segunda-feira, agosto 17, 2015
Inesperado
Vencemos o Estoril por 4-0 e através da diferença de golos estamos na
frente do campeonato. Foi um triunfo justo, embora o resultado não espelhe as
dificuldades que sentimos. Quando, no final da 1ª parte, o 0-0 fazia com que
nas últimas nove horas de futebol (seis jogos completos) tivemos obtido apenas
um(!) golo, obviamente que não estava à espera da boa surpresa da 2ª parte.
Surpresa, essa, que deu outra alegria a nova pausa nas férias e mais 700 km
para ver o Glorioso ao vivo.
O Rui Vitória emendou a mão em relação à Supertaça e colocou o Eliseu,
Pizzi e Mitroglou na equipa titular. No entanto, a 1ª parte foi muito sofrível
(para não ser muito duro) e tivemos apenas uma clara oportunidade de golo, com
o Luisão a atirar à barra já perto do intervalo. O Estoril mostrava-se afoito e
obrigou inclusive o Júlio César a mais do que uma defesa complicada. Pouco,
muito pouco e a fazer-me temer que pela 2ª vez nos últimos 96 jogos na Luz
ficássemos em branco.
Durante boa parte do segundo tempo, as coisas mantiveram-se muito
complicadas. O Estoril defendia bem e o Júlio César voltou a ser decisivo com
uma defesa magistral. Quando o Rui Vitória resolveu colocar o Talisca e,
principalmente, o Victor Andrade, eu deitei as mãos à cabeça com o que me
pareceu uma loucura completa. Afinal, estamos a falar de um miúdo que nunca
tinha jogado na equipa principal em jogos oficiais e nem sequer fez parte do
plantel na digressão de pré-época. Felizmente, a máxima “o treinador é que os
treina, ele é que sabe” cumpriu-se na íntegra e melhorámos substancialmente com
as substituições. Mas só conseguimos marcar aos 73’ num centro do Gaitán para a
cabeça do Mitroglou (que até então tinha estado completamente fora do jogo e
com dois falhanços incríveis). Quatro minutos depois, o jogo ficou decidido
quando um defesa substituiu o guarda-redes e o árbitro assinalou o respectivo
penalty. O Jonas não fez como no México e rematou forte e colocado. Desfeita a muralha canarinha, começámos a dar espectáculo e o miúdo Victor Andrade fez
um centro perfeito aos 82’ para a cabeça do Jonas. A um minuto dos 90’, a
melhor jogada colectiva da noite resultou no 4-0, estreia do Nelson Semedo a
marcar depois de um toque de calcanhar brilhante do inevitável Gaitán.
Em termos individuais, até aos 61’ só o Nelson Semedo fez qualquer coisa de
diferente com as suas acelerações. O Talisca e o Victor Andrade entraram
muitíssimo bem e mudaram o jogo. O Gaitán também despertou para uma meia-hora
final muito boa. Menção igualmente para o bis
do Jonas e para a estreia a marcar do Mitroglou.
Terminámos o jogo em alta e espero que isto se alastre para os próximos
encontros. A primeira hora de jogo foi um susto e só espero que esta vitória
não nos faça pensar que está tudo bem, porque a qualidade de jogo da equipa
ainda deixa muito a desejar. No entanto, já se sabe que as vitórias dão
confiança e fazem naturalmente subir a qualidade exibicional. Que assim seja!
P.S. – Eu sei que isto interessa a muito pouca gente, mas alguém pode por
favor dizer ao Luisão, que ainda por cima é o capitão e está no clube há 12
anos, para não usar botas verdes nos jogos do Benfica? Obrigado.
segunda-feira, agosto 10, 2015
Benfica - 0 - Estrutura - 1

Posto isto (e porque fiz 1200 km em dois dias, de comboio e carro,
prescindindo de dois dias de férias, estando acordado 22 horas seguidas, gastando
uma pipa de massa só em transportes, e não estando assim muito satisfeito com o que vi), apraz-me fazer as seguintes
considerações:
- Apesar do pouco tempo de treino, já se nota alguma coisa do treinador,
com interessantes combinações atacantes e uma pressão sobre o adversário que
não o deixou sair a jogar. No entanto, que escândalo foi este de colocar o
Benfica a equipar de verde e branco?!?! [Ironic
mode on] (Porque há sempre pessoas obtusas que não iriam perceber…)
- Metade dos objectivos que motivaram a troca de treinador (a “aposta na
formação”) já estão cumpridos: o Nelson Semedo foi uma decisão arriscada, mas
parece que teremos lateral direito para os próximos anos. Agora só falta a
“estrutura” entrar em campo e começar a marcar golos… Como se percebeu, os
títulos passaram a ser secundários no Benfica. (Caso contrário, não se teria
prescindido de quem ganhou sete dos últimos oito troféus nacionais
disputados….)
- Fizemos seis jogos até agora. Temos zero vitórias. Marcámos três golos,
sendo que dois deles foram na 1ª parte do primeiro jogo. O que quer dizer que, nos
últimos cinco jogos e meio, marcámos um(!) golo. Repito: em oito horas e 15
minutos de futebol, marcámos… um(!) golo. Sim, eu sei, os “adversários eram
fortes”, “estamos no início de um processo”, “os resultados vão aparecer”, “o
treinador tem pouco tempo de clube”… (Curiosamente,
conheço um ou outro treinador para o qual não é preciso muito tempo para colocar
a sua equipa a jogar à bola…)
- Vamos lá a ver o seguinte: 1) o Jonas NÃO é ponta-de-lança. É um CRIME
colocá-lo a jogar no meio dos centrais e desgastar-se a disputar bolas aéreas
com eles; 2) o Talisca jogou 57’ a mais do que devia. Nem devia ter entrado de
início, porque aquele lugar de segundo avançado é do Jonas, mas no mínimo devia
ter saído ao intervalo; 3) o Eliseu não é grande espingarda, mas foi titular durante toda a época passada. Jogar o
Sílvio naquele lugar pareceu uma resposta à picardia do Jesus de dizer que o
Rui Vitória tinha mantido tudo igual; 4) Jogar com o Fejsa e o Samaris é criar
um fosso enorme entre os médios e os avançados. Faz lembrar a dupla Katsouranis
e Yebda da excelente época do Quique…;
5) o Júlio César deve ter pontapeado a bola lá para a frente mais vezes neste
jogo do que em toda a época passada. Como diz um amigo meu, alguém que diga a
quem de direito que nós não jogamos com o Maazou na frente…
- Eu pensei que tínhamos cometido um erro histórico. Infelizmente, cada vez
mais vou tendo a certeza de que cometemos ‘o’ maior erro da nossa história
desportiva. O título do post não é,
lamentavelmente, irónico. Temo que esta época prove que a “estrutura” que
efectivamente ganha troféus foi a que nós oferecemos
aos lagartos… (Que o homem nunca foi
o paladino da educação já nós sabíamos há muito, mas já o era quando estava com
as nossas cores. Mudou de camisola, mas está igual ao que sempre foi. Mas diz um outro
amigo meu, e com muita razão, que não queria o Jesus para casar com as filhas.
