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terça-feira, março 29, 2005

Desejos para o Eslováquia-Portugal

Por estar fora do país, não sei se terei oportunidade de ver o jogo, mas de qualquer maneira deixo aqui os meus dois desejos:
- Que Portugal ganhe;
- E o mais importante de todos: que nenhum jogador do Glorioso se magoe.

Se a decisão tivesse por base apenas a forma actual dos jogadores, é óbvio que jogaria o Manuel Fernandes em vez do Costinha e o Quim (apesar de eu continuar a preferir o Moreira) em vez do Ricardo. Mas quantos menos jogadores do Benfica alinharem, ainda por cima nesta fase decisiva da época quando qualquer lesão pode ser catastrófica, melhor...

terça-feira, março 22, 2005

Um potencial bom reforço para o clube regional



Aqui está ele! Javi Navarro, 31 anos, defesa do Sevilha, nacionalidade espanhola. Como se pode ver nas imagens abaixo, um jogador perfeitamente já identificado com a "cultura" e "mística" do clube regional. Rodolfo, Frasco, André, Paulinho Santos, Jorge Costa, Costinha e McCarthy têm aqui um sucessor à altura.


(sequência de imagens retirada do Terceiro Anel)

Refira-se que Arando, o médio venezuelano do Maiorca vítima desta entrada "ríspida" (que resultou num cartão... amarelo!), começou a sofrer espasmos, teve uma paragem respiratória e perdeu a consciência. Felizmente não corre perigo de vida, mas ainda se encontra nos cuidados intensivos, com uma fractura do osso malar e uma ferida profunda no lábio superior.

Não fossem os sumaríssimos (que apesar de tudo estão a restringir a vontade de alguns jogadores usarem os membros superiores nas "disputas" de bola) e um destes dias correríamos o perigo de assistir cá a uma situação semelhante.

Uma lágrimazita no canto do olho

Numa altura em que alguns dos filmes em cartaz, como o Million Dollar Baby, À Procura da Terra do Nunca e Mar Adentro, puxam para a lágrimazita confesso que ontem quase me ia caindo uma quando vi a conferência de imprensa do treinador do clube regional. Disse ele: “Toda a conjuntura do futebol português leva a que em caso de alguma dúvida, somos sempre nós penalizados. Não vamos entrar aqui na mania da perseguição, mas se já estamos avisados resta-nos ter mais prudência.” Coitadinhos... Tenho tanta pena deles... Tão prejudicados que são... Aliás, têm sempre sido ao longo destes últimos 20 anos. Não há direito... O McCarthy até fez uma festinha ao Rui Jorge e tudo... É inacreditável como é que se considera aquilo uma agressão... E, no final do jogo, o abraço e risos entre o quarto árbitro e o adjunto dos lagartos (que por acaso são ambos da mesma terra) denunciado pelo papa? A culpa disto tudo é de certeza do Benfica! Onde é que estão o José Guímaro, Juvenal Silvestre, José Silvano, Martins do Santos, Pinto Correia, Jacinto Paixão e outros que tais quando se precisa deles?

À parte disto, o clube regional existiu durante 10 minutos. Mesmo antes da expulsão do McCarthy (que deveria levar seis jogos de suspensão em virtude de ser duplamente reincidente) , os lagartos assumiram o comando do jogo. Gostei bastante das exibições do Leandro do Bomfim, Maniche e Costinha. Estão em grande forma! Quanto aos lagartos não compreendi o facto de terem tirado o pé do acelerador quando marcaram o 1º golo, perdendo uma ocasião única para golear e terem vantagem directa sobre o clube regional. Neste momento, não dependem deles nem para o 1º nem para o 2º lugar. E a desculpa dos jogos em excesso não me convence; afinal, vêm aí 15 dias sem campeonato para descansarem à vontade. Mas enfim não é nada connosco...

