quarta-feira, março 07, 2012
Personalidade
Uma exibição com grande cabecinha permitiu-nos derrotar o Zenit por 2-0 e atingir pela primeira vez em seis anos os quartos-de-final da Liga dos Campeões. Depois do descalabro das duas últimas semanas, escolhemos o jogo certo para dar a volta por cima. A equipa esteve muito concentrada durante os 90’ e os russos praticamente não tiveram oportunidades de golo. A justiça do desfecho da eliminatória é incontestável.
Sem o Aimar e o Garay, a tarefa não se adivinhava fácil, porque o Zenit é treinado por um italiano e lá especialista no catenaccio são eles. Entrámos no jogo conscientes de que um golo era suficiente e portanto sem grandes precipitações. O que é de louvar, especialmente se nos lembrarmos dos primeiros 20’ de 6ª feira passada. Os russos defendiam bem, mas mesmo assim o Bruno César e o Maxi Pereira tiveram boas chances de marcar. O Artur era mais um dos espectadores, mas uma desconcentração entre ele e o Luisão ia saindo-nos cara. No período de compensação da 1ª parte, fizemos o 1-0 pelo Maxi Pereira depois de uma boa combinação entre o Bruno César e o Witsel, com este a rematar para defesa do Malafeev, e depois a assistir uruguaio de calcanhar. Marcávamos num momento crucial e obrigávamos os russos a mudar a estratégia para a 2ª parte.
Devo dizer que gostei bastante do nosso 2º tempo. Logo eu, que por norma detesto o “controlar o jogo” especialmente só com um golo de vantagem. No entanto, dado o passado recente, é natural que a equipa não estivesse tão confiante para atacar e, verdade seja dita, que o adversário raramente mostrou arte para chegar à nossa baliza. Mas o que mais me satisfez foi que, apesar de termos adoptado uma velocidade menor (como seria de esperar), nunca deixámos de pensar na baliza contrária e as únicas oportunidades foram nossas. O Witsel continuava a grande exibição da 1ª parte e era um monstro a comandar o nosso jogo nas transições atacantes. Tivemos algumas boas oportunidades com duas cabeçadas do Jardel depois de cantos, mas especialmente com um grande falhanço do Cardozo só com o guarda-redes pela frente. Igualmente no período de compensação, acabámos com as (poucas) dúvidas no desfecho da eliminatória e novamente com o Witsel e Bruno César na jogada, este assiste o Nélson Oliveira (entretanto entrado para o lugar do Cardozo) para ele se estrear a marcar na Champions. Logo a seguir, a partida terminou e estou desconfiado que todos os adeptos correram tanto como os jogadores. Foi um apoio tremendo e confesso que fiquei de rastos fisicamente.
O melhor em campo foi, sem sombra de dúvida, o Witsel. A continuar assim, não vamos conseguir segurá-lo por muito tempo. A ajudar o Javi García a defender, a coordenar todo o nosso jogo atacante (na ausência do Aimar era fundamental que alguém o fizesse) e fazer assistências, fez um jogo completo. Igualmente muito bem (embora não tenha tido uma entrada auspiciosa no encontro) esteve o Bruno César, que teve papel determinante nos dois golos. O Gaitán melhorou um bocadinho em relação ao passado recente e o Cardozo fez um jogo de grande sacrifício, mas deveria ter concretizado aquela flagrante oportunidade. O Rodrigo ainda não recuperou a forma que tinha antes de o animal o atingir. Na defesa, estiveram todos muito bem, com destaque natural para o Luisão e menção para a partida muito concentrada do Jardel. Uma última palavra para o Maxi que, com dois golos, foi essencial no desfecho da eliminatória, além de que tem pilhas que não acabam. Quanto aos substitutos, o Nélson Oliveira marcou um bom golo, mas quando meter na cabeça que há alturas em que deve soltar a bola para um colega, em vez de rematar à baliza, vai ser um jogador extraordinário. O Matic também entrou muito bem para dar equilíbrio ao meio-campo e permitir que o Witsel se soltasse para o ataque. Finalmente, o Nolito veio agitar a partida e dar-nos profundidade atacante.