O que interessava é que ele nos punha a jogar bom futebol e, mais importante do
que tudo, ganhava títulos. Tudo o resto é – devia ser – secundário. Se
queríamos um treinador educado, tínhamos o Quique; se fosse por benfiquismo,
temos sempre o Grande Toni).
Isto fica já escrito no início da época, porque eu nunca fui politicamente
correcto, nem me revejo em pessoas que só fazem o totobola à 2ª feira. Terei
todo o gosto em vir aqui no final da época dizer que eu afinal não percebo nada
disto e que sou um idiota por não ter acreditado nos tricampeões.
P.S. - Pode ser que no próximo domingo no jogo de apresentação aos sócios, perdão, na 1ª jornada do campeonato, as coisas comecem a melhorar.
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
P.S. - Pode ser que no próximo domingo no jogo de apresentação aos sócios, perdão, na 1ª jornada do campeonato, as coisas comecem a melhorar.
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
segunda-feira, agosto 03, 2015
Oferta da Eusébio Cup
Dando mostras do nosso lado altruísta, fomos inaugurar o novo estádio do
Monterrey e simpaticamente demos ao
clube mexicano a Eusébio Cup (0-3). Se no primeiro jogo frente ao PSG, ainda se
viu qualquer coisa na primeira meia-hora (curiosamente
foi o último jogo do Lima), tirando a também primeira parte frente ao NY Red
Bulls (com uma equipa secundária), foi sempre a descer a partir daí. Parece
que, naquele primeiro jogo, os habituais titulares ainda tinham resquícios dos
anos anteriores, que obviamente se vão perder ao longo da época.
Frente ao Monterrey, voltámos a demonstrar muito pouco (contabilizei uma
jogada de jeito que o Gaitán resolveu tentar assistir em vez de rematar, quando
só tinha o guarda-redes pela frente, e uns dois remates que poderiam ter melhor
destino): futebol lento, sem imaginação nem dinâmica e, para agravar as coisas,
muitos erros defensivos. Os números não enganam e querem dizer alguma coisa:
cinco jogos, zero vitórias, três derrotas, três jogos a zero e 3-8 em golos.
Muito, muito pouco.
Aliás, queria aqui fazer uma pergunta: porque é que esta época só fizemos
cinco jogos de preparação antes do primeiro jogo oficial? Ainda por cima, com
uma mudança de treinador e tudo? Só para relembrar, nas últimas seis épocas
fizemos oito (3x), nove (2x) e 10 jogos (na época de estreia do Jesus). E a
equipa técnica e os jogadores já se conheciam de gingeira. Temo que, por
questões financeiras, tenhamos começado aqui a hipotecar grande parte da época.
Não estamos a jogar nada e não temos mais jogos a brincar para ensaiar.
Não estou com esperanças nenhumas para a Supertaça. Acho que a única
maneira de ganharmos é acontecer uma Sabryzada. Ou então, melhor ainda, termos confiança que a “estrutura” consiga ganhar títulos por si só…
quinta-feira, julho 30, 2015
Novo empate
Depois de mais um nulo nos 90’, vencemos o Club América nos
penalties por 4-3. Com a equipa maioritariamente titular, só temos mais um jogo
de preparação antes da Supertaça e o que se vê é... quase nada. Quatro jogos,
zero vitórias, dois nulos e três golos marcados hão-de certamente permitir que
alguns vejam alguma coisa de positivo. Não é, infelizmente, o meu caso.
Não há mesmo grande coisa a dizer deste jogo. As oportunidade de golo foram escassíssimas, desperdiçámos um penalty pelo Jonas aos 16’ depois de um claro derrube ao Gaitán (nunca fui particular apreciador da maneira como o Jonas marcou os penalties até agora, porque sempre me pareceu que, se o guarda-redes adivinhasse o lado, defendia de certeza; foi o que se passou ontem) e basicamente ficámos por aí. Espero que este jogo tenha servido para, pelo menos, tirar uma conclusão (que sempre foi) óbvia (para quem a quer ver): o Jonas NÃO PODE jogar a ponta-de-lança. Sempre foi um segundo avançado e prendê-lo entre os centrais é tirar-lhe 75% da eficácia.
Daqui a pouco mais de uma semana, teremos a disputa do primeiro troféu. Desejo ser muito surpreendido nessa altura, porque a minha confiança tem-se reflectido no seguinte: dos quatro jogos até agora, só vi em directo o frente aos NY Red Bulls. Os outros foram todos em diferido, apesar de não saber o resultado. É uma situação que nunca me tinha acontecido, mas, infelizmente, não posso dizer que esteja arrependido, porque o que se tem visto... enfim...
Não há mesmo grande coisa a dizer deste jogo. As oportunidade de golo foram escassíssimas, desperdiçámos um penalty pelo Jonas aos 16’ depois de um claro derrube ao Gaitán (nunca fui particular apreciador da maneira como o Jonas marcou os penalties até agora, porque sempre me pareceu que, se o guarda-redes adivinhasse o lado, defendia de certeza; foi o que se passou ontem) e basicamente ficámos por aí. Espero que este jogo tenha servido para, pelo menos, tirar uma conclusão (que sempre foi) óbvia (para quem a quer ver): o Jonas NÃO PODE jogar a ponta-de-lança. Sempre foi um segundo avançado e prendê-lo entre os centrais é tirar-lhe 75% da eficácia.
Daqui a pouco mais de uma semana, teremos a disputa do primeiro troféu. Desejo ser muito surpreendido nessa altura, porque a minha confiança tem-se reflectido no seguinte: dos quatro jogos até agora, só vi em directo o frente aos NY Red Bulls. Os outros foram todos em diferido, apesar de não saber o resultado. É uma situação que nunca me tinha acontecido, mas, infelizmente, não posso dizer que esteja arrependido, porque o que se tem visto... enfim...
segunda-feira, julho 27, 2015
Sem vitórias
Empatámos no sábado frente à Fiorentina (0-0), perdendo depois nos penalties por 4-5, e nesta madrugada fomos derrotados pelos New York Red Bulls por 1-2. Ou seja, até agora o saldo sifra-se em um empate e duas derrotas, com três golos marcados e cinco sofridos. Não se pode dizer que seja propriamente encorajador.
