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domingo, setembro 28, 2014

Sofrimento escusado

Vencemos o Estoril na Amoreira (3-2) e, juntamente com o empate entre a lagartada e o CRAC no WC, aumentámos a distância para seis e quatro pontos, respectivamente. Depois da pré-época que tivemos, estarmos com esta vantagem à 6ª jornada não me passaria pela cabeça nem nos meus sonhos mais optimistas (que raramente os tenho quanto ao Benfica).

Não poderíamos ter melhor entrada em campo: o Talisca, que esteve em dúvida depois da trancada que sofreu frente ao Moreirense, arrancou de meio-campo e só parou quando meteu a bola na baliza logo aos 3’. Que golão! Cinco minutos depois, o Gaitán roubou uma bola perto da área adversária e ofereceu o bis ao Talisca. Estava a ser fácil demais e mais tarde a equipa deslumbrou-se por causa disso. A 1ª parte foi toda nossa e, para além de boas combinações atacantes, atirámos duas bolas aos postes (Lima e Jardel, este já depois de 1-2). O Estoril foi aparecendo no jogo, fruto do nosso relaxamento, e reduziu a diferença aos 38’ na mesma jogada em que também atirou ao poste. De um jogo completamente controlado, passámos para uma situação de vantagem mínima que não augurava nada de bom.

Voltámos a entrar bem na 2ª parte, mas foi o Estoril a empatar a partida aos 53’ numa boa jogada atacante. Estive mesmo a ver a nossa vida andar para trás… Com uma vantagem de dois golos desperdiçada e o jogo da Champions a aproximar-se, temi que desperdiçássemos esta magnífica oportunidade de alagar a vantagem. Mas aos 66’ a partida tornou-se mais fácil com o duplo amarelo (justíssimo) a um jogador do Estoril por derrube ao Enzo Pérez. O Jesus já tinha feito entrar o Derley e o Ola John, e foi o brasileiro a estar na jogada do golo da vitória aos 70’ ao desmarcar-se bem, aproveitar o falhanço do guarda-redes, rematar quase sem ângulo para o Lima só ter que encostar (pareceu-me nas imagens da televisão que a bola não entraria se não fosse o toque do Lima). Até final, nunca mais deixámos o Estoril voltar a criar perigo, enquanto nós ainda poderíamos ter metido mais um (o Lima tem que afinar rapidamente a pontaria…).

Em termos individuais, destaque óbvio para o Talisca, que já leva cinco golos no campeonato, gostei dos extremos (Gaitán e Salvio) e a espaços do Enzo. Não é que tenha cometido grandes erros defensivos, mas o Jardel não pode ser o nosso segundo central. Para terceiro, é perfeito, mas ser titular do Benfica exige outra classe (a quantidade de passes mal feitos é assustadora). O Eliseu também não esteve nada feliz. Ao invés, voltei a gostar do Samaris, que desta vez só foi sacrificado mais tarde no jogo.

Temos um avanço interessante sobre os rivais, que nos permite neste momento ir perder a Mordor e continuar no comando. Mas que este jogo nos sirva de lição para o futuro, porque não podemos estar com dois golos de vantagem e oferecer o empate ao adversário. Sofremos de uma maneira perfeitamente evitável.

P.S. – Convinha que a Liga e os clubes tivessem um pouco mais de respeito pelos espectadores que pagam bilhetes para ir aos jogos. Placards publicitários são muito bonitos e certamente muito úteis financeiramente, mas já agora convinha não taparem a visão aos espectadores! Experimentem sentar-se na segunda fila da bancada nascente da Amoreira e só vêm as cabeças dos jogadores, porque as lonas publicitárias no gradeamento tapam completamente a visão do relvado. Ah, e outra coisa, eu também gosto de ver a linha lateral do lado da minha bancada. Se pudessem não a tapar, por mais alto que se esteja sentado na bancada, e recuassem um pouco mais os painéis publicitários seria óptimo…!

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