Depois desta dupla grande alegria (as expulsões) e dupla satisfação muito moderada (era só o que mais faltava eu festejar golos dos lagartos...), temos seis pontos de vantagem sobre toda a concorrência. “Só” faltam seis vitórias e um empate e era essencial que chegássemos às duas últimas jornadas (lagartos e Bessa) já campeões, aproveitando o calendário mais favorável que temos até lá. De qualquer maneira, será sempre um feito quer sejamos campeões ao fim de 11 (muito longos) anos de jejum, quer consigamos a proeza de desperdiçar seis pontos de vantagem a oito jornadas do fim (o Diabo seja cego, surdo e mudo!). Pensar jogo a jogo, com toda a concentração, é essencial. Deixem a ansiedade para os adeptos. FORÇA BENFICA!

segunda-feira, março 21, 2005

Duas vezes por ano

Há coisas que só acontecem com esta periodicidade, como por exemplo eu querer que os lagartos ganhem! Mas quando se defronta o clube regional, outra coisa não se poderia desejar. Hoje, Portugal inteiro (tirando a pequena minoria que é adepta do tal clube) vai torcer por eles. Três derrotas consecutivas seria mais um magnífico recorde quebrado pelo clube do Norte. Para o Glorioso, é óbvio que é preferível ter os adversários todos a seis pontos do que um deles (com quem, ainda por cima, estamos em desvantagem no confronto directo) a cinco. O problema é que os lagartos, que nunca são de confiança nestas ocasiões (vide o jogo da 1ª volta), vão jogar bastante desfalcados (sem Custódio, Rochemback e Polga), enquanto a única baixa do clube regional é a mesma que o Middlesbrough teve a partir da meia-hora do jogo de 5ª feira passada: o Hugo também não vai jogar...

Cruzeiro no Sado

Quando aos dois minutos o Bruno Moraes (curiosamente um jogador emprestado pelo clube regional ao V. Setúbal) se atira sobre o Petit e o lesiona, pensei: “nunca mais venho ver um jogo fora. É a primeira vez esta época e começa logo a correr mal.” E, de facto, os primeiros 20 minutos não auguravam nada de bom, com o V. Setúbal a jogar melhor, apesar de ter havido o lance duvidoso sobre o Geovanni em que se fosse assinalado penalty não teria sido um escândalo. Felizmente tudo se alterou com a (justíssima) expulsão do defesa setubalense e, a partir daí, controlámos completamente o jogo. O futuro guarda-redes do clube regional deu uma ajuda preciosa no golo do Manuel Fernandes e a 2ª parte foi um passeio, especialmente a partir do golo (com alguma sorte no ressalto, diga-se) do Geovanni. A um quarto de hora do fim, o meu amigo H. disse-me: “para isto se tornar interessante, só falta o nosso 3º golo”. Plenamente de acordo! Infelizmente não veio, mas conseguimos o que era essencial: ganhar.

Apesar de não termos o killer instinct que nos permita cilindrar adversários e tentar sempre marcar mais golos, pode ser que estejamos já em velocidade de cruzeiro em direcção ao tão desejado título. Já se sabe que não conseguimos entusiasmar por aí além (ou não fôssemos treinados por um italiano, que, a crer n’ A Bola, disse na conferência de imprensa “se eles marcassem antes de nós seria difícil recuperar”; felizmente as coisas estão a correr bem, mas o discurso da impossibilidade de dar a volta a um jogo mantém-se!), todavia demonstrámos um futebol bastante consistente, razoável e com a tão famosa personalitá. Por isso é que a análise deste jornalista (?) do Record é de morrer a rir. São sete, repito, s-e-t-e, os nossos jogadores que têm nota 2 em 5! E os restantes são corridos a 3! Se fossem outras as cores em campo, a exibição tinha sido “inteligente”, “constante”, “adulta” e sem permitir “veleidades ao adversário”. Como é o Benfica, 2/3 da equipa tem nota negativa!