A partida frente aos italianos foi muito fraquinha. Alinhámos com a equipa com muitos titulares, com o Jonathan Rodríguez no lugar do Lima (que vai para uma reforma dourada nos Emirados). Não conseguimos criar grandes oportunidades de golo (excepção a uma jogada do Jonas, que deveria ter rematado melhor), mas defendemos bem. O Luisão levou um segundo amarelo aos 66' e a partir daí a nossa preocupação foi basicamente não sofrer golos. Gostei bastante do Jonathan Rodríguez: possante, rápido e com remate fácil. Marcar golos na B é uma coisa, ser alternativa na principal é outra e tivemos o caso do Funes Mori para provar isso. Mas este uruguaio parece-me que, felizmente, vai por outro caminho.
Hoje alinhámos com uma equipa alternativa (só Luisão e Samaris devem ser indiscutíveis) e fizemos a melhor (talvez seja mais correcto dizer 'menos má') exibição até agora. Bastante dinâmica na primeira meia-hora, que nos valeu o golo do Pizzi numa boa combinação com o Carcela logo aos 7' e outra grande oportunidade pelo Jonathan, com uma boa defesa do guarda-redes. Infelizmente um erro inacreditável do Luisão aos 34' permitiu a igualdade aos americanos, que fizeram o golo da vitória aos 55' num chapéu em que o Ederson talvez pudesse ter feito mais. Gostei do Carcela (bom toque de bola e, se for mais objectivo, poderá tornar-se uma opção muito válida), de alguns pormenores do Taarabt (que precisa de melhorar - e muito - a condição física), do Pizzi durante quase toda a primeira parte e novamente do Jonathan. O Nelson Semedo ainda está um pouco verdinho (salvo seja!), mas demonstrou alguma personalidade. O Djuricic entrou inesperadamente bem, mas foi-se perdendo ao longo da segunda parte. O Rui Vitória ainda colocou o Gaitán, Jonas e Talisca na esperança de empatarmos, mas isso não aconteceu. Falhámos oportunidades mais do que suficientes para ganharmos o jogo e foi pena que o tivéssemos perdido com dois golos mais que evitáveis.
Temos mais dois jogos daquele lado do Atlântico, agora no México, e convinha que começássemos a ganhar, porque por muito "significativos" que sejam os "processos", se não começarmos a derrotar os adversários, não há confiança que resista.
A partida frente aos italianos foi muito fraquinha. Alinhámos com a equipa com muitos titulares, com o Jonathan Rodríguez no lugar do Lima (que vai para uma reforma dourada nos Emirados). Não conseguimos criar grandes oportunidades de golo (excepção a uma jogada do Jonas, que deveria ter rematado melhor), mas defendemos bem. O Luisão levou um segundo amarelo aos 66' e a partir daí a nossa preocupação foi basicamente não sofrer golos. Gostei bastante do Jonathan Rodríguez: possante, rápido e com remate fácil. Marcar golos na B é uma coisa, ser alternativa na principal é outra e tivemos o caso do Funes Mori para provar isso. Mas este uruguaio parece-me que, felizmente, vai por outro caminho.
Hoje alinhámos com uma equipa alternativa (só Luisão e Samaris devem ser indiscutíveis) e fizemos a melhor (talvez seja mais correcto dizer 'menos má') exibição até agora. Bastante dinâmica na primeira meia-hora, que nos valeu o golo do Pizzi numa boa combinação com o Carcela logo aos 7' e outra grande oportunidade pelo Jonathan, com uma boa defesa do guarda-redes. Infelizmente um erro inacreditável do Luisão aos 34' permitiu a igualdade aos americanos, que fizeram o golo da vitória aos 55' num chapéu em que o Ederson talvez pudesse ter feito mais. Gostei do Carcela (bom toque de bola e, se for mais objectivo, poderá tornar-se uma opção muito válida), de alguns pormenores do Taarabt (que precisa de melhorar - e muito - a condição física), do Pizzi durante quase toda a primeira parte e novamente do Jonathan. O Nelson Semedo ainda está um pouco verdinho (salvo seja!), mas demonstrou alguma personalidade. O Djuricic entrou inesperadamente bem, mas foi-se perdendo ao longo da segunda parte. O Rui Vitória ainda colocou o Gaitán, Jonas e Talisca na esperança de empatarmos, mas isso não aconteceu. Falhámos oportunidades mais do que suficientes para ganharmos o jogo e foi pena que o tivéssemos perdido com dois golos mais que evitáveis.
Temos mais dois jogos daquele lado do Atlântico, agora no México, e convinha que começássemos a ganhar, porque por muito "significativos" que sejam os "processos", se não começarmos a derrotar os adversários, não há confiança que resista.
segunda-feira, julho 20, 2015
Derrota na estreia
Perdemos com o PSG (2-3) no primeiro jogo desta pré-temporada inserido na Champions Cup. Se perder é sempre mau,
confesso que estava à espera de pior por parte da nossa equipa. Pelo que se
viu, enquanto os titulares estiveram em campo, as coisas parecem seguir uma
certa continuidade em relação ao ano passado, o que só demonstra inteligência
por parte de Rui Vitória.
Parto para esta nova época sem expectativas nenhumas e a temer o pior
(leia-se 3º lugar). Fica já dito assim logo no início para poder (desejo eu!)
vir aqui no final da temporada assumir que não percebo mesmo nada disto.
Renovei o meu Red Pass Fundador, porque obviamente o acto de respirar não se
põe em causa, mas o modo como correu o defeso, em especial com a saída do Jesus
e do Maxi, fizeram um rombo muito grande no meu optimismo. Que já não é por
norma muito grande, porque como já referi várias vezes eu só consigo descansar
quando aos 85’ estamos a ganhar por três golos de diferença. Por causa disto e
da hora tardia, deve ter sido o primeiro jogo de pré-temporada em vários anos
que só vi em diferido.
Voltando a ele, o Talisca e o Jonas marcaram os primeiros golos de 2015/16,
estivemos a perder, demos a volta ainda nos primeiros 45’ e deixámos que
houvesse nova reviravolta. Foi a diferença entre jogar com a primeira equipa na
1ª parte e o resto do plantel na 2ª. Em termos individuais, o Talisca foi dos
melhores, vai ser uma desgraça se o Gaitán sair (o golo do Jonas é 75% dele) e
dos novos jogadores não se viu praticamente nada. Mas também há que dizer que
eles entraram quase todos ao mesmo tempo na 2ª parte e, portanto, a ligação não
podia ser a melhor.
Veremos o que nos reservam as próximas partidas, mas era mesmo bom que
fizéssemos um esforço para ficar com o Gaitán… É que, com o Salvio de fora até
Janeiro, as coisas já não se adivinham nada fáceis…
P.S. – Não percebo que o Ruben Amorim esteja com a “porta aberta” da saída.
