quarta-feira, setembro 17, 2014
Relativizar
Perdemos em casa com o Zenit (0-2) e entrámos da pior maneira na fase de
grupos da Liga dos Campeões. Já se sabia que os russos tinham melhores
jogadores do que nós, mas a sua superioridade foi ajudada pelo facto de o Artur
ter sido expulso logo aos 18’ quando ainda por cima já estavam a ganhar por
1-0. Como o 2º golo surgiu pouco depois, o jogo ficou praticamente decidido,
embora nós tenhamos dado uma grande demonstração de brio profissional e lutado
sempre para pelo menos marcar um golo.
Entrámos muito mal na partida e um mau passe do Jardel deu origem ao golo
do Hulk logo aos 5’. Pouco mais de 10’ depois, outro mau passe do Jardel
iniciou o lance da expulsão do Artur, da qual ele também não está isento de
culpas, porque demorou os séculos habituais a sair da baliza e depois derrubou
o Danny. O Witsel fez o 0-2 aos 22’ (sem comemorar) e a partir daqui o meu medo
era que fôssemos goleados. Felizmente, os russos tiraram um pouco o pé do
acelerador e assim chegámos ao intervalo sem maiores danos.
A 2ª parte foi mais repartida, com ocasiões para ambos os lados, mas
ninguém mais conseguiu marcar. Deu sempre a sensação que o Zenit tinha o jogo
na mão e, com um homem a mais, trocava a bola com maior à-vontade fazendo assim
a gestão da partida. Nós tivemos algumas boas chances, com uma cabeçada do
Luisão e um remate do Lima, ambos defendidos pelo guarda-redes, mas por outro
lado ainda vimos o Zenit atirar uma bola ao poste pelo inevitável Hulk e o
Rondón a falhar um lance isolado.
Em termos individuais, voltei a gostar do Samaris e o Salvio melhorou em
relação a Setúbal. O Enzo continua a parecer-me longe do seu melhor em termos
físicos e o Gaitán também não se destacou como habitualmente. Em termos
negativos, menção óbvia para o Jardel que serve para os Setúbais e Moreirenses
desta vida, mas isto é outro nível e talvez fosse melhor começar a dar jogo ao
5º central da selecção vice-campeã mundial… O Artur voltou igualmente a
comprometer, porque se tem sido mais expedito a sair da baliza teria chegado primeiro
à bola. Além disso, não deveria ter feito a falta para expulsão, porque era
preferível ter sofrido o 2º golo a jogar com 11. É bom que o Júlio César
recupere depressa…
Fui para este jogo mais tranquilo que o habitual. Isto era para desfrutar,
porque o essencial é o bicampeonato. Esta época não temos um plantel
(especialmente um banco) que nos dê muitas esperanças na Europa, pelo que é bom
que concentremos energias na principal prova interna. Claro que odeio perder
(coisa que já não acontecia em casa há quase dois anos), mas quero é que a equipa
se apresente bem no domingo perante o Moreirense.
P.S. – Este jogo vai ficar na memória pelo magnífico espectáculo que os No Name deram nos últimos minutos
contagiando todo o estádio no apoio à equipa. Foram momentos belíssimos,
especialmente raros neste contexto de iminente derrota (aconteceu o mesmo
frente ao Galatasaray na época do Quique), mas que nos enchem a alma de
benfiquismo. Todos nós percebemos que a equipa deu tudo em campo e que honrou a
camisola, merecendo sem dúvida este enorme tributo.
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