quinta-feira, outubro 02, 2014
Confrangedor
Perdemos em Leverkusen (1-3) e comprometemos seriamente a passagem aos
oitavos-de-final da Champions. Está a
tornar-se um triste hábito fazer por esta altura o pior jogo do ano nas
competições europeias. No ano passado, foi em Paris, esta época na Alemanha.
A partida conta-se muito rapidamente: não entrámos em campo na 1ª parte e na 2ª parte já foi tarde demais. Os
alemães chegaram ao intervalo a ganhar por 2-0 e com mais oportunidades para
aumentar o marcador. Quanto a nós, a produção roçou o zero…
Na 2ª parte melhorámos, mas só porque o Leverkusen tirou o pé. No entanto, raramente
conseguimos criar perigo e o nosso golo caiu um bocado do céu, porque não
tínhamos feito nada para o justificar. Foi aos 62’ através do Salvio. Só que no
minuto seguinte, o árbitro de baliza inventou um penalty do Jardel sobre o
Kiessling e o desfecho da partida ficou logo ali selado.
Em termos individuais, destaques só se for pela negativa. O Jesus fez uma
grande asneira, que foi lançar às feras
o Cristante logo de início. Convém não esquecer que o miúdo tem 19 anos e só
tinha jogado 15’ em Setúbal, ainda por cima num jogo que já estava mais que
ganho. O Leverkusen entrava como queria na 1ª parte e o resultado foi
lisonjeiro para nós. Na 2ª parte, o nosso treinador lá emendou a mão e fez
entrar o Maxi e o Lima. A estreia do Júlio César na Champions com a nossa camisola ficou marcada pelo enorme frango do 1º golo (largou uma bola fácil
para a frente). O Gaitán e o Enzo só se fizeram notar pelos amarelos que
levaram. O Salvio não esteve melhor, mas tem o golo para contrabalançar um
pouco. É nestes jogos que podemos ver as limitações do Jardel e do Eliseu. E
mesmo assim, o central foi dos menos maus, assim como o André Almeida na 1ª
parte! Aliás, percebemos que algo está mal na equipa quando são estes dois os
jogadores que se destacam. O Luisão e o Maxi ainda foram segurando as pontas,
mas ninguém fez um jogo para mais tarde recordar.
Sim, o objectivo principal é o campeonato e, sim, é preferível uma final da
Liga Europa (com o troféu já agora) do que os quartos-de-final da Liga dos
Campeões, mas não podemos fazer este tipo de exibições na maior montra do
futebol europeu. A equipa esteve amorfa, apática e sem reacção. Não se percebe.
Não saímos goleados por alguma sorte e convém não esquecer que já este ano
tivemos uma passagem para esquecer pela Emirates
Cup. O nosso prestígio internacional não se coaduna com o que mostrámos
hoje. Uma coisa é não nos qualificarmos para os oitavos da Champions, outra é sairmos das competições europeias já em
Dezembro. Isso é impensável, mas corremos esse sério risco.
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