É certo que não deve estar na plenitude física, mas principalmente com a saída
do Maxi seria bom que mantivéssemos outra referência no plantel com vários anos
de casa para além do Luisão. Digo eu…
domingo, junho 14, 2015
Campeões Nacionais de Futsal
Vencemos a lagartada por penalties no quarto jogo da final do play-off e reconquistámos o título nacional de futsal. Foi um jogo emocionante, onde acabámos por ser mais felizes, mas a nossa vitória neste campeonato é indiscutível. Terminou assim um dos melhores (creio mesmo que deverá ser o melhor) anos de toda a história do nosso clube. O quadro em anexo, roubado indecentemente ao meu amigo João Tomaz, exemplifica isto mesmo: só nos ficou a faltar o andebol, porque senão era o pleno. E com dobradinhas em todas as modalidades de pavilhão! Enjoy!
sábado, junho 13, 2015
Arménia - 2 - Portugal - 3
Fizemos história ao vencer pela primeira vez na Arménia e estamos muito
perto de garantir a qualificação para o Euro 2016. Depois da derrota caseira
com a Albânia, somamos quatro vitórias seguidas e estamos isolados na frente do
grupo I com 12 pontos em cinco jogos.
Fomos surpreendidos aos 14’ num livre de muito longe, em que o adversário
aproveitou a má colocação do Patrício, e ficámos em desvantagem. Empatámos
ainda na 1ª parte (29’), num penalty indiscutível sobre o Moutinho que o C.
Ronaldo concretizou. Na 2ª parte, o capitão de Portugal aproveitou um
desentendimento entre um defesa e o guarda-redes para fazer o 1-2 num desvio cheio
de oportunidade (55’). Três minutos depois aconteceu o momento do jogo: um
golão de C. Ronaldo num remate de fora da área. Aos 61’, a coisas
complicaram-se com o duplo amarelo ao Tiago (completamente escusado) e o
Patrício levantou a moral dos arménios aos 72’, ao defender um remate para a
frente, permitindo naturalmente a recarga. Mas até final conseguimos manter a
calma e o resultado não se alterou.
O Cristiano Ronaldo, ao fazer um hat
trick, foi obviamente o destaque positivo na selecção portuguesa, ao passo
que o Rui Patrício, com dois frangos,
foi a nota negativa. Esta nossa selecção é mesmo C. Ronaldo e mais dez. E o
pior é que a dependência está a aumentar cada vez mais. Mas enquanto der para
conseguirmos os nossos objectivos…
sexta-feira, junho 12, 2015
Novo treinador
O Benfica confirmou
oficialmente a contratação de Rui Vitória para as próximas… três
épocas. A estrutura do Benfica considera que o Rui Vitória é melhor
treinador do que o Jorge Jesus. Melhor dito: a estrutura do Benfica
considera que o Rui Vitória está mais apto para nos levar ao
tricampeonato do que o Jorge Jesus [pausa… para absorver a informação…]. Em favor da estrutura, há que dizer que eu também estava muito descrente quando o Jesus foi contratado (há links em catadupa no post anterior), mas ao segundo jogo de pré-época já se notava alguma coisa (“não
deveremos embandeirar em arco, mas é impossível não ver que
apresentamos uma consistência de jogo bastante razoável para esta altura
da época”) e na final do Torneio de Amesterdão eu já estava praticamente convertido (“sinceramente cada vez me dá mais gozo ver-nos jogar à bola”). Peço a Eusébio que o mesmo aconteça com o Rui Vitória. Ou, se não for tão cedo, pelo menos que o seja no jogo da Supertaça.
Pelas declarações de quem os conhece e pelo que se sabe publicamente, não tenho a menor dúvida de que o Rui Vitória é uma pessoa muito mais urbana do que o Jesus, com um feitio… digamos… menos difícil e é benfiquista. Três qualidades essenciais num ser humano, mas acessórias num treinador. Porque no Benfica o essencial é ganhar títulos. Repito: o mais importante é continuar a ganhar títulos (e não “apostar na formação”…). Com o Jesus, isso era possível. Com o Rui Vitória, iremos ver.
P.S. - Eu peço desculpa, mas não consigo mudar o chip assim tão rapidamente… Isto leva o seu tempo e a bola terá de começar a rolar para eu desejar ardentemente ver sinais que me levem a engolir este enorme cepticismo. O que acontecerá com todo o gosto. Obviamente! De qualquer maneira, por princípio e para primeiro contrato, acho três anos muito tempo para um treinador. Posto isto, alguém sabe quando se começam a renovar os red pass?
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
Pelas declarações de quem os conhece e pelo que se sabe publicamente, não tenho a menor dúvida de que o Rui Vitória é uma pessoa muito mais urbana do que o Jesus, com um feitio… digamos… menos difícil e é benfiquista. Três qualidades essenciais num ser humano, mas acessórias num treinador. Porque no Benfica o essencial é ganhar títulos. Repito: o mais importante é continuar a ganhar títulos (e não “apostar na formação”…). Com o Jesus, isso era possível. Com o Rui Vitória, iremos ver.
P.S. - Eu peço desculpa, mas não consigo mudar o chip assim tão rapidamente… Isto leva o seu tempo e a bola terá de começar a rolar para eu desejar ardentemente ver sinais que me levem a engolir este enorme cepticismo. O que acontecerá com todo o gosto. Obviamente! De qualquer maneira, por princípio e para primeiro contrato, acho três anos muito tempo para um treinador. Posto isto, alguém sabe quando se começam a renovar os red pass?
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
sábado, junho 06, 2015
O ego e O erro
Ponto prévio:
Da mesma maneira que um pessoa burra não passa a inteligente só porque está vestida com uma camisola do Benfica, quem é bom enquanto está no Benfica não deixa de o ser só porque saiu do Benfica. Vá ele para onde for.
O que eu mais temia, tal como exprimi no outro post, aconteceu: Jorge Jesus não vai ser o nosso treinador para a próxima época. Espero estar redondamente enganado, mas temo que tenhamos cometido um erro histórico. Antes de qualquer outra coisa, na hora da saída, é mais do que justo deixar-lhe aqui o meu mais profundo agradecimento por todas as conquistas destes seis anos e pelo futebol magnífico que fomos apresentando.
Eu estou particularmente à vontade para dizer isto, porque no início tive sérias dúvidas acerca da sua competência e mesmo durante o seu percurso houve uma série de coisas que não me agradaram nada (uma, duas, três, quatro, cinco e, principalmente, seis). MAS, e este MAS é essencial, o homem ganhou títulos! E, se não se quiser valorizar o facto de ele ter aprendido imenso nestes seis anos e se ver a evolução da equipa (o que me fez defender a sua continuidade em 2013 mesmo depois do que aconteceu no Jamor), isto é que deveria contar para se tomar a decisão de renovar com ele. Porque isto é que é essencial: enriquecer o palmarés. Seja com que jogadores for, é isto que nos interessa. Tenha o treinador o feitio que tiver, seja bem ou mal educado, isso não fica para a história. O que fica são as conquistas. E essas existiram em barda, especialmente nas últimas duas épocas.
