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sábado, fevereiro 26, 2022

Resposta

Empatámos na passada 4ª feira contra o Ajax (2-2) na 1ª mão dos oitavos-de-final da Champions. Depois da miséria franciscana dos últimos jogos, estava à espera de um amasso dos holandeses, mas os jogadores do Benfica conseguiram mostrar que afinal ainda lhes resta um bocadinho de dignidade.
 
Uma semana cheia de trabalho e a estupefacção por um ditador lunático ter invadido outro país soberano em plena Europa do séc. XXI (e ainda haver uns quantos que dizem “mas”...) não me permitiram escrever mais cedo sobre o jogo. O Ajax foi superior a nós na 1ª parte e aproveitou um erro do Grimaldo aos 18’ para fazer o 0-1 pelo Tadic. A nossa recção foi boa, com o empate a surgir aos 26’ num autogolo do Haller depois de um centro-remate forte do Vertonghen na sequência de um canto. No entanto, nem tivemos tempo de saborear o empate, porque o mesmo Haller marcou novamente, três minutos depois, mas desta vez na baliza certa num lance em que recargou uma defesa incompleta do Vlachodimos.
 
Na 2ª parte, especialmente depois da entrada do Yaremchuk por volta da hora de jogo para o lugar do Everton, a balança começou a tombar para o nosso lado. Confesso que tive dúvidas acerca desta substituição, porque iríamos estar com três pontas-de-lança em campo, mas o que é facto é que conseguimos ir empurrando o Ajax para o seu meio-campo. O Vlachodimos defendeu a única oportunidade que os holandeses tiveram no jogo, mas aos 72’ fomos nós a marcar num contra-ataque rápido do Rafa, que passou para o Gonçalo Ramos, este rematou de pé esquerdo de fora da área, o guarda-redes não conseguiu agarrar e o Yaremchuk muito rápido de cabeça atirou para o fundo das redes. Até final, o resultado não se alterou, apesar de o ritmo do jogo continuar sempre bastante elevado.
 
Em termos individuais, o Taarabt esteve novamente em destaque e parece que a lobotomia que terá feito resultou, porque ao fim de quatro(!) anos finalmente produz exibições de jeito... O Rafa melhorou muito na 2ª parte e as suas acelerações foram fundamentais para conseguirmos empatar, apreciação que encaixa igualmente no Darwin. Aliás, a velocidade dos homens da frente, juntamente com o poderio físico do Yaremchuk, pode ser uma das chaves da eliminatória, saibamos nós defender a máquina atacante do Ajax. Outra boa notícia desta noite europeia foi o facto de nenhum dos cinco(!) jogadores que temos tapados com amarelos ter visto cartão.
 
Veremos amanhã frente ao V. Guimarães se esta melhoria na Liga dos Campeões tem repercussões no campeonato. É que, parecendo que não, ainda falta muito tempo para a época acabar e seria inconcebível fazermos só mais um jogo decente até final.

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