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segunda-feira, agosto 25, 2014

Duro

Vencemos o Boavista no relvado sintético do Bessa (1-0) e continuamos no grupo da frente do campeonato com duas vitórias em dois jogos. Foi uma vitória sem nota artística, mas o mais importante foi conseguido numa partida bastante mais complicada do que se estaria à espera perante um adversário que vinha de duas divisões abaixo.

Não entrámos bem no jogo e demorámos muito tempo a criar perigo. Sem o Enzo Pérez, a equipa perde muita qualidade no jogo atacante, situação que foi agravada pela enésima lesão do Rúben Amorim, desta feita por culpa do relvado. Com André Almeida e Talisca, o nosso meio-campo não é bem a mesma coisa… Um remate de ressaca do Eliseu e um desvio do Gaitán proporcionaram duas boas defesas ao guarda-redes Dany Monllo que, felizmente, errou redondamente aos 44’ num remate do Eliseu fora da área que ressaltou à sua frente, mas era defensável. Foi um golo caído do céu, porque não estávamos a fazer muito para o conseguir. Mérito total para o nosso defesa-esquerdo.

Pensei que na 2ª parte, com o natural avanço do Boavista, tivéssemos melhores oportunidades para dar a estocada final no resultado, mas raramente conseguimos sair a jogar. Lá está, a falta de um melhor meio-campo impediu que desenvolvêssemos o nosso jogo habitual de trocas de bola até criar desequilíbrios. O que valeu foi que defendemos bem e o Boavista só conseguiu atingir a baliza através de lances em claro fora-de-jogo que foram bem assinalados pelo fiscal-de-linha. Um remate do Talisca e outro do Lima, este muito ao lado, foram os nossos lances de maior perigo.

Em termos individuais, referência obrigatória para o Eliseu pelo golo decisivo e pela tentativa que já tinha feito anteriormente. Estava um pouco céptico com a sua contratação, mas parece que felizmente me enganei… O Salvio e o Gaitán tentaram dar alguma nota artística ao nosso futebol, mas o dia não estava para isso. Ficou novamente demonstrada a enorme importância que o Enzo Pérez tem no actual Benfica e, com a lesão do Amorim, é bom que o grego Samaris comece a render no imediato. Afinal, outra coisa não se espera outra coisa de quem custou 10M€.

Vamos receber os lagartos com dois pontos de vantagem sobre eles e é muito importante continuar com esta senda vitoriosa, porque isso significaria colocá-los já a cinco em apenas três jornadas. E, já se sabe, que o lagarto é um ser que se entusiasma com pouco e vai ficando cada vez mais insuportável, portanto convém cortarmos-lhes as vazas logo de início.

P.S. – Eu até tinha boa impressão do Sr. Marco Ferreira, mas o que se passou no Bessa foi uma vergonha como já há algum tempo não via. Uma dualidade de critérios gritantes, faltas evidentes a nosso favor não assinaladas e cargas de ombro nossas convertidas em falta. Pareceu-me que ficou um penalty sobre o Jara por marcar (convertido em… cartão amarelo!) e o que nos valeu foi que os dois golos anulados ao Boavista foram evidentes foras-de-jogo, para além de nenhum adversário se ter lembrado de atirar para a piscina na área, caso contrário, muito provavelmente estaríamos a lamentar dois pontos roubados já à 2ª jornada. Este campeonato promete…

1 comentário:

AB disse...

Um texto de leitura obrigatória: De que clube és tu, afinal?