O presidente diz que tem uma “ideia clara” para o Benfica: “um treinador sem medo de apostar nos nossos miúdos, que seja capaz de fazer projecto integrado dos escalões de formação até ao futebol profissional”. Eu acho isto óptimo em tese, mas já agora convinha que garantisse títulos. Porque eu escolho na hora um título com 11 estrangeiros na equipa em vez de vitórias morais com 11 portugueses. Aliás, esta história da “formação” tem muito que se lhe diga: os próprios lagartos, nos últimos 33 anos, só ganharam o campeonato quando não “apostaram na formação”. Portanto, só foram campeões duas vezes. Obviamente. Como justificação para não manter o Jesus, é muito fraca.
Por outro lado, acusa-se o Jesus de não partilhar os títulos com a “estrutura”. Em primeiro lugar, queria pedir encarecidamente o favor de não utilizarem esta palavra, porque eu começo logo a hiperventilar. Durante anos, ouvimos dizer que o CRAC ganhava campeonatos por causa da “estrutura” e todos nós sabemos o que isso significava. Aí sim, é que a “estrutura” ganhava jogos e campeonatos, com ajudas alimentares que só os acéfalos ignoram. Portanto, por favor, utilizem lá outra palavra que essa tem a conotação que tem. Além de que não me parece que tenha sido a “estrutura” a inventar um Fábio Coentrão a defesa-esquerdo, um Enzo Pérez e um Pizzi a médio-centro, um Jardel a central de eleição, etc. (a lista é muito grande e todos nós a conhecemos). Voltando ao tema, as taças não estão no museu? Não são propriedade do Benfica? Não se fica com um treinador porque ele não fala de nós? De novo, uma justificação muito pobrezinha para uma não-renovação.
O que me parece de todo inexplicável é esta evidência: como é que não se renova com um homem que ganhou três campeonatos em seis anos, foi bicampeão (coisa que não nos acontecia há 31 anos), ganhou seis dos últimos sete troféus nacionais e nos levou duas finais europeias seguidas (não íamos a nenhuma há 24 anos e a duas consecutivas há 53 anos!)?! É preciso estar mesmo a olhar para o acessório para não ver o cerne da questão. Alguém de bom senso acredita que o Jesus não é o melhor treinador português a seguir ao Mourinho? Não é suposto termos os melhores no nosso clube? Como é que o Benfica se dá ao luxo de prescindir de alguém assim?!
A partir do momento em que o Benfica não manifesta um desejo expresso de renovar com ele, é natural que o Jesus se tenha virado para outras paragens. Por isso, não tomo esta ida para a lagartada como uma “traição”. Não, não é, porque o desinteresse inicial partiu (inacreditavelmente) de nós.
E o que me custa mais neste processo todo é que deixámos sair o treinador que mais bem colocado estava para nos dar o 35. Sim, porque o 34 é todo mérito dele (o que fez nesta época a famosa “estrutura” foi retirar-lhe seis titulares, mais o André Gomes e o Cardozo, e compensá-lo com dois craques trintões e um Talisca que só durou meio ano…). E o 35 para a próxima época é fundamental, porque um tricampeonato nosso significaria a implosão de Mordor. A “estrutura” deles não aguentaria um terceiro ano de seca connosco a sermos campeões. E é uma pena que não se tenha dado o devido valor a isto e lhes acabemos por oferecer um balão de oxigénio, que já nem eles esperavam ter. Repito: é isto que me custa mais nesta história toda.
Pouco me interessa neste momento se o Jesus vai resultar ou não na lagartada. Enquanto lá estiver um presidente que faz mosh à equipa de hóquei em patins, estamos relativamente seguros. Com a sede de protagonismo que ambos têm, vai ser inevitável o choque de personalidades. No entanto, já estou mais preocupado com a performance do CRAC. E na tal estocada final que lhes poderíamos dar na próxima temporada.
Independentemente das razões aduzidas pelo próprio, o que mais transparece nesta decisão é o Luís Filipe Vieira a querer provar que consegue ganhar sem o Jorge Jesus. Porque o futebol é mesmo a única modalidade campeã do Benfica em que o treinador não vai continuar. E uma coisa destas é muito difícil de explicar e mais ainda de entender. No fundo, tudo se resume a uma questão de ego. Qualquer argumento utilizado esbarra logo na evidência de que o homem foi (bi)campeão. E quem é campeão tem sempre razão. Mesmo que utilize o Ola John em vez do Gonçalo Guedes.
Para bem de todos nós, nada me daria mais prazer do que vir aqui no final da próxima época fazer o meu mea culpa e elogiar esta decisão temerária do nosso presidente. Seria muito bom sinal.
P.S. – Muito, MUITO feia a rábula de fazer desaparecer o Jesus da estrutura em 3D dos bicampeões na loja do Benfica (ganhámos este campeonato sem treinador, é…?). Reescrever a história é estalinista e só deveria ser apanágio de outro clube mais a norte. Lamentável! (Parece que voltámos ao tempo dos apagões e das regas…) Também vir a público fazer-se declarações sobre a idoneidade do Jorge Jesus é algo que os responsáveis do Benfica se deveriam abster de fazer. Ou não tivessem trabalhado com ele durante seis anos. Já o conheciam, não? Independentemente do que aconteça no futuro, Jorge Jesus já está na história do Benfica como o mais titulado treinador português que passou pelo clube e, por conseguinte, um dos melhores de sempre. Saibamos respeitar isso. (Mesmo que ele no futuro hipoteticamente não o faça.)
P.P.S. – Também eu tenho reservas MUITO sérias em relação ao Rui Vitória (nunca achei que o futebol do V. Guimarães fosse assim grande coisa). Por mim, por todas as razões (experiência de clube grande e de Champions, vencedor de títulos mesmo com um presidente desestabilizador e resposta proporcional aos lagartos) mas PRINCIPALMENTE porque é melhor treinador, iria buscar o Marco Silva. De caras.
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
Da mesma maneira que um pessoa burra não passa a inteligente só porque está vestida com uma camisola do Benfica, quem é bom enquanto está no Benfica não deixa de o ser só porque saiu do Benfica. Vá ele para onde for.
O que eu mais temia, tal como exprimi no outro post, aconteceu: Jorge Jesus não vai ser o nosso treinador para a próxima época. Espero estar redondamente enganado, mas temo que tenhamos cometido um erro histórico. Antes de qualquer outra coisa, na hora da saída, é mais do que justo deixar-lhe aqui o meu mais profundo agradecimento por todas as conquistas destes seis anos e pelo futebol magnífico que fomos apresentando.