É sempre bom ver o Glorioso ao vivo e os jogos fora têm uma aura diferente. A seguir ao 2º golo, quando o jogo praticamente acabou e passámos a trocar a bola sem procurar a baliza, o entusiasmo nas bancadas arrefeceu um pouco. Se fosse no Estádio da Luz, toda a gente começava a assobiar e a mandar a equipa para a frente. Não é que eu não gostasse que tentássemos marcar mais golos, mas daí a assobiar a equipa (que ainda por cima está a ganhar) vai uma diferença tão grande como entre a decência e a Carolina Salgado. Por isso é que é mais fácil jogar fora do que em casa, a pressão é bastante menor. Pode ser que agora, isolados em 1º e com a esperança legítima de chegar ao título, a tolerância na Luz (que espero que encha contra o Marítimo) seja um pouco maior.

terça-feira, março 15, 2005

Hoje há um jogo InterNacional

Espero que o prefixo desta última palavra tenha tanto sucesso hoje como o sufixo teve na passada 6ª feira... Parafraseando o mail que recebi hoje, seria óptimo que o clube regional nos proporcionasse mais um magnífico concerto Silence 4!

segunda-feira, março 14, 2005

Obrigado, Hugo!

Oferecer um golo ao Belenenses e dois ao Penafiel em duas jornadas consecutivas se não é caso para o Guiness não deve andar longe. E de repente temos os lagartos a seis pontos de nós.

Fim-de-semana mais perfeito do que este é difícil de arranjar. Ganhámos 8-0 em três campos diferentes! Para a semana, é infelizmente impossível repeti-lo. Mas assim já não vou torcer por um empate, mas sim por uma vitória dos lagartos frente ao clube regional. Se ganharmos em Setúbal, ficaremos com os dois a seis pontos e acho que é preferível assim do que com um a oito e outro a quatro.

É só uma questão de seguir a estatística: segundo A Bola de hoje, das 11 vezes que chegámos à 25ª jornada em 1º lugar, fomos campeões em 10 delas, ou seja, em 90,9% das vezes. Concentrem-se, não vamos estragar a estatística! Tem que ser este ano!

"Folk som Mourinho är fotbollens fiende"

"Gente como Mourinho é inimiga do futebol", Volker Roth, presidente do Comité de Arbitragem da UEFA, dixit (fonte original aqui, para quem saiba sueco, ou aqui).

Mais um "troféu" para o recheado palmarés deste excelente ser humano: graças às suas declarações (acusando-o de favorecer o Barça, depois de ter supostamente recebido o Rijkaard na sua cabine no intervalo do jogo) que despoletaram uma série de ameaças de morte, um dos melhores árbitros da actualidade, Anders Frisk, abandona o futebol três anos antes da idade da reforma.

Será que o Sr. José Mourinho ainda pensa que é treinador do clube regional, onde este tipo de declarações são recorrentes e passam sempre impunes? Não há dúvidas sobre o mérito dele como treinador, mas ainda há menos sobre as suas "qualidades" enquanto pessoa. Vou gostar muito de ver as repercussões deste caso. Duvido que estas declarações do presidente do Comité de Arbitragem da UEFA, juntamente as dos árbitros Urs Meier ("ele tem de ser punido") e do Kim Milton Nielsen ("não se pode fazer declarações que espicacem o comportamento dos 'hooligans'"), não tenham consequências.

domingo, março 13, 2005

O começo da crença

Era absolutamente fundamental ganhar hoje ao Gil Vicente. Um empate dar-nos-ia igualmente a liderança isolada, mas não mostraríamos o tão famoso estofo de campeão. Ganhámos e bem, com a alegria suplementar de ver o Mantorras tornar-se decisivo ao apontar o 1º golo num grande remate fora da área. O 2º golo do Miguel também foi muito bom, na sequência de uma grande jogada do João Pereira, um mal-amado pelos benfiquistas ainda estou para saber bem porquê. Foi formado nas nossas escolas, é lutador, é razoável tecnicamente, na maior parte das vezes cumpre e não dá muitas abébias, não percebo porque é que muita gente o critica. Na maior parte do tempo jogámos bem, com paciência, pressing eficiente sobre o adversário, relativa rapidez na transição para o ataque e algumas oportunidades de golo enquanto o Gil Vicente teve somente uma. E houve um penalty por assinalar por empurrão (que eu saiba a carga de ombro não pode ser feita com a mão...) ao Karadas com o resultado ainda 0-0. Felizmente não teve influência no resultado final.

