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quinta-feira, abril 07, 2022

Dignos

Perdemos na 4ª feira (1-3) frente ao Liverpool na Luz e estamos a um jogo de nos despedirmos da Liga do Campeões deste ano. Fizeram uma prova bastante boa, fomos muito mais longe do que estávamos à espera, mas o problema sempre esteve no que (não) fizemos nas competições nacionais.
 
Perante uma Luz esgotada, entrámos em campo com a equipa que tem sido habitual, o que fez com que alinhássemos com 10, porque o Taarabt simplesmente não existe... Tivemos naturalmente preocupações defensivas, o que não impediu o Liverpool de ir criando perigo, com o Vlachodimos a começar a sobressair. Durámos até aos 17’, quando o central Konaté num canto fez o 0-1 de cabeça. Tentámos responder logo de seguida, mas o Everton rematou às malhas laterais. O Liverpool não descansava e só o Vlachodimos impediu o Luis Díaz de aumentar a vantagem, mas já não conseguiu fazer nada aos 34’ quando o mesmo Luis Díaz assistiu de cabeça o Mané para o 0-2, depois de um passe em profundidade, que surgiu na sequência de um mau passe do... (adivinhem lá...) Taarabt! Até ao intervalo, o Vlachodimos impediu que a vantagem inglesa aumentasse, mas mesmo em cima do apito foi o Rafa a rematar mal depois de uma boa jogada que o colocou em posição privilegiada.
 
A 2ª parte foi bastante diferente, connosco a reduzir para 1-2 logo aos 49’ através de Darwin, depois de um centro do Rafa e um falhanço escandaloso do Konaté. O Liverpool tremeu e poderíamos ter chegado à igualdade com oportunidades pelo Darwin de cabeça e Everton com defesa do Alisson. Pelo meio, o Darwin cometeu o mesmo enorme erro da 1ª parte, ao não isolar o Rafa, preferindo o remate de longe. Egoísmos devido a querer mostrar-se para a Europa toda, não, obrigado! A partir da hora de jogo, o Liverpool voltou a equilibrar o jogo, que foi decorrendo até final sem grandes oportunidades. Até que, nos 10’ finais, os ingleses voltaram a pressionar mais e conseguiram fazer o 1-3 aos 87’, numa perda de bola do Otamendi na saída do meio-campo, que deu origem a um contra-ataque venenoso concretizado pelo Luis Díaz. Até final, ainda foi o Vlachodimos a impedir o entretanto entrado Diogo Jota de aumentar ainda mais a vantagem, depois de novo mau passe do Otamendi.
 
Em termos individuais, jogão do Weigl no meio-campo, do Gilberto na direita e do Vlachodimos a impedir números ainda mais díspares. O Vertonghen também teve uma boa prestação perante uma linha avançada que tem soluções que nunca mais acabam. O Darwin, apesar do golo e das dores de cabeça que deu aos centrais contrários, pecou (e muito) a sua exibição pelo egoísmo que revelou naqueles dois lances. Por outro lado, preferiu reclamar um penalty a tentar marcar um golo, quando ia ficar só com o guarda-redes pela frente. Ainda por cima, o espanhol Sr. Gil Manzano estava a demonstrar um critério muito largo e muito dificilmente apitaria num lance daqueles. O Rafa também não esteve no melhor dos seus dias, apesar de ter feito a assistência para o nosso golo. Quanto ao Taarabt, juro que irei fazer uma festa no dia em que ele apanhar o avião para Marrocos só com bilhete de ida...!
 
Para a semana, iremos a Liverpool e, se nos exibirmos da mesma maneira, não teremos nada a recriminar à equipa. Demos o que podíamos dar e não envergonhámos o nome do clube. No entanto, é muito giro chegar aos quartos-de-final da Champions, dá muito dinheiro e tal, mas troféus para o Museu, nada. Desde o Verão de 2019 que não temos nem um para amostra! Espero que esta boa campanha europeia não sirva para escamotear a vergonha que voltou a ser esta época.

1 comentário:

joão carlos disse...

Mas o mal está precisamente em perante um adversário desta categoria jogar precisamente com os mesmos jogadores que jogamos contra uma qualquer equipa em Portugal que luta para não descer mais ainda quando se sabia que contra este adversário não iriamos atacar tanto e íamos defender muito mais do que usual e jogar com jogadores com características é iminentemente ofensiva e esperar que eles defendam como jogadores mais defensivos é só lírico.
Outra coisa que tem de ser repensada o nosso adversário tem o poder que tem e mesmo assim joga com três médios centros, pelos vistos só nós é que temos de jogar com dois e com dois avançados, mais dos três médios um deles é um médio defensivos e dois box to box nós em comparação temos um médio defensivo, um dez e um segundo avançado, e depois os adeptos tudo o que seja menos que isso acham que é defensivo, enquanto esta mudança de mentalidade de adeptos que se alastra a dirigentes e depois as suas escolhas nos treinadores não mudar vamos continuar no sitio onde estamos, e não é na europa é em todas as competições.
Por incrível que parece pela enésima vez com este treinador imediatamente a ser feita uma alteração, e pouco tem importado se são bem ou mal feitas se o jogador entra bem ou mal se quem saiu estava bem ou mal seja uma alteração tática ou apenas troca por troca, sofremos de imediato um golo não sei se é apenas, o que só por si já é grave, desconcentração ou se existe outro problema qualquer.