segunda-feira, setembro 22, 2014
Muito suado
Vencemos o Moreirense e, como as três equipas que estavam connosco na
frente (Rio Ave, V. Guimarães e CRAC) não ganharam, somos líderes isolados à 5ª
jornada. Quem só vir o resultado e não souber como correu a partida, pode pensar
que foi uma vitória fácil. Nada mais errado, já que até aos 68’ estivemos a
perder e cheguei a temer o pior.
O Jesus lá resolver estrear o Júlio César na nossa baliza, mas este não
teve grande trabalho. Fomos nós a dar o pontapé inicial e demos logo o tom para
toda a 1ª parte: passe errado na saída de bola e o Moreirense a ficar com ela.
Um brilhante passe do Talisca isolou o Lima, que permitiu a defesa do
guarda-redes e foi a única coisa de jeito que fizemos em toda a 1ª parte. Foi
ainda antes dos 16’, altura do golo do Moreirense: cruzamento para a área,
Eliseu a hesitar e um adversário a cabecear à vontade para a baliza. Era
importante chegar ao intervalo pelo menos empatados, mas criámos muito poucas
oportunidades de golo para o justificarmos. Numa decisão praticamente inédita,
o Jesus fez a primeira alteração ainda na 1ª parte e colocou o Derley em vez do
Samaris aos 34’. Estava mais do que visto que tínhamos de jogar com dois
avançados, como sempre fizemos na maior parte dos jogos nos cinco anos
anteriores do Jesus.
A 2ª parte foi muito melhor conseguida, já que sufocámos o Moreirense e
praticamente não os deixámos respirar. Foram progressivamente acusando o
desgaste de estarem a jogar no campo todo na 1ª parte e as coisas ficaram
piores para eles aos 56’ num justíssimo segundo amarelo a castigar uma falta
sobre o Talisca (que acabou por sair uns minutos mais tarde), depois de uma
brilhante jogada deste. Com 10, o Moreirense praticamente não saiu do seu
meio-campo, mas nós revelámos muita inépcia atacante. Quando, num livre para a
área, tanto o Jardel como o Luisão não conseguiram marcar, comecei a pensar que
aquele não era o nosso dia. Felizmente, o Eliseu (que até então estava a fazer
um jogo horrível) descontou de vez o preço que custou ao atirar uma bomba de longíssimo da área, fazendo a
bola entrar ao canto superior direito da baliza. Foi aos 68’ e até final ainda
tínhamos mais de 20’ para tentar a reviravolta. Que surgiu 10’ depois, numa boa
jogada do Ola John (entretanto entrado para o lugar do Talisca), centro do
Gaitán e o Maxi Pereira a fuzilar. Dificilmente a vitória nos fugiria e ainda
fizemos o terceiro golo num penalty sobre o Lima, que o próprio converteu,
terminando assim uma seca de golos que já durava desde a Juventus a 24 de
Abril…
Em termos individuais, destaque para o Eliseu, por ter desengatado o jogo,
para o Ola John, cuja entrada deu cabo da cabeça do Moreirense, e para o Maxi
pela sua inesgotável energia e por mais um golito decisivo. O Derley, à
semelhança de 3ª feira, não entrou nada mal e, apesar de ter algumas limitações
técnicas, pode ser um jogador muito importante contra este tipo de equipas. O
Salvio continua longe da sua forma habitual e hoje praticamente não se viu, o
Enzo Pérez ainda parece distante da sua forma física ideal (embora a arrancada
perto dos 90’ não esteja ao alcance de qualquer um) e o Gaián também poderia
ter-se envolvido mais no jogo.
O Petit, que sempre foi o maior(!), resolveu dar-nos uma grande prenda e
foi empatar com Boavista em Mordor a zero. Não estava nada à espera disto e são
quatro pontos que as forças do Mal desperdiçam em duas jornadas consecutivas!
Continuem lá entretidos com os BATE Borisovs desta vida e a rodar
não-sei-quantos jogadores por jogo, sff. Para a semana o CRAC vai ao WC e pode
ser que os lagartos demonstrem que,
afinal, servem para alguma coisa…
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