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segunda-feira, março 14, 2022

Inglório

Empatámos na 6ª feira em casa frente ao Vizela (1-1) e estamos dependentes do que fizer hoje a lagartadaem Moreira de Cónegos para saber se o 2º lugar vai também ficar mais longe, dado que o CRAC ganhou em Mordor 4-0 ao Tondela e voltou a aumentar a distância para 12 pontos.
 
Em vésperas de irmos para Amesterdão, já se sabia que este iria ser um jogo complicado. No entanto, ainda se tornou mais complicado porque temos um acéfalo no plantel. Uma criatura que claramente o cérebro perdeu algures no passado e nunca mais o encontrou. Aos sete(!) minutos de jogo, o Taarabt resolveu pisar um adversário, numa bola a meio-campo, e foi naturalmente expulso. Aos s-e-t-e minutos!!! Se calhar, pode ser má vontade minha, porque nunca DETESTEI tanto um jogador do Benfica como esta alimária, mas vocês digam-me sinceramente: em quatro anos a jogar no Benfica (na verdade, já o contratámos há sete anos, mas vamos fingir que os três primeiros, em que ele se dedicou mais a p**** e vinho verde, como diria o outro ministro holandês, não aconteceram...), dizia eu, em quatro anos em que temos o desprazer de o ver com o manto sagrado, o que é que ele fez de útil? Quantos golos tem? Quantas assistências? Quantas vezes foi o melhor em campo? Ao invés, digam-me também, por favor, quantas vezes é que ele foi useiro e vezeiro neste tipo de lances, em que pisa o adversário? Uma? Duas? Três? É que sinceramente já perdi a conta... Não há maneira de nos vermos livres desta criatura de vez?! Não se pode deportá-lo por justa causa?!
 
Claro que o jogo mudou completamente a partir da expulsão, tivemos de recuar no terreno e tentar aproveitar a rapidez do Rafa e Darwin na frente. O Vizela trocava bem a bola, mas não conseguia criar perigo e as melhores oportunidades acabaram por ser nossas, com um remate do Weigl em boa posição ao lado depois de um canto e uma defesa magistral, e por instinto, do guarda-redes Pedro Silva a um cabeceamento do Darwin na sequência de um bom cruzamento do Lazaro (a única coisa de jeito que este sabe fazer, a propósito).
 
Na 2ª parte, tivemos mais bola e voltámos a ver o Pedro Silva fazer a mancha ao Darwin, após uma aceleração do Rafa. O Nelson Veríssimo resolveu apostar num 4-2-3 com a entrada do Meïté para o lugar do inoperante Diogo Gonçalves, mas logo a seguir aos 65’ o Vizela colocou-se em vantagem através do Cassiano, que se antecipou à nossa defesa depois de um cruzamento na direita. No entanto, o Vizela cometeu um grande erro pouco depois, ao irritar o vulcão da Luz com duas perdas de tempo consecutivas (um jogador é substituído por lesão e logo a seguir outro cai no chão a pedir o mesmo). O estádio explodiu em fúria e ajudou a levar a equipa a empurrar o Vizela para a sua área. O Nelson Veríssimo começou a arriscar mais e colocou o Henrique Araújo em vez do Morato. Como nestes jogos temos invariavelmente uma bola nos ferros, neste caso a rifa ao Meïté num remate semi-acrobático à barra. Aos 75’, conseguimos finalmente a igualdade numa recarga muito oportuna do Henrique Araújo a um remate do Gonçalo Ramos, que o guarda-redes não defendeu. Até final, só por manifesto azar não ganhámos o encontro, porque o Rafa rematou muito devagar depois de uma jogada brilhante e permitiu que um defesa safasse sobre a linha, o guarda-redes Pedro Silva defendeu um remate do Henrique Araújo à queima-roupa, e no último lance voltou a negar ao Darwin o golo da vitória, com outra óptima defesa.
 
Em termos individuais, gostei da entrada do Henrique Araújo, que me parece muito oportuno e com lucidez na área, as acelerações do Darwin foram importantes, mas acabou por desperdiçar a maior parte das nossas oportunidades, e o Weigl esteve irrepreensível no meio-campo e depois a central. Da abécula marroquina, não vale a pena falar mais e o Lazaro também pode ir fazendo as malas, porque só saber centrar é muito pouco para um lateral-direito nosso.
 
O público despediu-se, e bem, da equipa com uma tremenda ovação. Foi um esforço inglório, que foi pena não ter sido épico. Vamos ver como iremos recuperar fisicamente para defrontar o Ajax já amanhã, mas se mantivermos este nível de comprometimento com o jogo pode ser que consigamos uma surpresa.
 
P.S.  O Sr. André Narciso foi o VAR desta partida. Já nem vou falar da diferença de critérios que mandou (e bem) o Taarabt para a rua, mas não fez o mesmo a um jogador do Vizela já perto dos 90’ por pisão ao Rafa. O que é mesmo escandaloso é o penalty por claro braço na bola do Ofori na sequência de um canto aos 73’, quando estávamos a perder. Que o árbitro, o Sr. Manuel Oliveira, não tenha visto ainda admito (eu também não vi no estádio), mas que o VAR André Narciso deixe passar é pura e simplesmente um roubo. Aliás, este André Narciso, enquanto VAR, já tinha ficado célebre no passado. Que vergonha!

1 comentário:

joão carlos disse...

Se tivesse sido uma pisadela no pé eu ainda podia desculpar mas o que ele fez foi entrar de sola ao tornozelo do adversário eu sinceramente já estou farto de jogadores burros e estrupidos mas a culpa não é dele mas de quem achou depois deste anos todos que ele deveria fazer parte dos nossos planteis e de quem o colocou a jogar depois da porcaria que ele já tinha feito no jogo anterior para mais quando para a sua posição existem várias alternativas, ao contrário de outras posições.
Mais uma vez sofremos um golo imediatamente a seguir a fazer alterações e isto é independente das mesmas serem bem ou mal feitas, de os jogadores que entram o fazerem bem ou mal simplesmente a equipa perde a concentração neste jogo até aconteceu também o inverso, mas o primeiro caso já se vem a repetir várias vezes.
Tem sido usual esta época alternarmos entre uma eficácia por vezes absolutamente estrondosa, por norma quando a equipa até produz poucas oportunidades, e uma eficácia absolutamente inacreditável, por norma quando produzimos muito mais oportunidades, e esta bipolaridade já vem da época anterior e que se tem prolongado por este e que mesmo com a mudança de treinador se tem mantido.