Eu estou particularmente à vontade para dizer isto, porque no início tive sérias dúvidas acerca da sua competência e mesmo durante o seu percurso houve uma série de coisas que não me agradaram nada (uma, duas, três, quatro, cinco e, principalmente, seis). MAS, e este MAS é essencial, o homem ganhou títulos! E, se não se quiser valorizar o facto de ele ter aprendido imenso nestes seis anos e se ver a evolução da equipa (o que me fez defender a sua continuidade em 2013 mesmo depois do que aconteceu no Jamor), isto é que deveria contar para se tomar a decisão de renovar com ele. Porque isto é que é essencial: enriquecer o palmarés. Seja com que jogadores for, é isto que nos interessa. Tenha o treinador o feitio que tiver, seja bem ou mal educado, isso não fica para a história. O que fica são as conquistas. E essas existiram em barda, especialmente nas últimas duas épocas.
O presidente diz que tem uma “ideia clara” para o Benfica: “um treinador sem medo de apostar nos nossos miúdos, que seja capaz de fazer projecto integrado dos escalões de formação até ao futebol profissional”. Eu acho isto óptimo em tese, mas já agora convinha que garantisse títulos. Porque eu escolho na hora um título com 11 estrangeiros na equipa em vez de vitórias morais com 11 portugueses. Aliás, esta história da “formação” tem muito que se lhe diga: os próprios lagartos, nos últimos 33 anos, só ganharam o campeonato quando não “apostaram na formação”. Portanto, só foram campeões duas vezes. Obviamente. Como justificação para não manter o Jesus, é muito fraca.
Por outro lado, acusa-se o Jesus de não partilhar os títulos com a “estrutura”. Em primeiro lugar, queria pedir encarecidamente o favor de não utilizarem esta palavra, porque eu começo logo a hiperventilar. Durante anos, ouvimos dizer que o CRAC ganhava campeonatos por causa da “estrutura” e todos nós sabemos o que isso significava. Aí sim, é que a “estrutura” ganhava jogos e campeonatos, com ajudas alimentares que só os acéfalos ignoram. Portanto, por favor, utilizem lá outra palavra que essa tem a conotação que tem. Além de que não me parece que tenha sido a “estrutura” a inventar um Fábio Coentrão a defesa-esquerdo, um Enzo Pérez e um Pizzi a médio-centro, um Jardel a central de eleição, etc. (a lista é muito grande e todos nós a conhecemos). Voltando ao tema, as taças não estão no museu? Não são propriedade do Benfica? Não se fica com um treinador porque ele não fala de nós? De novo, uma justificação muito pobrezinha para uma não-renovação.
O que me parece de todo inexplicável é esta evidência: como é que não se renova com um homem que ganhou três campeonatos em seis anos, foi bicampeão (coisa que não nos acontecia há 31 anos), ganhou seis dos últimos sete troféus nacionais e nos levou duas finais europeias seguidas (não íamos a nenhuma há 24 anos e a duas consecutivas há 53 anos!)?! É preciso estar mesmo a olhar para o acessório para não ver o cerne da questão. Alguém de bom senso acredita que o Jesus não é o melhor treinador português a seguir ao Mourinho? Não é suposto termos os melhores no nosso clube? Como é que o Benfica se dá ao luxo de prescindir de alguém assim?!
A partir do momento em que o Benfica não manifesta um desejo expresso de renovar com ele, é natural que o Jesus se tenha virado para outras paragens. Por isso, não tomo esta ida para a lagartada como uma “traição”. Não, não é, porque o desinteresse inicial partiu (inacreditavelmente) de nós.
E o que me custa mais neste processo todo é que deixámos sair o treinador que mais bem colocado estava para nos dar o 35. Sim, porque o 34 é todo mérito dele (o que fez nesta época a famosa “estrutura” foi retirar-lhe seis titulares, mais o André Gomes e o Cardozo, e compensá-lo com dois craques trintões e um Talisca que só durou meio ano…). E o 35 para a próxima época é fundamental, porque um tricampeonato nosso significaria a implosão de Mordor. A “estrutura” deles não aguentaria um terceiro ano de seca connosco a sermos campeões. E é uma pena que não se tenha dado o devido valor a isto e lhes acabemos por oferecer um balão de oxigénio, que já nem eles esperavam ter. Repito: é isto que me custa mais nesta história toda.
Pouco me interessa neste momento se o Jesus vai resultar ou não na lagartada. Enquanto lá estiver um presidente que faz mosh à equipa de hóquei em patins, estamos relativamente seguros. Com a sede de protagonismo que ambos têm, vai ser inevitável o choque de personalidades. No entanto, já estou mais preocupado com a performance do CRAC. E na tal estocada final que lhes poderíamos dar na próxima temporada.
Independentemente das razões aduzidas pelo próprio, o que mais transparece nesta decisão é o Luís Filipe Vieira a querer provar que consegue ganhar sem o Jorge Jesus. Porque o futebol é mesmo a única modalidade campeã do Benfica em que o treinador não vai continuar. E uma coisa destas é muito difícil de explicar e mais ainda de entender. No fundo, tudo se resume a uma questão de ego. Qualquer argumento utilizado esbarra logo na evidência de que o homem foi (bi)campeão. E quem é campeão tem sempre razão. Mesmo que utilize o Ola John em vez do Gonçalo Guedes.
Para bem de todos nós, nada me daria mais prazer do que vir aqui no final da próxima época fazer o meu mea culpa e elogiar esta decisão temerária do nosso presidente. Seria muito bom sinal.
P.S. – Muito, MUITO feia a rábula de fazer desaparecer o Jesus da estrutura em 3D dos bicampeões na loja do Benfica (ganhámos este campeonato sem treinador, é…?). Reescrever a história é estalinista e só deveria ser apanágio de outro clube mais a norte. Lamentável! (Parece que voltámos ao tempo dos apagões e das regas…) Também vir a público fazer-se declarações sobre a idoneidade do Jorge Jesus é algo que os responsáveis do Benfica se deveriam abster de fazer. Ou não tivessem trabalhado com ele durante seis anos. Já o conheciam, não? Independentemente do que aconteça no futuro, Jorge Jesus já está na história do Benfica como o mais titulado treinador português que passou pelo clube e, por conseguinte, um dos melhores de sempre. Saibamos respeitar isso. (Mesmo que ele no futuro hipoteticamente não o faça.)
P.P.S. – Também eu tenho reservas MUITO sérias em relação ao Rui Vitória (nunca achei que o futebol do V. Guimarães fosse assim grande coisa). Por mim, por todas as razões (experiência de clube grande e de Champions, vencedor de títulos mesmo com um presidente desestabilizador e resposta proporcional aos lagartos) mas PRINCIPALMENTE porque é melhor treinador, iria buscar o Marco Silva. De caras.
