a espera que o Mantorras marque um golo.... É triste... Ver o Benfica sempre na mesma, e ver o CRAC sempre por esta altura a festejar... :( É pena, espero que algum dia isto mude!
http://eissomeenvaidece.blogspot.com/2009/05/o-premio-que-se-esperava.html
peço que vás lá comentar e estejas atento à intervenção de um adepto corrupto que me polui o espaço... ele visita-me todos os dias!
1) o Katsouranis a jogar daquela maneira, completamente desinteressado do jogo (pudera!) não faz falta nenhuma ao Benfica, antes pelo contrário, tal como todo e qualquer outro jogador que não dê "o litro".
E ele só nos tem é a agradecer - se de facto é verdade que o deixámos sair a custo zero (mais um, depois do Petit e do Léo...).
2) O Urreta, se não se estragar, pode-se fazer um grande jogador. Ou se não se desmoralizar, pois é dificil, semana após semana, ver o Di Maria a tirar-lhe o lugar (mesmo que jogue mal, como acontece na maioria dos jogos...)
3) o Cardozo é bom, sem dúvida, mas resta ver se quer/gosta mesmo de cá estar ou é mais um mercenáriozito tipo cebola.
E quanto a ser o nosso melhor avançado da última década... deves-te estar a esquecer do Nuno Gomes (não é que eu goste muito dele, mas marcou 76 golos nas primeiras 3 épocas no Benfica).
De todos, o único que não pode sair é o Luisão. Sem ele perdemos pontos em quase todos os jogos. Para mim tem que estar presente neste balneário e numa equipa campeã.
Precisamos de contratar dois avançados de qualidade e despachar o Nulo Gomes. Precisamos sobretudo que o Rui Costa seja mais exigente e ambicioso para com este lote de jogadores que pode render muito mais. Faz falta um Mozer como adjunto, ou um Álvaro. Alguém que mostre os dentes...
Saudações de glória
OFF-TOPIC
Olá S.L.B.
Finalmente arranjei maneira de conseguir ir ver o Benfica TV na net.
Vi ontem o vosso programa e devo dizer que concordo contigo em relação aos contratos com o treinador de 1 ano + 1, sendo renovado automaticamente desde que o Benfica tenha ou nao atingido algum dos objectivos(Campeonato, Competição Europeia, acesso à Champions e talvez a Taça de Portugal).
O Gonçalo dizia que assim não se consegue treinadores de prestígio.
Mas se um treinador diz logo à partida que não tem confiança para conseguir um 2º lugar no campeonato (objectivo mínimo), nem a dignidade para pôr o lugar à disposição caso isso não aconteça logo ali descarta-se um treinador que não interessa.
É que "objectivos invisíveis" nunca foram o objectivo de nenhuma equipa, grande ou pequena.
abraço
MB: envia-me o teu mail, sff. Abraço.
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