sexta-feira, abril 25, 2014
Vantagem
Vencemos a Juventus por 2-1 e partimos com ligeiro avanço para o encontro
da 2ª mão em Turim que dará o acesso à final da Liga Europa. Dadas as
condicionantes da partida, foi um bom resultado e cabe-nos agora jogar em Turim
para tentar marcar. Se o conseguirmos, os italianos não terão uma tarefa fácil.
Ainda antes do jogo, tivemos más notícias. Se a lesão do Salvio no domingo
já era má, os impedimentos do Fejsa e principalmente do Gaitán (possivelmente o
jogador do ano em Portugal) deixaram-me muito pouco confiante. Ainda por cima,
o Jesus voltou a apostar no Artur, algo que me tirou quase toda a esperança.
MAS (e este “mas” é muito importante) eu não consigo expressar por palavras o
quanto eu gosto que o Benfica me contrarie, especialmente quando eu não tenho
grande fé e os jogadores em campo tratam de me mostrar que somos mesmo “um
clube lutador / que na luta com fervor / nunca encontrou rival / neste nosso
Portugal”. Claro que ajudou o facto de termos praticamente entrado a ganhar com
o 1-0 logo aos 2’ num canto do Sulejmani para uma cabeçada do Garay, lance em
que me pareceu que o Buffon se fez tarde à bola. Jogámos mais tranquilos a
partir daí e a Juventus não teve uma única oportunidade de golo durante o
primeiro tempo. Ao invés, nós poderíamos ter aumentado o score, mas o Sulejmani rematou muito torto quando estava sozinho
perante o Buffon na sequência de um grande contra-ataque do Markovic. E na
parte final outra jogada genial do Markovic culminou com um remate deste por
cima, quando se tivesse centrado teria encontrado o Cardozo em muito boa
posição.
É uma pena que alguns jogos não possam acabar aos 45’. Este era um caso
evidente que era bom que isso acontecesse… Na 2ª parte, a Juventus intensificou
a pressão e nós já não fomos capazes de os suster tão bem quanto na 1ª.
Acusámos algum défice físico, mas com alguma sorte lá os fomos controlando. O
Artur teve uma saída disparatada, mas depois conseguiu defender o cabeceamento
do Pogba e, claro, como se esperava, o árbitro turco, o Sr. Cuneyt Çakir,
perdoou um penalty claríssimo do Cáceres sobre o Enzo Pérez. Já se sabia que,
perante o CRAC de Itália, o campo estaria sempre um pouco inclinado, o que,
para além deste lance, foi visível no critério das faltas. Aos 72’, aconteceu o
que vinha sendo prometido com o golo dos italianos, quando o Tévez numa jogada
individual teve alguma sorte no ressalto e ficou isolado perante o Artur,
conseguindo colocar-lhe a bola por entre as pernas. Nós estávamos de rastos em
termos físicos e o Sulejmani e Cardozo já tinha sido substituídos pelo André
Almeida e Lima, mas numa mostra de grande carácter não desistimos. O Jesus
colocou ainda o Ivan Cavaleiro no lugar do André Gomes (que estava a fechar o
flanco esquerdo com a saída do Sulejmani) e ele foi importantíssimo no golo da
vitória aos 84’, ao simular sem tocar na bola, permitindo que o passe do Enzo
Pérez chegasse ao Lima, que já dentro da área fuzilou o Buffon! A Luz explodiu
e duvido muito que não tivesse vindo abaixo, quando num contra-ataque no minuto
seguinte o Markovic rematou rasteiro muito perto do poste. Foi quase…! No
entanto, foi o Artur que garantiu a nossa vitória já nos descontos ao defender
com a perna um remate do Marchisio que estava sozinho perante ele. E a Juventus
ainda teve outra oportunidade num remate muito torto do Chiellini numa bola que
foi bombeada para a área. No último lance da partida, também nós poderíamos ter
marcado o terceiro quando um remate do Ivan Cavaleiro que seguia para a baliza
foi interceptado por um defesa.
Em termos individuais, o melhor em campo foi o Siqueira que fez o melhor
jogo desde que chegou ao Benfica. A 1ª parte do Markovic foi de sonho e o Enzo
Pérez foi gigante na batalha do
meio-campo. Os centrais tiveram muito trabalho, mas também se saíram bem
nomeadamente o Garay, que teve o extra de marcar o primeiro golo. O Artur
continua a não me inspirar confiança, mas foi essencial já nos descontos. O
resto da equipa esteve muito bem, com grande capacidade de luta e sofrimento.
A eliminatória está a meio, mas se o Fejsa e o Gaitán recuperarem tenho
alguma esperança para a 2ª mão. Já sabemos que vai ser muitíssimo difícil, não
só porque estamos a defrontar a futura tricampeã italiana, mas também porque
como CRAC de Itália que é, com a final em sua casa, irá com certeza beneficiar
dos favores da arbitragem, tal como hoje. No entanto, às vezes acontecem
milagres e nós estamos longe de estar derrotados à partida. Antes isso, no
próximo domingo iremos ao antro para a meia-final da Taça da Liga, onde espero
que jogue a nossa equipa B. Literalmente, não só por causa do cansaço como
também das possíveis lesões. E se há coisa que nós não precisamos nesta altura
é de mais lesões! Sempre quero ver se os assumidamente corruptos terão coragem
de, se ganharem, comemorar a passagem à final de uma prova que sempre
desprezaram. Nada teremos a perder.
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