Tão importante quanto a vitória foi a atitude dos jogadores que começam a acreditar que é possível acabar com o nosso jejum. E eu também já acredito! Quem diria, há apenas meia dúzia de jogos, que estaríamos na posição que estamos hoje? Se os outros se entretêm a perder pontos e nós finalmente mostramos capacidade de aproveitar... Os três próximos jogos vão ser fundamentais, já que clube regional, lagartos e Boavista vão jogar entre si e, se nós ganharmos os nossos, podemos adquirir uma vantagem confortável, principalmente tendo em atenção as duas últimas jornadas (lagartos e Bessa). Se não precisarmos desses pontos era muito bom... Arriscamo-nos a fazer a dobradinha com o futebol menos conseguido dos últimos tempos, but who cares?!

P.S. - Hoje o estádio estava bastante mais composto (principalmente com crianças e estudantes reflectindo a medida acertadíssima de usufruírem de bilhetes mais baratos) do que nos jogos anteriores, mas dados os acontecimentos do dia anterior se fosse no estádio antigo estaria ainda mais gente. Claro que os preços eram muito menores. Aliás, continuo sem perceber porque é que os nossos bilhetes para o campeonato são tão caros (um não-sócio paga no mínimo 18€ para ver o jogo atrás da baliza). Será alguma exigência de um banco?

sábado, março 12, 2005

O melhor jantar de anos da minha vida!

Uma noite perfeita e inesquecível! Jantar de anos com amigos na "Catedral da Cerveja". Televisão sintonizada na Sport TV. Quatro grandes manifestações de alegria do restaurante inteiro. OBRIGADO NACIONAL! Há 30 anos que não assistíamos a tamanha humilhação do clube regional em casa. Como se diz aqui, até poesia houve! Não se poderá pedir um requerimento para que eles joguem sempre em casa até ao final da época?!

É óbvio que neste jogo tivemos uma grande manifestação das virtudes do "apito dourado", senão vejamos: o 1º e 3º golos eram invalidados por "claros" foras-de-jogo, o segundo seria anulado por pretensa falta sobre o Ricardo Costa (quando é ele que a faz e o árbitro, muito bem, dá a lei da vantagem) e o 4º não existiria porque a falta do Nuno Valente jamais seria marcada (e com um bocadinho de sorte ainda seria assinalado um penalty a favor e teríamos uma "vitória sofrida, mas justa, da equipa que mais atacou, que mais remates e mais posse de bola teve"). O Damásio e Artur Jorge ainda demoraram uma época inteira a dar cabo de uma equipa campeã nacional, o grande presidente do clube regional fê-lo a uma equipa campeã europeia ainda durante a pré-época! Trocou jogadores de futebol por uma escola de samba e o resultado está à vista.

Claro está que temos que ganhar ao Gil Vicente, caso contrário esta grande alegria será inútil em termos de pontos. Será que iremos assistir ao desejado arranque rumo ao título? Logo à noite se verá... FORÇA BENFICA!

quarta-feira, março 09, 2005

Absolvidíssimo

O Simão foi absolvido no caso da suposta "agressão" ao Alex. E a não ser por tacanhez, mesquinhice ou ceguice é que não se admite a justiça da absolvição. Sejamos claros: o Simão não agrediu ninguém, o que se passou foi apenas uma disputa de bola. Aliás, o Conselho de Disciplina da Liga tem actuado bem na maioria destes casos de agressões que passam incólumes durante o jogo. A não ser no caso do McCarthy, onde claramente errou. Mudar a suspensão de dois para três jogos depois do clube regional ter recorrido da sentença não se percebeu. É óbvio que lhe deveriam ter sido dados (pelo menos) os três jogos logo de início, já que foi reincidente (contra o Boavista tinha feito o mesmo). Aliás, é curioso verificar que os jogadores desse clube tem andado muito calminhos nos últimos tempos, no que se refere a cotoveladas. Porque será?