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
quarta-feira, junho 03, 2015
Superação
Parece que estamos prestes a superar por LARGA margem a maior IDIOTICE da nossa história até ao momento.
P.S. - Quem achar que haverá algo me dará mais prazer do que vir aqui no final da próxima época reconhecer que idiota foi este post, pode ir já ao médico, porque claramente o cérebro está perdido em parte incerta.
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
domingo, maio 31, 2015
Tetracampeões nacionais de Basquetebol
Vencemos no passado sábado o V. Guimarães no terceiro jogo dos play-off e conquistámos de forma brilhante o quarto campeonato seguido de Basquetebol. A todos os que tornaram este enorme efeito possível, desejo aqui os meus sinceros parabéns.
VIVA O BENFICA!
VIVA O BENFICA!
Dez em seis

Estava bastante apreensivo para este jogo, porque não tínhamos o Salvio e o
Marítimo tinha demonstrado a semana passada na Luz que era um osso difícil de
roer. E o que é certo é que a partida se principiou muito dividida, connosco
longe de podermos utilizar o famoso rolo-compressor.
Mesmo assim, tivemos duas boas oportunidades, como Gaitán de trivela por cima e o Lima completamente
isolado a atirar ao lado, quando só tinha o guarda-redes pela frente. Incrível!
Aos 37’ inaugurámos finalmente o marcador, através de uma fabulosa cabeçada do
Jonas, que respondeu com muita classe a um centro do Jardel, na sequência de um
falta a nosso favor. Até ao intervalo, destaque para um excelente corte de
cabeça do Eliseu a tirar um golo certo ao adversário.
Entrámos muito desconcentrados no recomeço e o Xavier (extremo-esquerdo
muito interessante. Se calhar, convinha mantê-lo debaixo de ombro) rematou para
boa defesa do Júlio César para canto. Aos 48’, aconteceu um momento importante
neste jogo: e expulsão do Raul Silva. Foi por duplo amarelo e a consequência
natural para a quantidade de trancada que o Marítimo nos deu. No entanto,
quando nada o fazia prever, o Marítimo empatou aos 56’, aproveitando um buraco
na nossa defesa (pareceu-me que o Jardel podia ter sido mais rápido a reagir).
Mesmo a jogar contra dez, nós acusámos o golo e demorámos um bocado a
recompor-nos. Todavia, a partir do 70’ assisti a um dos maiores festivais de
desperdício de golos de sempre. O Talisca entrou para o lugar do apagado Pizzi
e o Ola John substituiu o Sulejmani, e o que é certo é que nós melhorámos. O
Maxi, o Jonas (2 vezes) e o Lima tiveram falhanços inacreditáveis. Mas aos 80’
colocámo-nos novamente em vantagem, através de um remate de raiva do Ola John,
depois de um bom trabalho do Jonas na área. Até final, ainda deu para ver outro
desperdício do Gaitán, só com o guarda-redes pela frente, e para um
adormecimento da nossa defesa (em especial dos centrais) numa bola parada mesmo
no fim do período de compensação, em que o jogador adversário quase que
conseguia desviar para a baliza.
Em termos individuais, o destaque merece ir para o Ola John, porque
desengatou de vez o jogo. O Jonas fez uma boa 1ª parte, mas com os falhanços na
2ª pareceu-me que se desconcentrou. O Lima voltou a falhar golos feitos, mas a
sua capacidade de luta é inesgotável. O Gaitán, naquele que poderá ter sido o
seu último jogo com a camisola do Glorioso, teve uns quantos toques de classe,
mas poderia ter participado mais no jogo. Pela negativa, estiveram o Pizzi (que
precisa desesperadamente de férias) e o Sulejmani, que não conseguiu disfarçar
a falta de ritmo.
Terminámos a época tal como a começámos, ou seja, com mais um troféu. Neste
momento, nas últimas oito competições nacionais, nós ganhámos sete! É um
registo absolutamente extraordinário. Vamos todos para férias na esperança que
esta senda vitoria prossiga, o que implicará obviamente a permanência do Jorge
Jesus. Nos seis anos que esteve à frente do nosso clube, ganhou dez títulos
(três campeonatos, uma Taça de Portugal, cinco taças da Liga e uma Supertaça)!
Seria obviamente um erro histórico prescindir de um treinador que obtém
resultados com estes.
domingo, maio 24, 2015
Festa do bicampeonato
Goleámos o Marítimo por 4-1 no último jogo deste campeonato do nosso
contentamento. Foi uma partida muito interessante, em que os insulares deram
excelente réplica especialmente na 1ª parte, mas em que a nossa vitória não
sofre contestação.
Entrámos muito bem em campo e o Lima inaugurou o marcador logo aos 6’. No
entanto, adormecemos com este golo e em grande parte da 1ª parte foi o Marítimo
a melhor equipa em campo. O Júlio César fez uma defesa do outro mundo (festejei
como se fosse um golo nosso!) e teve mais dois ou três lances com algum
trabalho. Foi sem surpresa que o Marítimo empatou aos 32’, num lance algo
caricato em que há um cruzamento para a área, uma tentativa de tocar a bola por
parte de um adversário, que não chega a fazê-lo, mas engana o Júlio César. Como
para mim este jogo estava longe de ser a feijões
(havia uma bola de prata para o Jonas
conquistar e havia que manter a invencibilidade caseira), não queria ver a
reedição de anos anteriores, em que raramente ganhávamos a partida de
consagração. Pouco antes do intervalo, uma boa abertura do Salvio isolou o
Lima, que picou por cima do guarda-redes e o Jonas só teve que encostar.
