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segunda-feira, agosto 04, 2014

Primeira e última

Perdemos com o Valência por 1-3 e ficámos em último lugar na Emirates Cup, com o fantástico pecúlio de duas derrotas e 2-8 em golos… É bom que tenhamos gostado de lá ir, porque provavelmente foi a primeira e última participação neste torneio: depois de tal demonstração de fragilidade competitiva, duvido que sejamos novamente convidados.

Com uma equipa substancialmente diferente da que alinhou frente ao Arsenal e basicamente constituída por (supostas) segundas linhas, até começámos bem com a estreia do Derley a marcar pelo Benfica logo aos 2’. A 1ª parte foi bastante razoável, com várias situações da nossa parte (incluindo uma bola à barra na única coisa de jeito que o Jara fez), mas também oportunidades por parte do Valência (também com uma bola ao poste). Na 2ª, entraram o André Gomes, Rodrigo e outro centrocampista nos espanhóis, nós substituímos o João Cancelo pelo Luís Felipe, e estas quatro alterações foram decisivas para o desfecho do encontro. O Valência marcou três golos em dez minutos e aos 60’ já ganhava por 3-1. Todos os golos nasceram do lado direito da nossa defesa (vá-se lá saber porquê…), com o Artur a ter preciosa colaboração num deles e dando dois frangos descomunais nos outros dois. O jogo ficou praticamente decidido, apesar de até final termos demonstrado vontade de fazer marcar mais um golo.

De positivo nesta partida, o Derley, que ficou muito confiante com o golo e foi claramente o melhor do Benfica, ao receber bem as bolas de costas para a baliza, rodopiar e fazer jogar os companheiros, e o Bebé, que mostrou durante a 1ª parte pormenores interessantes e parece estar a subir de forma. Quanto ao resto, foi basicamente para esquecer: o Jara tem muito vontade, mas a bola atrapalha-o imenso, o Candeias parece seguir a linha dos Nandinhos e Carlitos desta vida e o Sidnei é melhor oferecê-lo enquanto é tempo. Quanto ao Artur, acho que nem oferecido, já que está a encarnar com bastante competência o espírito do Roberto e, se não vier um guarda-redes até domingo, é melhor jogarmos com o Paulo Lopes na Supertaça (ou um júnior qualquer), e o Luís Felipe pode pedir uma indemnização a quem o convenceu que tinha jeito para jogar à bola. Entrou ao intervalo e saiu aos 76’ naquela que terá sido (ESPERO BEM) a última vez que vestiu a camisola do Benfica. Nós já devíamos saber que “Luís Felipe” e “lateral-direito” são palavras que não combinam nada bem, mas nem isso nos deixou alerta. Neste momento, tenho uma grande dúvida: se foi ele que veio preencher a “quota Cortez” ou se o Cortez é que veio preencher a “quota Luís Felipe” do plantel. O defesa-esquerdo durou até Dezembro, espero que este nem inicie a época. (Sinceramente, e fora de brincadeira, com o Maxi a ser dono do lugar, e tendo o André Almeida, João Cancelo e possivelmente Sílvio como segundas opções, QUEM É QUE SE LEMBROU de trazer esta abécula?!).

Posto isto, o Jesus já veio dizer, meio a sério, meio a brincar, que, se sair mais alguém, ele também sai. Neste momento, já deve estar mais que arrependido de não ter aceitado o convite do Milan (não sendo adepto do clube que estivesse a treinar, eu estaria…), mas é bom que aquelas palavras sirvam de alerta a quem de direito. Começamos para a semana a época oficial e as perspectivas não são nada positivas. Se sair o Enzo e/ou o Gaitán, se calhar o melhor mesmo é fecharmos para férias durante um ano e voltarmos em 2015/16… É que sinceramente não me lembro de uma pré-época com seis(!) derrotas em oito jogos.

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