Foi um triunfo justíssimo perante uma equipa de quem eu sinceramente esperava mais. Por isso, é que eu não gosto de treinadores italianos. Veio para defender o 0-0 e, quando foi preciso ir buscar o resultado, a equipa já não sabia o que fazer. Vamos saborear esta vitória e esperava que ela catapulte a equipa para os patamares exibicionais que teve há não muito pouco tempo. Quanto ao adversário dos quartos-de-final, logo veremos quais as outras equipas qualificadas e o que nos reservará o sorteio da próxima semana. Mas com um bocadinho de sorte neste, pode ser que esta não seja a nossa última etapa…
Sem o Aimar e o Garay, a tarefa não se adivinhava fácil, porque o Zenit é treinado por um italiano e lá especialista no catenaccio são eles. Entrámos no jogo conscientes de que um golo era suficiente e portanto sem grandes precipitações. O que é de louvar, especialmente se nos lembrarmos dos primeiros 20’ de 6ª feira passada. Os russos defendiam bem, mas mesmo assim o Bruno César e o Maxi Pereira tiveram boas chances de marcar. O Artur era mais um dos espectadores, mas uma desconcentração entre ele e o Luisão ia saindo-nos cara. No período de compensação da 1ª parte, fizemos o 1-0 pelo Maxi Pereira depois de uma boa combinação entre o Bruno César e o Witsel, com este a rematar para defesa do Malafeev, e depois a assistir uruguaio de calcanhar. Marcávamos num momento crucial e obrigávamos os russos a mudar a estratégia para a 2ª parte.
Devo dizer que gostei bastante do nosso 2º tempo. Logo eu, que por norma detesto o “controlar o jogo” especialmente só com um golo de vantagem. No entanto, dado o passado recente, é natural que a equipa não estivesse tão confiante para atacar e, verdade seja dita, que o adversário raramente mostrou arte para chegar à nossa baliza. Mas o que mais me satisfez foi que, apesar de termos adoptado uma velocidade menor (como seria de esperar), nunca deixámos de pensar na baliza contrária e as únicas oportunidades foram nossas. O Witsel continuava a grande exibição da 1ª parte e era um monstro a comandar o nosso jogo nas transições atacantes. Tivemos algumas boas oportunidades com duas cabeçadas do Jardel depois de cantos, mas especialmente com um grande falhanço do Cardozo só com o guarda-redes pela frente. Igualmente no período de compensação, acabámos com as (poucas) dúvidas no desfecho da eliminatória e novamente com o Witsel e Bruno César na jogada, este assiste o Nélson Oliveira (entretanto entrado para o lugar do Cardozo) para ele se estrear a marcar na Champions. Logo a seguir, a partida terminou e estou desconfiado que todos os adeptos correram tanto como os jogadores. Foi um apoio tremendo e confesso que fiquei de rastos fisicamente.
O melhor em campo foi, sem sombra de dúvida, o Witsel. A continuar assim, não vamos conseguir segurá-lo por muito tempo. A ajudar o Javi García a defender, a coordenar todo o nosso jogo atacante (na ausência do Aimar era fundamental que alguém o fizesse) e fazer assistências, fez um jogo completo. Igualmente muito bem (embora não tenha tido uma entrada auspiciosa no encontro) esteve o Bruno César, que teve papel determinante nos dois golos. O Gaitán melhorou um bocadinho em relação ao passado recente e o Cardozo fez um jogo de grande sacrifício, mas deveria ter concretizado aquela flagrante oportunidade. O Rodrigo ainda não recuperou a forma que tinha antes de o animal o atingir. Na defesa, estiveram todos muito bem, com destaque natural para o Luisão e menção para a partida muito concentrada do Jardel. Uma última palavra para o Maxi que, com dois golos, foi essencial no desfecho da eliminatória, além de que tem pilhas que não acabam. Quanto aos substitutos, o Nélson Oliveira marcou um bom golo, mas quando meter na cabeça que há alturas em que deve soltar a bola para um colega, em vez de rematar à baliza, vai ser um jogador extraordinário. O Matic também entrou muito bem para dar equilíbrio ao meio-campo e permitir que o Witsel se soltasse para o ataque. Finalmente, o Nolito veio agitar a partida e dar-nos profundidade atacante.
Foi um triunfo justíssimo perante uma equipa de quem eu sinceramente esperava mais. Por isso, é que eu não gosto de treinadores italianos. Veio para defender o 0-0 e, quando foi preciso ir buscar o resultado, a equipa já não sabia o que fazer. Vamos saborear esta vitória e esperava que ela catapulte a equipa para os patamares exibicionais que teve há não muito pouco tempo. Quanto ao adversário dos quartos-de-final, logo veremos quais as outras equipas qualificadas e o que nos reservará o sorteio da próxima semana. Mas com um bocadinho de sorte neste, pode ser que esta não seja a nossa última etapa…
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