Faltavam dois golos para o brasileiro ser o melhor marcador do campeonato…
Na 2ª parte, o Jesus colocou o Talisca em vez do Pizzi (que nem estava a
jogar mal) e assim haveria pelo menos um dos três jogadores que ainda não
tinham sido campeões (Paulo Lopes, Sílvio e Mukhtar) a não o ser. A 2ª parte
foi totalmente diferente, com o Benfica a ir para cima do Marítimo e este,
embora tentando sempre, com menos à vontade para desenvolver o seu jogo. O
Jonas teve uma jogada brilhante, que lhe permitiu ficar isolado em frente ao
guarda-redes, mas infelizmente o remate saiu ao lado. Aos 59’, acabou a dúvida
sobre o vencedor do jogo, com um chapéu
do Maxi para a cabeça do Lima. O Jonas revelava algum nervosismo e as coisas
não lhe saíram com a perfeição habitual, mas mesmo assim o fiscal-de-linha
anulou-lhe vergonhosamente um golo por fora-de-jogo, em que não só o Jonas vem
de trás, como a bola também é passada para trás. Que ladrão! A pouco mais de
15’ do final, veio a pior notícia da tarde com a lesão no joelho do Salvio, que
se magoou sozinho num joelho. Com a final da Taça da Liga na próxima 6ª feira,
era o pior que nos podia ter acontecido. O Salvio merece sem dúvida a distinção
de jogador mais azarado do mundo, porque se lesiona sempre na altura das
festas. Outro azarado foi o Paulo Lopes, que estava prestes a entrar, e assim
teve que entrar o Mukhtar. Aos 83’, finalmente o Jonas voltou a marcar, numa
boa jogada do Sílvio, que o assistiu para um remate de pé esquerdo. Tínhamos
pouco mais de 10’ para dar ao nosso jogador o merecido troféu individual. E o
que é certo é que estivemos quase a conseguir, quando o Lima se isolou, mas o
guarda-redes descobriu-lhe as intenções. Toda a equipa jogava para o Jonas e
parecia que estava 0-0. Infelizmente, acabámos por morrer na praia, vítimas principalmente de um autêntico roubo de igreja do fiscal-de-linha.
Em termos individuais, destaque para o Júlio César que fez autênticos golos com as suas defesas e realço
igualmente os pontas-de-lança, com um bis
cada um. Tive imensa pena que o Jonas não tenha inscrito o seu nome naquela
galeria de notáveis… A equipa pareceu um pouco desconcentrada na 1ª parte, mas melhorou
substancialmente na 2ª e o Jardel é o melhor exemplo disso.
Passado que está o 34, já todos pensamos no 35, porque se eu ainda me lembro
do último bi do Eriksson, do último tri, que aconteceu quando eu tinha um ano,
obviamente que não me lembro nada. Todavia, há que fechar bem esta época na
próxima 6ª feira na final da Taça da Liga. Já se percebeu que o Marítimo não
vai ser nada fácil e que sem o Salvio as coisas serão bastante mais
complicadas. No entanto, somos bicampeões e, se mostrarmos em campo esse
estatuto, estaremos no bom caminho.
segunda-feira, maio 18, 2015
BICAMPEÕES NACIONAIS

Tivemos das melhores entradas em campo esta época e aos 13’ já tínhamos
enviado duas bolas aos postes (Jonas e Maxi Pereira) e tido um falhanço
inacreditável com o guarda-redes no chão (ai Lima, Lima…!). Houve igualmente um
par de bolas que foram interceptadas por um defesa quando seguiam o caminho da
baliza (a recarga à bola na barra do Jonas, por exemplo). O V. Guimarães não
criava perigo nenhum e, quando o Jonas falhou incrivelmente um golo feito aos
33’, depois de uma boa iniciativa do Salvio e assistência do Lima, comecei a
acreditar que o c**** do bruxo de Fafe tinha mesmo dado resultado. Sem favor
nenhum, deveria estar 0-4 para nós ao intervalo e um déjà vu deste jogo não parava de correr na minha cabeça…
Na 2ª parte, não criámos tantas situações, porque o V. Guimarães
encaixou-se bem na nossa equipa e, com muita cacetada e antijogo pelo meio, lá
levava a sua avante. Mesmo assim, uma cabeçada do Maxi foi bem defendida pelo
Douglas e foi pena que remates do Lima e Jonas não tivessem a força necessária.
Do lado contrário, só uma cabeçada num livre perto do final é que nos criou
algum perigo. Como a 2ª parte recomeçou cinco minutos depois de Belém, foi o
delírio quando o Tiago Caeiro (obrigado, obrigado!) fez o empate já perto dos
90’. Nunca na vida eu imaginaria que isso fosse possível e foi só o barulho dos
nossos adeptos no estádio que me fez mudar de canal e ver o que se estava a
passar. A partir daí, ficar sentado frente à televisão foi impossível e aqueles
minutos finais demoraram imenso a passar… No final, deu-se a explosão de
alegria e obviamente que não consegui conter as lágrimas. Sim, voltei a chorar
na conquista de um campeonato, porque este, apesar de justíssimo, foi
conseguido num jogo bem sofrido.
Em termos individuais, é difícil destacar alguém, porque só jogámos
verdadeiramente bem naquele primeiro período da 1ª parte. Aí sobressaiu o Jonas
(apesar do incrível falhanço) e as acelerações do Salvio e Gaitán, bem
secundados pelo infatigável Maxi Pereira. No entanto, com o decorrer do jogo, o
Salvio foi complicando cada vez mais (que mania de não jogar simples quando as
coisas não lhe estão a correr bem…!) e o Gaitán percebeu-se que estava longe
das condições ideais, porque se poupava muito em campo para poder durar os 90’
(e durou). Apesar disso, nas duas ou três arrancadas que fez lançou o pânico na
defesa contrária, mas infelizmente sem conseguir que o último passe chegasse em
condições ao destinatário. No meio-campo, o Pizzi não se conseguia libertar da
marcação e o Fejsa ia tendo um falhanço comprometedor que resolveu provocando
um amarelo. Ao Lima devemos muito neste campeonato (só os golos em Mordor já
pagaram a sua contratação), mas aquele falhanço é inacreditável: faz o mais
difícil que é sentar o guarda-redes e depois o chapéu é alto demais…! Nos
últimos minutos, não estava a perceber porque é que não entrava o Ruben Amorim
para segurar o meio-campo, mas o Jesus como é esperto colocou o Derley que
serviu como nosso primeiro defesa, ao não permitir que o V. Guimarães saísse a
jogar a partir da sua área. O André Almeida (o 34! :-) também entrou muito bem
na partida e colocou alguma calma no meio-campo.
Foi muito bom ter resolvido o campeonato já, porque assim todos os
jogadores do plantel terão oportunidade de ser campeões (alguns ainda não
jogaram) e, mais importante do que isso, temos tempo para nos concentrarmos na
final da Taça da Liga daqui a menos de duas semanas. A perda da Taça de
Portugal por causa dos festejos do campeonato na época do Trapattoni estar-me-á
eternamente atravessada e desejo nunca mais ver outra igual. A festa no Marquês
foi enorme, com uma produção mais pensada do que na época passada (perdendo-se
no entanto em improviso…), mas com igual entusiasmo. Só foi pena que alguns
aproveitem estas ocasiões para serem energúmenos e darem azo a que hoje a
comunicação social fale tanto dos 15’ de desacatos quanto das cinco horas de
festa. No entanto, estes (poucos) acéfalos não são nada representativos dos
milhares que celebraram condignamente em todo o mundo esta enorme conquista.
Agora é pensar no 35!
VIVA O GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA! CAMPEÕES, CAMPEÕES, NÓS SOMOS
BICAMPEÕES!
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