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quarta-feira, setembro 15, 2021

Empate

Estreámo-nos ontem na fase de grupos da Liga dos Campeões com uma igualdade (0-0) em Kiev frente ao Dínamo. Durante a maior parte da partida demonstrámos que somos superiores, mas o pesadelo que foi o período de compensação acaba por tornar o resultado justo.
 
Como seria de esperar, alinhámos com três centrais e, na frente, o Yaremchuk e o Rafa regressaram em relação aos Açores, mantendo-se o Everton a titular. Todos os comentadores diziam que o Dínamo Kiev era forte no ataque e fraco na defesa, mas como domina no campeonato ucraniano essas dificuldades defensivas não eram muito testadas. Ora, o que se viu foi uma equipa super-fechada e com muito respeito por nós. Entregou-nos o comando do jogo, mas nós raramente conseguimos criar oportunidades na 1ª parte, porque fomos sempre muito lentos. Paciência e segurança a circular a bola é bom, mas quando é demasiado não leva a lado nenhum. Só por duas vezes criámos situações complicadas aos ucranianos, num erro deles a sair a jogar que o Everton desaproveitou devido à sua lentidão e num remate de primeira do Yaremchuk, que saiu um pouco à figura do guarda-redes Boyko, embora este tenha tido de o defender para a frente. Do outro lado, um livre directo na parte inicial da partida foi muito bem defendido pelo Vlachodimos, que para não variar começou a evidenciar-se.
 
Na 2ª parte, as coisas mantiveram-se na mesma, connosco a dominar, mas a criar poucas ocasiões para esse domínio. A nossa melhor situação de golo foi através do Yaremchuk, com um remate de pé esquerdo quase na pequena-área na sequência de uma insistência do Rafa, com a bola a sobrar para o nosso ucraniano proporcionar ao Boyko uma defesa que nem sabe bem como. Por volta da hora de jogo, fizemos uma tripla substituição com as entradas do Darwin, Lazaro e a estreia do Radonjic para os lugares do Yaremchuk, Gilberto e o inoperante Everton, mas a equipa piorou. Deixámos de conseguir fazer com que a bola chegasse ao ataque, embora o sérvio Radonjic tenha tido um par de arrancadas que fizeram prometer algo, que infelizmente não se cumpriu. Continuaram a ser as acelerações do Rafa a causar problemas ao Dínamo Kiev, embora fossem cada vez menos com o decorrer do tempo. E foram mesmo os ucranianos que terminaram o jogo em cima de nós, com três oportunidades na compensação que incluíram uma bola ao poste (na verdade foram duas, porque o Otamendi ia fazendo um autogolo), duas boas defesas do Vlachodimos e um golo mesmo a acabar anulado pelo VAR, por fora-de-jogo do jogador que fez a assistência. Foi um enorme suspiro de alívio, porque estivemos mesmo à beira de perder um jogo que deveríamos ter ganho.
 
Em termos individuais, se ficámos a zeros na Europa devemos mais uma vez ao Vlachodimos, que se mostra como uma das grandes figuras deste início de temporada. Outro que fez um jogão foi o Weigl no meio-campo, sempre a pressionar os adversários e a recuperar muitas bolas. O Rafa foi praticamente o único que conseguiu desestabilizar os ucranianos, ao contrário do Everton, que continua a ser um corpo estranho na equipa: muito, muito lento, sempre com a mesma finta para dentro, falta de espontaneidade no remate, enfim, custa a perceber porque é que continua a ser titular... Nas substituições, para o tipo de jogo que estávamos a fazer, de tabelinhas e combinações atacantes, teria sido melhor entrar o Gonçalo Ramos do que o Darwin na 2ª parte. O Radonjic criou algumas expectativas, dado que parece ser o tipo de jogador que não tem medo de enfrentar os adversários e consegue acelerar o nosso jogo, tal como o Rafa. A rever.
 
Como o Bayern Munique foi ganhar 3-0 em Nou Camp, a nossa recepção ao Barcelona na próxima jornada será muito importante para definir o 2º lugar no grupo. O Barça parece-me bastante mais fraco esta temporada, pelo que podemos ter aqui uma boa oportunidade para fazermos uma gracinha...

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