Comparar o caso do Simão a qualquer um protagonizado pelos jogadores que equipam de azul e branco é comparar o dia à noite. O único caso em que a agressão foi mais duvidosa foi o do Seitaridis no jogo contra o Estoril. A estalada existiu (e eu acho que merecia pelo menos um jogo), mas é um lance discutível e se o jogador fosse despenalizado não seria um grande escândalo. Todavia, o respectivo clube resolveu não recorrer, com receio de ver a pena agravada, tal como sucedeu no caso do McCarthy (que, refira-se, foi o único onde isto aconteceu). Azar o deles... Mas vir dizer que o jogador só foi despenalizado porque é do Benfica é tentar atirar areia para os olhos das pessoas.

segunda-feira, março 07, 2005

Nacional - 0 - Benfica - 1

O Nuno Gomes é dos meus jogadores preferidos. Sempre lhe admirei o espírito combativo, a generosidade, a técnica, a capacidade para fazer tabelinhas (como poucos pontas-de-lança a nível mundial sabem fazer) e a capacidade concretizadora. Todavia, nos últimos tempos, a sua moral tem andado muito em baixo. A falta de golos que tem revelado, desde que voltou para o Glorioso, é certamente o maior motivo para este abaixamento de forma. Claro está que, desde que voltou, ainda não conseguiu fazer uma época completa sem lesões. Mas a sua maneira de jogar tem vindo a alterar-se e, a meu ver, com consequências negativas. Hoje em dia usa e abusa das tabelinhas e remata muito menos vezes do que antigamente. Aliás deve ser dos pontas-de-lança mundiais com maior grau de eficácia, porque quando remata à baliza é quase sempre golo. O que, concretizando menos de 10 golos/época, demonstra a pouca quantidade de vezes que visa a baliza. Ainda por cima, o seu remate é geralmente bastante colocado, pelo que não percebo porque é que não tenta com mais frequência. Isto tudo para dizer quanto fiquei contente pelo golo de ontem (ainda por cima de cabeça) e quanto fiquei triste pela sua (nova) lesão, que o vai impedir de jogar nos próximos jogos.

Quanto ao jogo, acabámos por ter sorte no penalty falhado pelo Adriano (inacreditável a forma como o Quim faz falta num lance em que o jogador adversário iria ficar quase sem ângulo para marcar; Moreira, onde estás?!) e no penalty não assinalado. Aliás não percebo porque é que o Dos Santos insiste em fazer penalties em jogadas sem grande perigo (já em Bruxelas o fez). De qualquer maneira, seria uma grande injustiça não ganharmos o jogo depois de pelo menos quatro oportunidades claríssimas (Simão, Geovanni, Petit e Nuno Assis). Fizemos um jogo bastante bom, na sequência do jogo do Dragon. Jogamos bastante melhor fora do que em casa e estamos a sair muito rápido para o contra-ataque, ao contrário do que tínhamos feito até há bem pouco tempo, o que nos permite criar lances de bastante perigo. Será que entrámos no bom caminho?

P.S. – O Sokota marcou quatro golos na equipa B. Mesmo sabendo que não continuará para a próxima época e que, se calhar, irá para um clube rival quem é que perde mais em não o ter na equipa principal? Ele, que continua a receber o ordenado, ou o Benfica que tem o Delibasic (que nem convocado é) para o substituir?

sexta-feira, março 04, 2005

Dois Terços

Segundo o jornal A Bola de hoje, em 65 edições da Taça é a 43ª vez que estamos nas meias-finais, ou seja, em 66% das vezes. E em 76% (32 em 42) das vezes que jogámos as meias-finais passámos à final. Onde ganhámos 75% dos jogos efectuados (24 em 32). O que equivale por dizer, ao contrário do que refere o Sr. Trapattoni, que é óbvio que temos de nos assumir como favoritos à vitória na Taça, ainda por cima sem o clube regional e os lagartos pela frente. Vamos ver o que nos reserva o sorteio (até agora não nos podemos queixar da sorte)...
A vitória frente ao Beira-Mar foi mais do que justa. A 1ª parte foi bastante razoável (para não dizer boa), com um futebol mais rápido do que vínhamos mostrando até antes do jogo contra o clube regional. Tivemos, pelo menos, quatro oportunidades de golo (Luisão, Nuno Assis, João Pereira e Geovanni/Fyssas) e concretizámos uma. A 2ª parte do Glorioso foi bastante má, em nítido défice físico, e as substituições do Sr. Trapattoni – deixar o Miguel em campo e tirar o João Pereira (que estava mais fresco e a jogar melhor), e não reforçar o meio-campo mais cedo para reassumir o controlo do jogo - também não se perceberam. De qualquer maneira, o Beira-Mar não criou situações de golo
iminente. E mesmo que as tivesse criado estaria lá o Moreira, que provou porque é que nunca deveria ter deixado de ser o titular do Benfica: a segurança que transmite ao resto da equipa ao não largar uma única bola, seja em cruzamentos para a área, seja em remates, não se compara à do Quim.

