Novo jogo da Liga dos Campeões na Luz, novas surpresas no onze. O Pizzi ficou no banco e entrou o Gedson para o seu lugar e o Cervi para a esquerda. Saúde-se, no entanto, o regresso da dupla de meio-campo Florentino-Gabriel, que deu logo outra consistência defensiva. Falando em consistência defensiva, a nossa exibição resumiu-se praticamente a isso durante a maior parte do tempo. Marcámos logo aos 4’ numa jogada com alguns ressaltos e em que a bola acabou por ir parar aos pés do Rafa, que rematou sem hipóteses para o Anthony Lopes. Enquanto esteve em campo, o Rafa ainda imprimiu alguma velocidade nas transições, mas infelizmente ressentiu-se da lesão e foi substituído aos 20’ pelo Pizzi. E nós acabámos aí. O Lyon teve uma grande oportunidade na 1ª parte, mas o Grimaldo interceptou brilhantemente o remate do adversário, quando já só tinha o Vlachodimos pela frente. Nós só voltámos a fazer uma jogada de jeito perto do intervalo, com um centro atrasado do Tomás Tavares a encontrar o Seferovic, mas o remate deste de primeira foi muito bom... para o rugby.
Esperava-se que acordássemos um pouco na 2ª parte, mas não aconteceu. Ao invés, continuámos sempre a dar a iniciativa aos franceses, que também revelaram um futebol deveras confrangedor. O problema foi o de sempre: quando não se tenta matar o jogo (as transições atacantes praticamente não existiam), acaba-se invariavelmente por sofrer um golo. Foi o que se passou aos 70’ através do holandês Memphis Depay, de longe o melhor jogador deles, a rematar cruzado depois de um centro largo para a área não ser interceptado por nenhum defesa nosso. Entretanto, já tinha entrado o Carlos Vinícius para o lugar do também lesionado Seferovic e a pouco mais de 10’ do fim, arriscámos com o Raúl de Tomás a substituir o esgotadíssimo Cervi. A cinco minutos do fim, o Pizzi lembrou-se que estava em campo e arrancou um remate de fora da área, que embateu no poste. No minuto seguinte, recebeu uma bola vinda directamente das mãos do Anthony Lopes(!) e atirou de longe para a baliza deserta. Com um golo caricato e repetível uma vez em cada 100, lá ganhámos finalmente um jogo na Liga dos Campeões, mantendo-nos desta maneira na luta pelo apuramento para os oitavos-de-final.
Em termos individuais, gostei imenso do Cervi, que se destacou especialmente nas tarefas defensivas. Aliás, não percebo que mal terá feito o argentino para ter muito menos oportunidades do que a abécula do Caio Lucas... O Rafa estava a prometer ser o melhor em campo, mas saiu muito precocemente (e vamos ver quanto tempo estará de fora com a reincidência da lesão...). Os centrais Rúben Dias e Ferro também estiveram quase intransponíveis e o Grimaldo subiu igualmente de produção em relação a partidas anteriores. A dupla de meio-campo Florentino-Gabriel permite-nos jogar mais à frente, embora não tenhamos aproveitado isso ontem.
Não há como esconder: estamos a jogar um futebol péssimo. O Lyon igualou a 20’ de fim, mas nem assim conseguimos acelerar o jogo para criar desequilíbrios. Aliás, as lentas trocas de bola exasperaram muitas vezes os adeptos. Sinceramente não sei o que se passa, porque a equipa é praticamente a mesma do ano passado e custa a perceber uma descida tão abrupta na qualidade de futebol, mesmo levando em conta a saída do João Félix. O que se passa, Benfica?
P.S. – Este marasmo deve ser contagioso, porque estiveram 53.035 espectadores no estádio e por vezes consegui ouvir(!) os jogadores a falarem em campo. Qualquer semelhança com o “Inferno da Luz” é pura coincidência.
1 comentário:
A verdade é que não temos equipa para estas andanças.Só com jogadores do Seixal,não vamos lá.Duvido muito(creia DEUS que não) que nem à Europa vamos.
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