domingo, março 01, 2015
De gala
Os melhores 45’ da época ajudaram-nos a golear o Estoril por 6-0 e
conseguir o resultado mais desnivelado do campeonato até agora. No dia do seu
111º aniversário, o Benfica resolveu brindar os seus sócios com a melhor prenda
possível, porque não foram só os golos, mas também a elevada nota artística que
nos entusiasmou todos.
Treinada pelo lagarto Couceiro,
não é de espantar que o Estoril não tenha respeitado o acordo tácito que existe
entre as equipas de deixar a equipa da casa escolher o lado do campo para onde
vai atacar. Só que essa esperteza saloia saiu-lhes mal e foi na baliza talismã
da Luz que lhes enfiámos quatro batatas na 1ª parte. As coisas começaram com um
habitué que é a nossa bola ao poste,
novamente pelo Jonas (tal como em Moreira de Cónegos). Com o Gaitán de regresso
à equipa, o Benfica parecia outro em relação à má exibição da jornada passada.
É que não é só o que o argentino joga, é o que os companheiros se motivam por vê-lo
em campo, elevando igualmente os seus níveis exibicionais. Com os dois centrais
titulares castigados, o Estoril abria brechas por tudo o que era lado e sofreu
o primeiro golo aos 17’ pelo Luisão numa cabeçada na sequência de um canto. Aos
26’, foi a vez do Salvio aumentar o marcador, depois de um centro do Lima,
invertendo os papéis habituais. Aos 33’, um golão do Pizzi de fora da área
punha-nos a salvo de qualquer eventualidade. E dois minutos depois, uma das
melhores jogadas do campeonato, com tabelinhas e primeiros toques entre vários
jogadores, culminou no quarto golo do Jonas. Até ao intervalo, poderíamos ter
aumentado o score através do Gaitán,
depois de uma abertura magnífica do Samaris que o isolou, mas a bola saiu ao
lado.
Na 2ª parte, diminuímos um bocado o ritmo, mas ainda fizemos mais dois
golos, através de um penalty do Lima aos 56’, a castigar uma falta sobre o
Jonas, e com este a bisar aos 86’ na recarga a um remate do Ola John. Como
disse (e bem) o Jesus, a parte menos boa foi o amarelo escusado ao Gaitán que o
deixa com quatro e à beira da suspensão quando se aproximam jogos com o Braga e
CRAC… O Estoril só teve uma verdadeira oportunidade de golo, mas o Artur
conseguiu desviar a bola para o poste perante um adversário isolado. Referência
obrigatória para a arbitragem do Sr. João Capela. Foi das piores que tenho
visto! Aliás, quem se lembra do modo de ele apitar (critério muito largo, a
deixar jogar), pôde constatar que o condicionamento de que foi alvo modificou-o
completamente. Lei da vantagem era mentira, qualquer toque (especialmente da
nossa parte) era falta, enfim um sem-número de interrupções completamente
escusadas. O penalty é indiscutível, mas foi a primeira vez que vi um árbitro
esperar por uma substituição para mostrar um amarelo (que, por acaso, foi o
segundo, o que torna tudo ainda mais caricato, porque houve espectadores que não
se aperceberam do que se passou). Ridículo!
Em termos individuais, como referiu o JJ, é de facto difícil destacar
alguém. A equipa esteve toda muito bem, com o Pizzi a movimentar-se cada vez
melhor (só lhe falta ser agressivo a defender), o Samaris a confirmar o bom
momento de forma, o Jonas com um veia goleadora de registar, o Salvio menos
trapalhão e individualista, e o Gaitán a tornar tudo mais fácil. E foi bonito
ser o capitão a abrir o marcador em dia de festa.
Infelizmente, a lagartada
confirmou hoje a sua inutilidade ao ir perder a Mordor por 3-0, quando confesso
que estava com alguma esperança que pudesse sacar pelo menos um empatezito. Por
isso, mantemos os quatro pontos de vantagem perante as forças do Mal, vendo
agora os lagartos a 12 pontos. Será
sem dúvida uma corrida a dois, em que o nosso calendário é teoricamente mais
favorável. Se as lesões tiverem acabado de vez e mantendo este nível
exibicional, poderemos ser muito felizes em Maio.
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