segunda-feira, agosto 18, 2014
Maldição quebrada
Dez(!) anos depois voltámos finalmente a vencer na 1ª jornada do campeonato
ao derrotar o Paços de Ferreira por 2-0. Foi um triunfo mais que justo numa
partida agradável e bem disputada, especialmente na 1ª parte. Na 2ª, a nossa
superioridade foi incontestável e o Paços não criou nenhuma oportunidade de
golo.
Como a minha religião não me
permite faltar a missas na Catedral,
houve que interromper as férias e fazer 600 km em seis horas de comboio para
assistir in loco à estreia dos
campeões nacionais no campeonato. Não entrámos tão bem na partida como na
Supertaça e o Paços surpreendeu-me ao não se remeter ao autocarro habitual das equipas mais pequenas. O encontro foi por
isso muito repartido na 1ª parte, com o Talisca a não saber muito bem onde se
colocar na posição de segundo avançado, o que impedia alguma fluidez no nosso
jogo. Aos 10’, o Sr. Cosme Machado entrou em acção ao assinalar um penalty
contra nós por pretenso empurrão do Eliseu a um adversário. Tenho a certeza
absoluta que, se fosse ao contrário, nada marcaria. O Artur, à semelhança de
Aveiro, voltou a brilhar nos penalties e a defender mais um. Foi muito
importante esta manutenção do empate, porque um golo adversário nesta altura
certamente que nos intranquilizaria muito. Uma excelente combinação atacante
entre o Maxi e o Gaitán aos 25’ permitiu ao uruguaio ser o primeiro marcador do
Benfica no campeonato. Perto do final da 1ª parte, o Enzo Pérez queixou-se e
foi substituído pelo Jara. É pena não ser já 1 de Setembro para estarmos mais
tranquilos…
A 2ª parte foi mais desequilibrada, connosco a assumir o completo controlo
de jogo muito através do Ruben Amorim que foi dos melhores em campo. Tivemos
alguns remates com algum perigo, mas nunca acertando na baliza, até que aos 72’
o Gaitán voltou a fazer magia e colocou a bola na cabeça do Salvio para outro
bonito golo. A partida ficou praticamente decidida e até final foi pena não
termos marcado mais nenhum golo, que nos colocaria na frente do campeonato (não
é importante nesta altura, mas é sempre bom estar na frente mesmo por diferença
de golos…).
Em termos individuais, óbvio destaque para o Gaitán pelas duas assistências
a fazer mais que jus ao número 10 que agora enverga (esta coisa de termos
prometido o número 10 a um Djuricic qualquer para ele assinar mais rapidamente,
quando o Gaitán já o andava a pedir há muito tempo, é algo que não percebo…) e
para o Ruben Amorim que foi o rei do
meio-campo. Menção também evidente para o Artur por ter defendido um penalty
numa altura muito precoce do jogo e para a dupla de centrais (Luisão e Jardel),
que esteve sempre muito atenta. O Jara entrou bem e esteve muito lutador,
embora com algumas dificuldades em acertar na baliza… O Talisca teve um jogo em
crescendo, mas acho que não é jogador para ser segundo avançado. Falta-lhe
colocação no terreno e killer instinct.
Matámos um borrego com dez anos e
a última vez que vencemos na 1ª jornada quebrámos um jejum de vitórias no
campeonato com 11 anos. Pode ser que seja um bom prenúncio para esta época
voltarmos a fazer algo que já não fazemos há mais de 30 anos…
P.S. – Não se pode acelerar o tempo e chegarmos já a 1 de Setembro…?!
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