segunda-feira, agosto 11, 2014
Poker 2014
Vencemos o Rio Ave
nos penalties (3-2) depois de um injustíssimo 0-0 ao longo dos 120’ e
conquistámos a 5ª Supertaça do nosso palmarés. Mas mais relevante do que isso é
termos feito história, porque é a primeira vez que um clube ganha todos os troféus
nacionais em disputa num mesmo ano civil. Foi obtida da maneira mais sofrida,
mas impediu-se uma das maiores injustiças futebolísticas de todos os tempos.
Com os regressos do
Luisão, Jardel e, PRINCIPALMENTE, do Enzo Pérez, a equipa transfigurou-se em
relação ao que havia feito até agora. Fizemos DE LONGE a melhor exibição desde
o início da temporada, com uma 1ª parte com nota artística muito elevada, mas
revelando desde logo grandes problemas na finalização. (Pois é, parece que o
outro que “não jogava nada e só sabia marcar golos” afinal ainda vai fazer
muita falta, não é, seus acéfalos que o assobiavam…?!). Com o Talisca a jogar a
10, mas sem revelar o killer instinct
necessário para aquela posição (aquelas duas bolas em que chega atrasada, o
Cardozo metê-las-ia de caras e depois alguns diriam “pois, era só encostar”…
Pois era, mas ele estava lá para o fazer!), o Enzo deu um verdadeiro recital
durante 45’, muito bem secundado pelo Salvio e pelo Gaitán que, quando decidir
ser mais objectivo na hora do remate e não querer entrar com a bola pela baliza
adentro, tornar-se-á um jogador ainda mais genial do que já é. Infelizmente,
tal vendaval de qualidade futebolística não fez com que chegássemos ao
intervalo em vantagem.
Na 2ª parte, não
tivemos oportunidades tão flagrantes (muito por culpa de erros no último passe,
cerimónia na altura do remate ou cruzamentos que só encontravam os centrais do
Rio Ave), mas mesmo assim um tiraço de pé esquerdo do Lima deu-me a sensação de
golo. No prolongamento, o Rio Ave finalmente lembrou-se que havia uma baliza na
qual era suposto tentar marcar e inacreditavelmente podê-lo-ia ter feito já
perto do final, quando o Artur dá uma casa
de todo o tamanho num canto (tenta socar uma bola perfeitamente agarrável, ela
bate-lhe no peito e ressalta para o lado) e o Jardel, ao tentar aliviar, remata
para onde estava virado, e a bola bate na barra. Não estava nada confiante para
os penalties, porque era o objectivo do Rio Ave, que teria essa vantagem
psicológica e, além disso, foram eles a começar a marcar (algo que teoricamente
é mais vantajoso). Felizmente que desta feita (e ao contrário da Liga Europa)
os penalties foram na baliza onde estavam os nossos adeptos e isso também
ajudou. O Artur, que já na 1ª parte tinha tentado fintar na área e ainda agora
estou para saber como não fez penalty e expulsão, foi o herói ao defender três
penalties (e, além disso, adivinhou o lado para onde todos eles forma batidos).
O futebol não deixa de ter estas coisas curiosas. O último penalty foi batido
pelo Tiago Pinto (filho do grande João Vieira Pinto) e gostaria de ver uma
estatística que pudesse confirmar aquilo que uma observação empírica me inclina
a concluir: é muito alta a percentagem de defesas-esquerdos que falha penalties
neste tipo de desempate, pelo que quando vi que era ele a marcar a minha
confiança aumentou.
Em termos
individuais, destaque para o trio de argentinos (Enzo, Salvio e Gaitán), com o
vice-campeão mundial a ser eleito o “homem do jogo”. Começámos a chamar por ele
no final, ele agradeceu, dizendo adeus com a mão e batendo com ela no símbolo
do Benfica. Espero SINCERAMENTE que não queira dizer quilo que julgo que quis
dizer, porque nem quero imaginar como será o nosso jogo sem ele. Viu-se bem
nesta partida a ENORME diferença que ele faz, jogando e fazendo também os
companheiros jogarem. Grandes exibições também do Luisão e Jardel, que teve a
sorte de não se tornar o “vilão” do jogo no último lance, algo que seria
bastante injusto. Também gostei muito do Eliseu, tanto a defender como a
atacar, que foi uma boa surpresa em relação ao que esperava. O Artur também merece
obviamente grande destaque, mas concordo com o que já li por aí: já arranjámos no
nosso Tim Krull, agora só falta o guarda-redes…
Começámos esta
temporada da mesma maneira que a anterior, ou seja, a ganhar troféus oficiais e
vamos ver se para a semana matamos um borrego
já com 10(!!!) anos e voltamos a ganhar na 1ª jornada do campeonato!
P.S. – Dê lá por
onde der, NÃO DEIXEM SAIR o Enzo! Ofereçam o nome do Estádio ao Peter Lim, o
Jesus dá-lhe metade do seu ordenado, qualquer coisa, mas é fundamental que ele fique!
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