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segunda-feira, setembro 01, 2014

Obrigado e adeus, Artur!

Empatámos com a lagartada (1-1) e perdemos os primeiros pontos no campeonato. É um ponto com um sabor muito amargo, porque tivemos mais e melhores oportunidades, e porque oito anos depois o Artur resolveu oferecer um golo aos lagartos na Luz, tornando este certamente (nem outra coisa me passa pela cabeça!) o seu último jogo com a camisola do Benfica.

Entrámos muito fortes na partida e marcámos logo aos 12’ numa boa combinação entre Maxi e Salvio finalizada pelo Gaitán com o pé direito! A lagartada tremeu, acusou o golo e esperava-se que nós aproveitássemos este facto para aumentar a vantagem e dar a sentença final à partida. Infelizmente, entrámos em campo com 10, o que, se já é mau por si só, muito pior se torna quando quem falta é o guarda-redes! O espectáculo Artur começou logo com uma saída em falso num canto ainda nos primeiros minutos, que só não resultou em golo, porque o lagarto cabeceou ao lado. Pouco depois, noutro canto houve uma bola muito mal socada e finalmente aos 20’ cometeu a proeza de virar o sentido do jogo ao rematar contra um adversário, escorregar e deixar que o Slimani cabeceasse à vontade para a baliza deserta. Um frango monumental! Até ao intervalo, nada mais fizemos de relevante, porque a equipa se intranquilizou imenso com o galináceo que estava na baliza e nunca conseguiu sair a jogar como costuma fazer. A lagartada teve uma grande oportunidade, quando o Slimani, em ligeiro fora-de-jogo, fez um passe ao Artur quando estava só com ele pela frente (creio que o argelino deve ter julgado que estava mesmo fora-de-jogo, porque o remate é ridículo).

No regresso dos balneários, voltámos a entrar bem e criámos uma série de oportunidades. Só o Salvio teve três(!) à sua conta, houve remates do Talisca e Enzo Pérez também perigosos, cabeceamento do André Almeida para grande defesa do Rui Patrício e outro do Gaitán por cima num canto. A lagartada teve uma grande oportunidade mesmo a acabar o jogo, com um desvio do Slimani e boa defesa do Artur, que segurou o empate que ele próprio provocou.

Em termos individuais, gostei muito do André Almeida (neste jogos em que o trinco tem mais que destruir do que construir, as suas limitações nesse campo são menos evidentes), que se fartou de cortar bolas e correr atrás dos adversários. O Gaitán teve os seus habituais toques de classe e marcou o golo. O Luisão também esteve bem na defesa, assim como o Maxi e o Eliseu (boa contratação!). O Artur insiste em jogar com o Jardel como se este fosse o Garay, mas não pode ser. Boa resposta também do Talisca no seu primeiro derby, embora tenha rebentado aos 70’. O Lima fartou-se de lutar, mas continua sem molhar o bico. Já se sabe que o Enzo Pérez não sabe jogar mal, mas não esteve nos seus dias, assim como o Salvio que falhou belíssimas oportunidades para nos fazer ganhar o jogo. Quando ao Artur, depois do jogo é fácil dizer o contrário, mas se eu fosse o Jorge Jesus também o teria posto de início. Porque até agora ele nada tinha feito que justificasse a perda da titularidade e, se por acaso o Júlio César desse um frango logo na estreia, era difícil justificar a troca. Mas também assumo claramente que eu tê-lo-ia tirado ao intervalo. Aquela 1ª parte foi de bradar aos céus e arriscámo-nos mesmo a perder o jogo por causa dele. Agradeço-lhe a conquista da Supertaça desta época, já está na história do Benfica, mas adeus até nunca mais. Já chega!

O campeonato vai agora parar por causa das selecções e, quando voltar, teremos logo aí à porta a 1ª jornada da Champions. Espero que dia de hoje de fecho do mercado não traga surpresas desagradáveis (Enzo, fica por favor!) e se nos caísse no plantel um avançado que desse garantias de golos dava algum jeito…

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