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segunda-feira, setembro 23, 2013

Precioso

Conseguimos um triunfo muito importante em Guimarães (1-0) que, juntamente com o empate do CRAC no Estoril, fez com que reduzíssemos a diferença para o 1º classificado para três pontos. Foi uma partida bastante complicada, em que a nossa vitória é justa e da qual nos lembraremos como um dos marcos incontornáveis se estivermos todos contentes em Maio.

O Jesus repetiu a equipa que alinhou frente ao Anderlecht, mas perante a agressividade dos vimaranenses (a roçar a violência especialmente no início da partida) ela revelou-se um pouco macia demais: o Djuricic e o Markovic passaram ao lado do jogo, o Matic está longe da melhor forma e o Enzo Pérez não consegue fazer tudo sozinho. A 1ª parte foi disputadíssima, mas sem grandes ocasiões de golo. De notar dois foras-de-jogo mal assinalados ao Enzo Pérez, que ficava praticamente isolado em ambos os lances.

Viemos com outra atitude para o 2º tempo e aos 61’ ficámos a jogar com mais um, porque o defesa-esquerdo do V. Guimarães parou um contra-ataque nosso e viu o segundo amarelo. Quatro minutos depois entrou o Lima e o jogo passou a desenrolar-se quase exclusivamente no meio-campo adversário. Os fiscais-de-linha continuavam em realce pela negativa, porque, pouco depois de ter entrado, o Lima é completamente abalroado na área adversária e o Sr. Bruno Esteves ficou a olhar para o seu fiscal, que viu o lance de frente, mas não quis dar a indicação de penalty. Até que aos 73’ marcámos finalmente através do Cardozo, num canto rasteiro e atrasado do Enzo Pérez. A bola ainda foi desviada por um jogador do V. Guimarães, traindo o guarda-redes. Até final, um pouco de forma inexplicável começámos a recuar no terreno e não se notou que estivéssemos a jogar com mais um. O V. Guimarães não teve nenhuma ocasião clara de golo, mas a bola passou mais vezes pela nossa área do que seria desejável. Eu sei que o objectivo era defender bem, mas eu prefiro que isso seja feito mantendo a posse de bola e temos jogadores mais que suficientes no plantel que conseguem fazer isso.

Em termos individuais, destaque óbvio para o Cardozo principalmente pelo golo, mas também por um ou outro passe a rasgar que desmarcou os colegas. O Fejsa é um pêndulo e, quando o Matic voltar ao seu nível, teremos um meio-campo temível. O Enzo Pérez é outro que luta até à exaustão e um indiscutível na equipa. Os sérvios (Djuricic e Markovic) precisam de aumentar a intensidade do seu jogo. Na defesa estivemos mais consistentes, mas o Siqueira deverá ter mais cuidado no futuro, especialmente quando já tiver cartão amarelo. Se o árbitro fosse o Sr. Pedro Proença, não teria deixado escapar a oportunidade para lhe mostrar o segundo, mesmo que isso tivesse sido muito forçado.

Ganhámos pontos ao CRAC e à lagartada (1-1 em casa frente ao Rio Ave), num fim-de-semana em que ambos se queixaram muito das arbitragens. O Sr. Carlos Xistra, de facto, não viu uma mão descarada no WC, mas com o registo de golos em fora-de-jogo que a lagartada tem este ano teria sido melhor ficar calada. Quanto ao CRAC, percebe-se a indignação: desde o célebre jogo em Campomaior em 2000, que não havia um lance tão evidente decidido contra eles (a mão do Otamendi, que já não deveria estar em campo por esta altura por ter derrubado um adversário isolado, é claramente fora da área e o Sr. Rui Dias assinalou penalty). É falta de hábito.

P.S. – Era escusado no final do jogo o Jorge Jesus se ter envolvido na defesa do adepto do Benfica como se envolveu. Eu sei que, estando ele numa posição fragilizada desde o final da época passada, estas atitudes caem bem junto dos sócios, mas ainda nos pode ficar a custar caro se ele tiver algum tipo de sanção no futuro que o impeça de estar no banco. Treinador é para treinar, não é guarda-costas.

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