Em relação ao nosso golo, acho que o lance é regular, já que o Ricardo Silva, no lado oposto do campo, coloca o João Pereira em linha (repara-se bem através do corte da relva). E, mesmo se estivesse adiantado, seria por milímetros, ou seja, era praticamente impossível ao fiscal-de-linha ter certezas e, em caso de dúvida, a lei é clara. Na 2ª parte há dois penalties, um para cada lado (mão do Ricardo Rocha e carga sobre o Nuno Gomes). Portanto, não percebo o que o Sr. Luís Campos quis dizer quando referiu que foi “impedido” de chegar às meias-finais. Quem conseguiu fazer descer duas equipas de divisão na mesma época há dois anos atrás (V. Setúbal e Varzim) deveria preocupar-se em treinar mais e protestar menos.

terça-feira, março 01, 2005

10 anos e 238 dias depois

Felizmente enganei-me nas previsões! Depois de 10 anos, finalmente uma arbitragem em que não fomos escandalosamente prejudicados permitiu que voltássemos a pontuar na casa do clube regional. E 238 dias depois de ter assumido o comando do Glorioso, o Trapattoni colocou a equipa a jogar sem medo e sem complexos num jogo importante. De facto, fiquei absolutamente perplexo com a nossa exibição e a questão é: onde é que esta equipa andava escondida? Jogámos (ontem sim!) com personalidade, sem medo de atacar, rematando com perigo, com transições rápidas da defesa para o ataque e tentando efectivamente ganhar o jogo. Fizéssemos isto nos outros jogos anteriores e não tínhamos tido tantos desgostos este ano.

No entanto, perdemos uma excelente oportunidade de ganhar, porque nunca se sabe quando voltaremos a sair de um jogo na casa do clube regional sem ter nenhum jogador expulso. Desta vez, como disse a grande Leonor Pinhão na TVI, como a rede da baliza abanou era difícil não validar o golo do Geovanni. E foi uma pena o lance do Nuno Gomes quase no final do jogo não ter resultado em golo. Mas, apesar de ficarmos em desvantagem no confronto directo com o clube regional, um empate lá em cima, dadas todas as condicionantes que habitualmente nos são impostas neste jogos, não se pode considerar um mau resultado. E agora estou muito curioso para verificar se a nossa inconstância vai terminar de vez ou se este jogo foi um oásis no deserto. Convém não esquecer que depois de darmos 4-0 ao Boavista conseguimos perder com o Beira-Mar... E se há jogo em que não podemos mesmo perder é o próximo com o Beira-Mar.

Óscares 2004

Uma reflexãozinha sobre os Óscares da madrugada de anteontem, já que o cinema tem sido tão esquecido neste blog. O Million Dollar Baby é o melhor filme estreado comercialmente em Portugal nos últimos largos anos. É fabuloso do princípio ao fim, desde o encontro Eastwood-Swank até à última meia-hora de uma tensão quase insuportável. Em termos puramente racionais, foi justo ter ganho os principais óscares (inclusive o de melhor actor secundário pelo sempre excelente Morgan Freeman). Fiquei contente, mas ao mesmo tempo triste pelo Martin Scorsese. Ainda não foi desta que ganhou o seu merecidíssimo óscar. Apesar de O Aviador não ser um Toiro Enraivecido, um A Idade da Inocência ou um Casino, é um óptimo filme. Mas quando o maior de todos os tempos (Sir Alfred Hitchcock) nunca foi contemplado com uma estatueta destas, é de esperar tudo...