terça-feira, novembro 03, 2020
Hecatombe
Caímos com estrondo ontem no Bessa, perdendo inapelavelmente por 0-3 com o Boavista, e não aproveitámos para alargar a vantagem para o CRAC (mantém-se nos cinco pontos), que tinha sido derrotado em Paços de Ferreira (2-3). Para cúmulo, quando toda a gente pensava que este ano iria ser único por causa da pandemia, temos outro facto ainda mais raro: a lagartada está isolada no 1º lugar, com mais um ponto do que nós...!
Não há muito a dizer sobre o jogo de ontem. O Jorge Jesus veio dizer no final que se calhar deveria ter feito mais alterações nos titulares (só entrou o Gilberto em vez do Diogo Gonçalves em relação ao Standard Liège), o que me parece óbvio, dado que a equipa simplesmente não esteve em campo. Com tão pouco tempo de recuperação entre jogos e com um plantel tão vasto, não se percebe esta opção de jogar praticamente sempre com os mesmos. Tivemos um golo anulado ao Darwin por fora-de-jogo (já não é o primeiro nem o segundo, definitivamente o uruguaio tem de melhorar neste aspecto), mas no resto da 1ª parte (e a bem da verdade em praticamente todo o jogo) levámos um banho de bola. O Boavista marcou aos 18’ e 38’, respectivamente pelo Angel Gomes (num penalty escusado do Everton) e Alberth Elis, e as estatísticas dizem tudo: a 1ª parte terminou com 11-1(!) em remates a favor dos axadrezados...
Depois do intervalo, entraram o Weigl, Seferovic e Rafa, mas só este mostrou algum inconformismo. O Darwin teve um livre directo a rasar o poste logo no início e ficámos por aí. O Jesus esgotou as substituições à passagem da hora de jogo (com o Diogo Gonçalves e Cervi), mas nunca conseguimos criar verdadeiro perigo, perante um adversário que fez pressão à nossa saída de bola até aos 90’! Aos 76’, tudo ficou definitivamente selado com o terceiro golo através do Hamache.
Desde este jogo, curiosamente no mesmo local com o mesmo adversário, que não se assistia a um desastre destes para o campeonato contra uma equipa que não os outros dois rivais. Vou naturalmente abster-me de nomear individualmente algum jogador e apenas desejo que este jogo fique recordado por todos como exemplo a não repetir. Temos obrigação de fazer MUITO mais!
P.S. – Independentemente do resultado, não se pode deixar passar em claro o odorzinho inconfundível aos anos 90 no Paços de Ferreira – CRAC, cortesia do Sr. João Pinheiro Nuno Almeida e do Sr. André Narciso no VAR: golo inacreditável anulado ao Paços (seria o 2-0 na altura) e penalty fantasma por pretensa mão na bola para o CRAC (que lhe deu o 1-2 antes do intervalo). O Sr. Donato Ramos ou o Sr. Fortunato Azevedo não desdenhariam uma arbitragem destas.
P.S. 2 – Quando a fantástica Madga me convidou para fazer o rescaldo na Bancada Independente, eu tinha-lhe dito que se calhar era melhor não, dado que as últimas vezes em que tinha participado no Benfica FM tinham sido antes do jogo do Herrera, depois da vergonha na meia-final da Taça da Liga e a seguir ao último jogo ao vivo antes do confinamento. Não ouviu o que eu disse e o resultado está à vista...! Enfim, para quem queira ter companhia na ingestão de álcool para esquecer o que se passou ontem, pode sempre ver esta catarse colectiva aqui.
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4 comentários:
Ó rapazito tens que tomar memofant: não tem lembras daquele fora de jogo mal tirado de 2m que anulou o golo do Herrera no dragao contra o Benfica. Isso sim foi um escandalo pois nem o var conseguiu ve-lo.
"Paços de Ferreira – CRAC, cortesia do Sr. João Pinheiro" devia estar Nuno Almeida.
Claramente a equipa esteve muito lenta parecia cansada mas o mal será muito mais mental e de abordagem exageradamente confiante típica do bazofias do que cansaço físico dos jogadores é que não só não existiu apenas uma mudança em relação ao ultimo jogo como em relação ao anterior do campeonato existiram uma serie de mudança, mais que meia equipa, aliás só quatro jogadores é que tem sido titulares em todos os jogos e dois deles nem sequer acusaram cansaço neste jogo e não acho que apenas dois jogadores muito cansados sejam o suficiente para aquilo que se viu, isto para não falar que não foi por falta de aviso sobre a existência de alguns jogadores que não estavam a ser poupados e as suas exibições sempre a baixar.
Se defensivamente até se pode entender, embora não seja desculpa, a quantidade de lances que se permite aos adversários já que sabemos que a defesa é sempre a parte mais difícil de treinar a que se soma a falta enorme de qualidade que existe nas alas a que se somam as lesões quase todas na defesa já a falta de oportunidade que se criam no ataque essas já não se entendem é que a qualidade ali é enorme e em grande quantidade.
Mais uma vez ficou evidente que contra equipas que se fecham com muitos e bem não se conseguem criar oportunidades, nem uma para amostra, em ataque posicional e vivemos exclusivamente das transições e das bolas paradas e bata ser minimamente inteligente para travar toda e qualquer transição para passarmos a ser uma nulidade completa o ataque mas o que vale é que temos o melhor treinador português, de sempre provavelmente, e um dos melhores do mundo porque não nem sei o que seria.
@Carlos: obrigado pela correcção. Claro que sim! Que disparate. Já está corrigido.
@Anónimo: realmente, não se percebe como é que o VAR não conseguiu ver esse fora-de-jogo (mal tirado). Como se, agora, o facto de ainda não ter sido inventado nessa época, fosse uma desculpa válida...!
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