domingo, maio 31, 2015
Dez em seis
Estava bastante apreensivo para este jogo, porque não tínhamos o Salvio e o
Marítimo tinha demonstrado a semana passada na Luz que era um osso difícil de
roer. E o que é certo é que a partida se principiou muito dividida, connosco
longe de podermos utilizar o famoso rolo-compressor.
Mesmo assim, tivemos duas boas oportunidades, como Gaitán de trivela por cima e o Lima completamente
isolado a atirar ao lado, quando só tinha o guarda-redes pela frente. Incrível!
Aos 37’ inaugurámos finalmente o marcador, através de uma fabulosa cabeçada do
Jonas, que respondeu com muita classe a um centro do Jardel, na sequência de um
falta a nosso favor. Até ao intervalo, destaque para um excelente corte de
cabeça do Eliseu a tirar um golo certo ao adversário.
Entrámos muito desconcentrados no recomeço e o Xavier (extremo-esquerdo
muito interessante. Se calhar, convinha mantê-lo debaixo de ombro) rematou para
boa defesa do Júlio César para canto. Aos 48’, aconteceu um momento importante
neste jogo: e expulsão do Raul Silva. Foi por duplo amarelo e a consequência
natural para a quantidade de trancada que o Marítimo nos deu. No entanto,
quando nada o fazia prever, o Marítimo empatou aos 56’, aproveitando um buraco
na nossa defesa (pareceu-me que o Jardel podia ter sido mais rápido a reagir).
Mesmo a jogar contra dez, nós acusámos o golo e demorámos um bocado a
recompor-nos. Todavia, a partir do 70’ assisti a um dos maiores festivais de
desperdício de golos de sempre. O Talisca entrou para o lugar do apagado Pizzi
e o Ola John substituiu o Sulejmani, e o que é certo é que nós melhorámos. O
Maxi, o Jonas (2 vezes) e o Lima tiveram falhanços inacreditáveis. Mas aos 80’
colocámo-nos novamente em vantagem, através de um remate de raiva do Ola John,
depois de um bom trabalho do Jonas na área. Até final, ainda deu para ver outro
desperdício do Gaitán, só com o guarda-redes pela frente, e para um
adormecimento da nossa defesa (em especial dos centrais) numa bola parada mesmo
no fim do período de compensação, em que o jogador adversário quase que
conseguia desviar para a baliza.
Em termos individuais, o destaque merece ir para o Ola John, porque
desengatou de vez o jogo. O Jonas fez uma boa 1ª parte, mas com os falhanços na
2ª pareceu-me que se desconcentrou. O Lima voltou a falhar golos feitos, mas a
sua capacidade de luta é inesgotável. O Gaitán, naquele que poderá ter sido o
seu último jogo com a camisola do Glorioso, teve uns quantos toques de classe,
mas poderia ter participado mais no jogo. Pela negativa, estiveram o Pizzi (que
precisa desesperadamente de férias) e o Sulejmani, que não conseguiu disfarçar
a falta de ritmo.
Terminámos a época tal como a começámos, ou seja, com mais um troféu. Neste
momento, nas últimas oito competições nacionais, nós ganhámos sete! É um
registo absolutamente extraordinário. Vamos todos para férias na esperança que
esta senda vitoria prossiga, o que implicará obviamente a permanência do Jorge
Jesus. Nos seis anos que esteve à frente do nosso clube, ganhou dez títulos
(três campeonatos, uma Taça de Portugal, cinco taças da Liga e uma Supertaça)!
Seria obviamente um erro histórico prescindir de um treinador que obtém
resultados com estes.
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