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quarta-feira, agosto 11, 2021

Em frente

Na recepção ao Spartak Moscovo, voltámos a vencê-los por 2-0 e qualificámo-nos para o play-off de acesso à Champions, onde iremos defrontar o PSV Eindhoven. Foi outro triunfo indiscutível em que a nossa superioridade ainda esteve mais vincada do que no jogo da 1ª mão.
 
Com o regresso do público à Luz (FINALMENTE!), fizemos uma partida bastante inteligente em que praticamente não deixámos os russos passarem de meio-campo. Depois do descanso em Moreira de Cónegos, os titulares voltaram todos, mas à semelhança de Moscovo não conseguimos marcar na 1ª parte. O Spartak fechou-se ainda mais lá atrás e não conseguimos ter o mesmo número de oportunidade da 1ª mão. Dois remates do Pizzi no mesmo lance, ambos interceptados por defesas, foi o melhor que conseguimos. Do lado contrário, um remate enrolado, que desviou num defesa nosso e foi defendido pelo Vlachodimos, foi a única(!) (meia-)oportunidade dos russos em toda a partida.
 
Ao intervalo, o Vertonghen saiu lesionado e entrou o Morato, que fez logo um disparate na primeira vez que tocou na bola, mas depois conseguiu equilibrar-se no resto do tempo. O jogo manteve igual ao que estava, com o Spartak sem passar de meio-campo, e a eliminatória ficou praticamente decidida aos 57’ na estreia do João Mário a marcar, na recarga a um primeiro remate do Rafa, que fez a aceleração decisiva que desmontou a defesa adversária. Com tudo a nosso favor, o Jesus foi começando a poupar jogadores e promoveu a estreia do Yaremchuk para o lugar do esgotado Gonçalo Guedes Ramos. Também o Everton substituiu o Pizzi e foi o brasileiro a ter uma excelente oportunidade, com um remate por cima quando estava em posição de fazer muito melhor. A qualificação estava garantida, mas já agora convinha ganhar o jogo até porque os pontos para o ranking nunca são de desprezar. Depois de um livre para a nossa área que poderia ser perigoso, mas o Vlachodimos aliviou, conseguimos o segundo golo já na compensação (92’), numa boa combinação entre o Yaremchuk e o João Mário, com o ucraniano a rematar contra um adversário, tendo a bola ressaltado num outro, o Gigot, e entrado na baliza. O estádio ficou em êxtase que se prolongou na despedida da equipa do relvado no final, pouco depois.
 
Em termos individuais, o Rafa foi possivelmente o melhor, com as suas acelerações a serem decisivas para desmontar a estratégia contrária. Outro que me está a encher as medidas (e que confesso não esperava) é o João Mário: pezinhos de lã, muita objectividade, sempre a tentar jogar para a frente, não é do tipo todo-o-terreno a conduzir a bola, mas ao menos não emperra o jogo (e basta isso para ser uma melhoria considerável em relação ao passado recente!). Além disto tudo, abrilhantou a sua exibição com o importantíssimo primeiro golo. Na 1ª parte, o Diogo Gonçalves esteve bastante activo na direita, embora nem sempre os centros lhe tenham saído bem. A defesa esteve muito segura, com o Otamendi a revelar-se imperial. Esperemos que a lesão do Vertonghen não seja para muito tempo, porque convinha estar disponível para o PSV. O Weigl é o pêndulo que se sabe, mas levou um amarelo muito estúpido que me tirou do sério. O Yaremchuk mostrou que tem facilidade de remate, mas neste momento o lugar é do Gonçalo Ramos.
 
O PSV será um adversário bastante mais complicado, mas as indicações que temos dado são boas. Prevê-se uma rotação bastante grande da equipa para defrontar o Arouca na Luz, antes da recepção aos holandeses, mas o nosso plantel dá garantias que o nível exibicional se possa manter mais ou menos o mesmo.

5 comentários:

Ricardo disse...

Com tudo a nosso favor, o Jesus foi começando a poupar jogadores e promoveu a estreia do Yaremchuk para o lugar do esgotado Gonçalo Guedes. Gonçalo Guedes já não é do benfica é Gonçalo Ramos desculpe o reparo

Anónimo disse...

“Yaremchuk para o lugar do esgotado Gonçalo Guedes”… era bom!

joão carlos disse...

Mas com os jogadores que andaram o ano passado, e não só, a fazer a posição oito qualquer um que viesse, e tivesse um mínimo de qualidade, iria parecer sempre o melhor do mundo só que não o é e esta muito longe de o ser e é preciso ter muita calma e esperar para ver é que ele tem pela frente uma tarefa que nunca ninguém conseguiu até agora na nossa historia o de ser o primeiro jogador a vir, diretamente, do outro lado e conseguir ter sucesso.
O mérito de ser titular do nosso ponta de lança nem sequer está em causa mas a continuar a jogar numa posição em que as sua melhor qualidade, a finalização, é anulada, embora ele esteja a demonstrar outras, só contribui para queimar um jogador ainda por cima porque é muito jovem é que ele é um jogador de aparecer e não de estar na área e só tiramos partido da sua melhor qualidade tendo um jogador mais adiantado do que ele.
Terceiro jogo segunda lesão assim não existe equipa que aguente e se somarmos os lesionados os que estão a recuperar de lesões e os que estiveram lesionados e ainda não recuperaram a forma dá um numero enorme pelos vistos voltamos a tempos antigos, como já disse não sei de quem é o problema se da preparação, se da recuperação, se dos massagistas, dos fisiatras, dos médicos, do treino agora que existe um problema recorrente lá isso existe.

Pedro disse...

Weigl um pêndulo? O pior jogador do Benfica? Este cona mole? Ele e o Grimaldo têm que ser despachados e depressa. São maus demais!!!!
Aqui está tudo:

Weigl 5.4 – Discreto, entregou o comando do meio campo a João Mário, como seria de esperar. Acabou no topo das acções com bola (106) falhando apenas seis passes em 93 (máximo do jogo). Defensivamente fez apenas um desarme.
https://goalpoint.pt/benfica-spartak-ucl-202122_122655

Apenas um desarme e é um pêndulo?

http://pluribusunum7.blogspot.com/2021/08/destaques-de-moreirense-e-spartak.html

Concordo em absoluto com este blog. Absolutamente!

Pedro Oliveira

S.L.B. disse...

De facto, com a 'enxurrada' atacante que o Spartak fez, é incrível como é que o Weigl só tem um desarme... Foi quem mais vezes teve a bola, com 94% de eficácia de passe, e depois "não presta". Enfim, critérios...